Confesso que eu não cria muito quando falavam que o que nós aprendemos nos projetos seria tão útil na vida comum. Quem diria que nesse momento de dificuldade o talento que Deus me deu seria o que me sustentaria? Agora com o notebook velhinho que comprei da obreira Bia estou começando a tirar um dinheirinho extra fazendo artes para serviços de impressão rápida online. Com isso me sinto menos como um nada, pois é o começo. O começo da minha futura empresa!

Apesar disso, não saí dos outros projetos. Na verdade vamos começar a ensaiar uma nova peça. Faz tempo que estamos para começar os ensaios para o Cultura Day, mas só agora a peça está praticamente decidida. Vamos apresentar a melhor peça do país. A ideia inicial está quase finalizada, mas os personagens ainda não estão totalmente definidos. Só sei que praticamente todos os jovens participarão. Ajudei a montar a base do roteiro com a obreira Bia, e por enquanto somos oito personagens.

Ah, o meu papel… Ao pensar nele me dá uma mistura de ansiedade com nervosismo, mais um tanto de vergonha e outro de adrenalina. Mas vou fazê-lo com toda força. Como já passou o feriado na chácara, poderei raspar tudo, e deixar as pernas lisas sem medo de ser mal interpretado, o que será necessário para meu papel ser mais convincente. Também precisarei de uma peruca. Maquiagem e figurino eu consigo com as meninas.

Ao contrário das nossas apresentações anteriores, nessa mencionaremos o título e autor da original (ou melhor, apenas o que conseguimos, pois encontramos o vídeo original apresentado por uma igreja lá no Brasil, apenas com o título A maior influência, sem autor), de onde adaptaremos a ideia. Agora que trabalho com arte, entendo como um artista sofre prejuízo quando seu trabalho é copiado por alguém sem criatividade ou mesmo ilegalmente. E tem gente que ainda plagia os outros mas enche suas próprias obras de avisos plágio é crime. Muito nada a ver!

Como a peça ainda não está cem por cento, primeiro vamos apresentá-la num Conexão. Farei duas vezes o papel! Que tenso.