Controvérsias do Amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 54
Capítulo 54




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Olá lindas, estou voltando com essa fic. Me faltou inspiração e tempo para atualizá-la, mas agora vou tentar tomar gosto em escrevê-la outra vez para assim atualizar como antes. E sim, eu tive que reler o último capítulo postado para lembrar de onde parei, a vergonha! Então acredito que com vocês será a mesma coisa kk enfim espero que gostem do capítulo e da volta dela. Beijos!

 

 

Maria saltou de onde estava, levando a mão na testa e depois no cabelo. Estevão bufava de punhos cerrados na frente dela, que assim ele a ouviu dizer.

—Maria: Por que grita, Estevão? Me assustou!

Olha olhou ao redor observando que estava no escritório e tinha adormecido nele novamente. O que não era uma novidade ela se vê naquela situação. Estava andando tão exausta e com tanto trabalho que qualquer lugar acabava virando cama para ela.

Enquanto Estevão ali, lutando para normalizar seu coração disparado e sua respiração irregular, repetiu o que antes havia dito.

—Estevão: Vim te ver, vi que dormia e quando fui chamá-la te ouvi sonhando com Luciano! Por que falava o nome dele, Maria? Me diga, hum? O que significa isso!

Ele ficou mais vermelho que antes e Maria quando entendeu o que acontecia por inconsciente haver sonhado com seu advogado trazendo assim os ciúmes que ela muito bem conhecia vindo de Estevão, ela disse, depois de soltar um riso sem vontade.

—Maria: Não acredito que está causando uma briga entre nós por culpa de um sonho bobo, Estevão! Eu não acredito!

Ela andou no escritório juntando suas coisas com toda raiva que estava sentindo pela cena que Estevão fazia. Enquanto ele disse.

—Estevão: Então assume que estava sonhando com ele, Maria? Com aquele advogadozinho de quinta!

Ela havia juntado contra o peito seu computador e sua pasta de documentos, assim ergueu a cabeça empinando o nariz para responde-lo.

—Maria: Eu estou tão exausta, de verdade Estevão que não estou disposta a dar atenção as suas crises de ciúmes, não depois de tudo que já passamos e o que agora está sendo mais importante para mim nesse momento!

Agora foi Estevão que riu sem vontade. Julgava que o que Maria tinha como importante, de modo algum era ele, tampouco o casamento que tinham, afinal já não sabia quantas noites já haviam passado desde da última vez que tinham feito amor. Mas amor de verdade, com os dois esquecendo de um mundo que não fosse apenas eles em uma cama. E sentia falta, sentia falta de sua Maria entregue a ele e com tempo que deixasse ele amá-la até a exaustão de ambos.

Que então assim, ele disse todo indignado.

—Estevão: Claramente não tem nosso casamento mais como algo importante, não é Maria?

Ele cruzou os braços sendo incapaz de enxergar além de suas próprias necessidades. Que podendo ver como Estevão estava agindo, Maria disse sentida. Afinal ela tinha voltado atrás na decisão do divórcio além de ter procurado terapias para eles.

—Maria: Está sendo totalmente egoísta Estevão. Se não fosse eu insistir, não estaríamos ainda aqui! Então agora estou mais certa que eu deveria ter me preocupado muito mais com minha carreira e empresa. Boa noite!

Depois de falar, chateada por suas escolhas que pensou apenas neles, ela caminhou até a porta dando graças a Deus que Estevão tinha deixado ela aberta e o deixou pensando no que ela havia dito.

Nervosa consigo mesma e segurando lágrimas de frustração por identificar em Estevão o marido que ele prometeu mudanças, Maria subiu as escadas cega com seus sentimentos todos revoltos. Até que chegou no quarto e quando terminava de guardar suas coisas, Estevão apareceu abrindo a porta e disse.

—Estevão: O que quis dizer com suas últimas palavras, Maria?

Ela puxou a parte do lençol da cama do lado que dormia, que sem olhá-lo ela o respondeu.

—Maria: Acho que me entendeu muito bem, Estevão.

