Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 20
Capítulo 100


Notas iniciais do capítulo

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23 de janeiro de 2008

Indago ainda perplexa:

— Mas porque foi melhor assim, por qual motivo eles tiveram que partir, mãe? – eu pergunto ainda sem entender como eles puderam ter feito isso.

— Alice e Jasper foram procurar provas de que Renesmee não era um perigo para a preservação de nossa existência em segredo como foram as Crianças Imortais. Alice não sabia que poderia haver algum hibrido de humana com vampiro, assim como minha neta, mas mesmo assim foi tentar encontrar. Era como procurar um ponto cego, pois Alice não podia ver os mestiços naquela época. Mas ainda bem que eles tiveram uma ajuda.

— Ainda bem que eles vieram salvar vocês e impedir que fossem dizimados pelos Volturi – estou ficando com uma consciência desses vampiros italianos com muito medo. Como eles preferem que seja mesmo. Quando eu for uma vampira vou ter pavor apenas em ouvir esse nome. Não é respeito, mas medo. Como o que eu tinha pelo meu ex-pai. – Uma ajuda mãe, quem?

— Uma vampira brasileira da Amazônia chamada Kachiri.

— Para que eles precisavam da ajuda dela?

— Ela foi muito útil por conhecer as tribos da América do Sul e levar Alice e Jasper ao que eles procuravam. Eles não poderiam perder tempo, pois estavam com pressa. Mas não significa que eles não teriam encontrado sem auxilio, mas estavam sem tempo e não poderiam se dar ao luxo de desperdiçar qualquer instante.

— Humm, entendo... – De repente tenho um estalo de consciência. – Eu sabia que os vampiros também existiam no Brasil, por isso a lenda do chupa-cabra! – digo quase gritando comparado ao meu tom de voz normal que parece um sussurro, como se eu não tivesse certeza de querer mesmo falar e minha voz fosse quase como um som de mental.

— É verdade, até certo ponto. Se fosse totalmente verdade, quer dizer que no Brasil haveria vampiros ‘vegetarianos’ como nós, e isso seria bom para vocês humanos. Mas os chupa-cabras não atacam apenas cabras, também atacam outros animais como bois e galinhas. Deve ser um animal, mas também pode ser um de nossa espécie.

— Eu não conheço bem essa lenda porque é uma lenda do nordeste onde tem cabras obviamente, lá no sul não criamos cabras.

Esme sorri para mim.

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— Mas seria mais difícil para nós vampiros viver em um pais tropical como o Brasil, por isso teríamos que nos alimentar apenas de noite, como a lenda relata que acontece. Os animais são sempre atacados durante a noite, com perfurações no pescoço, e encontrados mortos na manhã seguinte. Nós não temos presas, mas nossos dentes fazem o mesmo estrago como se fossem, e ataque no pescoço é característico de predadores, não apenas de vampiros, mas todos os caçadores.

'Pode ser um cachorro do mato ou algo parecido. Mas sem provas documentais como um espécime capturado, nada pode ser afirmado com absoluta certeza. Por enquanto, vocês humanos estão certos em manter distância dessa coisa, seja o que for.

'Além do mais animais não podem ser transformados em vampiros, como essa criatura parece ser um cachorro-vampiro.

Engulo em seco, pois meu estômago está começando a se revirar com essa história macabra - que apesar de ser recente, pois apenas começou em Porto Rico em 1995 e se espalhou pela America Latina como um rastilho de pólvora, há relatos desde os EUA até a Argentina e o Chile, mas amedronta - e mudo de assunto:

— Essa vampira que vive na Amazônia ela é ‘vegetariana’ como você e sua família, mãe?

— Não; apesar de viver em uma floresta. Ela e as ‘irmãs’ protegem a floresta dos caçadores e jamais iriam matar animais para se alimentar. Acho que elas não aprovam nosso estilo de vida, mas nós sempre caçamos com cuidado para não interferir muito no ecossistema.

 Que bom que eles têm consciência ambiental do impacto que sua atividade pode causar. Fico imaginando os caçadores encontrando com essas vampiras da Amazônia. É bem merecido eles estão indo fazer mal e não esperam que sejam punidos e acabam encontrando as guardiãs da floresta. Bem feito! Não sinto nenhuma pena dos caçadores apesar deles serem humanos. Quem mandou caçar? A caça no Brasil é proibida e não deveria fazer isso para começo de conversa. Já fez errado, nada mais justo, teve o que merecia.

