Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 6
VI Confusos




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Pov’s Jin

—O… o quê? -O meu mundo caiu. Eu não conseguia pensar em absolutamente nada, era tanto inacreditável quanto inaceitável uma coisa dessas. Não sabia o que fazer, o que pensar… eu simplesmente fiquei estático e boquiaberto.

—Jin, fica calmo. Não tem com o que se preocupar.

—Você está mentindo pra mim. Não é? Quer me assustar. -Ele negou.- Por que você está fazendo isso comigo? Por quê?! -O Questionei, com lágrimas nos olhos. Fui para cima dele, queria dar socos no seu rosto para ele aprender que uma brincadeira dessas não se faz. Hoseok segurou os meus braços.

—Jin! Para… -Pediu, enquanto eu tentava desesperadamente desvencilhar meus punhos cerrados.

—Por quê?! Por quê?!! -Eu me questionava. Sabia que o resultado dos testes podiam ser reais. Subitamente me senti fraco. Desisti de bater nele, que me abraçou forte. Eu chorava e soluçava involuntariamente, até mesmo quando tentei agredi-lo.

—Shh… vai ficar tudo bem. Você não precisa chorar, eu estou aqui contigo.

—Hope… m-me diz que é só uma brincadeira, p-por favor. Eu não vou bater em você, apenas me diga que é. -Ele não me respondeu, apenas intensificou o abraço.

—Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de vocês. -Parei de pensar e me preocupar por um instante, me agarrei a ele. Assim que Hoseok desfez o abraço, me viu cabisbaixo. Ele levantou minha cabeça, olhou no fundo dos meus olhos e acariciou a minha bochecha com o polegar. Hoseok aproximou o seu rosto do meu, fechei os meus olhos e ele selou nossos lábios. Se eu estava confuso… agora estava mais ainda. Hoseok não deu continuidade, apenas encostamos nossos lábios um no outro.- Me… desculpe, Jin. -Pediu, tirando as mãos do meu rosto.- Eu preciso ir agora. Se cuide e não faça nenhuma bobagem. -Hoseok saiu depressa da casa. Passei a me questionar se durante todo esse tempo ele sentia outro tipo de amor por mim que senão fraternal. Eu não sabia o que pensar desse afeto extremo vindo do meu melhor amigo, ou que atitude tomar perante o resultado dos testes. Se eu disser pro Hope que não o amo desse jeito… será que ele vai mandar eu ir embora? Eu não quero voltar para aquele apartamento. Eu vou precisar da ajuda dele, não só financeiramente, mas psicologicamente também. Eu não tenho equilíbrio nem para sustentar a mim mesmo, que dirá uma criança. Será que devo abortar? Entregar a adoção? Conversar com Yoongi e Taehyung? Não… isso nunca. Não quero nem chegar perto deles. Eu deveria amar o Hope? Eu amo Hope? São tantas perguntas. Por que tem que ser tudo tão difícil? E mais uma vez… você se encontra encurralado, Seokjin.

Pov’s Hoseok

Por que fiz isso? Meu Deus eu só estou piorando as coisas. Jin está passando por um momento difícil e eu estou me aproveitando disso. Como posso ser tão idiota? Eu não gosto dele. Não, eu gosto dele; mas não é com segundas intenções. As horas pareciam ser anos. Eu queria chegar logo em casa e conversar com ele. Jin deve estar bastante atordoado, tanto pelo que fiz quanto pelo resultado dos testes. Ainda não consigo acreditar que ele realmente está… grávido? Nossa, isso é estanho até de pensar. Preciso ajudá-lo a aceitar isso, mas nem eu aceitei ainda. O pior de tudo é que o filho não é só dele, essa criança ser de um dos estupradores é provavelmente o que mais o aflige. Só espero que ele não planeje abortar. Independente de tudo… é uma vida. Se bem que do jeito que estamos, a vinda de uma criança não é nada boa. Jin não tem nenhuma economia e o último salário dele está chegando ao fim. O meu salário sustenta no máximo eu e o Mickey. Eu não sei o que vou fazer… mas não posso deixar o Jin. Quando olhei o relógio, o meu expediente havia chegado ao fim. Peguei as minhas coisas e chamei um táxi. Eu poderia começa a vir e voltar de metro, é demorado mas também é mais barato. Devo começar a cortar gastos se quero mesmo sustentá-los. Assim que cheguei em casa, encontrei Jin sentado em um banquinho, pintando o corredor enquanto bebia um como que… tinha cheiro de álcool.- O que é isso? -Perguntei, pegando o copo e tomando um gole.- Jin! Isso é cachaça. Você ficou louco?

—Ainda não fiquei, mas estou a beira de ficar.

—Jin, isso faz mal para o bebê. Você não pode mais beber nem pintar.

—Eu comprei outro teste.

—Deu negativo? -Perguntei, franzindo o cenho. Os dois testes que ele fez mais cedo deram positivo, um terceiro só afirmaria ou deixaria duvidas.

—Não, deu positivo mesmo.

—Então por que você está bebendo?

—Eu vou abortar, Hope.

—O quê?!

—Eu não tenho condições de criar essa criança.

—Mas… eu vou te ajudar.

—Não posso me escorar em você pro resto da vida. Fora que eu também não quero ela.

—Jin… é uma vida. Você está estressado, não pensou direito.

—Hope, para com isso. Eu não quero essa criança, assim como eu não quis ser estuprado por aqueles dois.

—Ela não tem culpa!

—Eu também não tive culpa! -Suspirei fundo, eu absolutamente não sabia como lidar com ele.

—Faça o que bem entender então. -Disse, dando as costas para ele e me dirigindo até o quarto.

—Você acha que é fácil…?! Acha que eu queria isso? Eu não queria! Olha a merda que eu estou vivendo, Hoseok. A minha vida se tornou um lixo. Eu não consigo mais ficar na minha própria casa, porque tenho medo que eles entrem pela porta e fação tudo de novo. Não bastasse isso ainda tem aquele vídeo pra me lembrar de tudo. E agora… uma criança pra eu me lembrar pro resto da vida. Eu não quero isso pra mim, Hoseok. Eu estou cansado de tudo isso. Você não consegue me entender por que não é você que carrega o filho de um estuprador. De um dos, aliás.

—Essa criança não é o pai, Jin. Você diz como se esse bebê tivesse culpa.

—Eu sei que ele não tem culpa…

—Então por que quer abortar?

—Porque eu não tenho condições financeiras nem psicológicas pra dar uma vida digna a ele.

—Porque você não quer. Que fique claro isso.

—Você pensa nele mas não vê o meu lado.

—Eu vejo o seu lado, estou vendo ele a mais de um mês. Mas eu não consigo aceitar o fato de que você quer tirar uma vida pra suprir os seus caprichos.

—Que caprichos, Hoseok?!

—Dinheiro, Jin. Eu já disse que vou te ajudar, mas, mesmo assim, você insiste em dizer que dinheiro é o problema. Eu estava pensando em cortar gasto, eu realmente quero te ajudar.

 


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