Estevão bufou e se aproximou de passos apressados até ela. Havia ficado no escritório pensando nas últimas palavras dela e quando chegou em sua conclusão que o perturbou ele subiu para confronta-la, que depois de ouvir sua resposta ele disse já muito perto dela.

—Estevão: Por favor Maria, não vamos voltar à estaca zero.

Com ela em pé ao lado da cama e ele de frente a ela, ele levou a mão nos cabelos, arrependido de ter perdido a razão ainda quando estavam no escritório.

Maria por sua vez riu dizendo.

—Maria: Agora que me diz isso Estevão?

Ele esfregou a mão em seu rosto vermelho e a respondeu.

—Estevão: Eu agi errado. Mas te peguei sonhando com outro homem Maria e não era qualquer um! Era Luciano que já deixou muito claro que torce pelo nosso divórcio! E por que será, hum? Porque ele te quer!

Maria bufou e andou para longe dele, dizendo.

—Maria: Por Deus Estevão. Eu nem lembro do que eu sonhava e só não nego porquê de fato acordei falando algo.

Estevão a mirou sério e a olhou depois desconfiado e disse.

—Estevão: Tem certeza que não lembra? Hum?

Nervoso outra vez, ele se aproximou novamente dela, baixou a cabeça e mirou a calça do pijama que ela vestia e sem Maria esperar sua próxima ação, ele enfiou a mão por dentro do pano. Nela, ele encontrou o que buscava e então a tocou.

Quando Maria entendeu o que Estevão fazia, quis que ele a deixasse, mas ele a segurou mais firme por um braço e ainda com a mão onde estava não deixou ela sair. Estava cego de ciúmes e tinha a certeza que se o sonho que ela havia tido com Luciano fosse erótico, a encontraria molhada onde tocava. E por uma graça e o bem de sua saúde mental, ele encontrou Maria tão limpa entre as pernas como que se tivesse saído do banho. Mas já era tarde para voltar atrás no que fazia e não querer mais só tocá-la.

Assim, ele respirou pesadamente e desesperadamente excitado. Maria sentiu sua respiração pesada próxima ao seu pescoço e sentiu seu corpo todo se arrepiar e não só aquilo, como ele responder ao toque dele. Aquele toque que demonstrava outra vez a falta de controle de seu marido.

Ela fechou os olhos e então falou o nome dele tão baixo que Estevão apenas a respondeu em uma voz arrastada de desejo.

—Estevão: Te quero, Maria.

Depois de falar ele tomou os lábios dela deixando de tocá-la para levar as mãos ao lado da cabeça dela para prende-la naquele beijo. Fraca, Maria deixou ele beijá-la e correspondeu na mesma intensidade. Enquanto estava nos braços dele outra vez teve a certeza que estavam sendo quem há meses tinham começado a lutar para mudar.

Tinha Estevão tão igual como antes assim como ela se via igual, pronta para fazer amor com ele depois de uma cena de ciúme.

Amanheceu.

Na Bananal, Cristina acordava notando que Frederico estava na cama com ela. Ela suspirou o olhando dormir tão sereno ao seu lado. O que poderia agradá-la se tivesse visto ele chegar pela noite. Mas não, tinha certeza que havia adormecido sem ele ainda ter chegado para dormir com ela.

Ela saiu da cama devagar enquanto levava sua mão no ventre. Mesmo que Candelária não tinha contado onde ele havia ido, ela estava certa que ele havia passado a noite com Raquela. Só podia ter sido. Quando chegou até a porta do banheiro ela quis lutar contra seus pensamentos que lhe traziam um ridículo ciúmes. Se ele teve que se ausentar até tarde da noite ela sabia que não era por Raquela ainda que ela estivesse no meio daquela história e sim pelo filho que ela dizia que teria com ele.

