Distorcido escrita por Sapphire
Notas iniciais do capítulo
Olha eu com mais uma one-shot de YOI. q
Pessoal, é mais um desabafo, mesmo que não tão bom assim. Yuuri Katsuki me interessara de cara não tão somente por ser o protagonista desse anime lindo, mas por ter ansiedade; e eu me identifiquei com ele. Sabe, é difícil deterninar em palavras o que a ansiedade é e podem ter certeza que me foi um tanto complicado escrever isso aqui, afinal de contas, sentir tudo o que nós ansiosos sentimos é o suficiente.
Nessa angst, eu homenageio as pessoas que sofrem de ansiedade assim como eu com um recado sincero: vocês podem. Nunca achem que é o fim, porque não é. Nós estamos na beira do precipício, mas isso nunca significa que nós precisamos cair nele. Nunca achem que ninguém acredita em vocês porque eu acredito. Sempre acreditei.
AVISO! A fanfic é angst, então, caso acho que de lê-la se sentirá mal, por favor, mantenha-se longe dela
Notório é o motivo pelo qual pedi-lhe para que confiasse em mim: é porque eu não confio.
Nós estamos distantes e, veja bem, eu sei que você sabe disso, mas nunca se daria ao trabalho de afirmá-lo. Não é tua culpa se beira o inútil quando andamos de mãos dadas na rua, quando nossos lábios encontram-se e nós deitamos juntos nessa cama aparentemente pequena para dois. E também não é tua culpa se tu sempre estará em --, vivendo a vida que pediste à Deus, enquanto eu me abrigo no conceito do distorcido e deparo-me continuamente com uma corda bamba cruzando o precipício soturno do esquecimento.
Você está do outro lado. Não era para estar. Não quero que lide com a ausência de cor do meu mundo particular. Tu não precisa alimentar essa crença de que um dia eu conseguirei. Saiba que meu eu mais profundo cessara as súplicas por muito tempo e agora priva-se ao nada que ele mesmo criara. Ali é confortável. Ali não há presente, passado ou futuro. Eu não preciso me preocupar com nenhum deles.
É ilógico, eu sei. Tão ilógico quanto dizer-me que há ouro no fim do arco-íris, tão ilógico quanto a esperança e a fé que eventualmente surgem em meu peito, tão ilógico quanto imaginar que tu há de amar alguém como eu. E eu só não peço para que compreenda-me, meu amor, porque nem mesmo eu estou disposto à tal. Eu sei que é difícil. Os meus tons não são interessantes como os teus ou os do resto do mundo.
Mas afinal, o que se esperar de alguém que teme o brumaceiro ao invés do temporal?
É como uma festa. Eu não quero ir à festas. Eu não quero, porque são barulhentas e sufocantes e tudo o que me aperta a alma. E sabe o que é mais desesperador, Victor? É perceber que, nesse mundo distorcido onde vivo sozinho, eu sou a festa. Eu sou a bagunça. Eu me corroo por dentro e não posso fazer nada, porque livrar-se desse grande estorvo é impossível. Sou eu. Sempre sou eu.
Se existem borboletas em meu estômago, elas não voam. Elas borbulham, explodem em constante ápice como fogos de artifício em festas de fim de ano, e quando isso acontece... Não há corda bamba. Não há você esperando-me do outro lado. Há o precipício, tão somente o precipício vasto e infinito.
E eu estou nele.
Porque temo o brumaceiro sabendo que talvez o temporal nem chegue.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!