Edward Cullen, não sabia exatamente como estava se sentindo naquele momento. Ouvir um "eu não amo você" , era algo difícil e ao mesmo tempo devastador. Ainda mais quando dito pela mulher que ama. Não culpava Isabella por aquelas palavras. Pelo pouco tempo que passaram juntos, ele pode conhecer um pouco dos princípios da garota e por isso era natural ela recusasse a ficar com ele diante daquele situação. Porém não acreditava na honestidade dela em relação aos  sentimentos e isso significava que ainda existia uma pequena luz de esperança no fim do túnel. O único problema era a questão do filho, será que Rosalie realmente estava dizendo a verdade? Talvez, mas sentia um pressentimento de algo estava errado.

— Edward ? - Rosalie o encarou como se estivesse vendo um fantasma. - O que está fazendo aqui? 

— Como vai, Rosalie ? - Perguntou Edward com um sorriso cínico curvado no canto dos lábios. - Espero que bem. - Ele respondeu por ela e entrou no apartamento. Seus olhos verdes esquadrinharam a sala iluminada, notando algumas garrafas de champanhe vazia e uma ou duas taças espalhadas sobre a mesa de centro e a pequena mesa envernizada ao lado do sofá.

— Ainda não respondeu o por que está aqui? - Perguntou a loira ao fechar a porta e olha-lo.

Edward sorrio sarcástico.

— Você está gravida de um filho meu, não preciso de convites para visita-la. - Respondeu. - A proposito, estava comemorando algo? Pensei que o álcool fizesse mal a mulheres gestantes.

— E-eu...eu não estava comemorando. - Respondeu ela.  - Foi apenas uma visitada de amigas e também não consumi álcool...

— Hum... - Edward arqueou uma das sobrancelhas, enquanto estudava as feições pálidas da loira. -  Não vai me oferecer um café ou agua? -Sugeriu ele ao sentar-se no sofá.

Rosalie cruzou os braços sobre o peito. 

— Edward, eu não tenho tempo para conversar agora...

— Ah não tem? - Edward levantou e caminhou até ela. - Você espalha para os quatro cantos que está gravida de um filho meu e agora diz que não tem tempo para conversar? Me poupe, Rosalie. Nós vamos conversar você querendo ou não.

A loira desviou por alguns instante o olhar exasperado e depois voltou a encara -ló.

— Tenho um compromisso muito importante e por isso não posso perder tempo de conversar com o homem que me engravidou e sumiu por dias...

— Dias ? - Edward riu com ironia. - Eu descobri sua gravidez por terceiros, quando pretendia me contar? Ou será que essa gravidez é real mesmo?

— C-claro que é real ! - Gritou ela. - Estou gravida!

— Então prove. - Provocou Edward. - Me mostre algum exame ou ultrassom, qualquer coisa.

— E-eu...eu...

— Não tem ?  -Questionou Edward. - Então são apenas suposições?

— Claro que não! -  Protestou a loira. -  Eu sinto que...

— Sentir não é o suficiente. - Interrompeu ele. - Vamos resolver isso agora.

— Eu não posso ,Edward. 

— Por que não?

— Tenho um compromisso.

— Desmarque então. 

— Não posso!

— Não só pode como vai. - Edward a pegou pelo braço e a levou até a porta. - Nós vamos você querendo ou não. - Disse, enquanto abria a porta.

— Me solta! - Desvencilhou Rosalie, afastando-se dele. - Não vou a lugar algum com você.

Edward estreitou os olhos. 

— Ou você vai por bem ou você vai por mal. - Ameaçou ele. - Não existe muitas opções para você.

Rosalie bufou inflamada de raiva. Apesar da fachada furiosa era possível ver nitidamente o pavor em seus olhos azul  - violeta, e isso só o deixou ainda mais desconfiado de que tudo não passava de uma mentira. 

— É assim que você pretende tratar a mãe do seu filho? Com agressividade?

— Rosalie, eu estou sendo o mais paciente possível com você.  - Respondeu ele. - Se estiver mentindo sobre essa gravidez, prometo que farei de tudo para tentar compreende-la...

— Não estou mentindo! - Contestou a garota. 

Edward suspirou, impaciente. Estava a beira de perder a paciência com aquela mulher. A cada instante Rosalie deixava mais claro que aquela gravidez era uma mentira e se fosse seria um alivio para ambos. Pois conseguia imaginar o quanto era estressante sustentar uma mentira como essa.

— Então não existe motivos para não irmos ao maldito consultório e fazermos um ultrassom.

— Edward...eu não...

