Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 9
Capítulo 89


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas vou tentar postar outro capítulo ainda essa semana. Espero que gostem! comentem. bjs, obgda pela paciência espero que tenha valido a pena!
[...]Agora vou dar uma adiantada na historia para finalmente chegarmos na parte principal, quando os Volturi vem.[...]



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29 de dezembro de 2007

De manhã, depois de tomar meu desjejum fui até a varanda da casa para ver quanta neve caiu – a neve cai e a geada se forma – e vejo aproximadamente 20 centímetros de neve acumulada no chão, pois nevou a noite toda. Eu sei por que a altura é a mesma do degrau da escada de entrada.

Alice estava certa é claro sobre a previsão do tempo, ela é muito mais confiável do que o garoto (!) do tempo , se bem que tamanha nevasca até ele poderia prever. Ela também disse que vai nevar quase o dia inteiro hoje, perfeito para ficar dentro de casa e ouvir as histórias de minha nova família.

O clima segundo ela é muito mais fácil de antever do que as ações das pessoas, pois estas estão sujeitas a decisões, tanto internas quanto externas, que podem influenciar o curso dos acontecimentos e assim o futuro. Lembro-me de perguntar como ela me viu chegando...

Uma rajada de vento enregelante faz com que eu me arrepie. Apesar de eu estar bem agasalhada com duas calças e uma saia longa por cima, quatro blusas (uma de manga curta por baixo) e mais o casaco, duas meias e botas, cachecol e luvas, ainda sinto o vento gélido que faz arderem minhas bochechas. Fecho o zíper da jaqueta e volto para dentro para me abrigar.

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Quando chego à sala, Bella já estava me esperando. Eu fico surpresa, pois não a vi entrar e foi por isso também que eu saí enfrentando o frio para ver quando ela viesse, mas não deu certo:

— Bella! – eu exclamo ao vê-la. - Não vi você chegar. Espero não tê-la feito esperar muito tempo.

— Tudo bem Carol, acabamos de entrar. Não se apavore.

Obviamente eu não perceberia quando eles chegassem. Não ouviria nada, pois vampiros não andam fazendo barulho. Ela estava sentada no sofá de uma forma tão relaxada que parecia ter estado ali por horas e não apenas segundos. Mas eu tenho certeza que ela não estava na sala antes de eu sair, então eu sei que ela está dizendo a verdade.

— Estou pronta – digo me sentando no sofá em sua frente. Logo vem Esme e se coloca ao meu lado. Já estou acostumada com esse jeito repentino de aparecer, é natural, para eles, de qualquer maneira. Esta é a casa deles, o único lugar onde eles podem ser livres para ser o que realmente são, não sou eu quem iria impedir. Apesar da distração, involuntária, minha prioridade agora é ouvir minha irmã: – Sou toda ouvidos, Bella.

— Desculpe por não ter contado o que eu queria ontem – diz arrependida. Ela parece tão humana assim desse jeito.

— Tudo bem Bella, não foi totalmente sua culpa. Eu me excedi – a excuso.

— Não precisa pedir desculpa por sentir o que sente, querida – diz Esme.

— Também não foi totalmente culpa sua Carol – diz Edward. Ele vê em minha mente que é um padrão que eu tenho. Sempre tudo foi culpa minha, até o que estava fora do meu alcance e evidentemente eu não podia fazer nada para impedir, então eu não posso evitar me sentir responsável pelo que aconteceu. – Rose e Jacob sempre foram assim e não acredito que isso vá mudar um dia. Os dois parecem ter problemas para controlar seu gênio.

— Ouvi meu nome – aparece Rosalie de repente na sala e senta na poltrona, logo em seguida aparece Emmett. Onde eles foram tão cedo? Acho que foram caçar. Para eles não tem problema que esteja nevando. Ela está vestindo uma calça jeans e uma blusa esportiva e os olhos também estão mais dourados do que ontem. – Seja o que for que meu irmão disse não é verdade. Jacob é que é intratável.

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Concordo com ela, quase sempre, ele é inconveniente. Arrogante e egoísta.

— Eu não disse nada de mais. Só falei que vocês dois têm o gênio forte, por isso não se dão.

— Sim, foi isso – defendo Edward.

Rose bufa. Bella diz:

— Posso continuar ou vão brigar por isso agora?

— De novo culpa minha... – eu me sinto mal.

— Não, nada disso é culpa sua, sweetie — mamãe afaga meu rosto. Eu percebo o olhar que ela dirige para minha irmã mais velha.

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— Pode continuar respondem Rosalie e Edward ao mesmo tempo.

— [...] Tudo estava bem, todos felizes. Parecia que minha vida finalmente havia se ajeitado; que eu havia nascido para ser vampira.

‘Bem, quase tudo era perfeito; havia apenas uma questão que impedia a felicidade completa. Renesmee ainda crescia muito rápido, o que me deixava muito preocupada.

— Porque vocês não a transformaram em vampira também?  - Não quero parecer rude, mas não posso deixar de falar essa ideia, para eles deveria ter ocorrido também se é que eles não pensaram nisso.

