Filhos da Magia escrita por Taetación


Capítulo 16
Capítulo 15 - A esperança




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Em plena tarde, quando o cansaço me dava nocaute, encontrava-me deitada no divã bege do salão principal - colocado lá justamente para que eu não roubasse mais o tão supremo trono de Nicholas. Faltavam poucas horas para o sol se pôr, e após o árduo treino de magia, tudo que queria era descansar minha cabeça, meus pensamentos. Torturava-me pensando no que Ichiro disse para Idas.

“Swamoris se tornará um caos em poucos dias”

Seria isso uma prévia da minha recompensa?

Imagino que Ichiro sabe muitíssimo mais que eu sobre a vida, Swamoris, magia, tudo! Se minha própria mestre diz que tudo se tornará um caos, é porque está para acontecer. Felizmente, já não estarei aqui para presenciar esse atentado. Já era meu quinto dia presa na cidade. E meu ódio por todos só aumentava. Tudo que aprendo aqui, lá fora, aprenderia de qualquer jeito. É o básico do básico. Mas Ela’nor me testa. E uma vez que esteja forte o suficiente, ele - provavelmente - lançará algo em mim para tirar minha magia.  

 Pior que isso, pupila “ pronunciou Ichiro “ Ele irá te matar. Ele precisa disso.  “

Levantei-me do divã de imediato. Nicholas tinha saído. Então, era seguro dizer:

— O matarei primeiro.

 Sim, se prepare. Eu posso sentir. A batalha nos chama. 

“ Não há uma forma de tirar meu poder sem me matar?” indaguei.

“ Oh, discípula “ começou com uma voz chorosa “ Não confia em seu esforço? “

“ É claro que confio, mestre!

“ Deixe-me lhe contar uma coisa. No mundo de magos e afins, a magia só pode ser retirada na morte. Você prende os dedos na coluna espinhal do bruxo e automaticamente o poder passa para você. É um processo rápido, mas dolorido, para ambos.  E não é um jeito nobre de se conseguir magia - é muito odiado na verdade. É roubar magia. Isso que faremos com Nicholas “ ao terminar de dizer o nome, o mesmo entrou na sala com dezenas de livros “ Temos que mostrá-lo que estamos fortes. Espere o meu chamado.  

Meu coração acelerou.

Estava quase na hora.

— Aí está minha discípula! — disse Nicholas.

— Sério, como pode estar tão animado assim? Eu estou acabada. — voltei a deitar no divã.

— Não seja dramática. Sua magia aumenta muito rápido. E meus pequenos livros não estão dando conta de tanto talento, mesmo sendo raros — virou-se para mim — Teremos que usar o grimório.

Que desculpa horrível .“ lamentei mentalmente.

Suspirei, pegando minha mochila que estava no chão, a abri e peguei meu livro.

Como eu disse, estava acabada. Minha cabeça doeu no momento em que me levantei. Andei até a mesa que Nicholas estava em pé de frente e coloquei o livro em cima dela, já aberto.

— É a primeira vez que o usamos, não é mesmo? — perguntou retórico com os olhos brilhando.

— Ansioso? — ele assentiu — Umas regras sobre o livro que deve saber. Primeira; nunca pegue meu livro sem permissão, nem toque nele. Segunda; você nunca vai conseguir abri-lo sem mim, meu avô o amaldiçoou. Terceira ; ele funciona diferente. Este livro mostra a dificuldade dos feitiços no número de páginas. Tipo, ele tem 150 páginas de pura magia. A cada 10 páginas para é um nível, ou seja, da página 0 ao 10 o nível é 1, da página 10 até 20 é nível 2 e assim por diante. Nível 15 é o máximo que é possível atingir. E pelo o que aprendi aqui acho que estou no nível 2.

Nicholas estava maravilhado, e eu cautelosa.

— Em que nível eu devo estar… — murmurou.

— Eu posso conferir para você se me contar qual foi seu último feitiço aprendido. Aí eu comparo em que nível esse feitiço está.

— Paralisun — disse rapidamente — Serve para parar o tempo por minutos.

