Fanfic - Um Amor Maior Que o Mundo escrita por Alzira Cunha


Capítulo 31
Capítulo 31 - De volta ao primeiro amor




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Narração por Christian Figueiredo

 

 


1° Mês. 

Me Lembro do primeiro mês de vida de Bento e quando ele cabia dentro de um apoio de mão. Eu o carregava para todo lado, tão indefeso, tão frágil e sei que com o passar rápido do tempo, logo ele seria um homem. Participar da construção de uma vida é algo mais mágico que existe, era por isso que Melissa era apaixonada pela docência e por ser mãe e isso me fazia amá-la ainda mais. 

Ver Mel sem uma parte dela, de nós, era uma dor incomparável. Um mês de buscas, de esperanças jogadas no lixo, de angústia, de saudade. Eu estava recebendo força dos fãs, o suporte mais amoroso que pode existir. Dei uma pausa nos vídeos até que isso tudo passasse.

Melissa secou o leite, ela não amamenta mais Mariana, o que a deixou devastada, se sentindo impotente. O médico disse que era normal devido seu estado de nervosismo e que também ela não precisaria de preocupar já que Mariana está perto de completar um ano, porém para uma mãe no estado dela a única coisa que a confortaria era ter Bento de volta em seus braços.

2° Mês.

Já completamos dois meses de procura. A investigação acha que Bento foi levado para fora do país e as buscas começaram investigando as últimas saídas de Danilo do Brasil e os países dos quais ele já passou e tentar encontrar nosso pequeno.

Os últimos dias tem sido tão tediosos e massantes que ninguém nos deixa sozinhos. Acontece uma espécie de rodízio de visitas durante o dia, parentes, amigos, familiares... Todos querem fazer parte do nosso circulo como sinal de afeto pu presença, para suprir a falta que nós temos.

Bento é uma criança cheia de vida, carinhoso e atencioso. Sabíamos que qualquer tipo de trabalho vindo dele não seria meramente coisas impossíveis de se resolver. Melissa tem estado no modo automático, como um robô. Ela parou de ter crises de choro e decidiu não sentir mais saudade, eu não sei se me preocupo ou não. Vê-la estar e ser tão dura consigo mesma mostra que as esperanças dela estão acabando.

— Amor, vamos dar uma volta com Mariana hoje? Ver algumas coisas do aniversário? - Ela pergunta.

— Não sei... Você está se sentindo bem? - Questiono.

— Claro que estou. Não podemos parar nossas vidas, mesmo que Bento não esteja aqui. Vamos fazer compras.

— Melissa, sabe qual é o meu medo? Que em uma dessas atitudes de "está tudo bem" você recaia em si e tudo vire um pesadelo. Você não precisa fingir estar bem, você pode se permitir.

— Chris, você não entende né? Eu passei semanas chorando e vendo as pessoas me olharem com pena, inclusive você! Eu chorei por três semanas seguidas e agora que estou me mantendo firme eu tenho que voltar a chorar!?

— Não é voltar a chorar, eu só não quero que você esconda ou sei lá.

— Esconder? Okay, vamos parar com essa conversa. Isso não vai nos levar a lugar nenhum, eu sei o que estou fazendo e quero que compreenda. Eu não vou surtar mais, eu já surtei o suficiente.

— Está bem, se você diz, eu acredito.

— Eu espero. Agora podemos sair? Eu e Mariana já estamos prontas.

Eu assenti, troquei de roupa e peguei as chaves do carro. Saímos do carro Luh e minha mãe estavam na sala.

— Vão sair? - Minha mãe pergunta e vejo Melissa não gostar muito então eu me adianto pra responder a pergunta óbvia.

— Sim, vamos levar Mariana pra dar uma volta enquanto vemos coisas para o aniversário dela.

— Vocês querem que eu vá junto? Precisam de ajuda? - Ela diz se levantando do sofá.

— Não! Nós estamos bem, estou indo pro carro. - Melissa a corta dizendo e força um sorriso amarelo.

— Até mais tarde mãe. - Dou um beijo nele e saio. Entro no carro e Mariana já está na cadeirinha e Melissa na direção.

— Eu dirijo hoje. - Ela diz e dou risada.

— Eu adoro quando você dirige, é sexy. - Ela sorri e mexe a cabeça.

— Já pensou aonde vamos?

— Claro, pensei em começarmos no centro e passar no parque depois. Não vamos demorar muito, algumas coisas eu já fechei pela internet e fora que Mariana fica cansada de andar, colo, querer correr, colo, fome, essas coisas.

— Sim, está certo, vai ficar tudo lindo, o espaço eu já reservei lá no condomínio e a comida também como você já sabe.

— Ótimo e os convites já estão prontos né?

— Sim, tudo certo, só falta mesmo a decoração que é sua parte.

— Você percebeu que estamos sozinhos pela primeira vez em dois meses? É inacreditável, eu não quero mais ninguém todos os dias na nossa casa. - Ela diz assim que estacionamos.

— Eu entendo, concordo também. - Digo e meu celular toca.

— Christian Figueiredo? Aqui é do departamento de polícia de São Paulo. - Uma mulher diz do outro lado da linha.

— Sim, ele mesmo, pois não? - Faço sinal pra Melissa não sair do carro.

— Temos novidades, os investigadores tem notícias do seu filho, sugiro que compareça aqui com seus advogados.

— Sim, claro, nós iremos. Obrigado.

— Certo, estamos no aguardo. - E a ligação termina.

— Quem era? - Melissa diz intrigada.

— O departamento de polícia, eles querem que vamos lá com os advogados, tem notícias de Bento.

— De novo essa conversa? Da última vez fomos atoa. - Ela olha para cima.

— Precisamos ir, precisamos acreditar. - Digo.

— Está bem, liga para os advogados nos encontrarem lá. - Ela da a volta com o carro e seguimos.

Assim que chegamos logo notamos os advogados e os encarregados do caso.

— Detetives. - Cumprimento Júlia e Fernando.

— Encontramos o filho de vocês, Danilo está com ele na Turquia.

— O que? Turquia? -  Melissa diz sem acreditar.

— Sim, estamos entrando em contato com o consulado Brasileiro e a embaixada Turca para que o filho de vocês seja transportado de volta ao Brasil sem danos e com alguém do nosso pessoal que será encaminhado pra lá imediatamente.

— E quanto tempo isso vai levar? De ir buscá-lo e trazê-lo? - Pergunto.

— Nas próximas 24 horas, vamos tentar fazer um voo de 11 horas ida mais 11 horas volta e dentro de no máximo 26 horas você vai estar com seu filho.

— Eu não acredito! - Melissa me abraça. - Eu não vou sair daqui enquanto nosso filho chegar.

— E Danilo? Quero saber se ele vai ficar solto, esse cara não pode ficar ileso.

— Não vai, fiquem tranquilos. Ele será julgado pela Turquia e deportado para o Brasil onde também será julgado e preso, o que ele mais tem nas costas são processos.

Eu nem estava acreditando. Eles nos acomodaram em uma sala. Nós não telefonamos para ninguém naquele momento. Mariana dormia confortavelmente na sua cadeirinha. Todas as horas de angústia estavam perto de acabar. Tão perto que nossa ficha não havia caído ainda, talvez só cairia quando pudermos sentir o cheiro do nosso pequeno em nossos braços. 


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Notas finais do capítulo

Hey Chuchus! A correria ta grande mas o capítulo chegou! Estamos na reta final, muitas alegrias se aproximando, Mil beijos e até mais!



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