‘Carol, quanta maldade! Como pode pensar assim?’ me diz uma voz mental. ‘Eles procuraram a própria destruição. Se não tivessem ido caçar nada de mal teria acontecido com eles’, contesto. ‘Eles tinham famílias...’ retruca minha consciência, ‘Eu sei, mas eles deveriam ter pensado nas famílias deles eu não tenho que pensar por eles se nem eles pensaram. Claro que sinto pela perda, mas que Deus os ajude a superar...’, minha outra voz mental se cala e assim encerra meu debate comigo mesma dentro da minha cabeça.

Digo alguma coisa antes que Esme pense que eu fiquei aterrorizada com a história:

— ‘Irmãs’ você disse, elas são em quantas? – Fico apavorada imaginando quantos vampiros existem no Brasil e um arrepio percorre minha coluna.

Se elas vivem reclusas na floresta lá no norte, no sul é muito mais fácil se esconder. Nem todos os dias são nublados, mas alguns são. Fico admirada que tive a sorte de encontrar Esme e Carlisle. Sempre me considerei uma pessoa sem sorte, mas vendo isso eu começo a reconsiderar a minha falta de sorte.

Tive a maior sorte que uma pessoa poderia ter! Nem todas as pessoas encontrarão vampiros ao longo da vida, é claro, mas dentro daquelas que encontram com eles eu realmente tive sorte, pois há maior probabilidade de topar com um vampiro nômade do que conhecer um vampiro  ‘vegetariano’ como os Cullen.

Eles são a exceção dentro do mundo vampiro. São apenas 16 contando com os Denali incluindo Renesmee que não é totalmente vampira. São muito poucos comparados com a quantidade dessas criaturas no mundo todo. Claro que pode haver outros que tem um estilo de vida mais pacífico, mas a regra ainda é que os vampiros geralmente bebem sangue humano. Existem quantos? Cerca de duzentos? Então, os ‘vegetarianos’ não chegam nem a ¼ disso.

— Elas são em três, mas não se preocupe que não existem mais vampiros no Brasil, querida. Como eu disse vampiros não gostam muito de lugares ensolarados. O sol não nos machuca, mas não é nada bom chamar a atenção sobre nós, os Volturi não iriam gostar nada, nada. Temos que manter a nossa existência oculta dos humanos.

— Mas existem muitos na América do Sul? – Me preocupo porque nada impediria que eles atravessassem as fronteiras e eu moro perto da Argentina...

Esme percebe minha expressão aflita:

— Não são muitos, filha. Eu acredito que não são mais de meia dúzia. Vampiros não costumam andar em bandos ou grupos grandes como nossa família, nisso somo exceção.

Meus olhos se arregalam de espanto. Seis vampiros! E se um deles tivesse me encontrado antes que meus pais? Eu estaria morta provavelmente. Estou tonta... acho que vou desmaiar.

— Carol querida respire – Acho que eu prendi o fôlego e por isso Esme teve que me lembrar de respirar. – Não tenha medo. Nenhum deles viria atrás de você. Eu e meu marido a protegeríamos se viesse algum.

— Se eles fossem mais de dois vocês não poderiam me defender. Não gostaria que lutassem e arriscassem suas vidas por minha causa. Vocês poderiam morrer em vão. Eu não valho tanto...

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— Oh querida! Obrigada pela preocupação. E sim você vale. Protegeríamos você como qualquer pais defenderiam o filho.

— Nem todos – eu lembro que meu suposto pai me batia e quase me matou. Ele que deveria me defender era o primeiro a me espancar.

— Eu sei, querida. Exatamente devido ao que você teve que enfrentar, você merece que a defendamos. Você precisa saber do que o amor é realmente capaz.

— Oh mamãe, você e papai me mostram isso. Mas se eles vierem, vampiros que se alimentam de sangue humano são mais fortes e eles poderiam os destruir... – lágrimas escorem pelas minhas faces.

— Shhh Carol, não se aflija meu amor. Vampiros não andam em mais do que dois. Só os vegetarianos devido ao nosso estilo de vida mais pacífico que proporciona a formação de laços afetivos.

