Depois dos Fogos de Artificio escrita por NickLander


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Baseado no canon, quando a Orihime estava prestes a ir para a Soul Society resgatar a Rukia. A Tatsuki tava com o braço engessado e tudo... Sim, lá nos primórdios de Bleach. Espero que gostem.



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Manchas incandescentes de luz multicolorida cobriam o azul escuro e aveludado do céu da noite adiantada, brilhando como estrelas por momentos breves antes de se queimarem. À medida que sua luz dissipar-se em nada, os últimos ecos das explosões de que nasceram rolaram através de Karakura, sinalizando o final do concurso de fogos de artifício.

Os aplausos e assobios começaram a ecoar da multidão que tomava as ruas designadas para o festival. Orihime e Tatsuki decidiram que tinham tido o suficiente por uma noite, e então começaram a se mexer simultaneamente, para fora da multidão. A fuga levou tempo. Apesar de elas terem contato com o bom gancho de direita de Tatsuki, que servira para eliminar os obstáculos particularmente obstinados, como bêbados e engraçadinhos de plantão.

Mas, no final, as duas se libertaram com sucesso da multidão, perto do local aonde chegaram: uma trilha entre alguns arbustos que conduzia ao outro da rua que não estava destinada ao festival. Quando os sons do festival converteram para um zumbido baixo e distante, Tatsuki falou, olhando para Orihime, tentando usar seu sorriso para disfarçar a ansiedade.

— Uh, então... Você vai visitar sua tia, certo? Orihime piscou algumas vezes. Felizmente, sua mente conseguiu recuperar o álibi que ela tinha alimentado Tatsuki antes que sua boca pudesse contradizer isso.

— Ah, sim, sim, faz um tempo, e ela realmente quer me ver, então... – Tatsuki acenou com a cabeça, na ausência do que dizer.

 _ Já sabe o dia da sua ida? – A morena perguntou estalando a língua de um jeito esquisito.

Orihime sentiu-se novamente, andando as cegas na fina linha que a separava da verdade e da mentira. Um passo em falso e, ela iria acabar entregando os pontos. Afinal, ela não estava indo visitar parente, coisíssima nenhuma e sim indo ajudar Ichigo no resgate de Rukia. Mas, esse era o tipo de tópico que não se podia falar tão casualmente, e este era o único refresco que sua consciência tinha para aliviar o fato de estar mentindo tão descaradamente.

— Não tenho certeza! - Orihime disse, sorrindo intensamente torcendo pra que Tatsuki saciasse sua curiosidade de uma vez.

— Ela vai me ligar para confirmar o dia. Ela tem algumas coisas de trabalho para resolver... – Tatsuki arqueou uma sobrancelha, e Orihime novamente se sentiu que ia cair daquela corda bamba imaginária.

— Que tipo de trabalho ela faz? - Tatsuki perguntou, sorrindo com inocência.

— Eu não sei ao certo. – Orihime disse em meio a um dar de ombros.

— Mas, é algo ligado a gerencia. Sabe que minha tia é muito boa nessas coisas. - Orihime acrescentou.

— Por isto, ela tem que deixar tudo em ordem, para poder me receber.

— Bem, fico contente em saber que alguém em sua família irá lhe dar a devida atenção...

— Sim. – Orihime rolou os olhos para baixo, fixando-os nos pés de sua interlocutora. Ela havia encontrado um equilíbrio, não havia caído na própria mentira, mas isto não a deixava de todo confortável.

— Eu me sinto egoísta, sabe. – Tatsuki coçou a parte de trás da cabeça, em meio a um sorriso estranho e tomado de nervosismo.

— Eu. Eu sentirei sua falta, você sabe. Mas, uh... - Ela calou-se olhando fixamente para Orihime.

— Não se preocupe com isso! Eu sei, eu sei coisas familiares. Coisas importantes, eu não tenho esse direito...

Ela encerrou seu breve discurso, em meio a uma risada nervosa.

Orihime, por sua vez agarrou as mãos de Tatsuki com firmeza, entrelaçando seus dedos com os dela.

— Eu irei sentir sua falta também. - O murmúrio quase silencioso poderia ter sido muito baixo para Tatsuki ouvir, se Orihime não tivesse de aproximado durante o processo. Um leve farfalhar se fez ouvir quando o tecido da saia de Orihime escovava o jeans de Tatsuki.

— Obrigada. A proximidade súbita interrompeu a linha de raciocínio de Tatsuki que se tornou ligeiramente gaga.

— Aff, estamos sendo idiotas. Não vai demorar a passar... Num piscar de olhos você vai e você volta

— Não. Orihime concordou.

— Não é? Tatsuki murmurou, calando-se quando Orihime pressionou ainda mais sua mão.

— Mas, estar longe de você é sempre um pouco estranho. – Orihime seguiu murmurando numa voz confessional.

— Sim, sim... Tatsuki tentou levantar a mão livre para acariciar seu rosto, mas o gesso limitou seu movimento. Em meio a uma careta de descontentamento, ela fixou seus olhos em Orihime que identificara no rosto de Tatsuki traços de sua confiança habitual.

— Devemos aproveitar o tempo que temos, então! Orihime assentiu.

— Definitivamente! Ela riu os olhos virados para cima enquanto ponderava.

— Oh! Eu pensei em todos os tipos de esportes legais! Muito melhor do que o futebol de base. Você vai adorar o beisebol.

 _ Se isso for o que eu acho, eu prefiro não arriscar quebrar mais membros antes que este se cure, Orihime.

Sorrindo, Orihime puxara um bastão imaginário para fazer Tatsuki vagamente reconsiderar sua recusa.

— Ah, bem, podemos fazer outras coisas. Tatsuki riu calmamente.

