Narração por Christian Figueiredo



Estava tudo pronto pra festa de comemoração do lançamento do clipe, o final de semana seria cheio. Devido aos compromissos assim que a lançamos resolvemos fazer a festa alguns dias depois, porém na mesma semana.

Eu tava muito animado, ver que a música estava agradando a galera fazia meu coração acelerar.

Melissa estava me dando um apoio incrível, ela é sincera quanto a todas as ideias de projetos que eu tenho.

— E aí, nervoso irmão? - Rafa vem até mim na varanda do quarto e me tira dos pensamentos.

— Ah mano, parece que isso tudo nem tá acontecendo com a gente. Parece que eu vou acordar a qualquer momento.

— Te entendo, a mesma coisa comigo.

— Os queridinhos já estão prontos? - Melissa sobe com nossos pequenos arrumados, eu não aguentei de fofura.

— Pra vocês estamos, claro. - Digo.

— Sabe, vocês que trabalham com isso tudo tem um destino incrível. A maioria dos jovens brasileiros crescem frustados a viver em salas brancas e frias pra se matar de trabalhar. O destino foi generoso com vocês, vocês foram brilhantes e únicos, Deus tem muitos presentes para vocês, esse é só o começo.

Eu e Rafa a abraçamos.

— O que eu fiz pra merecer essa mulher? Eu te amo demais. - Digo a beijando.

— Tá bom casal, vamos logo. - Rafa dá risada e desce.

Eu pego Bento no colo e Melissa a Mariana, descemos as escadas e todos os nossos amigos estavam a nossa espera. Iríamos fazer um esquenta na casa com os mais próximos e depois deixaríamos as crianças pra ir na festa em si.

— Mano você já tá ruim, Bola. - Digo.

— Cê tá maluco, eu nem comecei irmão, Rafa Moreira tá chegando. - Damos risada.

— Se controla, vai passar vergonha. - Mauro diz.

— Já viu o T3ddy? Ta tenso aqui. - Renata diz abraçada com ele.

— Qual é gente, ainda são onze na noite, segura aí. - Amanda afirma.

— Já estamos chegando. - Ouço Mel dizer assim que fala com motorista, sim, hoje precisaríamos de motorista pra todo mundo curtir a noite.

A limosine para em frente a entrada do salão. Alguns fotógrafos já estavam no local.

— Chrisão chegou galera! - Muca grita abrindo a porta.

— Família Pollo chegando. - Eles nos cumprimentam e entramos juntos. A galera estava super animada e eu soava, ainda nervoso. Por mais que eu pareça estar tranquilo, por dentro eu ainda estou completamente surpreso.

— A noite é sua. - Mel diz no meu ouvido e isso me deixa intrigado.

— Óia, deixa pra fazer isso mais tarde se não eu serei obrigado a correr daqui com você. - Ela dá risada.

Fizemos muitas fotos, entrevistas e conversamos com muitas pessoas, talvez eu nem me lembrarei de todas de cabeça no dia seguinte.

Era surreal, ver todos cantando a música juntos, fizemos apresentação e a família Polo cantou alguns de seus sucessos, foi épico.

— Aí Chris, vc precisa ficar mais suave. - T3ddy fala rindo de mim. - Você pula mais que todos no palco, oloko irmão.

— Ah mano, eu fico nervoso, quando to nervoso me mecho pra caramba né. - Falo já com a certeza que o álcool estava em todos nós.

— Mano, morro de rir. - Ele continua.

— Eu também amor, desculpa. - Damos risada.

— Vou subir no palco. - T3ddy diz.

— Que isso, tá doido? Vai fazer o que? - Mauro diz.

— Vou entrar pro time do Chris! - Ele grita no microfone.

— Gente o que esse maluco vai fazer? - Gusta aparece do nosso lado.

— Eu vou tirar ele de lá. - Pyong tenta subir mas eu o seguro.

— Deixa mano, vamos ver e dar risada. - Falo.

— Se ele cantar eu saio fazendo a dancinha do siri. - Polado Grita.
Eu me acabei de rir.

— Desce daí T3ddy! - Renata grita e o pessoal da festa manda ele cantar.

— Galera, eu não vou cantar mas eu vou cantar uma gata, a minha gata. - Damos risada da piada sem graça dele, T3ddy bêbado era hilário.

— Quando eu digo que vou entrar pro time do nosso Chrisão é o seguinte: Eu sou apaixonado nessa mulher, sobe aqui amor! - Ele abaixa pra pegar a mão dela que está pistola de brava.
— Ela é meio durona galera. Vem amor! - Mel a empurra e vai.

— Essa garota colocou cor na minha vida, esse jeito mandão e rabugento de ser domou meu coração. Eu amo você e por isso eu quero saber se você aceita casar comigo?

A família Pollo começa a cantar "Vagalumes" e Renata chora horrores, álcool e amor só dá sexo e lágrimas. Caímos na risada e na gritaria. O T3ddy ia casar e pediu ela na minha festa de lançamento? Eu não tava me aguentando de empolgação.

— Ela aceitou galera! Segue o baile agora, chama!

A música continua e eles descem do palco. A noite foi longa, eu iria me lembrar pra sempre desses momentos de conquistas e momentos marcantes.
Tudo isso é um sonho, do qual eu nunca quero acordar.