Queria que tu me chamasse pra tua casa, menino. Que bebêssemos uma bebida ou duas. Que tu me levasse pra tua coleção gigantesca de livros e me contasse a história mais incrível, do teu jeito calmo e gostoso de ser. Que tu me falasse das ilusões da vida, do amor ser uma mentira e da tua mania de não se apaixonar, mas logo em seguida me declarar tudo aquilo que eu já sinto por você. Queria que tu fosse meu, garoto.

Sem hora de ir embora. Um vinho. Apenas a luz da rua entrando iluminando o cômodo ao som de Zero de Liniker, cada palavra dita fazendo sentido nesse momento. A vontade de amar você, de te ter pra sempre comigo, de fazer tudo aquilo que dissemos em simples mensagens… De sentir o arrepio do teu beijo no meu pescoço, tua barba me acariciando. O teu cheiro. Queria te bagunçar inteiro e te fazer esquecer o que a vida tem de ruim.