Sofia parte para cima dele dando socos no peito dele. Ele a segura delicado para que ela não se machuque e para que ela não o ataque com força, Marcello olha para nos olhos dela e vê uma tristeza profunda, realmente a dor que ele a causou foi grande.

Marcello queria abraçar Sofia, tirar aquela tristeza de seu olhar, de seu coração e não conteve seu amor, a abraçou forte e com um beijo roubado tirou a armadura dela, Sofia sentiu os lábios dele nos seus e tremeu com aquele contato íntimo, deixou-se beijar por ele, o envolveu em seus braços, sentia os braços dele em volta de seu corpo.

Sofia estava flutuando assim como Marcello, e quando a razão tomou conta novamente de sua mente, Sofia empurra ele, deixando Marcello tonto com a reação dela.

Sofia: Pronto, seu capricho foi cumprindo, já me beijou, matou sua vontade, e agora o que quer? – ela sai de perto dele e caminha em direção a porta, quanto toca na maçaneta, fecha os olhos e respira fundo. – Agora vai embora daqui, sai daqui e me deixe em paz.

Marcello: Vamos conversar, eu errei, o que fiz no momento de raiva, eu paguei caro por isso, Sofia vamos conversar por favor! – ele se aproxima e ela abre mais a porta sem dizer nada. – Não vamos conversar?

Ela nega e Marcello respira fundo, passa a mão pelos cabelos e sai do quarto de Sofia, ele não se vira e ela fecha a porta com força, ao fazer isso ambos sentem seus corações se quebrar uma vez mais. Sofia escora na porta e lentamente deixa as lagrimas caírem, seu choro era tão sofrido que ela senta no chão junto a porta abraçando as pernas.

Marcello que ainda estava perto a escuta chorar e coloca a mão na porta novamente quando escuta a voz dela.

Sofia: Por que faz isso comigo, por que sofre por ele ainda? – ela chora por sua dor ser enorme, mas chora por ainda amar Marcello.

Marcello: Me perdoa! – ele coloca a testa na porta e deixa as lagrimas molharem sua face. Um senhor que estava no corredor chega mais perto e coloca mão no ombro dele que se assusta.

XX: Calma meu jovem, eu sei o que está passando, ela te ama e você a ela, se pede perdão é sinal que algo fez, antes de falar com ela novamente conserte o erro, se é que ele tem conserto, arrume as coisas e volte para ela e peça perdão com ações e com seu coração aberto. – Marcello olhava para aquele senhor sem saber quem era ele, e por qual motivo falava tal palavras para ele, o senhor olha para Marcello com um sorriso singelo e volta a caminhar para o corredor o deixando ali.

Sofia ficou ali por um tempo, depois tomou um banho quente, se arrumou, pois ainda tinha uma reunião final com a comissão de negócios internacionais.

Marcello que já não tinha mais compromissos em Portugal, arrumou sua mala e pediu um taxi para a estação central de trem, ao chegar comprou uma passagem para casa, o tempo de trem o faria melhor, pois seus pensamentos estavam em conflitos. Pegou seu celular e abriu seus e-mails, foi em pesquisa e buscou um e-mail especifico.

Abriu o e-mail que continha alguns arquivos, nesses documentos tinha os nomes de Carmencita – Antonia Bottura – Vanessa – Alberto de La Parra. Marcello abriu uma a uma, seu rosto estava vermelho e sua dor tinha se transformado em raiva e ódio das pessoas que o nome tinha em cada documento.

Marcello: Acho que realmente devo pedir perdão a Sofia e a todos que eu magoei por ser um idiota e ter errado em acreditar nessas pessoas que tanto me fazem mal.

Por todo o trajeto Marcello remoeu seus erros e queria de alguma forma começar a fazer o que era o certo. Fez algumas ligações, depois descansou um pouco e quando se deu por conta já estava em Madrid. Pegou um carro e foi para San Sebastian, era o tempo certo que precisava para admitir seus erros e começar a arruma-los.

***

Sofia que voltava de sua última reunião, viu que a porta do quarto de Marcello estava aberta, olhou em volta e depois entrou para o ver mais uma vez, mas foi em vão, a arrumadeira estava saindo do banheiro com as toalhas que ele tinha usado e colocava no carrinho, Sofia olhou para a cama que já estava arrumada e limpas. Ela sentiu um vazio em seu coração, a moça avisou que o hospede já tinha indo embora. Ela então foi para sua habitação e arrumou suas coisas, seu voo seria na manhã seguinte.

***

Em Toscana, Carmella sentia seu coração doer, e sua filha vinha em seus pensamentos, ela estava angustiada, sabia que tinha algo errado com a filha, pegou o telefone várias vezes para ligar, mas não queria atrapalhar Sofia em Portugal, caminhou até a varanda da casa principal onde encontrou Paolo.