Abri o livro na página 30, onde eu achava que seu feitiço se encaixava e o encontrei. Franzi a testa surpresa. Pensava que Nicholas era mais poderoso ou talvez eu que seja fraca demais.

— Nível 3 — disse por fim — Qual é o seu meio de estudo, Nicholas?

Ele me olhou semicerrado.

— Mestre? — perguntei incerta.

Ele sorri convencido.

Quase me esqueci de nosso trato a dias atrás. Sendo sua aluna eu deveria chamá-lo de mestre, mas isso não me parece certo ou confortável. Afinal, já tenho Ichiro que verdadeiramente ocupa esse lugar. Porém, sempre é bom ter a confiança daqueles que te cercam.

— Eu li e reli cada livro que existe nessa cidade —  ele abaixou a cabeça, um pouco desanimado — Infelizmente, eu não consigo mais poder por causa da pouco informação de magia aqui em Swamoris.

— Por que não sai da cidade então? — perguntei.

— Porque… eu estou preso aqui… uma maldição foi jogada em mim séculos atrás. E eu não sei como desfazê- la — confessou — Por isso, Nakamura, eu preciso de sua ajuda.

Estreitei os olhos para ele mantendo o livro preso em minhas mãos. Não esperava um ato de sinceridade logo agora.

— Você quer usar o meu livro para encontrar uma forma de sair daqui? — perguntei surpresa com a honestidade.

Ele apenas assentiu como lábios franzidos. Ele estudava minha reação apreensivo, e eu estava boba com o pedido. Contanto que eu possa treinar e ganhar a confiança de Nicholas é um ótimo trato. Minha kitsune não se opôs a minha opinião, o que pode significar que ela concorda. Mas eu sentia meu estômago se contorcer, ansiedade talvez. Eu precisava de uma resposta definitiva, e ela não veio.

Não parecia certo.

Essa ajuda.

Esse silêncio.

Eu a chamei mentalmente, mas o silêncio torturante foi minha resposta. Comecei a suar de nervoso, minha boca ficou amarga e começo a ficar tonta.  

— Vou te ajudar, mestre. — disse num suspiro.

Fingi um sorriso, cabisbaixa, enquanto ele me mostrou felicidade.

— Está salvando meu conhecimento, Nakamura. Serei grato quando isso tudo acabar — curvou-se levemente e respirou fundo — Agora, vamos dar uma olhada nesse livro — ergueu a mão mas me afastei dele — Akemi?

— Não será tão fácil assim — eu não queria dizer isso. As palavras simplesmente saíram de minha boca com naturalidade — O que não é seu, não podes pegar, Nicholas — seu nome saiu lento e venenoso de meus lábios, enquanto isso o mago se afastava de mim, cauteloso — Não pode me controlar! — a voz agora era distorcida e grossa. Era Ichiro falando por mim novamente.

Uma vez que ela me controlava, meu espírito já não se faz mas presente, pelo mesmo, no meu corpo. Como um ladrão à espreita, tudo que precisa é esperar e atacar sua vítima. E essa seria Nicholas. Ela me corrompeu e , novamente, não consegui segurar as cordas da minha sanidade.

Num piscar de olhos Nicholas sumiu. Farejei o quarto a procura de seu cheiro mas encontrei algo melhor, o seu rastro de magia.

— Sua magia é fraca comparado a minha. Não me subestime. — ela disse com a voz demoníaca e saiu para caçar o mago.

Ela fechou meus olhos e quando os reabri já não estava em Swamoris.

Era a mesma floresta em que a vi pela primeira vez de perto. As mesmas árvores e um espelho quebrado. Perto de meus pés estava os cacos de vidro. Peguei um grande pedaço com cuidado e olhei no reflexo. Como eu suspeitava, Ichiro e Nicholas batalhavam.

— O que está fazendo? — gritei.

— Destruindo tudo.

— De novo? Ele vai nos matar, Ichiro. Qual é o seu plano? — rosnei e apertei minha mão no vidro.

— Pare de se machucar, criança! — alertou ameaçadora.