O que ela pensava que Deus podia ser sua testemunha de como ela queria ser compreensiva com aquela situação, ativando seu modo chamado “sororidade feminina” para Frederico também não desamparar ela grávida como tantos homens faziam com as mulheres. Mas que se fosse mentira, Cristina era ciente que seria capaz de caçá-la onde Raquela estivesse para fazer aquilo que ela tanto odiava, que era coloca-la no lugar dela entre tapas e puxões de cabelos por ela ter manipulado seu homem em cima de uma mentira.

Ela então tirou a camisola que usava e abriu o chuveiro. Desde que assumiu para si mesma que amava Frederico, temia perde-lo. Então aquilo era amar. Ter medo de perder a pessoa. Ela sorriu sem vontade e só pensou que droga poderia ser o amor.

Ela começou a tomar banho, quando sentiu que não estava mais sozinha e olhou ali Frederico que sorriu para ela.

Ele tinha se encostado no batente da porta e cruzado os braços para olhá-la. Que então assim, ele disse quando viu que foi notado.

—Frederico: Está tão linda.

Cristina riu. Adorava que ele sempre vivia, principalmente naqueles últimos meses, sempre levantando sua autoestima. Algo que ela sentia que nem tinha mais. Por se sentir gorda, inchada uma mulher que nem podia lavar seus próprios pés muito enxergar sua própria vagina. Então como podia se amar naquela condição?

Que então assim, ela disse.

—Cristina: Mentiroso. Estou enorme. Nem posso ver minha própria vagina. Isso é humilhante!

Frederico fez um gesto negativo com a cabeça e retirou sua blusa regata, entrando mais no banheiro que quando ele largou ela na pia, tirou também o calção que usava só ele e ficou nu. Cristina suspirou vendo o corpo dele todo lindo e grande e desejou ter o mesmo vigor que antes tinha para ir até ele e montá-lo sem se importar com o que houvesse ao seu redor, a não se ele dentro dela e de todas as formas.

Assim, Frederico entrou com ela dentro do box abriu mais o chuveiro com ela de frente para ele e tão pequena que o fez parecer um gigante. Que ela encolhida ali, disse.

—Cristina: Vai me dar banho?

Ele baixou a cabeça para olhar para ela. Era exatamente aquilo que ia fazer com ela e que não era a primeira vez que fazia, mas que ela era orgulhosa demais para pedir e assumir que outro par de mãos a ajudava e muito naqueles últimos meses.

Que então assim, ele disse.

—Frederico: Sim. Vamos tomar banho juntos.

Ele buscou a buchinha de banho ao lado da cabeça de Cristina e pegou também sabonete e ela suspirou deixando de lado o constrangimento da cena que ela protagonizava de incapaz e o olhou mais perdidamente apaixonada por ele.

E o banho terminou com ela tremendo enquanto tinha a boca em um braço dele. Tinha levado ela ali enquanto chupava a pele dele também gemendo com ele a masturbando entre as pernas até que ela explodisse naquele gozo.

E quando ela levantou a cabeça para olhá-lo não tinha esquecido que aparentemente pouco da noite ele tinha passado com ela, mas era certo que estava mais calma com aquele agrado.

Longe dali na capital do México.

Victoria enquanto penteava os cabelos olhava para sua cama Heriberto dormir sozinho. Na cama deles, dormiu eles dois e Bella que quando acordou e finalmente viu o pai não quis deixar a cama mais.

E ela suspirou pensativa com sua escova agora na mão e vestida de robe depois de um banho quente que havia tomado, ainda o mirando. Deixava ele dormir porque sabia que ele só trabalharia mais tarde, então apenas despertou a filha deles para ir para aula o deixando ali.

Olhava aquele homem todo grande enquanto estava cheia de conflitos em seu interior. Heriberto estava ali apesar de tudo com ela, mas não era cega para não ver que algo passava entre eles. Estavam em crise apesar de todo sexo que estavam tendo, eles tinham que assumir aquele fato... Um deles tinha que dizer em voz alta que algo andava mal e ela sabia que algo era esse.

Ela então caminhou para frente de seu espelho mirando o reflexo dela e refletiu naquela verdade. Depois que Osvaldo havia regressado para vida dela levantando aquela dúvida, seu casamento jamais voltou a ser o mesmo.

