Sentimento Inesperado escrita por XoXoMP


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oláaa queridosss! Em homenagem ao beijo #Clarick da novela, hoje tem capítulo novo!
Espero que gostem! Depois me conta o que acharam!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753159/chapter/4

Como não conseguiu pregar os olhos, Clara levantou cedo, tomou banho, se arrumou e decidiu que iria fazer um café da manhã para Patrick. Ela preparou uma bandeja e subiu até o quarto dele, com medo dele mandar ela embora. Ao chegar na porta do quarto dele, ela segurou a bandeja com uma mão e bateu na porta com a outra.

— Já vou! – ela ouviu ele gritar de dentro do quarto.

Ao abrir a porta, Clara percebe que ele esta com cara de cansado e com um olhar de tristeza profunda.

— Eu preparei um café da manhã para você. Será que eu posso entrar e aí conversamos?

Patrick suspira e deixa Clara entrar em seu quarto, ele fecha a porta e vai até ela, que estava sentada na cama com a bandeja ao seu lado.

— Senta aqui, come o café que eu preparei enquanto eu falo. – Ela sugere.

— Tudo bem, mas preciso arrumar as malas logo, meu voo sai em 4 horas. – Ele fala com frieza.

Clara se desespera e começa a falar, rezando para conseguir convencer ele de ficar.

— Patrick eu sou uma idiota, sempre que eu fico brava e me irrito, acabo falando besteiras. Esse era um dos motivos que o Gael sempre me batia, no meio da discussão eu acabava falando o que não devia, coisas que eu nem sentia para atingi-lo.

— Isso não é justificativa para um homem bater em uma mulher Clara. – Patrick diz sério.

— Eu sei. Não estou justificando a atitude dele. Estou explicando que eu sempre fui assim, eu perco a cabeça e falo coisas da boca para fora. Quando você começou a falar do Renato ontem, eu não entendi direito o porquê daquele assunto depois de uma virada de ano tão boa como a que tínhamos tido. Então você começou a fazer perguntas e questionar coisas que eu nunca tinha questionado com relação ao Renato. Você tem razão ao se perguntar por que ele não foi atrás de mim no mar. Mesmo que fosse para verificar se eu realmente tinha morrido, ele simplesmente virou as costas e continuou a vida como se nada tivesse acontecido. – Patrick olhou com cara de “eu disse” para ela, mas ela ignorou e continuou – Mas naquele momento, eu não estava pensando direito, fiquei brava comigo mesma por nunca ter pensado nisso e brava com você por estar certo. O Renato disse que me ama desde o dia que eu voltei e eu gosto dele, sinto gratidão por ele me ajudar com meu filho. Não quero acreditar que ele está mentindo, não quero ter mais uma decepção com um homem que diz me amar tanto. – Ela diz abaixando a cabeça, chateada.

— Se os questionamentos que fiz sobre ele forem verdade, então ele não te ama como diz e não merece que você sofra por ele Clara! – Patrick diz um pouco frustrado – Você merece muito mais que isso! Merece um homem que te dê valor de verdade pelo que você é e não pelo que possui de bens materiais!

— Eu sei! Mas não quero mais falar sobre Renato, eu prometo para você que vou ficar esperta com ele, vou sondar para tentar descobrir os detalhes que estão faltando na história. Agora falando sobre nós, você me perdoa? – ela pergunta esperançosa.

— Sim, eu te perdoo Clara. Mas você me magoou muito, eu passei a noite em claro pensando como era possível ter me enganado tanto achando que éramos amigos, talvez os únicos com quem podemos contar.

— NÃO! Você não se enganou! Você é meu melhor e único amigo Patrick! Você é minha família agora, se não fosse por você eu não teria chegado onde cheguei! Eu nunca vou poder te agradecer o suficiente por tudo o que fez por mim, por ter confiado em mim e ter ficado ao meu lado esse tempo todo, me salvando do Gael, me protegendo dessas pessoas horríveis que me fizeram tanto mal há alguns anos. E eu te amo muito! – Patrick ao ouvir a última frase sente uma pontada de esperança – Você é meu irmão! – Clara sorri e Patrick não consegue evitar a decepção.