Paolo: Mas fica quieta mulher, Sofia está bem!

Carmela: E como sabe? Como pode saber? – perguntou olhando para o senhor sentado na poltrona.

Paolo: Acha mesmo que não sei o motivo do meu filho mandar Sofia? Marcello está lá no mesmo evento que minha bambina! – falou com a maior tranquilidade do mundo vendo Carmella ficar branca em sua frente. – Te acalma, eles se cruzaram sim, mas nesse momento Marcello já está indo para Espanha e nossa bambina chega amanhã.

Carmella: Sabia que a insistência de Henrique e sua para que ela fosse ao tal evento não era à toa. – a senhora caminhou pela varanda de um lado para o outro, parou e olhou para tio que estava com sua taça de vinho na mão. – Se ele a fez sofrer eu o mato! Melhor ainda mato todos vocês!

YY: Do meu eu me encarrego disso, Henrique acabou de me contar, e Carmella se Sofia voltar e se isolar novamente eu mesmo acabo com eles, isso te inclui Don Paolo. – falou Chloé saindo da sala acariciando sua barriga de 8 meses.

Paolo: As duas estão erradas, novamente! – ele sorveu mais um pouco de seu vinho e completou. – Sabe que não faço coisas para magoar minha pequena, e sei que o que Marcello precisava era a ver novamente para saber que seus erros têm que ser arrumado e está na hora.

Henrique: E acho que já começou, ele acabou de me mandar um e-mail! – falou abraçando a esposa. – Que conversar comigo em uma semana em Roma. – falou sorrindo e piscando para o pai.

Carmella: Eu só espero que ... – ela foi interrompida pela chegada do marido.

Gioseppe: Acabei de falar com Patrício, ele e minha filha chegam amanhã, e ele ainda me falou que Sofia está triste, mas que foi tudo dentro do planejando. – abraçou a mulher que lhe dei um beliscão no braço. – Ai mulher, que isso!

Carmella: Chloé percebeu que fomos deixadas de fora da operação cupidos desses pazzos?

Chloé: Sim, me dei conta disso, acho que alguém vai dormir na geladeira hoje! – falou olhado para o marido.

Todos se olham e começam a rir, pois o único tranquilo ali era Paolo que continuava a tomar seu vinho como se nada mais o importasse.

***

Marcello estava em seu apartamento, era passado das 23h, ele foi até seu homeoffice e pegou de sua maleta e tirou dela uma echarpe, era de Sofia, voltou para sua mesa, sentou e algumas recordações voltaram a sua mente.

Lembranças...

Cello: Te amo tanto, Sofía.

Sofía: E eu a você.

Cello: Quero estar com você pra sempre. Mas...

Sofía: O que foi?

Cello: Não quero fazer nada que não queira, ou que magoe você.

Sofía: – Sei que não vai me magoar. E eu também quero estar com você.

Ele vai descendo a camisola dela delicadamente, enquanto beija seus ombros. Sofía vai abrindo a camisa dele, sem pressa, botão por botão, sentindo a pele. Eles vão deitando na cama lentamente enquanto se beijam, se acariciam. As mãos de Marcello percorriam o corpo de Sofía lentamente, de maneira suave, lhe causando arrepios a cada toque. Os beijos dele desciam por seu corpo chegando em sua intimidade a fazendo se contorcer de prazer. Ele sente o gosto de Sofía, era doce como seu perfume e inebriante.

Cello: Quero você, Sofía.

Sofía: Ahhhh, Marcelo!

Ele a penetra lentamente. Sofía sente um desconforto inicial, prova de que Marcello era o seu primeiro. O que o deixou ainda mais apaixonado.

Cello: Você se guardou pra mim?

Sofía: Eu apenas esperei pelo homem certo!

Ele olha em seus olhos e os dois se beijam, enquanto Marcello se movimentava dentro dela, bem devagar. Os dois queriam aproveitar aquele momento o máximo que podiam.

Marcello começa a acelerar o ritmo, enquanto os gemidos de Sofía ficavam mais intensos e suas respirações ofegantes. Até que os dois chegam ao ápice daquele momento e deitam na cama completamente exaustos. Ele a puxa para os seus braços e acaricia seus cabelos, até que os dois dormem.

Marcello sente o perfume de Sofia na echarpe e com os olhos fechado sente o gosto do beijo dela em seus lábios, sente que suas vidas estão ligadas para sempre, pois ela tinha lhe dado sua primeira vez, ele a fez mulher, ele a amou e suas peles estão com as marcar um do outro gravadas para sempre. Aquela noite na Toscana foi a primeira e não seria a última.