Ele pegou uma carona e vinte minutos depois ele chegou em sua fazenda e agradeceu a seu "camarada" e ele entrou para sua casa encontrando Cristina aos prantos e quando ela o viu correu o agarrando e ele a abraçou sentindo que tinha algo mais.

— Ela se foi, meu amor, ela se foi... - chorou mais e ele a segurou em seus braços sem entender nada.

— Ela quem? - falou perdido.

— Maria... Maria foi embora morar com Diego! - e naquele momento o chão faltou novamente para ele.

Frederico sentiu seu mundo ruir como assim sua filha tinha ido embora com aquele desgraçado? Como assim ela tinha partido e ele segurou seu amor em seus braços bufando e deduziu que tinha sido solto por ela e beijou os cabelos de Cristina que só sabia chorar.

— Fique calma, meu amor, eu vou buscar a nossa menina! - beijou mais ela que se agarrou nele por mais alguns segundos e logo o olhou.

— Você, não pode ir! - falou soluçando.

Ele a olhou estranhado.

— E porque eu não posso ir buscar a minha filha? - se alterou soltando dela.

Cristina respirou fundo e foi até a mesa e pegou um envelope e deu a ele.

— Ela mandou te entregar antes de ir!

Frederico olhou para o envelope que tinha na frente "papai" e sentiu o coração disparar o desgraçado estava mesmo disposto a tudo para destruir sua família e pior ainda ele tinha dado todas as armas para ele lutar. Frederico sentiu tanto ódio que nem leu apenas saiu de casa deixando Cristina chorando e gritando por ele.

Ele entrou em seu carro e saiu cantando pneu deixando apenas o pó e sua esposa desesperada e Cristina deu graças a Deus que seus meninos estavam na escola. Cristina entrou e foi direto a seu altar e ali ajoelhou pedindo que a Santa acalmasse seu marido para que ele não fizesse mais loucura.

Frederico dirigiu como um louco desarvorado e quando seu carro girou na pista de terra com ele quase capotando ele foi obrigado a parar e desceu do carro em meio a tanta poeira que subiu naquele momento e ele chutou pedra, chutou o ar, gritou amaldiçoando aquele desgraçado e olhou mais uma vez o envelope de sua filha e abriu...

"Papai...
     Sei que deve estar com os nervos a flor da pele por ter saído assim de casa e não negue eu sei que está! Mas não conseguiria olhar em seus olhos e dizer que estava indo com ele, preciso que confie em mim e não venha atrás de mim pelo menos não hoje o deixe sair do hospital e o senhor vem me buscar é só isso que te peço. Eu sei que não deseja que eu esteja ao lado dele porque eu sou a sua filha, mas nós dois não temos escolha ou é eu ao lado dele ou o senhor na cadeia e eu não posso ver o meu pai preso, não posso e não quero então entenda que faço esse sacrifício por mim, por você, pela mamãe e por meus irmãos que estão assustados com toda essa situação! 
   Papai, eu te amo e vai ser somente até que ele saia do hospital confia em mim e volte pra casa e cuide da mamãe ela precisa de você assim como todos nós!

Te Amo sua filha Maria do Carmo!!!!"

Frederico olhou para o céu e chorou sentindo seu peito apertado mais não tinha o que fazer a filha estava pedindo para ele esperar e ele faria o que ela estava pedindo, mas mesmo assim entrou em seu carro e foi a cidade e parou o carro um pouco longe do hospital e ali ficou para ver se sua menina sairia em algum momento e ele ficou ali por horas. Maria estava no quarto lendo um livro enquanto Diego dormia e ela sentiu seu coração apertado e olhou pela janela sentindo que devia ir lá fora e ela se levantou e foi.

Quando chegou ao lado de fora ela buscou sabia que seu pai estaria ali e quando encontrou o carro que ele não fazia questão de esconder ela sorriu sentindo seu coração abrandar e correu até ele que desceu do carro e a agarrou em seus braços a apertando não iria deixá-la ali era sua filha e não de Diego e ele a beijou muito e a olhou.

— Vamos pra casa! - ela o olhou com os olhos cristalinos.

— Eu, não posso papai!

— Filha, você não pode ficar aqui! - falou desesperado. - Eu volto para a prisão agora mais você não vai ficar com esse homem, ele... Ele não é bom! - estava rasgado por dentro era tanta coisa junto que ele nem conseguia assimilar.

— Eu não vou permitir que volte para a prisão então eu não vou voltar pra casa! - foi firme. - O senhor vai voltar pra casa agora a mamãe deve estar louca atrás do senhor! - o agarrou beijando muito era o pai que ela amava ali destruído com ela contribuindo para que ele ficasse pior e ela suspirou. - Confia em mim! - o soltou e sorriu. - Vai pra casa!

Frederico estava resignado e a beijou muito e entrou em seu carro e foi para casa, mas no meio do caminho seu celular tocou e ele parou o carro e atendeu depois de ver que era um numero desconhecido e apenas a risada soou primeiro.

— Espero que assim aprenda que vence quem pensa e não quem atira! - riu novamente deixando Frederico possesso mais ele não respondeu apenas desligou e voltou para casa bufando.

Cristina o viu chegar e correu até ele e o agarrou tocando seu corpo todo para ver se estava ferido e ele teve que sorrir para ela e seu desespero ele era um idiota por fazê-la chorar e sentiu uma coisa estranha em seu peito e olhou os dois filhos na porta de casa os esperando e ela o olhou controlando o choro que queria voltar a escorrer por seu rosto.

— Você a viu? - o dia quase terminava.

— Sim! - voltou seus olhos a ela.

— E não a trouxe por quê? - ofegou.

— Ela pediu que não o fizesse e eu vou respeitar pelo menos por esses dias! - falou com calma sabendo que ela iria ficar louca com a possibilidade da filha ficar com Diego sozinha.

— Você não pode deixar isso acontecer! - se soltou dele. - Você é o pai dela! - se alterou.

— Eu sou sim o pai dela, mas o que Diego quer é que eu vá atrás dela ou que eu o quebre novamente e eu não posso permitir que isso aconteça ou ele vai me tirar tudo que tenho! - falou com pesar.

— Ele é um maldito desgraçado, mas os próximos tiros quem dará nele sou eu! - ele sorriu com jeito ela e a agarrou beijando em seus lábios a amava tanto que chegava a doer em seu peito.

— Eu te amo muito! - falou a olhando nos olhos. - Me perdoe? Perdoe-me por ser um idiota e fazer nossa família passar por isso? - falava com os lábios quase grudados nos dela.

— Eu perdôo... - falou num sussurro e o beijou nos lábios com toda paixão que tinha em seu peito era momento de ficarem juntos ou Diego acabaria de vez com aquela família.

Frederico a puxou para dentro de casa e agarrou os filhos beijando eles como sempre e cheio de amor deixando que aquela noite fosse embora...

[...]

UMA SEMANA DEPOIS...

O carro parou frente a casa de Frederico no momento em que ele saiu de sua casa com o pequeno Carlos nos braços os dois iam montar juntos enquanto Cristina ajudava Felipe em seus deveres de casa para logo os encontrarem no passeio. Ele olhou para o carro e viu primeiro Maria descer e Carlos ficou todo, todo assim como ele que sorriu olhando sua menina mais logo seu sorriso sumiu quando Diego desceu pela outra porta se apoiando em sua bengala e ele disse olhando Frederico.

— Vai minha filha e pegue tudo que é teu!

E Frederico olhou sua filha nos olhos...

Até o próximo!