Palácio de Ilusões escrita por Raíssa Duarte


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora *_*
Foi sem querer, juro... esta semana foi meio apertada pra mim...
De qualquer modo, segue o capítulo ;)
Boa Leitura!



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A princesa estava tão assustada que sentia que seu marido poderia reconhecê-la mesmo sob a máscara.
    Suas mãos suaram frio e sua garganta ficou seca por conta do nervoso.
      Ir embora é pior... Pensou.
   Ele iria atrás dela, ou se zangaria com a dona do bordel. Madame Lefol não merecia nenhuma represália porque Rowen queria brincar e depois descobrira não ser corajosa suficiente.
     Rowen, além de estúpida, você também é covarde. Parabéns.
    Ela já estava ali. De fato, recuar seria pior.
     E Edric também.
   Ele na verdade parecia esperar que ela fizesse alguma coisa.
     Um passo atrás do outro, se aproximou, quando a verdade novamente a abateu.
      Ele não sabe que sou eu.
   Para ele, Rowen era a enfadonha e insípida esposa. Jamais imaginaria que era ela sob a máscara. E jamais saberia.
   O que significava que ela poderia fazer absolutamente qualquer coisa. Ninguém iria recriminá-la. Eles estavam fora do castelo, da fofoca, e do dever. Eram quase outras pessoas.
   Isso a deu coragem para encará-lo nos olhos.
   -Você é nova aqui?
   Silêncio.
   -Eu a conheço?
   Não, não conhece.
   A moça negou com um movimento de cabeça.
   -Não vai me dizer nem seu nome?
   Que surpresa. No começo de seu casamento Edric evitava qualquer contato ou conversa com ela. Os benefícios matrimoniais que o anonimato trazia...
   Negou novamente com a cabeça.
   Ele ergueu uma mão... e afastou o cabelo de seu ombro. Com o polegar, acariciou seu pescoço lentamente até a clavícula, deixando-a involuntariamente arrepiada.
   Edric colocou-se ás suas costas, desta vez retirando todo o cabelo escuro e pesado, deixando um lado do pescoço e costas livres, colocando as mechas sobre um único ombro.
   A jovem novamente se assustou, pensando que ele tiraria sua máscara, e aproximou uma mão do rosto em precaução, mas ao invés disso, ele desfez os nós de seu corpete.
   Rowen não tinha certeza se estava pronta para ficar nua, mesmo que o quarto estivesse iluminado por velas específicamente posicionadas. Era... revelador demais. Ainda assim, ela não o impediu.
   Seu corpete foi abandonado ao chão, deixando-a com seu espartilho e camisa de linho íntima.
    Por ser muito alto, a respiração de seu esposo canalha ia diretamente em seu pescoço, causando um frio na barriga por antecipação.
   Sentiu dedos subirem por seus braços despidos, mal tocando, apenas deslizando, e os arrepios voltaram.
   O rosto dele desceu em direção ao seu pescoço e ela torceu pare que fosse de fato um péssimo consorte e não reconhecesse seu perfume.
   As mãos partiram para sua saia, e com exímio conhecimento, a outra peça teve o mesmo destino que o corpete.
   Ela deveria estar fazendo algo também, não é? Lady Caroline dissera que a participação de ambos era fundamental.
    O rosto dele ainda estava muito próximo.
   Rowen beijou o maxilar quadrado e deixou uma pequena mordida.
   Para seu espanto, ele correspondeu apanhando seu lábio inferior entre os dentes, para depois beijá-la.
     Ela era realmente muito ingênua, porque pensara que já sabia tudo no âmbito de beijos, e os que experimentara eram o ápice da sensualidade e escândalo.
   Mais uma vez estava redondamente enganada.
   Edric fora delicado com ela para não assustá-la, porque aquele sim era um beijo.
   Do tipo que sua mãe ficaria horrorizada, e Constance desmaiaria.
   Do tipo que despertou alguma coisa dentro dela.
   Algo... pulsante...
   Mas não era seu coração.
   E pulsou mais quando as mãos masculinas desceram por sua barriga, cintura e pararam em seus quadris, apenas para puxar sua ánagua acima.
     Uma mão aventurou-se por sua coxa, subindo por um caminho perigoso.
    Áquela altura, mesmo ele estava ofegante. Pelo beijo, ou pelas carícias... Ela não saberia dizer.
    Um dedo atrevido encontrou sua intimidade. Em outro momento, no passado, Rowen ficaria mortificada, mas naquele, de algum modo, aquilo era exatamente o que ela queria.
       Queria, não.
        Precisava.
   Sentia-se febril e acalorada. Os seios precisavam de mais espaço dentro do espartilho. Ou talvez ela precisasse tirar os malditos tecidos.
    Tentou manter os gemidos dentro da própria boca, mas eles saíram sem permissão.
   Por que ela desperdiçou tanto tempo  sendo pudica?
   Ela tinha que agarrar alguma coisa.
   Agarrou a mão de Edric que ainda estava em seu quadril, apertando-o, enquanto a outra a estimulava.
   Sentiu-se muito escorregadia. Com as carícias constantes, Rowen finalmente soube como era fazer sexo.
     Seu corpo tremeu e agitou-se por inteiro quando descobriu o que era o clímax do prazer.
     Era muito melhor do que quando apenas ouvia falarem sobre.
   Porque agora ela também sabia.
   Nem percebeu que a única coisa impedindo-a de cair era Edric segurando-a, pois perdera completamente o equilíbrio.
   Alguns instantes passados, Rowen alisou seu espartilho, constrangida.
