Bate, Bate o Chocolate escrita por Thaliiahelena


Capítulo 2
Precisa-se de uma namorada


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeiii!
Quem tá animado pro capítulo? Com certeza eu tô! Para saber o que vocês acharam ^-^
Capítulo betado pela minha linda marida: Enma.

Sem mais delongas... Boa Leitura!!!



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Eu sempre fui muito ruim com garotas.

Quando era pequeno eu não conseguia nem chegar perto delas! Dava-me um nervoso que eu não conseguia sequer pronunciar um ‘oi’, transpirava de uma maneira insana toda vez que alguma tentava ser simpática comigo. Graças a isso as meninas começaram a me achar esquisito e os meninos... me deram apelidos dos quais só eles achavam graça, como “rolha de poço” ou “baleia orca” não ajudavam em nada na minha autoestima.

Eles tinham até uma musiquinha muito irritante que era mais ou menos assim: Gordo. Baleia. Saco de areia... Caiu quebrou... Saco de cocô.

Acho incrível a capacidade criativa das crianças para inventar musiquinhas e apelidos tão originais.

No entanto nem tudo no colégio foi tão ruim, eu tinha Shikamaru comigo, na época ele não ligava para as meninas, dizia que elas eram problemáticas. Anos depois, quando ele conheceu Temari só teve ainda mais certeza disso, mas ela era um problema que valia a pena.

Temari sempre foi muito independente e feminista, principalmente porque estava acostumada a lidar com homens machistas. Quando ela conheceu Shikamaru, que até então só tinha se relacionado com mulheres complicadas, tomou como missão fazê-lo enxergar que as mulheres não eram da maneira que ele pensava e que elas são tão capazes, ou até mais, de lidar com o mundo como os homens.

A determinação de Temari só serviu para que Shikamaru se apaixonasse ainda mais por ela.

Eu também tive meus relacionamentos, depois de desenvolver a capacidade de falar com mulheres. O mais longo durou dois anos, mas acabou porque simplesmente o amor foi se deteriorando até só restar o tédio.

Agora anos depois estou pronto para um novo relacionamento, mas não é como se ela fosse entrar no restaurante porque estava fugindo de uma chuva, não é mesmo?

E agora ali estava eu, batendo o chocolate e pensando em como seria bom ter uma vida amorosa agora.

— Sinceramente Chouji, não sei por que você quer estar num relacionamento – Konan comentou – Isso só atrasa a vida e... Eu não disse que o corte era para ser feito do tamanho horizontal do meu dedo? Isso parece do tamanho do meu dedo pra você? – gritou com Izumo, que se encolheu voltando a medir a cenoura – Enfim – voltou-se para mim como se nada tivesse acontecido – Essas coisas são besteiras.

— Eu não concordo – Neji opinou – Acho que relacionamentos são bons sim, mas essas coisas acontecem. Se for falar em uma ficada sem compromissos você consegue fácil, hoje em dia todo mundo parece querer isso, mas quando falamos de compromisso sério... Tá bem mais difícil de achar amigo.

Encarei Neji por alguns instantes, ele ficava muito diferente com aquela touca para cozinha no longo cabelo e o avental envolvendo seu corpo. Neji era um homem romântico, gostava mais de estar em um namoro correto do que em uma ficada banal, então considerei as palavras dele.

— Talvez você tenha razão – murmurei encarando o chocolate – Essas coisas acontecem de repente.

— Você é alguém legal, Chef – Kotetsu me disse sorrindo – Vai arrumar uma garota bacana alguma hora – derramou algumas lágrimas.

—Cebolas! O deixam sentimental – Konan explicou fazendo todos darem risada.

~//~

— Tem tinta pra todo lado, Naruto!

Naruto tinha decidido que faria uma parede para a ala infantil no segundo andar do prédio. O que eu aprendi com isso? Nunca deixe um pintor desleixado fazer o trabalho sujo.