Que ironia da vida pensou ela, andando no quarto novamente. Ela que se gabava tanto de sua vida perfeita, família e casamento para as irmãs mais a novas dela e agora sentia que seu castelo feito de areia estava preste a desabar.

Nem todo sexo poderia salvar seu casamento, apenas um resultado mudado que ela sabia que não teria como. Max era o que era, filho de outro homem e não do que ela amava, mas era seu filho sem dúvida e o amaria independentemente de tudo e de todos.

Heriberto se moveu na cama se espreguiçando. Seu rosto redondo evidenciava uma noite bem dormida. Que então assim, ele disse quando viu Victoria o olhando.

—Heriberto: Bom dia, meu amor. Que horas são?

Depois de falar ele tateou o colchão da cama e viu que a filha deles já não estava ali. Pensou em sua menina e como de fato estava trabalhando muito para fazer ela sentir sua falta e estaria cedo em casa se não tivesse agido com tamanha imaturidade.

Afinal, quem ele queria provocar deixando de estar cedo em casa? Seu filho, a mulher que lhe olhava tão bela e que o esperou? Ele passou a mão no rosto se perguntando o que estava fazendo ao mesmo tempo que podia recordar da conversa que teve com Frederico quando estiveram todos juntos fora da cidade.

Ele tinha uma família linda que daria inveja a qualquer homem como ele. E porque estava deixando seu orgulho e ego falar mais alto?

—Victoria: São 9 da manhã. Deixei que dormisse mais tarde hoje já que sei que irá trabalhar mais tarde.

Heriberto suspirou saindo de seus devaneios quando ouviu a voz da Victoria e bateu no colchão da cama a chamando.

—Heriberto: Vem aqui, hum. Também ainda está em casa, sinal que irá trabalha mais tarde como eu.

Victoria colocou sua escova em sua penteadeira e andou até ele, dizendo.

—Victoria: Temos que conversar Heriberto.

Ela sentou na ponta da cama e Heriberto se arrastou até ela dizendo.

—Heriberto: Se for sobre problemas não gostaria de conversar e sim de esquecer eles por hoje. O que acha, hum?

Ele fungou o pescoço dela, arrastou sua boca e nariz na pele a beijando e cheirando a arrepiando. O que fez ela olhá-lo e dizer rendida.

—Victoria: O que pretende fazer?

Heriberto sorriu desejando dar uma pausa do trabalho por aquele dia e disse.

—Heriberto: Decidi que hoje não vou ao hospital. Quero estar com minha família o dia todo e com você.

Victoria respirou com pesar para os planos que Heriberto parecia ter que apesar de soarem como música para aos seus ouvidos, ela não poderia se ausentar naquele dia da casa de moda. Que por isso, ela disse.

—Victoria: Eu não posso me ausentar assim da casa de moda. Não sem ter avisado antes.

Heriberto suspirou a entendendo e disse.

—Heriberto: Então tento ter o dia com nossos filhos e a noite será nossa. Que tal assim, hum?

Victoria sorriu apreciando mais aquela ideia e foi puxada por ele para cima da cama. Heriberto a beijou enquanto trazia o corpo dela para cima dele e abria com uma mão o laço do robe na frente.

Victoria desfez o beijo deixando ele levar sua boca faminta para o seu pescoço e olhou um canto fixo do quarto. Estava de novo preste a fazer amor com seu marido, como que se pudesse resolver tudo depois de alguns orgasmos. Não que ela poderia reclamar por eles, mas queria seu coração em paz. O que não estava.

Heriberto a tocou entre as pernas trazendo ela para o quarto novamente e ela o olhou e quando fez a boca dele a tomou mais vez e as mãos dele agora foram para o bumbum dela apertando ali, com vontade e ela derreteu qualquer gelo que seus pensamentos pudesse bloquear seu desejo.

