Henrique era filho único.

Sua mãe era advogada. Seu pai, médico.

Talvez outra criança em seu lugar sentisse dificuldade em cumprir as expectativas de seus pais, e das outras pessoas ao seu redor. Mas não Henrique.

Com não apenas notas perfeitas, mas também notável habilidade em violino e piano. Um jovem educado e respeitoso.

Perfeccionista também. Seus pais, sinceramente, não eram realmente tão exigentes quanto pessoas de fora da família poderiam pensar. Mas não fazia diferença. Henrique era mais exigente do que seus pais poderiam ser.

Henrique não aceitaria nada menos do que a perfeição, a excelência, em tudo o que ele fazia. Se ele cometia erros, se sentia dificuldade em uma questão de matemática, se errava a nota de uma nova música, isso era algo que apenas ele saberia. Ele não permitiria que mais ninguém visse seus erros e falhas.

O resto do mundo veria apenas um príncipe dourado.