   Um pensamento a parou.
   Edric não a acompanhara.
   Aquilo era uma surpresa... Seu marido egoísta não era tão egoísta assim. Ao menos não com prostitutas. Ele a excitara e dera prazer, mas ainda não havia recebido nada em troca.
   Virou-se para encará-lo, quando notou o volume na calça negra.
   Excitado.
   Absolutamente excitado.
   Verdadeiramente excitado.
   Rowen quase chorou de... alegria? Alívio? As coisas ainda não estavam perdidas para ela, aparentemente.
   Edric retirou seu casaco e colete, ficando apenas em calça e camisa. Definitivamente, o quarto parecia menor. E mais quente.
   Rowen queria retribuir, mas tinha medo de fracassar. Conhecimento teórico e físico eram coisas distintas. Mas ele fizera o trabalho todo sozinho. Ele era o cliente, não ela.
   Lentamente, controlando o tremor das mãos, com apenas uma, desatou o pequeno laço da camisa, e o desfez de vez arrastando o dedo pelo tecido, e a unha pela pele. Repetiu com os outros até que a peça ficou entreaberta.
   Ela queria tanto vê-lo de verdade. Chegara perto apenas na ocasião do banho.
   Retirou a peça sem deixar de olhá-lo.
   Como se lembrava, o peito de seu marido era amplo e forte, salpicado por pelos claros.
   Absolutamente lindo.
    Ao aproximar as mãos do cinto da calça, ele a parou.
   -Ainda não. Primeiro quero ver você.
     Rowen engoliu em seco, sentindo que não poderia simplesmente sair andando. Ela estava sendo 'paga' para atendê-lo. O desejo dele vinha em primeiro. Uma profissional não hesitaria.
     Virou-se de costas e ajeitou o cabelo para que não ficasse na frente da armação.
      Ele tinha mãos habilidosas.
      Para vestí-la era preciso duas criadas. Edric tirou seu espartilho em menos de um minuto. E a Anágua também.
      Hora das roupas íntimas.
      Supunha que teria de virar-se.
   A princesa subiu o tecido de cima e o passou pela cabeça, sentindo-se corar sob a máscara.
     Agitou os fios castanhos para longe dos ombros para que não atrapalhassem a visão de Edric.
   Retirou lentamente a ceroula, ficando completamente nua, reprimindo o reflexo de cobrir-se com os braços.
   Rowen nunca parou para pensar sobre seu corpo. Então não fazia idéia do que seu marido estava pensando enquanto a olhava. Mas os olhos a percorrendo a faziam sentir o mesmo calor de antes.
      E se ele não a achasse atraente?
   Com quantas mulheres ele tinha dormido?
      E se ela não fosse tão bonita quanto?
   Empurrou os pensamentos negativos para longe de sua mente.
   O príncipe contornou seu corpo com a ponta dos dedos, levando uma onda de calor consigo.
   Encheu as mãos com seus seios, apertando suavemente os mamilos entre os dedos indicadores e médios, até que ficassem túrgidos.
   Mais uma vez, sua intimidade pulsou com o contato e ficou molhada.
   Em determinado momento, Edric rosnou e a ergueu até que seus pés saíssem ligeiramente do chão.
   Ele sentou sobre a cama, encaixando-a sobre si.
   Realmente, ele havia aguentado bastante, percebeu.
   -Importa-se? - Perguntou indicando sua proteção.
   Rowen respondeu que não com a cabeça.
   Apanhou a caixinha sobre a mesinha ao lado da cama. Edric estava desafivelando o cinto.
   Impediu-o e terminou a tarefa, ela mesma.
   Abriu a calça e o ajudou a tirar, assim como a ceroula.
   Não se entregue.
   Fingiu a segurança de uma prostituta que já vira muitos membros masculinos quando na verdade aquela era a primeira vez.
   Com sorte de principiante, Rowen cobriu o que fora pedido.
   Ela o olhou nos olhos, daquela vez, satisfeita em saber que consiguiu deixá-lo em tal estado.
   Rowen não ficou embaixo, como fora ensinada.
   Edric a quis em cima.
   Ela sabia muito pouco sobre aquilo, mas sabia alguma coisa.
   Com o que ouviu, sabia que aquela posição era dominada por ela. Que poderia escolher seu próprio jeito.
   Quando ela o montou, ambos gemeram. Com sua umidade interna, foi delicioso. Rowen sempre teve dificuldades com esta parte da relação, pois era desconfortável. Agora ela sabia porquê.
   Com os beijos, apertos e mordidas, os dois não levaram muito tempo até chegarem ao ápice.
   Rowen estava exausta.
   Quando sua respiração normalizou, Edric pediu gentilmente que saísse de cima de si.
   Rowen imediatamente levantou-se a agarrou suas coisas, sem saber exatamente o que fazer em seguida.
   -Eu adoraria ficar mais, mas preciso levantar cedo e já está tarde. Preciso voltar.
   Rowen entrou em pânico.
   Vestiu suas roupas íntimas, e percebeu que ele não a ajudaria com o espartilho e corpete.
   Ele agitou uma saco de couro com moedas dentro, e estendeu em sua direção.
   Trêmula, apanhou.
   Precisava chegar antes de Edric, não importando qual das entradas do palácio ele usaria.
   Fez uma reverência e saiu.
   Passou pelos guardas e seguiu em direção ao escritório da cafetina, tentando não esbarrar em ninguém e passar desbercebida. Avistou Mairi muito á vontade em uma mesa de jogo.
   -Fique para você. Vocês. - Disse um tanto atordoada, deixando o saco de moedas sobre a mesa.
   A mulher inspecionou o conteúdo.
   -O príncipe é sempre generoso.
   -Posso, por favor abusar de sua generosidade e pedir que me ajude? - Virou-se.