— Eu também te amo Clara! – Ele quis completar: “mas não como irmão”, mas não teve coragem.

Clara ao ouvir isso abre um sorriso enorme e o abraça.

— Agora me diz que vai ficar! Não quero que você vá para o Rio, não quero ter que ficar longe de você na primeira semana do ano. Por favor, fica comigo!

— Ta bom, você venceu! – ele diz suspirando.

— Eba! – ela diz empolgada.

— Vou só ligar para a Dri, avisar que não vou para o Rio.

— Dri? Quem é Dri? – Clara pergunta um pouco enciumada, mas não querendo demonstrar – Você conheceu uma mulher quando foi para o Rio e não me contou? – ela não consegue controlar o medo que sente da resposta, mesmo não sabendo o porquê de tal sentimento.

— Conheci uma mulher, mas ela simplesmente é a nova advogada do escritório. Relacionamento puramente profissional. – Patrick se explica.

— Profissional, mas cheio de intimidade né? Já chama até de Dri...

Patrick ri do jeito de Clara de falar. Percebendo que ela está com ciúmes, ele decide provocar, para entender se era ciúmes de irmão ou de homem e mulher.

— Ah Clara, nós nos demos muito bem logo de cara quando eu fui ao Rio. Ela é uma ótima advogada e uma pessoa muito bacana! Eu gostei bastante dela viu?!

— Hum. Sei. Quantos anos ela tem mesmo?

— É nova, se formou há pouco tempo, mas se você visse o curriculum dela, não ia acreditar! Ela já fez vários cursos e foi para fora do Brasil estudar.

— Legal. E como ela é? Bonita? – Patrick sente uma vontade imensa de rir, percebendo que ela está morrendo de ciúmes e não é só ciúmes de irmãos.

— Linda Clara. – Ele responde e vê que ela fecha a cara – Tem um estilo diferente, toda séria, mas ao mesmo tempo toda menina. Preciso apresentar ela para você!

— Quem sabe um dia, não é? Agora que já nos acertamos, se você me dá licença, eu preciso resolver algumas coisas. – Ela diz levantando da cama doida para sair correndo dali para tentar compreender seus sentimentos.

— Lógico, vai lá! Mas está tudo bem? Você ficou estranha depois que falei da Dri... Você ficou com ciúmes dela?

— Eu? Com ciúmes? Claro que não Patrick! – ela afirma, porém, sem saber se estava tentando convencer ele ou a si – Estou indo então, nos vemos mais tarde! – ela dá um beijo no rosto dele e sai do quarto.

Patrick fica no quarto sorrindo vitorioso. Clara estava morrendo de ciúmes e isso era perfeito, isso significava que ela estava apaixonada por ele também, mesmo não tendo percebido ainda! Mas sabendo disso, seria questão de tempo para ele mostrá-la que o que ela estava sentindo era paixão e não sentimento de irmãos! Ela saiu confusa do quarto, com certeza vai perceber uma hora ou outra e se dependesse dele, seria o mais rápido possível. Entretanto ele não queria forçar a barra, com medo dela não se dar conta do que sentia e rejeitá-lo, então decidiu que aos poucos faria Clara enxergar seus sentimentos.

Já Clara vai para seu quarto pensativa. Será que ela estava mesmo com ciúmes? Mas ciúmes por que? Ele não estava namorando essa mulher e mesmo que estivesse, ela não tinha nada a ver com isso. Muito pelo contrário, ela mesma já tinha trocado alguns beijos com o Renato, não poderia julgar o Patrick se ele encontrasse uma pessoa. Mas aquele pensamento dele com outra a estava incomodando, assim como o jeito que ele falou dela, de como ela era bonita e inteligente, também tinha incomodado. Se o Patrick era como um irmão, esses pensamentos não deviam perturbá-la. Então a ficha dela caiu. Lógico, agora ela estava entendendo, esse ciúme deveria ser apenas protecionismo de irmãos! Com essa conclusão, ela ficou mais tranquila e continuou com seus afazeres.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Me ajudem dizendo se está ficando bom ou não, para eu poder escrever os próximos!
Beijos, até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentimento Inesperado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.