— Konohamaru que pisou no balde de tinta! – apontou pra ele deixando o pincel sujar ainda mais o chão de laranja.

— O que?! – Konohamaru gritou ofendido – Eu escorreguei! Não tenho culpa se o Udon espirrou bem no meio da minha cara, nojo!

Olhei para os quatro naquela sala.

Naruto tinha a camisa branca completamente misturada em cores de laranja e preto. Konohamaru segurava um gelo contra o pé machucado e olhava para Udon emburrado, este que estava tendo um ataque de espirros por causa do cheiro da tinta. E Moegi estava apenas num canto alheia a tudo desenhando o que eu achava ser um coelho.

— O que Udon estava fazendo aqui se ele é alérgico a tinta?

  - Ele só veio me trazer um pedaço de torta – Naruto mostrou o pedaço no prato, que agora estava em suas mãos, provando de uma bela colherada. Depois pronunciou algo que entendi como “Tá uma delicia” com a boca cheia.

— Esse é um pedaço daquela torta de chocolate que a Konan fez para o jantar?

Todos arregalaram os olhos.

Respirando fundo e contando até dez, pelo menos umas cinco vezes, eu olhei para os quatro e disse:

— Eu vou fazer uma nova torta – indiquei a escada – Udon, por favor, vá para casa por hoje, não quero você espirrando na comida – olhei para Naruto – Você… Limpe essa bagunça.

— Ah! Mas ficou tão bonito, laranja é a melhor cor! Não quer pintar o restaurante de laranja?

— Naruto – coloquei a mão sob meus olhos clamando paciência – Só arrume tudo, e volte amanhã com o Sai para terminar a pintura, sim? Chega desses três te ajudando.

Fui em direção à escada, quando vi Konohamaru passar discretamente por mim. O agarrei pelo avental para que parasse.

— Não, senhor! Você vai arrumar essa bagunça também.

— Sim, chef... – Sua expressão era cabisbaixa.

Desci as escadas me deparando com Shikamaru e Temari.

A loira tinha vindo dar uma boa notícia ao namorado pessoalmente. Ela havia conseguido que sua melhor amiga, uma modelo muito famosa, viesse fazer a campanha para o novo comercial de sua empresa, e que ela poderia finalmente conhecer Shikamaru.

— Dia difícil? – Shikamaru me zoou.

— Há Há muito engraçado – revirei os olhos – Me dá licença que eu tenho uma torta para repor.

— Chouji, você precisa relaxar! – declarou Shikamaru – Não ganha nada se estressando atoa.

Olha que é muito difícil de acontecer, mas eu concordo com o Shikamaru – arregalei meus olhos – Qual foi a última vez que você saiu de casa sem ser para trabalhar?

Cocei minha nuca completamente sem jeito.

Ultimamente eu tenho me dedicado muito ao trabalho, quer dizer, nesses dois últimos anos eu acho que fui só uma vez ao cinema e em algumas festas de aniversário. Puxa, estou tão robótico assim?

—Pela sua cara parece que faz muito tempo – Temari riu – Escuta! O que acha de um encontro às cegas? – ela sugeriu arqueando uma das sobrancelhas.

Processei aquelas palavras bem devagar…

Encontro. Às. Cegas.

Shikamaru olhou para Temari, Temari olhou para Shikamaru.

Ambos pareciam tramar algo muito grande e que tinha grande probabilidade de terminar em catástrofe.

— Vamos amigão – Shikamaru bateu em meu ombro – Você não estava procurando uma namorada?

Temari aumentou o sorriso.

— Eu tenho uma amiga, ela é muito legal e bastante divertida – comentava – O último relacionamento dela foi meio ruim, e acho que ela precisa mesmo de um cara como você.

— Sei... Uma amiga sua com um cara como eu.

— É verdade Chouji! – Temari veio até mim apertando minhas bochechas, estapeei suas mãos – Você é um doce de pessoa! Todo mundo precisa de alguém assim, vai, aceita!