— Sim... Vamos pensar em algo.

Em um instante Orihime tivera o rosto tomado por mais um sorriso

— Ei, eu já pensei em algo! Você ainda não viu meu novo lugar ainda!

— Você quer dizer o quarto do hotel? A casa de Orihime teve de passar por reformas, por causa disso a jovem estava morando em um hotel.

— Se virarmos à esquerda no próximo cruzamento, poderemos chegar lá muito rápido! Vamos, quer ver?

"Hein..." Tatsuki estava cada vez mais alarmado pelo número de vezes que ela havia dito "uh" ou outras onomatopeias sem sentido, durante essa conversa.

— Certo! O quarto de hotel de Orihime era um espaço modesto, constituído de um apartamento com quarto e sala conjugado e um banheiro que ficava lá fora no corredor.

O lugar tinha aquela atmosfera fria e impessoal comum a todos os hotéis, um espaço que deveria ser apenas transitório para as pessoas, mas que para Orihime havia se convertido num lar. Isto entristecia o sorriso de Tatsuki que se via puxada por Orihime.

Uma vez que elas entraram no quarto toda a primeira impressão negativa de Tatsuki recuou. Graças a Orihime - suas tentativas de decorar o lugar com flores e imagens, combinadas com a mera presença de seus efeitos pessoais, deram uma luz aconchegante ao lugar.

— Não parece grande coisa, eu sei. - começou Orihime, sentada à beira da cama.

— Mas, é muito divertido às vezes! De vez em quando alguém entra em uma briga com outra pessoa, e os corredores são tão estreita é como assistir Street Fighter! ... Não há bolas de fogo, no entanto. Embora o Ayase-san do 6B consiga fazer coisas incríveis. Acho que isso é porque ele é um ex-boxeador.

Tatsuki encontrou-se a rir quando Orihime detalhava as desventuras dos outros inquilinos, a preocupação restante por parte da óbvia incapacidade de Orihime de ser tocado pelo humor predominante do hotel. Ela sentou-se ao lado de Orihime, balançando a cabeça de forma animada enquanto Orihime falava sobre suas experiências recentes com sua vizinhança nem um pouco usual...

As coisas eram um tanto turbulentas. Mas, Ayase-san, soube como colocar as coisas em ordem. Embora, nunca tenha se envolvido diretamente com ela.

— Se um dia ele se meter em seu caminho, posso lhe mostrar um pouco do meu estilo de luta. – Tatsuki dissera balançando o braço.

— Eu aposto que poderia leva-lo a nocaute num instante...

— Eu aposto que você poderia... Orihime sorriu um sorriso suave e estranho - uma de suas muitas expressões difíceis de ler. Tatsuki piscou enquanto tentava descobrir. Algo sobre o brilho nos olhos dela... Algo que não estava lá, na maioria das vezes.

Quando Orihime aproximou-se o suficiente para Tatsuki sentisse suas respirações se convergindo, Tatsuki lembrou-se, e a lembrança pôs borboletas no seu estômago. Sua boca se abriu para falar, mas nada saiu. Era uma droga, mas aqueles olhos sempre a capturavam.

Orihime trouxe os lábios para a orelha de Tatsuki, tão perto que a luz tocada no lóbulo como ela sussurrou.

— Já faz algum tempo que eu estive esperando... – O que ela esperava não era dito. Orihime não precisava dizer isto de qualquer maneira.

—... – Tatsuki não confiou em sua mente para que sua boca dissesse algo inteligente.

— Você me quer? – A voz de Orihime saiu baixa com uma dose extra de persuasão.

Tatsuki tinha a resposta na ponta da língua pra pergunta. Mas, nunca sonhou em dizer em voz alta porque não queria estragar a amizade. Contudo, a proximidade da ruiva mandava as favas sua determinação de guerreiro.

— Acho que deixei isso mais claro do que deveria... – Tatsuki respondeu arranhando a garganta.

— Isso é ruim? – A jovem jogou o cabelo, fazendo com que seus fios sedosos escorressem pelo rosto de Tatsuki, causando uma leve cosquinha.

— Digamos que eu não gosto de ser pega com a guarda baixa, desse jeito... – Tatsuki coçou a cabeça, embora se sentisse mais confiante do que nunca.

— Esse foi o único modo que encontrei pra te dizer... – Orihime respondeu pousando o peso de suas duas mãos nos ombros de sua amiga, que aguentou firme quando Orihime jogara seu corpo sobre o seu.

Por instinto, o braço livre, não engessado, enlaçara a cintura da ruiva que escondeu seu rosto no pescoço da outra garota.

Demoraram algum tempo, para se separar.

Os rostos afogueados, por tudo que pelo DEVIR.

Mas, depois de uma rápida troca de olhares.

Tudo se sucedeu com uma maior naturalidade. Suas bocas foram atraídas, e elas cederam com facilidade ao instinto.

Enquanto seus corpos se entrelaçaram, antes mesmo de seus corpos alcançarem ao mesmo tempo a cama.

Orihime distribuía beijos por toda a extensão do pescoço de Tatsuki que se sentia em desvantagem por causa do braço.

— Não se preocupe, Tatsuki-san é só o começo.

Dito isto, a ruivinha a puxou para mais um beijo, fazendo com que ela se sentisse como se uma daqueles milhares de fagulhas que haviam tomado o céu horas mais cedo, tivessem explodido em seu peito.

Seria isto que chamam de felicidade? Tatsuki teve sua resposta quando seus lábios uniram-se aos de Orihime mais uma vez, e outra e outra...


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Notas finais do capítulo

Agora que chegou aqui, aguardo ansiosamente suas opiniões, please?!
Obrigado.



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