— Nós quase fizemos isso, Carol, é claro que nós pensamos nessa possibilidade. Mas o veneno de vampiro não tem o mesmo efeito nos transfiguradores que tem nos humanos. Para eles é fatal. E sendo minha filha tão parecida geneticamente com a espécie de Jacob, decidimos não arriscar. Meu instinto materno também me alertava que não era a solução. Eu tive tanto trabalho e fiz tanto sacrifício para trazê-la ao mundo não me daria ao luxo de fazer essa experiência que poderia mais dar errado do que certo. A probabilidade de insucesso era grande demais.

— Eu não iria morrer mãe, sou imortal como o papai. Herdei essa característica dele – diz Renesmee.

— Graças a Deus, querida, mas não sabíamos se você iria parar de crescer.

‘Renesmee falou com apenas uma semana de idade e sua primeira palavra foi mamãe. Isso teria me feito ganhar o dia se eu não tivesse ficado tão pasma e ainda mais surpresa quando ela passou da primeira palavra para a primeira frase num fôlego só. Minha filha pediu onde estava o vovô em voz alta apenas se dando ao trabalho de falar (ela prefere mostrar o quer) por que Rosalie não soube responder quando lhe pediu.

‘Ela andou a primeira vez menos de três semanas depois, com quase um mês de idade. Os bebês humanos normalmente dão os primeiros passos com quase um ano de vida. Renesmee observou Alice flutuar pela sala regando as flores e se colocou em pé sem titubear e atravessou a sala num caminhar quase tão gracioso quanto o da tia. Seu andar era decidido, nada parecido com o vacilar dos primeiros passos de uma criança humana.

‘A vida transcorria normalmente, bem, tão normalmente quanto é a nossa existência. Talvez seja melhor dizer que transcorriam os dias tranquilamente. No entanto em um dia enquanto eu, Renesmee e Jacob estávamos caçando, Irina nos viu de longe. Ela tinha vindo procurar os Cullen para se desculpar pelo mau comportamento no meu casamento, porém ao nos ver ela pensou que minha filha fosse uma Criança Imortal e foi aos Volturi denunciar minha família por ter violado a lei.

— Não apenas uma lei, mas a lei mais importante do nosso mundo – intervém Edward.

— Quem é Irina? – indago.

— Irina era nossa prima de Denali, irmã de Tanya – responde papai.

— Era?

— Os Volturi a mataram depois que viram que Renesmee não era uma Criança Imortal – diz Edward.

— Se Irina tivesse chegado mais perto para ver, iria perceber que Renesmee não era o que ela pensou que fosse – continua Bella. - A princípio eu pensei que Irina tinha ficado transtornada ao ver Jacob. Ela não aceitava a amizade dos Cullen com os ‘lobisomens’ e eles tiveram que matar Laurent quando ele veio tentar me matar. Lembra dessa história?

— Sim mamãe me contou - admito. - Laurent era aquele que queria matar você Bella?

— Sim e por isso os lobos o mataram, mas Irina não aceitava isso. Ela não queria acreditar que Laurent teria tentado me machucar. Por essa razão ela também não aceitava a amizade entre os Cullen e os Quileutes.

— Amizade que só é possível devido ao apreço que temos pela vida humana. Não daria certo a vontade de Aro aliar-se com os transmorfos – diz Edward. - Essa também foi uma das alegações que Caius tentou nos acusar. Mas os transfiguradores não são lobisomens, embora se considerem. Não era noite para eles estarem na forma de lobo e a capacidade de transformação  não é transmitida através de mordida e sim de forma genética, de pai para filho. Os Quileutes não são Filhos da Lua como ele temia.

— Então existem lobisomens mesmo? – um arrepio me percorre a espinha.

— Não tenha medo, eles foram praticamente extintos. E eles assim como nós vampiros costumam viver em regiões ao norte - explica Edward.

— Pois bem, Irina e Laurent tiveram um breve romance, podemos dizer. Porém isso não foi suficiente para fazer com que ele deixasse de ser leal a sua outra amiga, Victoria, e tentou me matar a pedido dela. E teria conseguido mesmo se os lobos não tivessem interferido naquele momento. Eu estava completamente só, desprotegida e vulnerável.

— Sinto muito – diz Edward. Ele sabe que jamais será capaz de se desculpar por isso. – Nunca mais vou deixá-la. Prometo.

— Eu apenas fechei meus olhos e esperava a morte grata, não tinha mais motivo para continuar viva se Edward tinha me deixado. Eu disse ‘Edward eu te amo’ e os lobos entraram na campina como se fosse uma intervenção divina bem no momento preciso.

'Essa campina era a campina em que estive com meu marido alguns meses antes e resolvi procurar. Os lobos correram atrás do vampiro e eu fugi dali. Eu não acreditava que eles conseguiriam matá-lo como conseguiram.

— Devo muito a eles – diz Edward como se estivesse pensando alto.

— Mas essa amizade com os lobos quase terminou mal – me lembro do ataque quando Renesmee nasceu. Foi covardia dos Quileutes atar justo quando sabiam que os Cullen estavam fracos.