Olhei no reflexo novamente. Ela havia caído logo após ter me cortado. Então, quando eu me machuco eu consigo pará-la.

— Então me diga qual é o plano! Agora!

 Eu espero que não esteja considerando realmente ajudar esse cretino. Os únicos sentimentos que deve sentir por ele é odio e nojo! Eu deveria considerar isso traição de sua parte!

— Nunca considerei nada! Se ele ficar do meu lado, será mais perto de matá-lo. É simples! — apertei o vidro novamente e o lugar começou a tremer — Não esqueci o ato dele ter nos prendido aqui e me afastado de Arisu. Ichiro, pelo menos uma vez, confie em mim. Ou terei que fazer isso a força.

Ergui o caco de vidro até meu pescoço. Ignorei a dor em minha mão e a poça de sangue no chão.

— Eu já ouvi essa antes, criança. Vocês sempre pensam que sou burra e nunca me agradecem por salvá-los! Todos que possui foram ingratos e você é só mais uma. Mas adivinha, Akemi, uma vez que negue meus comandos, eu nunca a ajudarei a sair daqui! Nunca. — ameaçou, mas não acreditei.

— Você não me conhece o suficiente, Ichiro. Não sou igual a ninguém. Se não for para ajudar, então não entre em meu caminho nunca mais. — disse decidida e fechei os olhos.

Sem hesitar e rápida, perfurei minha garganta, mas nada me aconteceu. Nem sangue ou dor - apenas escapou ar do ferimento. Segundos após meu “ suicídio” meus olhos pesaram e a escuridão começou a me cercar, até que me envolveu por inteira.

Era pior do que ressaca, mesmo eu que nunca tivesse bebido na vida.

Minha cabeça latejava como se o King Kong e o Godzilla brigassem nela. Conseguia sentir ardência de arranhões pelo meu corpo, que também latejava de dor. Minha visão foi focando, consegui observar um lustre lindo no teto e a decoração típica do castelo. Mal pude observar o resto dos desenhos, pois o murmúrio de pessoas me chamou a atenção.

— Minha intenção no treinamento era apenas praticar feitiços. Eu não esperava atiçar a kitsune dela — a voz do Ela’nor apareceu e todos se calaram para ouvi-lo para o meu alívio — Eu apenas me defendi.

— Yeah, se defendeu e quase matou a garota. Eu deveria enfiar minhas garras na sua barriga — definitivamente, era a versão fera de Tyler — Olha o estado dela.

O barulho começou de novo. Parecia que estavam preste a sair na porrada. Tentei me mover mas meu corpo negou na hora.

— PAREM DE BRIGAR! — gritou o que se parecia com Naomi — Ela acordou, seus idiotas — não consegui falar ou ver, mas pude sentir a presença da maga em meu ouvido — Hey, Kemi — chamou-me com um apelido, sussurrando — Você está sobre um feitiço que é como se fosse um “estado de coma”. Você não pode falar mas pode ver e ouvir. Fizemos isso para que sua Kitsune não atacasse todo mundo — ela riu um pouco tentando aliviar o clima. Não deu muito certo.   

— Deixe que eu retire o feitiço. — a voz calma de Idas surgiu, e em segundos meu corpo ficou dormente e formigando.

Lentamente, tentei levantar a perna. Sucesso. Naomi me ajudou a encostar as costas na parede e me entregou um copo com água. Pisquei os olhos várias vezes para melhorar a vista embaçada.

— Eu sinto muito — minha voz saiu rouca— Eu não consegui controlar e não consigo… — a dor lentamente diminuiu graças a minha regeneração de kitsune.

—Está tudo bem, Nakamura — disse Nicholas aproximando-se da cama em que estava e sentando no colchão — Uma vez que desperta, a raiva contida numa kitsune aumenta a cada dia. É normal você explodir as vezes. Com a minha ajuda podemos controlá-la.

Controlei para não revirar os olhos para o mago.

— Não. Deixe que minha fera eu cuido. — disse de uma vez.

