O Retorno de Tim Drake escrita por Coelho Samurai


Capítulo 7
Pink Annabelle




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DELEGACIA DE GOTHAM, 15º Distrito.

— O que tem pra mim, Comissário¿

— Bom, com seu mentor desprovido de atividades por tempo indeterminado eu tive que me virar sozinho em muitas coisas. Parece que somos só eu e você nessa cidade. A Liga proibiu seus amigos de agirem aqui, Asa Noturna está em missão na Rússia com a primeira equipe de Titãs, e o Capuz Vermelho está desaparecido, e só Deus sabe dele. Somos você e eu faz um tempo, Robin.

— Aonde está querendo chegar¿ Comissário¿

— Eu quero te apresentar uma nova colega, que vai nos ajudar, digo, mais a você do que a mim. – Comissário aponta para a porta da delegacia, onde uma garota uniformizada entra, com o rosto e corpo totalmente cobertos por uma malha rosa-choque. – Está aqui é a—

— Pink Annabelle, comissário, pode deixar, eu assumo daqui.

— Como quiser, vou dar um tempo pra vocês se conhecerem.

A garota é quase da mesma altura que Tim, o que deveria intimidá-lo, mas está mais para surpreso e desconfortável.

— Então, de onde você é¿ - Pergunta Tim, na tentativa de quebrar o gelo.

— Você é o detetive, não é¿ - Ela pergunta com ironia enquanto senta na cadeira de Gordon. Tim a analisa com cuidado, mas não há muito o que falar. Ele só pode deduzir através do traje.

— Vi que gosta de rosa. – Diz ele, também com ironia. - Mais escuro que o normal, você é do tipo que explora o medo dos inimigos, respeito isso, mas só uma dica: use preto.

— Tem vermelho na sua roupa.

— Mas a maior parte é preta. O cara que me ensinou que o uniforme deve passar a pior e mais horrível sensação nos inimigos é alguém com quem você não gostaria de brigar.

— Um filhote de morcego achando que pode me dizer como e devo me vestir, patético. E além do mais, sua análise foi óbvia demais, me decepcionei.

— Que pena, Layla, a caixa da loja de doces da quinta avenida. ----

— O qu—Como você sabia¿

— Eu te salvei de um assalto um ano atrás, deduzi pela altura, o tom de voz e o linguajar. O gosto por rosa, as linhas de expressão da silhueta em contraste com a malha justa, com todo o respeito, claro. Naquele mesmo dia você me disse que um dia iria me ajudar a combater o crime. Não levei muita fé, mas parece que me enganei.  – Ela tira a máscara.

— Você é mesmo muito bom.

— Quem sabe algum dia. O que diabos pensa que está fazendo¿ Acha que isso é uma brincadeira de criança¿

— Hey, eu sei lutar, tá legal¿ Eu faço o que eu bem entender.

— Tenho certeza que sim, mas eu trabalho sozinho.

— Você era parceiro do Batman.

— Era, exatamente, e agora estou sozinho. Minha equipe está em recesso e eu estou cuidando de tudo. Agradeço a iniciativa, mas eu me viro. – Ele vira de costas quando uma estrela ninjitsu é cravada ao lado de seu rosto.

— Aposto que não previu isso.

— Impressionante, devo admitir. Mas uma boa mira, e quem sabe um pouco de sorte não são o bastante para combater o crime. – Ele diz sem se virar,

— Consegue fazer melhor¿

— Atire o grampeador à sua esquerda em qualquer direção que quiser.

Layla pega o grampeador e o joga para o alto, Tim se vira e atira seu bat-rangue, dividindo o grampeador no meio, enquanto o objeto de metal afiado se prende na parede.

— Wow.

— Mais uma vez, obrigado pela iniciativa. Não estou dizendo que não é boa, só que eu trabalho melhor sozinho, estou ocupado agora. Quem sabe nossos caminhos se cruzarão novamente. Tenho certeza que com mais prática e mais choques de realidade, você será uma ótima combatente do crime, com licença. – Ele sai da sala, encontra o comissário com a orelha grudada na porta. – Comissário.

— Você me deve um grampeador.

— Já sabe na conta de quem colocar.

— Sei sim. Boa sorte. Tem certeza que não precisa da garota¿

— Ela é boa, tem talento e garra, mas estou melhor por minha conta. Talvez esbarre com ela em algum beco por aí.

— Você quem sabe. Até mais, Robin.

— Até. – Enquanto saía, Tim recebia cumprimentos, aplausos e apertos de mãos dos policiais e detetives. Tim sobe até o telhado onde seu jato está estacionado.

— A.D. o que tem pra mim¿

— “Apenas a festa de hoje à noite, senhor”.

— Obrigado. Bruce, na escuta¿

— “Sim, Robin, como vão as coisas¿

— Bem, virá para o baile de gala¿

— “Estarei lá, John e Barry irão também. Barry diz que sente saudades do Bart”.

— Deve mesmo, desde que os pais do Bart morreram, Barry é a única família que ele tem.

— “Tem falado com sua mãe¿”

— Ela vai sair num cruzeiro da meia-idade com algumas amigas, ela está ótima, até onde eu sei. Falei com ela ontem. Levou flores no túmulo do meu pai, e parecia meio abalada – Ele liga a nave. – Mas estava bem, no geral.

— “Bom. Ah, mais uma coisa, duas garotas ligaram hoje. Uma tal de Karoline Helen, queria saber de você.”

— Ah, deve ser da tutoria, quem foi a outra¿

— “Bom... A Cassandra”. – Tim congela por um segundo.

— O que ela queria¿

— “Não disse, disse que só diria pra você. Parecia sério, deveria ligar”.

— Desde quando você se importa de verdade com a minha vida com garotas¿

— “Desde que você virou meu aprendiz aos 13 anos. Eu já tive essa idade, sei bem o que acontece com os caras”.

— Pare de ler aquele dicionário de gírias da atualidade, tá bom¿ Você é melhor quando está sério.

— “Certo. Até mais, Tim”.

— Até. – Hoje a noite eu vou me encontrar com meu informante sobre o Açougueiro, o que será que ele tem pra mim¿ - Pensou Tim.


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