Scientist escrita por Gaby Uchiha


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Correndo, atrasada, com problemas na internet, mas chegando pra cumprir a música do dia ^^
Eu estava completamente sem ideias, mas como o título da música fala sobre uma flor, bom, eu resolvi fazer um especial sobre uma fic minha que está em andamento. Pode ler as histórias independente da outra, por isso podem ficar tranquilos quanto a isso ^^

Divirtam-se...



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Genebra, 18..

 

O pequeno ramo girou entre os dedos longos daquele senhor, em um movimento hipnótico e ritmado, enquanto os grandes olhos azuis, permaneciam penetrados naquele simples e, ao mesmo tempo, fascinante evento da natureza.

Muitos seriam donos de olhares incrédulos, descrentes naquela verdade, ou talvez, ditassem inverdades sobre aquele efeito; acreditando que a mágica ofertada daquela tão delicada flor, tivesse um fundo de heresia.

Estes, recobertos de sentimentos, é claro que seriam os outros. Uma categoria em que aquele homem tão silencioso, nunca poderia se enquadrar.

Para Naruto, aquele pequeno exemplar do gênero Diphylleia, não era nada mais do que curioso com um leve toque de conveniência.

Talvez se Deus o tivesse dotado com mais sensibilidade, ele poderia ter se tornado um botânico apaixonado, mas a frieza da sua casca, além do seu especial talento para as flores, apenas o permitia admirar como aquela pequena flor resumia tão bem a essência daquela mulher morta atrás de si.

Sim, morta.

E nem o fato dela estar ali, deitada naquela cama, completamente nua, enquanto seu último suspiro foi há pouco mais de uma hora, o afetava; afinal, o dono daquela arte era aquele senhor...

As doze badaladas de um relógio antigo ressoaram alto em algum ponto distante daquela residência, como se anunciassem que ele deveria partir antes que algum empregado acordasse e o encontrasse com o seu mais recente crime. Mas o temor, assim como qualquer outro sentimento, não o alcançou...

O máximo que Mr. Uzumaki fez, foi se erguer da cama com elegância antes de direcionar o olhar para o corpo pálido e fantasmagórico de Konan.

Imaculada... esta seria a descrição da cena segundo sua mente doentia, mas que para si, só era a cabeça de um cientista, testando, testando, até alcançar o ápice, o crime perfeito.

Agora, ali, recoberto pela penumbra, ele alcançou o seu ápice, enquanto o corpo desfalecido da bela mulher era banhado pelo brilho do luar.

Apenas um passo e um leve curvar sobre o corpo, foi o suficiente para o rosto masculino pairar sobre a face petrificada para sempre.

Ele inspirou a leve mistura de fragrâncias que despontava da pele macia, antes dele desenhar com as pétalas veludadas da Diphylleia grayi, a pele macia e nua. Deslizou por entre os seios até alcançar o centro, onde um dia o coração retumbou forte por amor. Foi ali, naquele lugar, agora estático, onde ele uniu as mãos sem vida e deixou aquele exemplar da Flor Esqueleto vingá-lo como seu.

Ele afastou alguns passos para enquadrá-la por completa e com aquela visão, ele teve a certeza, todos os seus testes e falhas, conseguiram alcançar a perfeição...

Como Kepler, Galilei, Harvey, Boyle, Redi, Volta e tantos outros nomes ele alcançou sua meta depois de tantos anos.

Um resquício de prazer brincou com o seu interior e até mesmo um sorriso macabro arriscou sair de seus lábios, enquanto um pequeno desejo de permanecer ali para ver a histeria que seria quando encontrassem sua obra, brotou em seu ser, mas como um frio calculista, ele destruiu aquela ideia, taxando-a como insana.

Com um último olhar, ele pegou a maleta que carregava seu mais novo bem, a lembrança eterna que levaria daquela mulher, antes de partir.

Todas as vezes que seus dedos longos e calejados acariciassem os fios sedosos ou todas as vezes que seu olfato alcançasse o odor de uma Diphylleia grayi – a flor preferida dela –, ele se lembraria daquela mulher, de toda sua postura austera, seu olhar subjugador, mas que quando ficava só, ou quando alcançava os braços daquele seu amante, revelava por meio das lágrimas, o seu verdadeiro eu, seu interior, como uma Flor Esqueleto.

Ele carregaria a essência. Carregaria as lágrimas, os risos, os beijos, os toques, as promessas nunca concretizadas. Sua forma de alcançar aquilo que ele não tinha, mas provocava. Sentimentos.

Meras emoções que não existiam em si.

Seu único pensamento enquanto dobrava a esquina daquela rua deserta de Genebra, é que ele precisava plantar uma muda em suas terras na Inglaterra e buscar uma nova vítima para aplicar sua técnica perfeita para os seus ideais.

Porém, havia uma certeza, muitas mulheres ainda entrariam em seu caminho antes de desfalecerem em seus braços...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem! Beijos!

Imaculada: https://www.spiritfanfiction.com/historia/imaculada-6532485



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