Assim que as mãos dele apertou sua bunda nua debaixo do pano, ela abriu mais as pernas que por cima dele ela sentiu sua grossa ereção pronta para ela. E foi em segundos depois que ele lançou fora o robe dela, a abraçou e baixou o pano da calça de seu pijama e assim a penetrou.

Victoria então o montou com maestria quase toda a manhã e depois foi para casa de moda.

Pela tarde. Heriberto estava em um restaurante com os 3 filhos. Ele tinha pego Isabela na escola, ligado para Elisa para assim que deixasse a faculdade ir até o restaurante, enquanto Max foi o mais fácil de entrar em contato, já que o encontrou dormindo no quarto assim que Victoria deixou a casa.

Max aceitou no mesmo momento aquele convite do pai, o que deixou Heriberto ridiculamente surpreso por ver que não estava competindo com outro homem o seu filho e sim praticamente o entregando a ele. Max tinha condutas erradas que ele não aceitava, mas não podia ignorar como ele era pacifico em tudo ou muito fora de qualquer realidade que vivia.

—Elisa: Papai. Logo estarei trabalhando no mesmo hospital que o senhor assim como Heitor e pensar nisso me deixa tão ansiosa.

Heriberto desviou seus olhos para Elisa que falou com ele. E ele sorriu tão orgulho daquela filha. Sabia que para ela seguir uma especialização precisaria de 8 anos estudando para também assim se formar, mas que com os anos que já tinha de estudo ela já podia entrar em um estágio e até como interna de um hospital como o qual ele trabalhava e que Heitor já fazia o que ela estava preste a iniciar.

Ele então pegou seu copo de bebida gelada, com um sorriso largo e fez um gesto de brindar para ela e disse.

—Heriberto: Estou ainda mais ansioso que você filha. Irei te ensinar tudo que sei e não só eu.

Max olhou a filha prodígio se destacando novamente diante do pai deles e pela primeira vez pensou se não tinha aquele desejo também. Algo que nunca se importou de verdade. Tinha tudo de mão beijada que por isso largou a faculdade sem um pingo de interesse de seguir. Assim ele mirou Heriberto o homem que por sua vida toda o reconheceu como pai. E ficou olhando ao mesmo tempo que também pensava no outro que a pouco conhecia. E comparações foram feitas.

E então ele disse sem que ninguém esperasse ele falar.

—Maximiliano: Pai, tenho um grande orgulho de vê-lo e tê-lo assim, como meu pai.

Heriberto ficou sem palavras no momento, enquanto Bella que resolveu participar da conversa, deixando de lado seu prato de comida, disse.

—Isabela: Eu também, papai.

A menina inocente voltou a dar atenção para seu prato de macarrão. Elisa que estava por dentro dos assuntos dos adultos ali, sorriu sabendo o que podia significar as palavras do irmão, ainda mais por poder lembrar que no dia anterior ter presenciado o incomodo do pai deles ao saber da festa que ele tinha ido.

—Elisa: Acho que Maximiliano deveria falar mais isso. Não é irmão?

Ela mirou Max e ele passou a mão na cabeça e olhou Heriberto que por fim disse.

—Heriberto: Sim, ele deveria, mas também confesso que eu também poderia deixar de criticar demais seu irmão. Então me perdoe filho, se me exalto quando faço isso. Eu só quero seu bem.

Max deu um sorriso de lado e disse.

—Max: Tudo bem pai. Eu sou um fracassado mesmo.

Ele suspirou pensativo. Uma mulher incrível tinha sumido dele e ele sabia que ele era o problema. Qual mulher em sã consciência iria ver um futuro ao lado dele e ainda fora de uma cama?

Heriberto não gostou do que ouviu, rápido ele limpou os lábios com o guardanapo e tratou de repreendê-lo.

—Heriberto: Não vou aceitar que diga mais isso, filho! Você não é um fracassado! Não é!

O celular dele tocou, quando já via Max responde-lo, que pensando que seria Victoria que não tinha dado certeza que estaria presente já que no final das contas, ficaria de passar a noite com ele e ele com os filhos naquele momento como fazia, ele atendeu.