Coloco o copo no chão e volta a deitar na cama. Eles entenderam que eu precisava de descanso e um por um começou a sair. Até que a porta fechou e meus olhos também. Mas ainda sentia uma presença no quarto. Respiro fundo, era um cheiro familiar e forte.

— Hey, Tyler. — comprimentei e ele apenas murmurou algo.

Ficamos em silêncio o que foi bom, pois eu precisava de descanso, mas foi desconfortável. Apesar de me dar mas tempo para pensar no que está acontecendo. Bem, acho que perdi meu contato com a kitsune mesmo ainda sentindo seu poder em meu corpo. Exemplos disso são a regeneração e força. E Nicholas foi meio honesto sobre seus planos relacionados a mim e meu livro. Estou ficando mais forte a cada dia que treino, tanto magia quanto luta. Seria tão mais fácil treinar fora de Swamoris. Aqui me sinto como um hamster numa gaiola.

— No que pensa? — a voz rouca de Tyler se pronunciou.

— Em tudo que me aconteceu nesses dias. E não é bom. — olhei para o lobisomem em minha frente que tinha cara de confusa — Depois eu te conto tudo. Agora eu só quero descansar.

Desviei o olhar para janela ao meu lado. O sol estava se pondo e eu apreciava esta tão linda vista alaranjada. As casas, pessoas o reflexo do rio que separa o castelo com a cidade, os pássaros, tudo muito lindo. Digno de uma pintura. Mas em meio à paisagem uma fumaça começou a surgir. Fumaça preta o que significa que as chamas começaram agora. Franzi o cenho, sentindo um mal pressentimento sobre isso.

— Hum… Tyler? — o chamei e ele me olhou — As pessoas fazer ritual na cidade?

— Sim…  eu acho.

— Hoje é um desses dias? — eu me sentei na cama ao perceber as pessoas correndo em desespero  — Venha aqui! Olhe.

Ele se abaixou ao meu lado e, ao ver a fumaça, rosnou. Definitivamente, não era coisa boa.  

— Preparem -se, guardas! Estão atacando Swamoris! — gritou alguém de dentro do castelo.

Olho exasperada para Tyler. O mesmo já correu para a porta e a trancou, enquanto isso eu procurei debaixo da cama do meu quarto minha katana. Quando me abaixei uma dor de cabeça me atingiu, mas não parei até ouvir a voz de Tyler .

— Tá maluca? — ele me pegou pela cintura e me colocou em cima da cama — Você não vai lutar. Eu vou te proteger.

— Ah, qual foi! — revirei os olhos — Eu me sinto bem o suficiente. Tem crianças lá! Nós precisamos ajudar!

Tyler parecia ter um conflito interno, então levantei da cama e fui para o armário onde encontrei todos os meus equipamentos. Nem havia reparado que minha roupa estava ensanguentada e rasgada. Coloquei uma pequena faca presa dentro da bota, uma na cintura e minha katana nas costas. Logo em seguida, gritos de dor ecoaram no castelo. Um inimigo estava perto de nós.

Eu e Laurent nos entreolhamos.

— Eu cuido daqui. Vá e fique perto de Naomi. — disse sério.

Pude notar que seu corpo já começava a se transformar em um enorme lobisomem. Mais alto que uma porta, os barulhos dos seus ossos se estalando me causaram arrepios. Peludo como um lobo; já não era mais Tyler. Doloroso de assistir, mas necessário. Fiz minha parte. Juntei toda minha magia que restava e pulei da janela com um feitiço em mente.

— Wilarinus! — sussurrei enquanto caía.

Por um segundo, minhas costas arderam, e de lá surgiram asas brancas. Meu coração bateu rápido enquanto planava até a cidade. Havia uma grande fogueira no meio que causava uma fumaça negra horripilante e ao lado do fogo estavam os cidadãos batalhando com diversas criaturas, ogros, elfos, orcs e o que mais tiver. Meu feitiço dura por volta de 20 segundos, e eu ainda estava um pouco longe do chão. Precisava ir mais rápido. Então, inclinei-me no céu como se estivesse mergulhando numa enorme piscina, e em alta velocidade fui caindo. Tirei minha katana nas costas.   

