Hit And Run escrita por Any Sciuto
Dois anos atrás...
Foi uma manhã estranha no escritório. Hotch e Emily estavam discutindo feio. Com direito a palavrões e outras coisas.
— Você não tem o direito de me deixar de fora. – Hotch gritou. – Se você sair vai acabar com a equipe toda.
— Eu não tenho escolha, Hotch. – Ela se sentou colocando sua caixa no sofá. – É a minha vez de voar.
— Agora eu sou Hotch? Nós estamos noivos, Emily. – Hotch apontou para a aliança no dedo. – Você está esperando um filho meu e simplesmente quer ir para a Interpol.
— Meu tempo no FBI acabou, Aaron. – Ela pegou a caixa e abriu a porta. – Você poderá ver seu filho.
— Vai se despedir de todos? – Hotch gritou quando ela saiu.
— Será melhor se eu sair sem fazer isso. – Emily saiu da sala.
Passando pelo bullpen, ela olhou para as mesas e deixou um bilhete para Spencer. Ela sabia que se ficasse e dissesse que estava indo embora, ela se sentiria culpada.
A desculpa de ir para a Interpol foi a única que ela sabia que não era estranha.
Entrando pelo elevador ela deixou a caixa cair no chão e pegou o celular.
— Estou pronta para a missão. – Ela falou para alguém ao telefone. – Ele não desconfiou de nada.
Quando a equipe chegou meia hora depois, Hotch contou sobre a saída de Emily.
Reid se sentiu traído por Emily não querer se despedir, porém guardou o bilhete que ela havia deixado para ele.
Penelope foi para o escritório e depois de se sentar na cadeira deixou as lágrimas caírem. Ela deixou de falar com Emily seis meses depois quando trocou de número de celular. Derek e Hotch foram os únicos que sempre falavam com Emily contando sobre a equipe.
Emily ficou três meses procurando um chefe de cartel de armas em Berlim. Ela foi para a Inglaterra para ter Andrew.
Quando a operação acabou, ela começou a trabalhar para a Interpol de verdade.
Emily ainda falava com Derek por causa de Esther, entretanto Penelope não a odiava mais. Era uma das verdades de Penelope Garcia. Ela nunca ficaria odiando ninguém.
Hoje...
Quando Penelope foi algemada e retirada da sala a força, Derek sentiu sua força se esgotar. Não era justo ela ser presa.
— Você pode fazer algo? – Derek perguntou a Dra. Lewis. – Você pode tirar ela de lá, não é?
— É um caso complicado demais. – Tara respondeu. – Preciso avaliar o caso.
— Avaliar o que? – Derek gritou. – Peter Lewis assassinou essa garota a sangue frio e Penelope foi incriminada.
— Há provas sobre isso. – Tara respondeu. – Então a menos que vocês peguem esse cara, ela vai ficar presa.
— Vamos levar a foto de Penelope e de Peter para todos os aeroportos privados, pistas de terra e para qualquer coisa ou lugar que tenha uma pista de voo. – Hotchner respondeu.
— Suponho que tenha que voltar para a Inglaterra. – Reid falou para Emily.
— Na verdade eu estou de volta para o FBI. – Ela respondeu. – Não posso virar as costas para minha amiga.
Reid se afastou do grupo. Ele se sentou no banco do lado de fora do tribunal. Emily se juntou a ele.
— Sei que está chateado comigo, Spencer. – Ela pegou a mão dele. – Não era como se eu tivesse escolha.
— A Interpol não te deu escolha de ficar com seus amigos? – Ele falou. – Porque eu teria escolhido meus amigos.
— Eu fiquei seis meses disfarçada em uma missão, Spencer. – Emily confessou. – Foi uma coisa que eu fui obrigada a fazer. Mateo cruz é quem você deveria culpar.
— Você não queria ir embora? – Reid olho para ela agora.
— Eles ameaçaram a equipe, Spencer. – Emily respondeu. – Eles prenderiam Rossi por matar aquele homem que matou Gideon, Hotch seria preso por causa de Foyet, Garcia Iria para a prisão por ser Hacker. Cada um iria para a cadeia por um crime.
— Eu sinto muito por isso Emily. – Spencer a abraçou. – Eu não sabia sobre isso.