—Sim, mas agora Renesmee é o elo que une as duas famílias. Nossa aliança nunca foi tão sólida.

— Argh – suspira Rosalie. –Vou ter que aguentar o ‘Fido’ para sempre.

— Quer dizer que Jacob é imortal?

— Praticamente, assim como os vampiros. - Dá para perceber o esforço dele em dizer essa palavra e não sua ofensa preferida: ‘sanguessugas’. - Ao menos enquanto eu me transformar eu continuarei a viver indefinidamente. Eu vou viver quanto tempo for ao lado da minha amiga – me explica Jacob.

— Irina não aceitou que seu Laurent tentou me matar e por isso foi morto. Se ele não tivesse tentado me fazer mal, não teria morrido. Então de certa forma é mesmo ‘bom’ que ela tenha morrido. Nenhum vampiro consegue ‘viver’ sem seu companheiro, uma vez que nos unimos é para sempre. Agora eu compreendo perfeitamente o poder desse laço entre parceiros e também que divórcio é uma coisa que não existe entre nós, é uma invenção humana. Casamento é eterno.

‘Foi por causa da acusação dela aos Volturi que eles ficaram sabendo sobre minha filha. Eu sabia, mesmo antes de ter consciência de que a esperava que teria que protegê-la. Meu sonho me alertou. Por isso que eu queria ir sozinha para a Itália para que os Volturi vissem que os Cullen haviam cumprido a promessa e tinham me transformado e nos deixassem em paz.

‘E também porque meus pensamentos eram os únicos que estavam seguros e Aro não ficaria sabendo sobre Renesmee. Eu lembrei do encontro anterior que a maior riqueza dele eram suas peças vivas, já era uma infelicidade que ele cobiçasse Edward e Alice, sabia que se Aro visse Renesmee iria querer tê-la, e eu não queria que ele tivesse mais motivo para invejar a família de Carlisle.

‘Edward e eu discutimos muito sobre isso, era muito arriscado ir sozinha até os Volturi. Tentei argumentar que eles não teriam motivo nenhum para me ferir, mas ele não queria que eu fosse sozinha, queria ir comigo. Porém eu não deixaria Renesmee sem os dois pais de uma vez. Por fim concordamos que Carlisle iria comigo até Londres e de lá eu iria sozinha para Volterra. Se alguma coisa acontecesse Carlisle estaria apenas a poucos quilômetros.

‘Mas Irina decidiu denunciar os Cullen pelo crime que ela pensou que tivessem cometido. Ela, assim como as irmãs têm um grande apreço pela lei porque a criadora do clã de Denali, que era como uma mãe para elas, também criou uma Criança Imortal, um menino que mal passava de um bebê, ele se chamava Vasilii. Os Volturi descobriram e ela, Sasha, foi morta junto com a criança e as ‘filhas’ foram poupadas, pois Aro viu em suas mentes que elas não sabiam o que a mãe tinha feito.

‘Por isso elas, Tanya, Kate e Irina ficaram com um profundo sentimento para obedecer a lei e Irina ficou muito impressionada quando viu Renesmee. Mesmo a amizade de séculos com os Cullen poderia impedir que ela relatasse o que pensava ser um crime. Ela não quis se aproximar porque sabia que nós poderíamos tentar prendê-la e impedir que fizesse o comunicado aos Volturi. Os clãs antigos lutaram para defender suas Crianças.

Tento imaginar o que Carlisle disse e, principalmente o que Bella disse que nossas primas sentem muito a perda da ‘mãe’, mesmo depois de tantos anos elas se sentem órfãs. Se acontecesse algo com papai nós também sentiríamos por muito tempo. Seria uma perda irreparável.

— Elas eram encantadoras, era só ficar perto para amá-las – diz papai. – Mas poderiam destruir metade de um vilarejo em um acesso de fúria. Elas eram incontroláveis, foi esse o veredito dos Volturi e por isso a prática foi banida e se tornou um crime.

— Não entendo como alguém pode fazer tamanha maldade com um bebê! – diz mamãe. – a transformação é tão dolorosa que é a nossa maior lembrança, não entendo como alguém pode pensar em submeter uma criança a isso. Não compreendo, não é por instinto maternal, eu posso falar porque fui mãe e não gostaria que meu filho passasse por isso.

Carlisle olha para a esposa admirado.

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Crianças muito novas, assim como pessoas muito idosas não conseguem suportar a transformação. É como uma lei natural para a criação de vampiros, um impedimento biológico para a ‘imortalização’ de bebês. Uma seleção natural para a sobrevivência apenas dos melhores espécimes com condições de criar bons vampiros. Imagine se pessoas idosas fossem transformadas? Poderia dar algo errado durante o processo quer da transformação dela própria ou quando ela transformasse outra pessoa.

Por isso mesmo se de alguma forma papai pudesse ter feito isso com o filho de Esme dificilmente ele teria resistido à mudança. Se como humano ele já tinha a saúde frágil e não viveu muito, provavelmente ele não suportaria a transformação.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

fotos do capítulo 89:
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