— James, Laurent e Victoria eram três e não eram vegetarianos.

Esme fica surpresa que eu me lembre disso, mas me contradiz:

— Eles eram uma exceção. Para vampiros nômades é mais difícil se aliar devido a seu temperamento competitivo.

— Pode haver um trio ou dois aqui na América do Sul também.

— Não se preocupe querida, os vampiros moram perto de Ushuaia. Bem longe de nós.

— A distância não representa muita coisa para vocês, pois vocês podem correr muito rápido.

— Se algum dele aparecesse atrás de você, nosso cheiro ao seu redor o intimidaria.

— Mas e se ele quisesse meu sangue tanto quanto James quis o de Bella? Ele poderia lutar mesmo contra um clã inteiro! Ele poderia se aliar e vir com todos atrás de nós. Vocês são dois e eles seis.

— Nem todos os vampiros são como James. Ele gostava de desafio e acabou encontrando um jogo em que foi derrotado. Mas nossa família viria nos ajudar se precisássemos, eles não nos abandonariam. Eu não sei se eu pediria que eles se arriscassem...

— Eles não deixariam você e papai morrerem, mas por minha causa eles lutariam? Acho que Rosalie não. Ela me odeia.

— Rosalie viria também é claro, mas não apenas nossa família de vampiros, mas nossos amigos transmorfos se envolveriam porque onde Renesmee for, Jacob também vai e ele traria seus irmãos Quileutes. Seríamos muito mais do que apenas oito vampiros. O que já seria suficiente pra lutar contra seis vampiros, mas para ter certeza de que ninguém se machucaria seria bem vinda a ajuda dos vinte lobos Quileutes.

Éramos seis e conseguimos derrotar um exército de quase 20 recém criados. E mais nossos amigos 'lobisomens', claro!

Eu imagino que se eu estivesse lá também ficaria tentada a fazer o mesmo que Bella fez para tirar Edward da luta. Eu pediria para Esme e Carlisle. Mas com tantos desfalques os Cullen não venceriam. Mas eles não lutaram sozinhos, os transmorfos ajudaram também.

— Nossa! Se já o escudo da Bella os deixa praticamente invencíveis ainda mais 20 lobos do tamanho de cavalos, seria uma carnificina.

— Se eles realmente quisessem matar você filha, teriam que enfrentar todos nós trinta.

— Nossa! Jamais me senti tão amada em toda a minha vida!

— Você merece, meu anjo! – Esme me abraça. – Mas não se preocupe que nada disso que sua imaginação inventou vai acontecer realmente, você logo vai ser uma de nós. Minha linda vampirinha!

— Falta quase um ano, mãe. – O terror e a urgência transparecem em minha voz. – Vou ter medo de sair de casa agora!

— Me desculpe, querida; eu não deveria ter dito isso.

— Tudo bem, mãe. Você fez certo em ter me alertado. Além do mais a culpa não foi sua totalmente, eu já desconfiava. Eu achava estranho que só houvesse vampiros no hemisfério norte.

— Querida, não fique apavorada, eu e seu pai não deixaremos nada de mal acontecer com você.

— Ah mamãe, eu não queria que vocês tivessem que se preocupar comigo...

— Você não gosta que eu cuide de você? – Esme questiona quase magoada.

— Claro que eu gosto mãe...

— Então não fique com medo e deixe conosco. Confie em nós.

— Mas eu não sei, ao mesmo tempo que quero ser cuidada eu não queria dar trabalho.

— Não é trabalho nenhum, mon ange. Nós temos prazer em cuidar de você...

— Se eu fosse uma vampira vocês não precisariam se preocupar comigo, eu poderia cuidar de mim mesma. Não seria tão vulnerável.

— Teríamos que cuidar de você da mesma forma. Lembre-se que somos responsáveis pelos vampiros que criamos. Agora nos deixe fazer isso, está bem?

— Sim – concordo relutante. – Mas eu ainda queria ser uma vampira.

— Você vai ser querida. Não tenha pressa. Me deixe apreciar você assim mais alguns meses – Esme afaga minhas costas e eu adormeço no colo dela.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chupa-cabra
https://en.wikipedia.org/wiki/Chupacabra
https://es.wikipedia.org/wiki/Chupacabras



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