Choices of the heart - A seleção do príncipe escrita por DrewDeh


Capítulo 28
Orçamento




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752812/chapter/28

Estava na sala de jantar comendo uma salada de frutas, todas estávamos em silencio.  

—Bom dia, moças! — o príncipe falou entrando na sala. Respondemos em coro. Justin parou na sua poltrona nos olhando, sem se sentar. — Gostaria de informar que Gabriela e Tereza foram eliminadas pelo péssimo projeto que fizeram.  

Nós olhamos apreensivas, agora éramos apenas 14 selecionadas. O príncipe se sentou logo sendo servido. Terminei de comer minha salada, que ao terminar foi trocada por um prato de torrada.  

A seleção estava mais perto de acabar e isso estava começando a me assustar. Ainda teríamos 13 eliminações até a escolhida. Me levantei da cadeira rapidamente pedindo licença e sai apressada para o jardim, até meu lugar favorito naquele espaço. 

Me sentei na grama ao lado das flores que eu tinha feito nascer. Tentei me tranquilizar encostando em um tronco de arvore, respirando lentamente para meus batimentos diminuírem.  

—Você está bem? — Nicolas perguntou se sentando na minha frente.  

—Estou. O que faz aqui? — perguntei fitando o guarda.  

—O príncipe pediu para eu ver como você estava. O que aconteceu? — Nicolas questionou me fitando atentamente. 

—Somos 14 selecionadas. O final está cada vez mais próximo e eu estou com medo de tudo isso acabar. — disse sem olha-lo.  

—Acho que você ganha, Kylie. — Ele disse sorrindo.  

—Não tenho tanta certeza. Mesmo assim, obrigada.  

—Você deveria entrar e se preparar para o próximo trabalho — Nicolas falou se levantando.  

—Preciso de 5 minutos para surtar, depois eu entro.  

—Tudo bem, irei informar vossa alteza.  

Nicolas se afastou me deixando só com meus pensamentos sombrios.  

[...] 

Entrei na sala da professora para saber como seria a tarefa de hoje. Me sentei afastada do pessoal, não queria conversar com as selecionadas.  

—Bom dia! — Gal falou entrando na sala. — Bom, hoje vocês cuidaram do orçamento do pais. Cada uma ganhara um valor para ser aplicado uma área. Terão que escolher entre saúde, educação e segurança. Todas receberam uma pasta com o que cada área necessita, valores e todas as informações necessárias para tomarem uma decisão. Para evitar fraudes em suas decisões, todas terão que ficar em seus quartos, as refeições serão levadas para vocês no horário normal. Após o café da manhã receberei suas respostas. 

Cada uma se levantou para pegar uma pasta e saiu da sala, sendo seguida por um guarda. Me levantei indo até lá pegando a pasta e um valor. Caminhei com Nicolas ao meu lado até meu quarto, me despedi do moreno e entrei no quarto.  

Olhei rapidamente o quarto e suspirei triste por ter que ficar trancada aqui. Coloquei os papeis na mesa e segui para o closet, a procura de uma roupa mais confortável do que esse vestido apertado.  

Voltei para o quarto e me sentei a mesa pegando aquela pasta folheando rapidamente.  

[...] 

Era hora do almoço e eu já estava cansada de ler tudo aquilo. Não tinha nenhuma noção do que seria melhor para o pais. Meu valor era 1 bilhão de dólares para ser destinado a algum departamento. Segundo a papelada que me foi entregue o valor gasto pela saúde era 190 bilhões, na educação 106 bilhões e na segurança 66 bilhões por ano.  

Me levantei inquieta. Bateram na porta e eu sorri, deveria ser o almoço. Abri a porta alegre, mas ao ver a figura do príncipe me recompus.  

—Alteza — disse o reverenciando. — O que faz por aqui? — questionei encostada na porta.  

—Vim ver como está com o trabalho. Posso entrar? — ele perguntou e eu sorrindo dando espaço para ele entrar.  

—Claro. Estou surtando, mas tudo está sobe controle. — disse fechado a porta e me virando para ele, que estava parado no meio do quarto.  

