— Você não os mandou embora? - ela falou com raiva olhando o marido.

— Como assim mandar embora? - Maria olhou para mãe sem entender.

— Isso ai que vocês ouviram dessa piranha ai... - apontou com o copo na mão. - Ela acha que é a verdadeira senhora Rivero e eles estão aqui para se vingar de nos e de Diego! - falou logo estava alta já de tanto beber ao longo do dia e Frederico a encarou com olhos negros a coisa iria pegar fogo naquele simples jantar...

Frederico não podia acreditar que ela estava resolvendo as coisas assim como uma doida sem se preocupar com os filhos que nada entenderiam naquele momento, mas ela estava disposta a mostrar a ele que com ela ele não iria brincar e que se ele queria guerra ele teria e ainda mais se ficasse com aquela mulher grudada em seu pescoço.

— Pai... - Maria chamou a atenção dele vendo que seus olhos estavam grudados em Cristina como duas armas prontas para atirar e ele a olhou. - Isso é verdade? Você só voltou pra se vingar de sua família? - falou com pesar.

— Não acredite nela! - "Cristina" falou. - Ela é filha de Diego! - envenenou colocando o filho no chão e Cristina nem pensou e apenas levantou jogando toda a jarra de suco na cara dela que berrou de ódio.

— Não fala de meus filhos sua piranha! - avançou mais Frederico a segurou.

Carlos que comia ainda sentado a mesa gargalhou sem entender nada mais ver a mãe fazendo aquilo causou tanta graça nele que ele riu alto apontando e olhou para o menino que chegou perto dele.

— Sai daqui cala! - se afastou dele. - Não te gosto em feioso. - mostrou língua pro menininho que se afastou acuado só queria um pedacinho de cenoura que ele tinha visto e ele gostava tanto.

— Olha o que essa maldita fez, Frederico! - passou a mão no rosto limpando.

— Isso é pouco sua piranha! Pistoleira! Vagabunda! - tentava se soltar dele, mas Frederico a segurava firme. - Saia da minha casa!

— Essa casa não é sua! - retrucou gritando estava bem puta da vida. - Esse marido não é teu e esses filhos aí não são de Frederico!

E Cristina pisou no pé de Frederico e assim ele a soltou urrando de dor e Cristina avançou nela parecia uma fera que tinha acabado de ser solta na selva e ela arrancou os cabelos de "Cristina" com toda sua fúria gritando impropérios enquanto Felipe tentava tirar a mãe de cima dela e as duas se estapeavam e Carlos sentado na mesa falava os olhos para não ver a cena mais ria enquanto o outro Carlos roubava sua cenoura.

Frederico estava vermelho mais conseguiu tirar Cristina de cima dela e saiu dali com ela subindo as escadas e ela se debatia queria devolver todos os tapas que tinha tomado daquela mulher, mas ele não permitiu e subiu com ela entrando no primeiro quarto que encontrou e assim a soltou e ela apenas virou avançando nele em tapas que já preparado a segurou batendo ela na porta a prendendo com seu corpo.

— Para de me bater, para! - estava cansado de apanhar dela desde que tinha chegado ali.

— Para de defender piranha seu desgraçado! - ofegava enquanto o peito subia e descia preso junto a ele. - Eu sou sua mulher! Eu! - tentava se soltar ainda.

— Não é assim que vai me provar! - Foi firme.

— Eu não tenho que te provar nada! - falou entre dentes estava cansada de lutar. - Eu te provei ontem naquela cachoeira ou você não se lembra nem como tomar a sua mulher? - aproximou bem seu rosto dele. - Sabe como tomar a sua mulher e a fazer urrar por você? O que ela te da Frederico? Me diz o que sente ao me ter assim tão perto de ti...

Os lábios dela tocaram-nos dele mais apenas em um leve toque e ele bateu a mão na porta se afastando dela não iria ser "enfeitiçado" por ela novamente e ele apontou bem pra ela dizendo.

— Não vou cair em seu jogo! - a tirou da porta e saiu batendo.

Cristina o olhou ir e as lágrimas rolaram por seu rosto mais ela não iria desistir ele era dela e seria assim pra sempre.

[...]

— Você vai mesmo mandar a gente embora? - Felipe falou com pesar.

— Eu num vo embola nada que aqui é minha casinha e meu papa! - Carlos falou já dividindo suas cenouras com o outro Carlos.

— Ninguém vai embora! - ele disse firme.

— O que? - "Cristina" basicamente gritou de ódio enquanto chorava toda estrupiada por mais uma surra. - Essa mulher é uma selvagem e não pode ficar aqui! - levantou sentindo dor. - Olha o que ela me fez e você foi com ela me deixando aqui! - cobrou.

— Não vamos resolver nada assim, Cristina! - ele suspirou.

Maria estava apenas observando sem dizer nada aquela mulher não lhe pareceu estranha e ela analisou cada um de seus gestos iria descobrir quem era Ela, ou melhor, iria recordar quem era aquela mulher que estava no lugar de sua mãe e mentindo para seu pai.

— Acho que o jantar acabou! - Felipe suspirou com raiva daquela situação toda.

— Não cabo não Fefe... - Carlos chamou a atenção dele. - Ola o tanto de papa aqui! - ele sorriu com a boca cheia de cenoura e fez o irmão rir. - Vem Malia come papa tamém pala cuidar do nosso nené. - conversava natural lembrando o que a irmã tinha dito do bebê para ele aquela confusão toda não afetou já que vivia vendo a mãe gritar com Diego e mesmo que ela não permitisse, ele sempre estava escondido vigiando a mãe.

Frederico olhou para Maria e ela sentou logo para não ter que responder nada naquele momento e Felipe fez o mesmo e "Cristina" se agarrou a Frederico tomando a atenção para ela que a levou dali para o andar de cima e foi para o quarto que a empregada tinha arrumado para ele a seu pedido e a deixou ali.

— Você não pode acreditar nela, Frederico! - ela dizia chorando. - Olha como ela é... - mostrou os braços para ele todo marcado de unha. - Ela não é boa... - chorou mais.

— Vá tomar um banho que eu vou pegar nosso filho para deitar conosco não vamos mais sair desse quarto hoje! - passou a mão no cabelo estava estressado com todas aquelas brigas.

— Ela tem que ir! - levantou o encarando. - Você, não vai ficar com essa mulher que é perigosa e pode fazer algo com nosso filho! - caminhou mais para ele. - Ela não pode ficar aqui!

— Eu não vou mais discutir isso com você então se acalme e amanhã resolveremos isso! - beijou a testa dela e saiu do quarto para buscar o filho.

Ao chegar à mesa eles comiam com tanto gosto que ele nem pensou apenas sentou para comer com eles e os dois pequeninos como se fosse uma a copia do outro foram até Frederico e sentaram em suas pernas e enquanto as duas malucas estavam trancadas no quarto ele comia com as crianças sem estresse ou algo do tipo apenas um pai e seus filhos...

[...]

MAIS TARDE...

Cristina que já dormia despertou assustada e levantou sentindo uma coisa estranha e de imediato correu para o quarto dos filhos e beijou cada um suavizando seus sentimentos e saiu do quarto de Carlos e ao passar pela porta que sabia que ele estava dormindo parou mais logo se arrependeu ao ouvir gemidos vindos de dentro do quarto e de imediato seu coração sangrou ele estava transando com aquela maldita dentro de sua casa e para não fazer barulho de choro ela tapou a boca sem conseguir andar e apenas ouviu para seu desespero...

Até o próximo!