— Eu sei. – Ela respondeu ao abraço. – Eu pensei em ligar todos os dias para você.
— Você vai ficar aqui? – Ele perguntou.
— Eu sou mais necessária aqui. – Emily se levantou e seguiu com Reid para a sala onde eles ainda estavam reunidos.
— Preciso ligar para Esther. – Derek se desculpou. – Eu já volto.
Derek sentiu todo o esgotamento voltar para ele. Sua mulher estava presa e sua filha teria que ficar mais tempo longe. Ele não a queria no meio de tudo isso.
A medida que as semanas iam passando a equipe ficava mais irritada com a falta de provas. Tudo, exatamente tudo apontava para Penelope como uma assassina fria. Foi quando a primeira estrela de esperança apareceu.
Indo de aeroporto em aeroporto, todos negavam ter visto Penelope, porém um dono de uma pista e jatinho particulares afirmou ter visto Peter em uma das frotas.
O homem testemunhou apenas para a juíza e contou tudo o que se passou naquele dia, detalhe por detalhe que ele conseguia lembrar.
— Conseguimos um habeas corpus? – Derek estava apreensivo.
— Saberemos em algumas horas. – Hotch falou.
Toda a equipe estava por perto. Dois meses na cadeia poderia ter feito mal para a equipe, porém o pior foi para Penelope. Ela era agredida constantemente, fazendo Tara pedir um lugar longe das outras presas.
Derek era autorizado a ter visitas com a filha uma vez por semana e na única vez que Esther foi visitar Garcia, foi muito mais lágrimas do que palavras.
Esther havia levado um desenho e contado como as amigas reagiram a prisão da mãe dela.
— Elas sabem que você é inocente, mamãe. – Esther contou com sua inocência. – A mãe da Daphne quer vir visitar você. Ela acha injusto você estar aqui injustamente.
— Como ela tem tanta certeza, meu amor? – Penelope colocou a mão com a da filha.
— Quem conhece a senhora mamãe sabe que não seria capaz de algo hediondo. – Ela deu um abraço na mãe. – A Sra. Chambers acha que deveriam apelar para alguém maior que o governador.
— Maior que o governador? – Penelope estava orgulhosa da filha.
— O presidente Mãe. – Ela deu um toque no nariz de Penelope. – Ele deveria saber que você mal consegue matar uma barata sem sentir culpa.
— Porque você não manda uma carta para ele então, meu amor? – Ela brincou. – Talvez ele te escute.
— Eu mandei uma semana passada. – Ela estava triste. – Talvez eu devesse dizer o quanto você é amorosa.
— Talvez ele ainda não a tenha lido, Esther. – Penelope falou. – Ele tem coisas para fazer.
— Papai vai tirar você daqui mamãe. – Esther disse. – Ele e os super-heróis vão provar.
— Cuide de Sérgio e Clooney para mim, certo? – Penelope pediu.
— Sempre. – Esther deu um beijo em Penelope. – Fique segura.
Quando o telefone tocou na sala da BAU todos estavam alertas. Tanto para um sim quanto para um não, eles respiraram quando Hotch tirou o telefone do gancho.
— Sim. – Hotchner atendeu. – Eu agradeço por essa chance.
Ele desligou e olhou para os agentes. Apreensivos e nervosos.
— Era a juíza. – Hotchner respondeu. – Encontraram o DNA de um homem naquela faca. Eles reexaminaram as provas com base nos palpites que tivemos e eles acharam o DNA de Peter Lewis nela.
— Ele foi descuidado? – Emily perguntou. – Acho difícil.
— Pelo o que eles determinaram em alguma parte do tempo em que a faca esteve com ele, o DNA foi transferido para a base da faca. – Hotch respondeu. – Quando eles examinaram a faca, procuravam por digitais e não por DNA.
— Eles já tinham os fios de cabelo. – Derek respondeu. – Era o suficiente para achar a assassina.
— E o Habeas Corpus? – Emily perguntou.
— Está sendo expedido nesse momento. – Hotch respondeu. – Vamos buscar a nossa garota.
Todos se levantaram. Era hora de ver Penelope sair daquele lugar depois de três meses.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!