—Surtando? Não é tão difícil, você tem três opções para escolher, quem vai ganhar o dinheiro  

—Só pode ser essas 3? Tenho um bilhão para dar a eles e não chega nem perto do valor gasto por ano.  

—Algum deles vai ter um bilhão a mais, você pode proporcionar mais equipamentos para hospitais, ou uma infraestrutura melhor para algumas escolas ou aumentar o número de segurança nas cidades.  

—Esse dinheiro poderia ir para as instituições de caridade, seria bem mais util. — falei me sentando na cama — Como naquele canil ou o asilo. Aposto que deve ter lugares piores que aqueles que visitamos.  

—Isso seria uma boa, mas você só tem essas três opções. Vocês estão sendo observadas para como usaram o dinheiro público. Isso não é quase nada, Kylie. Quando for rainha você vai ter que lhe dar com muito mais dinheiro para cada área, além do turismo, moradia, empréstimos. — ele suspirou — você não tem ideia de quantos departamentos existem para esse pais funcionar. Isso é só a base, porque além de ter que dar um dinheiro para cada um deles, você tem que definir quanto vai para cada lugar, exemplo da educação, quanto vai para o primário, quanto vai para o ensino médio, a faculdade, ensino técnico. Então, pensa bem, qual tiraria mais vantagem de ter um dinheiro extra.  

—Eu não sei, todos precisam. — falei vendo ele se sentar do meu lado.  

—Olha qual departamento tem mais situações precária. Quantas escolas e hospitais com estrutura ruim? Qual tem mais? — deitei minha cabeça em seu ombro. — Você já almoçou? — perguntou e eu levantei me afastando dele. 

—Não, achei que você era o almoço. — disse risonha, Justin me olhou com uma expressão diferente. Levei alguns segundos para entender sua expressão de safado.  

—Vou ver onde está seu almoço. — ele falou se levantando.  

—Obrigada. — disse vendo o loiro sair pela porta. Suspirei me deitando na cama, meu corpo desejava muito esse momento, mas também estava com medo.  

Estava quase adormecendo quando a porta foi aberta, me fazendo pular da cama. Justin entrava empurrando um carrinho com uma bandeja em cima.  

—Aqui está seu almoço. — Justin falou parando o carrinho perto da cama.  

—Obrigada. Você já almoçou? — perguntei fitando seu lindo rosto.  

—Sim, já tem duas horas. — ele riu e eu assenti.  

—Vai ficar me olhando comer? — questionei arqueando a sobrancelha.  

—Tudo bem, estou indo. — ele disse levantando os braços em forma de rendição.  

—Não foi isso que eu quis dizer. — falei rápido — É só que é estranho você ficar aí parado em pé me olhando.  

—Eu sento. — disse se sentando do meu lado.  

—Sabe o que eu percebi, você disse quando você for rainha. Tenho certeza de que isso não está certo. — disse fitando o prato em minhas mãos.  

—Está certo. — Justin disse e eu o olhei rapidamente, vendo que ele não me olhava.  

—Como? — perguntei olhando para o loiro, que fitava o chão.  

—E-eu... Não sei. — ele me olhou, sorri de lado sem graça.  

—Tudo bem. Não é um bom assunto. — disse me encolhendo.  

—É só que.. — Ele entortou a boca, parecia tentar pensar nas palavras — Não quero prometer nada. Tem protocolos a serem seguidos e eu não posso pular as etapas.  

—Eu já entendi, Alteza. Não vamos falar disso. — falei sem olha-lo.  

—Só posso dizer que... — Justin puxou minha mão e sorriu de lado. — Você é a minha preferida.  

—Por favor, não diga isso. — disse tirando minha mão lentamente de seu toque. — Você sabe que tudo isso é difícil.  

—Não só para você. Se eu pudesse finalizaria a seleção agora, mas tenho que ir eliminando até sobrar duas. Você não tem ideia do quanto estou torcendo para essa gincana acabar e ter menos selecionadas.  

—Quanto mais você elimina, mais difícil fica a convivência com as outras.  

—Eu sei, já notei isso. Assim que tiver apenas 10, iremos voltar para casa. 

—Junto dos reis? — perguntei com os olhos arregalados.  