Cinco.

Escolhi um alvo específico; um elfo ruivo que ateava crianças no fogo.

Quatro.

Minha raiva e unhas cresceram. As crianças saem gritando do fogo, em chamas e sofrendo. As garras afiadas se agarraram mais forte no cabo da katana.

Três.

Ele arrasta mais uma criança para perto da fogueira.

Dois.

O fogo me dar mais energia e eu sinto o poder.

Um.

Eu caio com a lâmina mirada no crânio do elfo.

Não houve nem um segundo para que ele pudesse assimilar. Seu cérebro foi perfurado por toda  minha lâmina até o cabo. Deixei a katana na cabeça dele, peguei a criança e a afasto do corpo do homem. Ela gritou, conseguiu se soltar de mim desesperada e correu.

— De nada! — murmurei, voltando a atenção para o morto.

O elfo já estava no chão de bruços. Retirei minha katana de seu corpo rapidamente, olhando em volta, procurando novos inimigos: orcs. Eles eram fortes e enorme, mas lentos. Invoco um feitiço de hipnose que deixava-os desnorteado por segundos. Aproveitei para atacá-los com agilidade com K’onar, derrubando um por um. Ao meu lado, um uivo foi ouvido e então a cabeça de um orc foi parar em meus pés. Claramente era Tyler. Provavelmente descontando sua raiva de Nicholas neles - eu meio que fazia o mesmo.

Eu olhei e o cumprimentei com um aceno. Ambos atacamos em conjunto ajudando um ao outro. Quando de repente, um grito estridente foi ouvido. A fogueira se acendeu. Uma mulher foi jogada nela por um deles, sem piedade alguma.

— Desgraçado! — gritei ao Orc que sorria com a cena terrível.

O ataquei e, lento como era, não revidou a tempo, e muito menos viu um pé em sua direção o empurrando para o fogo. Outro grito foi ouvido, porém satisfatoriamente, foi o dele.

Rapidamente, usei minhas habilidades para focar fogo somente no orc e retirar a moça. Com sucesso. Ela estava carne viva, semi nua e inconsciente. Na fogueira havia mais copos, porém nada que eu podia fazer ajudaria. O que me corroeu mais ainda, pois crianças foram jogadas lá. Eu precisava de ajuda.

— Naomi! Idas! Nicholas! Preciso de um curandeiro aqui ago… — mal pude completar minha frase. O calor do fogo se intensificou rapidamente me deixando quase cega.

— Kemi, afaste-se! Eu vou levá-la! — Naomi chegou, colocou as mãos ao lado da cabeça da moça e sumiu em segundos. Fiz o que pediu. Afastei-me, preparando-me para cortar uns orcs novamente para extravasar essa raiva que cresceu em meu corpo.

Alguém riu bem atrás de mim. Virei-me em defesa, mas não havia ninguém, somente o fogo que fazia formas estranhas. A ventania começou e o fogo diminuiu muito, mas então, de repente, reacendeu tão forte quanto antes, trazendo imagens, lugares e rosto. Faces que reconhecia e me olhavam - era ela. Os traços finos, olhos amendoados, lábios rosados e cabelo avermelhado como fogo - apenas isso me fez perder as forças - apenas faltava o típico sorriso alegre, mas ele não veio.  

— A...Ke...Mi — um vento forte passou e as formas ficaram claras. O sopro do vento…tinha um som, uma voz… era ela … Arisu.

— Arisu! — em desespero corri até a fogueira, mas braços, e garras, me seguraram — Solte-me, Tyler.

— O que você vai fazer, Akemi? Pular na fogueira? — Ele me apertou mais forte.

— Ela estava ali, Tyler! Eu preciso… preciso  — balbuciei confusa.

Eu mal sabia o que fazer.

Tudo tinha sumido, o fogo, a fumaça, os orcs e Arisu. Porém algo novo surgiu, brotou em meu coração junto com um alívio: a esperança.


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Notas finais do capítulo

acho que perdi meu publico ;-;
tu que está lendo, pq não comenta lol
até outro dia
corrijo depois



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