Quando o almoço terminou Cristina olhou para ele e não entendia todo aquele silencio e cansada ela disse:

— Pode começar a falar!

Frederico encheu o pulmão de ar e perguntou.

— Carlos é meu filho mesmo? - a voz foi firme naquela pergunta e Cristina arregalou os olhos com semelhante barbaridade.

— Você ficou louco? - se alterou e olhou algumas pessoas que mirou ela. - Paga essa maldita conta e vamos sair daqui! - ela nem esperou uma resposta dele e saiu na frente.

Frederico pagou a conta e saiu indo até ela que estava escorada no carro mais ao vê-lo perto ela deu um bofetão na cara dele e ele a encarou com raiva.

— Nunca mais se atreva a perguntar semelhante barbaridade, Frederico, eu tenho muita paciência com você com tudo, mas eu não vou permitir que me ofenda! - gritou com ele. - Eu não sou uma qualquer! Eu sou a mãe de seus filhos!

— Eu tenho duvidas, Cristina, eu te vi com Diego e semanas depois você apareceu grávida! - gritou com ela de volta.

Cristina não entendeu nada como ela poderia estar com Diego? Frederico só poderia estar mais uma vez deixando seus ciúmes o cegar.

— Você está louco! Eu nunca estive com Diego e a prova é que Carlos assim como Felipe tem a mesma pinta na bunda não seja ridículo! - passou a mão no cabelo. - Você está acabando com nosso casamento com essas suas loucuras! - o olhava com decepção.

— Eu vi, Cristina, eu vocês entrando num hotel! - deu um soco no vidro do carro o quebrando todo e ela se afastou assustada sem entender muito bem e buscou em sua memória quando poderia ter entrado em um hotel com Diego, mas nada vinha em sua mente.

— Eu nunca fui a hotel nenhum! - o puxou para ela. - Olha pra mim e veja se tenho cara de vagabunda? Eu sou a sua mulher há quase vinte anos eu não posso acreditar que você esteja acreditando nos seus ciúmes doentios.

— Eu vi! Eu tenho fotos de vocês dois entrando e de vocês na cama! - a olhava furioso somente em lembrar-se das malditas fotos.

— Louco! Isso que você é eu nunca estive com Diego, eu não o quero eu quero você eu amo você, Frederico, mas parece que isso nunca vai ser o suficiente para você e suas inseguranças.

— Você quer que eu me sinta como? Ele esta ai vocês tem um passado que ele faz questão de lembrar a cada vez que estamos juntos! - bufava com a mão machucada.

— E porque você só veio me questionar agora? Por quê?

— Porque eu os vi na porta da escola!

Ela riu sem alegria.

— E por isso sua cabeça doente fantasiou? Eu posso te dizer o que ele veio fazer ali, mas você não merece porque julga desde que ele voltou me julga uma qualquer e eu não sou isso! - ela foi para o outro lado do carro. - Abre e vamos embora!

— Eu não vou a gente esta conversando e não vamos até terminar! - foi até ela.

— O que você quer? Me ofender ainda mais? Você não me merece, você não merece a nossa família e muito menos seus filhos que te amam tanto e você por estar cego de ciúmes só enxerga coisa onde não tem!

— Eu quero mudar, mas eu não posso mudar com meu coração assim doente de ciúmes dele! - confessou.

— Frederico, eu não quero nada com ele, eu amo você mesmo você não merecendo eu te amo! - ela chorou mais batendo nele cheia de raiva por ele ser assim. - Eu não deveria te amar, eu não deveria!

Ele e abraçou forte se sentindo um imundo.

— Me perdoa! Eu sou um desgraçado, mas a cada vez que o olhou eu sinto tanto medo de você descobrir que ainda o ama que eu enlouqueço me perdoe você não é uma qualquer. - caiu em razão naquele momento.

— Eu nunca estive em hotel nenhum com ele, Frederico! - ela o olhou. - Eu não sou uma vagabunda, não sou!

Ele a olhou nos olhos e se deixou chorar ali com ela estava se sentindo o pior dos homens por fazê-la chorar e ele a beijou nos lábios e ela aceitou o amava tanto assim como ele a amava com loucura e por isso cometia aquelas barbaridades com ela. Cristina cessou o beijo e se afastou.

— Vamos embora!

Ele assentiu e abriu o carro para ela e foi para o outro lado olhando a mão que sangrava um pouco e limpou na camisa mesmo entrando no carro e eles foram em silencio para cara ela estava magoada e ele se sentindo um imbecil por deixar Diego tomar tanto espaço em suas vidas. Quando chegou ela pegou suas coisas e entrou em casa indo direto para o quarto e um dos capazes de Frederico veio até ele.

— Patrão, aquele Diego está lá trás no parquinho com seus filhos!

Frederico sentiu tanto ódio naquele momento e entrou correndo em casa e foi ao escritório, abriu o cofre pegou o que tinha que pegar ali e saiu para o lado de fora e quando chegou buscou Maria com os olhos, mas ela não estava e nem Felipe, mas pode ouvir a voz de Carlos conversando do jeito dele e Frederico se aproximou mais vendo a cara de Diego para seu filho enquanto estava sentado no chão ao lado dele brincando com o carrinho e ele esperou.

— Você gosta de carro? Eu posso te levar pra dar uma volta!

Carlos sorriu fazendo o barulho do carro.

— Brum, brum... Eu goto munto de calo, meu papai me da um monti e eu amo de muito memo. - respondeu.

— Posso te contar um segredo? - o olhou com maldade queria destruir aquela família para ficar com Cristina e para isso podia bagunça a cabecinha de Carlos que era apenas um bebê ainda.

— Eu goto de seguedo! - ele colocou a mãozinha na boca igual o pai ensinou para ele fazer quando Frederico dava doce a ele e ele não podia contar a mãe.

— Eu que sou seu pai!

Frederico perdeu o ar naquele mesmo momento com aquela maldita declaração o que aquele desgraçado estava tramando? Mas ele não esperou nenhuma palavra de Diego e apenas se mostrou caindo em cima dele sentando bordoada na cara enquanto Carlos gritava chorando pelo susto, mas Frederico não parou apenas descontou toda sua raiva em cima daquele maldito que ele sempre odiou a vida toda.

— Maldito! Desgraçado!

Diego tentava revidar enquanto dizia.

— Pode me bater, mas ele é meu filho e você sabe muito bem!

E Frederico socou mais e mais a cara dele e depois pegou as fotos em seu bolso e enfiou na boca dele para ele comer toda aquela mentirada.

— Come seu desgraçado! - Diego engasgava e pelos gritos Cristina apareceu e pegou o filho assustada.

— Frederico para com isso! - ela gritou.

— Ele vai engolir todas essas mentiras! -

Uns cinco homens vieram e o tiraram de cima de Diego que cuspiu tossindo mundo enquanto vomitava e Frederico tentava se soltar para socar ainda mais a cara do safado.

— O que está fazendo aqui, Diego? - Cristina perguntou temerosa e tentava acalmar o filho.

— Eu vim contar a nossa verdade, meu amor!

Frederico ao ouvir "meu amor" tirou a arma de suas costas e sem que os seus homens pudessem impedir ele atirou duas vezes contra Diego...

Até o próximo!