Toni Topaz & Cheryl Blossom escrita por Dianna Lea


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Mente crazy me fez escrever, e não sei se há mais pessoas loucas que gostam desse casal haha



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Toni Topaz e Cheryl Blossom

 

 

Oneshot

 

 

Pov's Cheryl

 

Eu li em algum lugar que certos tipos de traumas podem mudar drasticamente a essência de uma pessoa, as preferências mudam, os gostos, a forma com que você ver todo o mundo. Eu poderia facilmente culpar o meu recente trauma, poderia dizer que toda essa confusão de sentimentos foi iniciado por ele, eu sei que a sinceridade não é um ponto forte da família Blossom, mas eu sou mais que isso, eu preciso ser.

 

Vocês devem está se perguntando o porque de tudo isso, não é? Não se preocupem, eu vou explicar tudo.

 

Há algumas noites atrás comecei a repassar certa cena em minha cabeça, eu analisava cada segundo, cada gesto, tudo mesmo. Mas como poderia ter tanto para analisar? Foi tudo tão rápido, sim, eu sei, mas tem muita coisa sim.

 

—Eu costumo fazer as honras. - Uma morena de estatura mediana, cabelos castanhos com algumas mechas cor de rosa, chamou a minha atenção.

 

Senti um sorriso involuntário nascer em meus lábios.

 

—Hoje não cha-cha, eu nasci para esse momento. - Passo por ela, e a vejo me olhar de esguelha, ou foi para a minha bunda? Estão vendo, é muito o que analisar.

 

Foram poucos segundos, e eu posso até está louca, mas isso não séria uma novidade, a família Blossom também não tem um bom histórico de sanidade.

 

 

E eu também não posso ligar isso ao caso Nick. - Esse nome ainda causa sensações ruim em meu corpo. -Então o que usar como gatilho?

 

Nunca mais a vi após esse breve encontro, mas ainda pensava todas as noites quando finalmente eu conseguia ter um tempo para pensar apenas em mim, e ainda assim eu não pensava em mim, pensava nela. Isso já está ficando extremamente irritante.

 

—O que faz aqui, Hobo? - Pergunto ao ver que a morena encarava fixamente o Rio SweetWater.

 

 

Ela me encarou por alguns segundos, e então voltou a fixar seus olhos castanhos no rio.

 

Toni Topaz, esse é o nome desse ser que grudou como uma grande gosma melequenta nos meus pensamentos. Há alguns dias atrás ela e toda sua gangue mudaram-se para Riverdale High. Se eu fui contra isso? Mas é claro que sim.

 

—O Rio é tão lindo, tão tranquilo. - Responde finalmente.

 

 

—Mas tão mortal. - Murmuro com alguns flashes passando por minha cabeça. Sei que a morte verdadeira de Jason não foi naquele rio, mas ele foi o ponto inicial, e após isso, foi o ponto da minha tentativa de suicídio. Eu ainda consigo sentir a água gelada furando cada pedacinho da minha pele como se fossem milhares de agulhas.

 

 

—Mas o que está fazendo aqui? - Torno a perguntar.

 

 

—Eu já disse, é tranquilo. - Dá de ombros, e isso me irrita.

 

 

—Não pode vim aqui. - Controlo a irritação.

 

 

—O Rio é propriedade pública. - Sorrir sarcástica.

 

 

—Não importa. - Reviro os olhos para sua insolência.

 

Vejo-a sorrindo, e então finalmente fixa seus olhos nos meus.

 

 

—Eu sempre venho aqui. - Desvio dos seus olhos ao dizer, tento focar minha atenção na leve correnteza do rio.

 

 

—Eu sei disso. - Sinto ela se aproximar.

 

 

—Como é que é? - Pergunto confusa.

 

 

—Eu tenho te observado desde que cheguei a Riverdale High. - Confessa sem se importar.

 

 

—Eu devo chamar a polícia? Isso é perseguição. - Tento mostrar irritação. Mas não vou mentir, eu gostei de saber disso.

 

 

—Eu queria ver como é a verdadeira Cheryl Blossom, longe de todos onde ela finge ser sempre a inabalável. - A cada palavra ela se aproximava mais, parou até está quase invadindo o meu espaço pessoal.

 

 

—Essa é a verdadeira Cheryl, eu sou sempre inabalável. - Reviro os olhos tentando demonstrar impaciência.

 

 

—Tem certeza? Pois eu acho que você é só uma garotinha assustada, que sofreu negligência, que no lugar de ganhar qualquer afeto, recebeu bens materiais para suprir essa falta, e nós duas sabemos que isso não importa. Não acha que já está na hora de tirar a máscara, Cheryl Blossom?

 

 

—Eu não me importo com o que você acha. - Minha voz saiu o mais firme possível. Como ela poderia me conhecer tão bem? Quando nem eu mesma me conhecia, quando estou tão perdida em tantos e se's.

 

 

—Tem certeza? - Faz a mesma pergunta irritante.

 

 

E ela invadiu de vez o meu espaço pessoal, senti suas mãos grudarem firmemente em minha cintura, e em seguida puxar, fazendo meu corpo colar ao seu.

 

 

Se eu fiz alguma coisa? Não, uma parte do cérebro berrava "fica ai, ver o que acontece" e a outra berrava igualmente com os dizeres "você está louca, Cheryl Blossom, não se preste a esse papel". No final de tudo eu fiquei imóvel, apenas predendo meus olhos nos seus.

 

Toni é mais baixa, apenas alguns centímetros, mas isso não a impediu de tomar o controle de toda a situação. Baixei minimamente o meu rosto, mas que fique claro, foi apenas para manter o nível de conexão entre os olhares.

 

 

—Mas o que você pensa que está faz.... - Algo macio cobriu meus lábios, o que acabou me interrompendo. E só então eu percebi, ela estava me beijando.

 

Os lábios da morena moviam-se com delicadeza sobre os meus, eu retribui? Não inicialmente, meus olhos estavam arregalados por tamanha ousadia e surpresa.

 

Após alguns segundos meus braços passaram a se movimenta, e sem que eu me desse conta, já estava circulando o pescoço da morena, puxando-a um pouco mais para mim.

 

Meus lábios se entreabriram um pouco lhe dando total permissão, e a mesma não deixou tal oportunidade passar, logo senti sua lingua explorar cada cantinho da minha boca, e seu gosto me invadir. Foi uma sensação nova, tão acolhedora, foi como finalmente voltar para casa, o que é muito estranho, já que não tenho esses tipos de sensações há bastante tempo.

 

Tão logo o ar se fez necessário, e como um surto eu afastei rapidamente. Eu tentei pelo menos, porque suas mãos ainda estavam presas de forma firme na minha cintura.

 

—Eu vou descobrir cada pedacinho da verdadeira Cheryl Blossom que você tanto esconde. - E então finalmente me vejo livre de suas mãos.

 

Suas palavras me deixaram ali paralisada a beira do rio. Toni Topaz acabara de me dá mais cenas para analisar, cada segundo para assimilar, e mais muitas outras noites para descobrir o que realmente estava acontecendo comigo.


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