— Chega, Rosalie! - Explodiu de raiva. -  Pegue a sua bolsa e nós vamos agora ao um consultório. - Ordenou.

Rosalie o encarou de olhos arregalados. Sem o contradizer, ela pegou a bolsa e juntos entraram no carro. Pelo canto do olho, Edward notou a palidez no rosto dela. Estava aflita e parecia prestes a desmaiar.  Não podia negar, que sentia uma pontada de pena da garota. Amar alguém não era algo fácil, ainda mais quando se é magoado por esse alguém.  Não havia sido o namorado dos sonhos, muitas vezes a maltratou e a deixou de lado e mesmo assim ela estava do seu lado. Porém não era justo prende-la a um relacionamento que não teria um futuro, mas não tinha ideia que ao liberta-la a magoaria tanto.

— Pronto, chegamos. - Informou Edward ao estacionar o carro. - Tem certeza que não tem nada a me dizer?

Rosalie negou com a cabeça e permaneceu em silencio.  Edward saiu do carro e abriu a porta para ela, notando que seu rosto estava vermelho e lagrimas marejavam seus olhos. Céus, por que se submeter  a uma tortura como essa? Contar a verdade seria muito melhor, pensou ele.

No elevador, Rosalie manteve o queixo erguido e evitou o máximo a encara-lo. Quando entraram no consultório, foram recepcionados por Derek. Um amigo próximo, que por coincidência também era obstetra.

— Edward ! - Ele exclamou ao vê -lós. - Essa é Rosalie ?

— Sim. - Respondeu Edward ao cumprimenta-lo.  - Espero que você tenha uma horinha livre para nos atender...

— Para um amigo, sempre. - Sorrio Derek. - Vamos até a minha sala. 

— Na verdade, somente Rosalie irá. -  Falou Edward. - Aguardarei o resultado na recepção. 

Os lábios de Rosalie tremularam. Ela parecia a beira das lagrimas quando virou-se e acompanhou Derek até a sala.

Meia hora depois, Derek saiu da sala sozinho e dirigiu-se a ele. Sua expressão era seria e confusa. 

— Rosalie está gravida? - Perguntou Edward ao levantar-se. Sentia-se ansioso pela noticia. Afinal pelo sim ou não, outro filho seria bem vindo.

Derek negou com a cabeça.

— Sinto muito, mas nunca houve gravidez. - Respondeu ele.

Edward permaneceu estático por alguns instantes oscilando felicidade e raiva. Rosalie o enganará e ainda por cima o difamará por conta de uma gravidez que nunca existiu. Sentiu vontade de xinga- lá e até mesmo de destruí-la, mas não faria isso.  Sabia exatamente o que a loira estava sentindo. Amar desesperadamente alguém e não ser correspondido, era algo terrível . 

— Rosalie... - Edward aproximou-se da loira ao vê- lá sair da sala. - Eu peço desculpas.

A garota o encarou espantada.

— Está louco, Edward? - Questionou ela, com lágrimas nos olhos. - Eu menti para você, mas fiz isso por amor...

— Por isso estou pedindo desculpas a você. - Respondeu Edward ao limpar com os nós dos dedos a lagrima que escorria no canto dos olhos da garota. - O amor nos cega e nem sempre conseguimos pensar com razão. Apenas quero que você pare com mentiras e seja feliz com alguém que realmente a mereça.

— Mas eu quero você! - Exclamou ela ao agarra-se as mãos dele. - Eu amo você e serei apenas feliz ao seu lado. 

Edward segurou as mãos da garota entre as suas e as beijou.

— Sinto muito, Rosalie. - Disse ele. - Nunca seriamos felizes e você sabe disso. Melhor esquecermos tudo o que aconteceu e prosseguimos com nossas vidas. Não existe possibilidade de voltarmos.

Rosalie engoliu em seco.

— Edward... por favor...

Edward beijou a testa da garota.

— Apenas seja feliz, Rosalie. - Disse ele ao afastar-se dela. - Vamos, eu a deixarei em casa.

— Não... -Apressou-se a garota a dizer. - Prefiro ir de taxi...é melhor.

Ambos entraram no elevador e quando saíram do prédio foram para caminhos opostos. Não existiam mais ressentimento entre eles e isso era um alivio para Edward. Por que finalmente agora nada o impediria de conquistar Isabella Swan. 

A cada degrau que subiu rumo ao apartamento de Bella, Edward sentia-se eufórico com a possibilidade de te -lá novamente em seus braços. Porém ao chegar no corredor, foi atingindo pela dura realidade ao vê -lá nos braços de outro homem.

— Bella...