                              ♡♡♡
   -Acha que ela vai segurá-lo por muito tempo? - Perguntou Mairi enquanto estavam no coche de volta.
   -Não sei.
    Pedira á Madame Lefol duas coisas; primeira, ajudá-la com o espartilho e corpete. Segunda, segurar Edric pelo máximo de tempo possível, mesmo oferecer outra garota para ele.
   -Você se divertiu? - A pergunta soou receosa.
   -Sim. Saciei minha curiosidade.
   Mas por algum motivo, sentiu-se emocionalmente usada.
   Edric não a amava. Não importava se ela fosse pudica ou não, ele continuaria traindo-a porque seu casamento não importava nada para ele.
   Beijara outras mulheres. Foi abraçado e deitou-se com outras.
   Ela passou a vida sonhando com seu futuro marido. Em como se completariam, em como se amariam, mas para Edric, ela era apenas mais uma. Não havia nada de especial nela, ou no que fizeram.
   Sua cunhada ficou em silêncio pelo resto da viagem. Ela também.

                     ♡♡♡
   De volta ao castelo, outra batalha.
   Lady Caroline ficara por horas acordada esperando-a. Não fez nenhuma pergunta e a auxiliou na hora de tirar o vestido.
   Buggy ficou eufórico ao ver a dona já de pé.
   -Quieto, Buggy! Pare de latir, vai acordar o castelo inteiro!
   O cão abaixou as orelhas e deitou-se sobre suas patas.
   Após agradecer sua dama, deitou-se na cama, esperando pelo sono.
   Definitivamente, uma noite inesquecível.


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Notas finais do capítulo

Como atrasei o capítulo, posto mais um hoje ;)



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