— Eu estou indo pai! - olhou Pablo e deu a mão a ele para que fossem juntos.

Ele a acompanhou olhando para Frederico que sorriu discreto e piscou queria a filha feliz e ela seria com aquele "chupador de beiço" como pensou ele. A vida estava entrando nos eixos e ele estava admirado com sua calma, virou para voltar para casa e viu seu amor na janela do quarto sorrindo para ele que sorriu de volta para ela indo a seu encontro.

Quando entrou no quarto, Cristina ainda estava na varanda tomando um pouco de sol cada dia que se passava estava maior, mas era o único momento na vida em que uma mulher não se preocupa com silhueta, apenas vive a dádiva de poder gerar outra vida. Cristina estava radiante de poder dar a ele outro filho.

Era o recomeço ali na barriga dela e ele a agarrou por trás beijando seu pescoço enquanto as mãos acariciavam sua menina. Era louco apaixonado pela ideia de ser pai e se pudesse teria um por ano, mas não era assim que as coisas funcionavam, sorriu enquanto ela repousava sua cabeça em seu ombro com toda a certeza do mundo, ela era a mulher mais feliz do mundo.

— Em que tanto pensa em? - a voz rouca cheia de amor soava em seu ouvido a fazendo estremecer.

— Penso em teu coração, no meu coração, no de nossos filhos... Penso em tudo que já passamos para estar aqui hoje... - virou-se para ele. - Às vezes me pego pensando no dia em que te perdi como foi enterrar você e no sofrimento que foi saber que não te teria aqui para esses momentos, nos medos que tive e tudo que também tive que enfrentar nas mãos daquele desgraçado, mas como num sonho ruim eu acordei e você estava lá cortando o pau dele para me salvar como o meu herói de sempre... - tiveram que rir mesmo não sendo momento.

— Meu amor, eu também me pego pensando em tudo que aconteceu para chegarmos até aqui... - a mantinha junto a ele. - Foi difícil, foi, mas como toda prova de amor resistimos um no coração do outro e eu não me canso de pedir perdão por ter passado um ano com...

Ela não permitiu que ele terminasse não gostava de lembrar que ele tinha estado na cama de outro por tanto tempo, ele sabia que ela era ainda mais ciumenta que ele e saber que ele tinha estado na cama com outra não era fácil, mas ela queria esquecer e ficar apenas com a fase boa de sua vida com ele.

Frederico a segurou em seus braços como dava a barriga já os atrapalhava bastante a manter os corpos juntos, mas para eles isso não era problema. Pelo contrário sorriam tendo a dádiva de serem pais novamente.

— Eu te amo! - falou com o coração acelerado. - E nossa filha vai casar com aquele "chupador de beiço".

Ela riu alto sabia que ele não iria deixar passar mesmo não falando com a filha.

— Ele a ama... - sorriu entrando para o quarto e indo a cama junto a ele. - A ama como você me amou quando me conheceu com ela ainda pequena. - sorriu mais se lembrando. - Ela está vivendo o mesmo que a gente, meu amor, e sabemos que será para sempre esse amor.

Frederico avançou nela já sem camisa beijando seu amor era a verdade, Maria trilhava no amor os mesmos caminhos que eles e sabiam com toda a certeza de seu coração que ele seria para sempre o amor dela. Que estaria para sempre em seu coração assim como eles dois...

[...]

TEMPOS DEPOIS...

Quando Nina chegou para fazer parte daquele cenário feliz dos Rivero, foi uma loucura só. Frederico estava na lida no meio da tarde quando foi avisado que sua menina estava chegando, saiu feito um raio para levar seu amor ao hospital e se maldizia porque tinha saído apenas aquele dia do lado delas para resolver um problema e a filha afrontosa resolveu nascer justo naquele momento.

A casa virou uma loucura quando os dois saíram rumo ao hospital com Cristina calma, mas Frederico como sempre uma pilha de nervos. Era o momento de conhecer o rostinho da filha e a ter em seus braços. No hospital foi uma coisa rápida para que os dois estivessem juntos de mais dadas com ela fazendo força para colocar sua menina no mundo.

Frederico que tinha se mantido forte todo aquele tempo não conseguia conter as lágrimas quando mais de meia hora depois eles ouviam o choro forte de sua Rivero mais esperada. Nina era tão pequenina, mas de um choro tão estrondoso que Frederico não aguentava em si de felicidade e chorava beijando os lábios de seu amor.

— Obrigada, meu amor, obrigada! - estava com o corpo tremendo e as lágrimas rolando por seu rosto.

A filha ali junto a eles era algo sem explicação, um amor apenas capaz de ser sentido não explicado ou falado. Amor não se explica apenas se sente e a cada nova respirada da pequena Nina ali nos braços de Cristina era como encher os pulmões deles de ar. Cristina sorria com tanto amor que deixava junto a Frederico escapar lágrimas absorvidos por um amor louco de pais para filha.

Ele a beijou mais e mais assim como beijava a filha que comia os dedos esfomeada os fazendo rir e chorar ao mesmo tempo. Mas logo Frederico teve que se retirar para que Cristina recebesse o melhor atendimento assim como a filha antes de ir para o quarto.

Ele foi à recepção com o maior dos sorrisos e encontrou Felipe, Maria e Pablo que esperavam por notícias ansiosos. Frederico foi a eles e os abraçou forte eram a sua vida e agora sim estavam completos.

— Como elas estão papai? - Maria falou ansiosa.

— Bem e ela é tão linda e brava! - riu olhando os filhos.

— Agora vai ser a preferida! - Felipe falou ciumento.

Frederico gargalhou e o beijou muito estava tão feliz que não ia permitir que eles sentissem ciúmes da irmã porque ela estava ali para unir ainda mais a família.

— Meu filho, não pode ter ciúmes dela. - o olhou. - Ela é linda e você vai amar igual ama Aurora! - falou amoroso.

— Claro que ele vai porque ele pega Aurora e some pela fazenda junto com Luiza. - Maria completou sorrindo.

Felipe a olhou e sorriu amava a sobrinha e ficava doido quando ela sorria para ele banguela.

— Viu só como ele fica todo bobo! - ela riu beijando o irmão.

Frederico riu mais e os beijou mais uma vez e ficaram ali conversando enquanto não podiam entrar para ver as duas. Quando as horas se foram, todos adentraram o quarto e sorriram com a linda imagem de Nina adormecida em seu bercinho.

Era toda marruda e eles sorriram admirando a pequena. Beijaram muito Cristina e ficaram ali junto a ela passando a neném de colo em colo que hora ou outra reclamava querendo ficar quieta em um lugar só.

— Você está bem? - Frederico falou sorrindo pra seu amor enquanto os filhos brigavam pela irmã.

— Eu estou realizada, meu amor! - o olhava com um brilho nos olhos nem parecia que tinha acabado de dar a luz. - Obrigada por mais esse presente. - tocou o rosto dele.

— Fui eu quem ganhou o presente quando casei com você lá trás... - sorriu feliz. - Você me deu tudo desde então! - beijou mais o lábio dela cheio de fome depois riu. - Amor, por favor, não perde aquele fogo todo, ta bom?

Ela riu roubando mais uns quantos beijinhos.

— Nunca, meu amor! - acarinhou ainda mais o rosto dele. - Eu te amo!

— Eu amo muito mais! - a beijou com gosto deixando que suas línguas namorassem um pouquinho e logo ouviram os filhos provocando eles e riram parando.

Cristina deitou a cabeça no peito de seu amor e ficou ali tendo ao alcance de sua mão tudo que era mais valioso para ela. Seu amor e seus filhos...

Até o próximo!