Crime das Flores escrita por LaviniaCrist


Capítulo 26
Cravo Púrpura




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Enquanto Ino tinha lagrimas de alegria escorrendo pelo rosto, Mozuku tinha um verdadeiro mar de água fervendo e ódio circulando pelo corpo. Aquilo não estava nem perto do que ele havia planejado, não esperava em ver a médica e uma das vítimas naquela sala.

Mantendo as feições tranquilas como sempre, ele entrou na sala e sentou-se no lugar mais próximo possível das primeiras fileiras. Ele sorria, sorria apenas por não gargalhar e comemorar antes da jovem Yamanak ser “culpada”.

— Ótimo, todos chegaram. — Ibiki abriu as portas com brutalidade o suficiente para coloca-las ao chão — Trouxeram o equipamento necessário!? Vamos logo com isso!

O investigador não combinava com a tranquilidade daquele lugar. Para o Morino, não importava onde e nem de quem era o julgamento, ele seria imparcial e totalmente eficaz com seu interrogatório.

— Você! — Ele apontou para Ino que, apesar de querer abraçar a todos naquela sala, estava de pé em um canto da sala e aguardando para saber onde deveria ficar — Ali! — Ele apontou para uma cadeira praticamente no meio e em frente a todos, com uma espécie de telão atrás — Todos aqui sabem como isso funciona, então vamos logo com isso...

— Com licença... — Kakashi levantou a mão — Tem pessoas que não fazem a menor ideia de como isso funciona, então, será que poderia?

— Fique à vontade, Rokudaime.

— Apesar de ser um julgamento, não temos advogados ou quaisquer coisas do tipo. Ibiki irá fazer as perguntas e observações que ele achar necessário, poderá a qualquer momento interrogar os aqui presentes e, em caso de dúvidas, poderá usar o equipamento especial do clã Yamanaka para a transmissão de pensamentos. Ao final, ficará decretada a inocência ou não de Ino — mesmo parecendo entediado com tantas explicações, era necessário que Kakashi fizesse isso.

— É um interrogatório com plateia, mais demorado, porque eu não posso usar os meus métodos de tor...

— Métodos eficazes e desnecessários aqui — o Hokage fez questão de interromper.

— A-A minha filha... — se controlando o melhor que podia para manter a calma, a senhora Inoiche começou a falar — Ela é inocente...

— Isso nós estamos aqui para verificar. — Ibiki a interrompeu, apático.

— E vai verificar, ela é inocente. — A mulher respirou fundo e continuou — Mas o culpado será pego, certo? E-Eu não consigo nem imaginar o que vai acontecer caso ele continue fazendo esse tipo de coisa, caso esteja cada vez mais perto e tente fazer algo com a minha filha!

— Cuidaremos disso — tanto Kakashi quanto Ibiki responderam ao mesmo tempo, o que iniciou sussurros e cochichos entre as pessoas.

— Vamos começar! — Ibiki esperou que os ali presentes ficassem no mais extremo silencio — Por que suas flores estavam em todas as cenas? — ele encarou Ino.

— Porque as vítimas compraram elas na floricultura.

— Todas?

— Todas...

— Suspeito, não? Principalmente porque as flores eram as culpadas das mortes.

Mozuku precisou de muito autocontrole para manter sua encenação como amigo da família. A vontade que ele tinha era de se jogar no chão, gargalhando ao ponto de perder o folego, enquanto via a vida de Ino ser arruinada.

O rapaz salivava apenas de imaginar o que viria a seguir: os amigos de Ino a atrapalhando mais do que ajudando, seus cumplices dando as cartadas finais, a médica acusando as flores de Ino. O melhor de tudo seria a herdeira Yamanaka, chorando, sendo levada por Ibiki e mais algum ninja para a cela mais escura que pudessem arrumar, ou, quem sabe, algo ainda pior que prisão perpétua? Seria a realização dos desejos de Mozuku!

— Com licença — a médica de cabelos rosados levantou a mão — Fui eu quem fiz os relatórios e identifiquei cada uma das substancias nas flores. Tal substancia tem fatores muito complexos para que faça efeito, devido a isso, apenas algumas pessoas foram contaminadas.

— Continue — Ibiki encarou Sakura.

— Estar exposto ao sol, ambiente húmido e propicio, sensibilidade já existente às substancias são apenas alguns dos fatores. Em suma, se Ino realmente estivesse envolvida nisso, ela teria sido a mais afetada, porque fica o tempo inteiro em exposição a elas.

— E como explica o veneno estar nas plantas então?

— É colocado momentos antes de saírem da floricultura.

— E como?

— Encontrei a mesma substancia no borrifador que a senhorita Yamanaka usa como fortificante.

Ino fechou os olhos. Quando viu a “testuda” naquela sala, poderia jurar que Sakura estaria ali apenas para ajudá-la, não imaginava que a amiga pudesse dar um passo em falso tão grande.

— Porém... — Sakura retomou a fala — A mistura some com o tempo, ela não notou porque simplesmente perde o efeito depois de algumas horas.

— Está afirmando que ela não sabia? É isso?

— Sim, e eu... — a médica pareceu um tanto temerosa em falar, mas logo prosseguiu.

— Nós temos como provar — Shikamaru e Choji falaram juntos à Sakura.

Cravos púrpuras podem significar todos os sentimentos maldosos que Mozuku tem, mas os bons sentimentos de Sakura, Shikamaru e Choji são, com certeza, muito mais intensos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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