Até que passou alguns minutos com sua expressão mudando dando sinais que ouvia notícias ruins, ele disse quando desligou o telefone, sabendo que aquele momento com seus 3 filhos havia acabado.

—Heriberto: O tio de vocês se envolveu em um tiroteio junto com seus federais. Eu preciso ir ao hospital porque estão lá!

Elisa saltou da cadeira assim que viu o pai fazer o mesmo, Heriberto pretendia ir sozinho e deixar eles no restaurante e quando ele a viu se levantando ele disse novamente, deixando o cartão dela na mesa.

—Heriberto: Fique, filha! Fique com seus irmãos. Eu mandarei notícias a vocês.

Elisa sentou de volta a contra gosto e disse.

—Elisa: Mas e meu tio? Queria saber como ele está.

Max olhou para ela calado e Bella disse.

—Isabela: Tio Estevão se machucou?

Heriberto se abaixou para falar com ela. Estava alarmando sua menina que então ele disse.

—Heriberto: Ele não filha, mas acho que alguns de seus federais sim por isso vou vê-lo. Não se preocupe, você ficará com seus irmãos que te levarão para casa, hum.

Ele beijou o topo da cabeça dela e se despediu dos filhos maiores. O dever o chamava ainda que naquele dia havia decidido se dar folga.

Quando se viu sozinhos, Max olhou para Elisa que seguia branca como papel e disse.

—Maximiliano: Eu sei que você está preocupada com ela.

Elisa então disse sem olhá-lo.

—Elisa: Não sei do que você está falando.

Max virou o copo de sua bebida sem álcool como todos eles ingeriu ali e pegou o cartão do pai deles deixado na mesa, dizendo depois.

—Maximiliano: Vai logo para esse hospital tirar suas dúvidas que eu tenho planos para esse cartão e nossa irmãzinha, não é Bella?

Ele riu para a caçulinha deles que sorriu de volta para ele. Elisa por sua vez respirou fundo várias vezes para então se levantar da mesa junto com sua bolsa, deixando os irmãos onde estavam.

E Bella então disse.

—Isabela: Onde ela foi Max?

Max olhou para ela e disse.

—Max: Resolver questão de adultos irmãzinha. Enquanto nós iremos as compras depois daqui. Quer?

Ele balançou o cartão do pai deles e a menina animada disse.

—Bella: Podemos ir em várias lojas de brinquedos e comprarmos um monte deles?

Max gargalhou e disse.

—Max: Claro que sim. Vamos comprar quantos brinquedos você quiser. O dia é nosso!

Longe dali.

No hospital, Maria chegava de lágrimas nos olhos. Heitor que tinha notificado a ela o que tinha acontecido com Estevão. E ela desesperada havia entrado no carro de Luciano, que incapaz de dirigir ele a ofereceu carona e agora ela procurava pelo marido e filho naquele grande hospital.

Até que direcionada para a ala de pronto atendimento, ela viu seu amor em cima de uma cama e Heitor de jaleco ao lado dele.

—Maria: Estevão, meu amor.

Quando correu até ele passando por outros leitos ocupados, ela o abraçou. E Estevão que estava sem camisa apenas com uma calça disse abraçando ela.

—Estevão: Se acalme Maria, está tudo bem, querida. Estou bem.

Ele olhou Heitor ao lado dele, que ambos sabiam que a teriam daquele jeito desesperada quando soubesse do ocorrido. Mas que salvo pelo colete Estevão só teve hematomas leves em um local do peito e braço por ter se jogado no chão, em troca ele tinha dois de seus federais gravemente feridos e um deles era Ana Rosa.

Que assim, separando dele para mirá-lo, Maria com os olhos tomados de lágrimas disse.

—Maria: Você quase morreu essa tarde e estávamos brigados. Meu Deus, Estevão eu poderia ter perdido você.

Ela tocou no rosto dele o beijando, Heitor arrumou a cortina em volta do leito que o pai dele estava e deu privacidade em seguida para ele e a mãe dele. Estava ciente que no momento não era ele que precisava de atenção e entendendo que os pais precisavam de privacidade.

