Roma, era a reunião de duas grandes empresas, uma no ramo de alimentos e outra na assessoria jurídicas, os novatos, jovens promissores estagiários ali estavam. Marcello Bottura DeMazzi, mas como era conhecido o Jovem negociador Marcello Bottura, e no outro lado da sala a jovem Sofia Bellinatti. Ambos na mesma sala, seus olhares se cruzaram como se duas polaridades de um imã se atraíssem.

Durante toda a reunião, os dois trocavam sorriso e olhares. Até que Milena percebeu e deu um beliscão me Marcello.

Milena: Poxa pensei que tínhamos algo, mas pelo visto é só da minha parte, Cello! – falou aborrecida.

Marcello: Eu nunca assumi nada contigo Mile, estávamos de paquera, mas aquela morena ali, é meu número.

Milena: E mulher é número de alguém ragazzo de merda. – falou zangada.

Marcello: É pelo jeito nossa curtição vai acabar!

Milena: Porco! – falou de modo raivo, o deixando ali.

Ele se levantou pedindo licença aos presentes e foi atrás dela.

Marcello: Por favor Mile, o que é isso? Para que essa palhaçada?

Milena: Palhaçada? Você fica dando em cima das outras mulheres de forma descarada, é ainda me chama de palhaça? - disse com raiva.

Marcello: Viu que mulher linda? - a olhou entusiasmado com a morena do outro lado da sala.  - Não fica chateada, sabe que eu sou assim, eu sou um...

Milena: Um canalha Marcello, é isso que você é! - o interrompeu. - Nem me respeita! Eu mereço um pouco mais de respeito?

Marcello: Fazendo uma tempestade num copo d'água, por favor né Mile? Vai estragar o que a gente tem por que eu estava olhando aquela morena linda? - disse a olhando -

Milena: E ainda fica a elogiando? Que graça! -disso sarcástica.

Marcello: Você está com ciúmes? Mesmo sabendo o jeito que sou? Eu acabei de me formar, estudei anos, e tenho o direito de me divertir, não acha?

Milena: Sabe de uma coisa? Faça o que você quiser, a vida é sua, e me deixa! - disse com raiva o encarando. - Idiota!

Marcello: Você não deveria estar me cobrando nada! Não temos nada sério! - Disse o olhando -

Milena: Insensível! Para mim nós tínhamos algo, nós nos damos bem, achei que gostasse de mim!

Marcello: Eu gosto de mulher Mile! - sorriu à olhando. - Como você, como ela, gosto de mulheres.

Milena: Você é realmente um canalha, um galinha. - disse com raiva. - Porco asqueroso! Volte para aquela sala, e continue babando por ela.

A sala tinha alguns estagiários e os top dos profissionais de ambas as áreas. Um dos acordos foi fechado de forma diplomática, de tal forma que os estagiários nunca viram um contrato fechado empresa de negociação e na empresa jurídica tudo feito com sucesso, mas durante o coquetel Marcello encontra sua morena, linda com um sorriso encantar, mas logo a perdeu novamente.

Ele falou para si mesmo, um dia te encontro novamente morena linda.

Marcello ficou por mais um tempo no coquetel, que para ele já tinha ficado chato, Mile, o deixou ali e a morena tinha desaparecido.

Sofia caminhava sentindo o sol em seu rosto, ela adorava fazer aquele passeio, nas tardes depois que voltava da capital. Ela sorria quando escutou a mãe chamando por ela.

Carmela: Filha, vamos! – estava perto da porta.

Sofia: Vamos sim mama, onde está o padrinho?

Carmela: Está descansando, hoje foi um dia e tanto para ele, o senhor da cidade veio aqui, e achou o que ele procurava!

Sofia: Que bom, e agora como vai ser?

Carmela: Ainda não sei, seu pai estava junto, mas não me falou nada, agora deixa de conversa, vamos logo, quero pegar a feira completa ainda, sabia que tem um novo produtor espanhol no mercado hoje, dizem que é o melhor da fronteira.

As duas ficaram conversando enquanto compravam as coisas e casa, o mercado estava cheio, mãe e filha ficaram horas ali, depois voltam para casa. O jantar foi servido no mesmo horário de sempre, Carmela tinha feito o canelone que Demazzi pediu, ele ficava feliz com a afilhada no jantar.

Sofia não tirou da cabeça, a conversa que teve com a mãe, mais cedo, ela queria saber o tal assunto que um advogado da cidade veio ver o padrinho, ela só sabia que era um dos homens que o senhor Demazzi tinha contratado para achar o filho e a família.

Depois do jantar, todos foram para a varanda, um café com graspa, era quase 22h, quando Carmela e Gioseppe se levantaram para irem para casa, Sofia se levantou junto, mas Paolo pegou a mão dela.

Paolo: Fique! Quero conversar com você bambina!

Sofia: Claro padrinho, fico sim! Mãe vou para casa depois, ok!

Carmela e o marido assentiram com a cabeça, como eles moravam na propriedade quando Sofia ainda era pequena, ela sabia andar por aquelas terras mesmo no escuro, ou melhor com a luz do luar.

Sofia sentou com o padrinho no sofá da varanda, ele lhe deu um envelope com vários documentos, ela o tirou leu todos e depois olhando assustada e incrédula pelo que acabara de ler, falou.

Sofia: Mais padrinho, qual o motivo disso tudo?

Paolo: Por favor, é meu pedido especial para você!

Continua....