Talvez eu tenha soltado o maior suspiro da minha vida naquele momento, mas estava louco o suficiente para logo em seguida balançar a cabeça de forma positiva. Temari chegou a pular de animação e Shikamaru ria da minha desgraça, como sempre.

— Mas se não der certo eu quero um ano de produtos grátis.

— Prometo – ela levantou as duas mãos na minha frente para atestar que não era mentira.

Imaginando como isso funcionaria, eu entrei na cozinha para lavar minhas mãos e colocar a rede no cabelo.

— Como que eu vou fazer isso? O que se fala num encontro desses? Isso não é normal!

Quebrei os ovos separando a clara da gema em vasilhas diferentes.

— Não é possível que as pessoas aceitem sair em um encontro romântico com um desconhecido! Como foi que eu me meti nessa?

A porta de trás se abriu por ela passando Sakura, Kiba e Hinata. Verifiquei o horário e percebi que eles chegaram mais cedo, que milagre era esse?

— Hinata, eu juro que te compro flores e faço cartinhas de amor com os poemas mais lindos – dizia Sakura.

— Eu te levo aos melhores lugares da cidade – Kiba disparou logo depois.

— Melhores lugares? Aqueles bares fedidos que você frequenta? – Sakura torceu o nariz – Hinata não é um dos seus amiguinhos para frequentar esses lugares - A Hinata é uma dama!

— Eu acho que a Hinata pode responder por ela mesma – Kiba rebateu.

Ambos olharam para Hinata que apenas corou de vergonha e veio até mim, se escondendo em minhas costas.

Balancei a cabeça em negação.

— Vocês já pararam para pensar que a Hinata pode não estar interessada em namorar no momento? – revirei os olhos – A menina está estudando que nem uma louca pra passar na universidade de medicina e vocês atrapalhando ela – fui até eles dois – Isso é falta do que fazer? Tem um monte de louça para lavar logo ali – apontei – podem começar.

Hinata olhou para mim agradecida.

Depois eu e você teremos uma conversa - esclareci – E espero que não saia correndo, como faz com esses dois.

Hinata abaixou a cabeça envergonhada e se retirou para seu posto no balcão.

Coloquei o bolo no forno ouvindo os dois discutirem um com o outro. Coisa que só acontece na cozinha na noite de folga da Konan, isso que dá ser o chefe bonzinho.

Ri de mim mesmo.

Essas crianças de hoje só se interessam por relacionamentos.

Voltei ao salão principal e vi Sasuke entrar carregando uma blusa amarela consigo.

— Ele só sai de lá quando terminar de limpar tudo – avisei sabendo que Sasuke, cujo já estava mais que acostumado com Naruto, sabia do que eu estava falando – E não me interessa se vocês tem os episódios de série nova, ou o que for para assistir.

Sasuke deu um sorrisinho de lado que dizia: Se quiser pode deixar trancado aqui a noite toda.

— Ele me fez vir até aqui dizendo por mensagem “Teme, por favor, me trás uma blusa. O Chouji tá sendo mal comigo” e um monte de emoji com carinha chorando – mostrou o celular – Então, foda-se.

— Como você é mal, Sasuke – Temari riu, mas em seguida os dois trocaram um soco de comprimento do tipo “É assim que se faz”.

Os casais que eu tenho que lidar.

— Tá sabendo da nova? Chouji aceitou ir a um encontro às cegas.

— Esse Chouji? –apontou para mim - O Chouji que não compreende as modernidades sociais? – Sasuke disse pasmo.

— Vamos parar de me zoar? – disse falsamente irritado, não tem como me irritar com os idiotas que eu já estou acostumado – Escuta! Como é o nome da sua amiga?

Temari abriu um sorriso que dizia: Você tá muito ferrado na minha mão, amigo.

— Ino, Yamanaka Ino.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam???
Comentem, favoritem.... Deixem a autora feliz :)

Beijos e até!



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