Quando se viu só os dois isolados, Estevão disse, por saber que ao acordar poucas palavras foram trocadas por eles.

—Estevão: Eu não morri estou aqui e não estamos mais brigando, então se acalme querida, preciso de você ao meu lado também.

Maria limpou os olhos e disse aflita.

—Maria: E me tem, meu amor. Estou aqui para você.

Estevão a trouxe nos braços de novo e com ela contra o peito dele, ele disse.

—Estevão: Eu sei, meu amor. Estou aflito, um de meus federais passou na frente de uma bala que seria para mim e está grave. Entende como estou?

Maria se separou dele assentindo e perguntou.

—Maria: E quem é esse homem tão digno?

Estevão suspirou preocupado e disse, sentindo que Maria segurava levemente a mão dele.

—Estevão: Não foi um homem. Foi Ana Rosa. Ela foi baleada e ela não usava colete assim como eu.

Maria soltou a mão dele se afastando devagar. Com o que ouviu, ela levou a mão na boca refletindo, olhou o chão e depois voltou a olhar para ele para dizer.

—Maria: Então eu estava certa em desconfiar dessa mulher. Ela te ama e por isso passou na frente de uma bala por você, Estevão!

Ela virou o rosto totalmente enciumada. Pensava que enquanto havia acordado decidida em dar um gelo no marido, outra tinha acordado decidida em levar um tiro por ele.

Estevão quando a ouviu respirou fundo. Não era e nunca foi nada daquilo que Maria achava sobre Ana Rosa. Coisa que ele nunca desconfiou outras intenções vindo dela, afinal, ele já era acostumado a ser bajulado sendo o chefe do setor que comandava como delegado, mas que sabendo da verdade que passava entre ela e sua sobrinha, teve a total certeza que o que vinha de Ana Rosa nunca jamais, em hipótese alguma seria o que causava ciúmes em Maria.

Que então assim, ele disse decidido em contar a verdade para ela. Afinal, viu Ana Rosa tão grave que não tinha certeza se ela passaria daquele dia.

—Estevão: Olhe para mim Maria. Não é o que você está pensando.

Maria o olhou agora com outro olhar. Se Ana Rosa havia sido capaz de passar na frente de uma bala por ele, certamente poderia estar sendo correspondida. Que com esse pensar ela disse.

—Maria: Não seja cínico, Estevão. Nenhuma mulher levaria um tiro por um homem se não o amasse e fosse correspondida. Então me diga, quanto tempo estão juntos e me traindo? Quanto tempo Estevão?

Estevão ficou todo vermelho com o absurdo que ouviu e disse se movimentando para trazê-la mais perto dele.

—Estevão: Não diga bobagens, Maria. Não é isso que está pensando. Ana Rosa não gosta de homens!

Maria quando o ouviu o olhou incrédula, enquanto ele com dor levava a mão em seu braço esquerdo que tinha um curativo branco. E vendo que teve a atenção dela, ele seguiu.

—Estevão: Ana Rosa é lésbica e está com nossa sobrinha Elisa!

Maria jurou que não sentia o chão assim que ouviu Estevão.

Longe deles, Heriberto na sala de uma cirurgia lavava as mãos e braços para operar. Ele vestia uma toca, roupa azul e máscara todo preparado para salvar mais uma vida. Que depois que saiu de uma salinha para a maior que realizaria a cirurgia, ele viu sua paciente que era uma mulher apagada sobre uma anestesia e máscara de oxigênio.

Que pedindo seu primeiro instrumento cirúrgico para o instrumentador ao lado da paciente, ele olhou o rosto dela. Dos dois federais que ele sabia que Estevão teve baleados, um já havia falecido enquanto a outra que ele tinha ali e conhecia apenas de vista, estava lutando pela vida. Ana Rosa, a mulher que ele já ouviu Victoria dizer que tanto incomodava sua cunhada Maria. 

 


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