Corações Despedaçados escrita por Boadicea


Capítulo 4
Malditos sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Olá ^-^
Sei que demorei com o capítulo e peço desculpas por isso. Estava em semana de provas e acabou se tornando difícil arranjar um tempo para escrever.
(LEIAM AS NOTAS FINAIS POR FAVOR).
Boa leitura:



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— Cuidado – Natsu murmurou no ouvido da loira enquanto a colocava em cima da cama. Ela o olhou de forma meio tímida, já com a bochechas um pouco coradas – o que quase o fez dar um sorriso.

— Obrigada.  – sua voz saiu tão baixa que tinha dúvidas se ele também havia escutado. De qualquer forma, Lucy continuava perdida: não tinha ideia do que pensar – ou do motivo – da presença constante de Natsu desde que acordara no hospital.

Puxou as cobertas até o queixo – o que despertou um olhar de preocupação em Natsu – e ficou ali, olhando para aqueles olhos verdes que eram capazes de deixa-la sem ar. Por que ele continuava ali? Por que estava fazendo tudo aquilo por ela? Qual era merda do sentido naquilo tudo?

— Eu já volto – ele murmurou e, antes de que ela pudesse processar direito suas palavras, ele já estava fora do quarto. Lucy deixou escapar um suspiro enquanto se enfiava ainda mais de baixo das cobertas.

Dragneel desceu rapidamente as escadas e as subiu ainda mais depressa, com as mãos repletas de sacolas. Lembrava muito bem do quão lastimável era a alimentação da loira e poderia jurar que agora estava ainda pior. Algumas coisas não mudam nunca, pensou ele.

Desempacotou os alimentos e guardou todos eles, como se fosse a coisa mais normal do mundo ele estar guardando as compras de sua ex namorada. Ou, pior ainda, como se fosse normal ele ter feito as compras para ela.

— Tomei a liberdade de lhe comprar algumas coisas, como pão e tomate. – ele começou a dizer assim que adentrou o quarto dela – E nem pense em começar a reclamar: você precisa se alimentar direito, quer você queira, quer não.

As palavras do rosado a pegaram de surpresa, de forma que, por um tempo, nada falou. Toda essa preocupação – que chegava a ser irritante, inclusive – era familiar demais: quase como se eles houvessem voltado no tempo.

— Não há nada de errado com a minha alimentação.

A risada de Natsu ecoou por todo o cômodo, mas era uma risada amarga. Do tipo que fazia com que Lucy quisesse se encolher ainda mais.

— Ah, claro – ele ironizou – e é justamente por sua ótima alimentação que você está aí nesta cama, não é?

— Eu estou bem, foi só uma tontura passageira. Nem sequer havia necessidade de ir ao hospital. Você quem é exagerado, Natsu.

Ele já esperava que ela fosse dizer isso, e tinha a resposta na ponta da língua, mas por um momento tudo pareceu ter parado. Talvez fosse a forma como ela pronunciou seu nome – tão distante do carinho que costumava ter ali – ou como o olhou, parecendo tentar arrancar a verdade dos seus olhos verdes.

O rosado deixou escapar um suspiro, se perguntando como diabos tinha chagado naquela situação: o fato de ter encontrado Lucy depois de todos aqueles anos era, por si só, um desastre. Já era mais do que o bastante para tirar sua vida dos eixos, por mais que odiasse admitir.

Porém encontrá-la daquela maneira, tão frágil e descuidada, era como levar um soco no estômago. Os olhos dela eram os mesmo de antes, ela ainda mantinha aquele olhar felino que sempre o fizera se arrepiar da cabeça aos pés. Mas havia ali uma tristeza contida, como se ela pudesse desabar a qualquer momento. Como se já não aguentasse mais aquela vida.

E então, como se não bastasse tudo isso, ainda teve que encontra-la desmaiada. Como ela havia se permitido chegar naquele ponto? Quando as coisas tinham começado a ir tão mal assim? Lembrava-se de, logo que terminaram, ouvir sua mãe comentando algo sobre ela ter ido embora, mas por puro capricho se recusara a saber qualquer outra coisa. Aquilo tinha sido apenas 3 meses depois de terminarem e até então ele acreditava ter superado: estava tudo indo muito bem em sua vida, estar solteiro parecia mais vantajoso do que preso a um relacionamento fadado ao fracasso.

No entanto foi naquela maldita noite que ele soube que aquilo era uma ilusão: por melhor que ele pudesse estar, uma parte dele ainda sentia falta dela. Sentiu que tinham derrubado um balde de gelo em suas costas quando descobriu que ela havia simplesmente “sumido do mapa.” Como ela tinha tido coragem? Às vezes, quando pensava no assunto, ainda podia sentir sua mão latejar de dor pelos socos que tinha dado na parede do seu quarto. Naquele dia, tinha se odiado por deixa-la ir, por ainda se importar e por ela ser uma filha da puta egoísta. Mesmo que, na verdade, ela só tenha feito o que sempre disse que faria.

Ele quem nunca acreditou.

Nem que ela iria embora, nem que um dia ela deixaria de amá-lo.

E, agora, voltava a querer socar alguma coisa. Socar até sair sangue, até destruir tudo, até ficar apenas com o caos.

Pois com o caos ele sabia lidar: era o que moldara o relacionamento deles durante todo aquele tempo.

E, principalmente, voltava a se odiar por ainda se importar.

— Ligue caso precise de alguma coisa. – ele murmurou enquanto ia embora, sem saber ao certo o que estava fazendo. Por que era sempre assim? Por que a vida sempre insistia em fazê-los cruzar o mesmo caminho?

Enquanto fechava a porta tudo o que Natsu pensava é que ele só queria ser capaz de resolver aquela história de uma vez por todas: ou as coisas entre eles finalmente dariam certo ou aqueles malditos sentimentos o abandonariam.

Pena que as duas coisas pareciam impossíveis de acontecer, como sempre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Bem, isso não é um assunto que me agrada, porém é algo sobre o qual precisamos conversar: falta de comentários. Desde que postei a fic eu não recebi nenhum comentário e isso tem me deixado triste, de verdade. Preciso que vocês comentem para saber se estão gostando e o que precisa ser melhorado. Além do mais eu amo muito mesmo conversar com os meus leitores e fico totalmente quebrada ao publicar uma estória "para o silêncio." Assim como, também, os comentários são um grande incentivo para eu continuar escrevendo a fic.
Então, é isso. Eu continuarei escrevendo a estória, mesmo sem comentários - quero que isso fique bem claro. Porém não posso garantir que ela vá ser atualizada constantemente se continuar sem comentários (sem incentivos e reconhecimento, então sem pressa. Simples assim).
Beijos e até o próximo ^-^



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