—Sim, meu pai não queria tanta mulher junta lá em casa. 

—Certo. Vai ficar pior ainda quando tiver só 10. Meu Deus! — disse levantando minha mão para a cabeça. Coloquei o prato vazio no carrinho.  

—Por que? Você já os conhece. — ele disse confuso.  

—Vi eles duas vezes, Justin. Ainda assim são o rei e a rainha. — falei ofegante.  

—Vai se sair bem, tenho certeza. — Abaixei a cabeça. — Ei, eles não mordem. — Justin levou sua mão até meu queixo, levantando delicadamente. Seu rosto estava bem próximo do meu, fitei por alguns segundos suas orbitas carameladas.  

—Pôr-do-sol. Seus olhos parecem o pôr-do-sol. — disse vendo cada detalhe do seu rosto.  

—Sunshine. — Justin murmurou, deixando sua voz extremamente sexy. 

—Isso. — falei sorrindo de lado.  

Fechei meus olhos sendo hipnotizada por seu cheiro doce. Seus lábios tocaram os meus me causando arrepios. Levei minha mão para o seu pescoço acariciando seus fios dourados. Aquela sempre era a melhor sensação, parecia ser a primeira vez.  

Nos afastamos sem ar, abri meus olhos o vendo sorrir. Ajeitei minha posição à espera de o loiro abrir os olhos. Levou alguns segundos até eu ver suas orbitas carameladas.  

—Melhor eu ir. — ele disse se levantando. — Tenho que ver como as outras estão. — Fechei meus olhos por alguns segundos sentindo uma pontada de ciúmes.  

—Vai lá. — falei me levantando. Justin entortou a cabeça me olhando atentamente.  

—O que foi? — Justin perguntou risonho.  

—Nada, Alteza. Pode ir. — falei apontando para a porta.  

—Você está com ciúmes, senhorita Benson? — perguntou se aproximando. De surpresa ele puxou minha cintura colando nossos corpos.  

—Não, Alteza. — falei colocando minhas mãos em seu peitoral afastando o loiro.  

—Tudo bem. Você está fofa brava. — ele disse beijando a ponta do meu nariz. — Preciso dar atenção a todas de forma igual, mesmo que não queira. — Suspirou, beijando minha bochecha em seguida. — Nos vemos depois. — Justin juntou nossos lábios, no que acreditei ser um selinho. Entretanto não queríamos nos separar, fazendo o beijo se prolongar e ganhar intensidade.  

Um calor subiu pelo meu corpo fazendo eu me juntar ainda mais de Justin, como consequência nossas intimidades se chocaram. Rapidamente me afastei envergonhada. Fiquei de costas para ele e só me virei quando escutei a porta fechar. Isso estava ficando fora de controle.  

[...] 

Soltei a caneta em cima do papel, no segundo que terminei de escrever minha proposta para o orçamento. Tinha escolhido a educação, já que o número de escola precárias era maior do que os de hospitais.  

O relógio marcava 18 horas e como eu estava presa no meu quarto até o dia seguinte, decidi que iria arrumar meu quarto. 

[..] 

O dia amanheceu e fui uma das primeiras a chegar a sala de aula, assim como no café da manhã. Por esta limpando diariamente meu quarto, não tinha muito o que fazer ontem. Foquei mais nas roupas e em reorganizar minhas coisas.  

Fiquei olhando a pasta bege enquanto viajava por meus pensamentos, a grande saudade de casa, das minhas amigas, a preocupação constante com Brian, a angustia por não saber como minha mãe estava e o medo de tudo isso ser por nada. 

Mesmo com Justin dizendo aquelas coisas incríveis e tudo mais, o medo era maior que tudo. Ele escolher outra por ser mais adequado não é uma hipótese descartada, ao contrário é algo muito forte de acontecer.  

—Bom dia meninas! — Gal falou indo até sua mesa.  Só então percebi que todas estavam ali. —Vamos começar com a entrega dos trabalhos e seguiremos com as aulas normais. Façam uma fila  

Como pedido todas nós formamos uma fila para entregar os trabalhos.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Choices of the heart - A seleção do príncipe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.