Sensações - A filha de Snape escrita por Caah


Capítulo 12
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo de hoje!

Boa leitura



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Sara ouviu atentamente enquanto o irmão contava o caso de que havia falado com uma cobra na ultima vez que foram ao zoológico com os Dursleys. As duas garotas estavam surpresas demais para dizer alguma coisa.

—Mas e daí? Aposto que um monte de gente aqui pode fazer isso.

— Ah, não. De jeito nenhum. Isto não é um dom muito comum. Harry, isto não é legal.

— O que não é legal? – disse Harry começando a ficar com muita raiva. – Qual é o problema com todo mundo? Escuta aqui, se eu não tivesse dito àquela cobra para não atacar Justino...

— Ah, então foi isso que você disse? — Sara perguntou com um tom de curiosidade na voz.

— Que quer dizer com isso? Vocês estavam lá, vocês me ouviram...

— Ouvi você falar esquisito – disse Rony. – Língua de cobra. Você podia ter dito qualquer coisa, não admira que o Justino tenha entrado em pânico, parecia que você estava convencendo a cobra a fazer alguma coisa, deu arrepios, sabe...

Harry ficou de boca aberta.

— Eu falei uma língua diferente? Mas, eu não percebi, como posso falar uma língua sem saber que posso falá-la?

Rony sacudiu a cabeça. Tanto ele quanto Hermione faziam cara de enterro. Harry e Sara não conseguia entender o que havia de tão horrível.

— Querem me dizer o que há de errado em impedir uma enorme cobra de arrancar a cabeça do Justino? Que diferença faz como foi que eu fiz isso, desde que o Justino não precise se associar ao clube dos Caçadores Sem Cabeça?

— Faz diferença, sim – disse Hermione, falando, afinal, num tom abafado –, porque a capacidade de falar com cobras foi o dom que tornou Salazar Slytherin famoso. É por isso que o símbolo da Sonserina é uma serpente.

O queixo de Harry caiu.

Sara finalmente compreendeu.

— Exatamente – confirmou Rony. – E agora a escola inteira vai pensar que você é o tetratetra-tetra-tetraneto ou coisa parecida...

— Mas eu não sou – disse Harry, sentindo um pânico que não conseguia explicar.

— Você vai achar difícil provar isso – falou Hermione. – Ele viveu há mil anos; pelo que se sabe, você podia muito bem ser descendente dele.

E foi ai que as coisas passaram a ficar ainda mais complicadas para Harry.

No outro dia, Sara foi atrás de Harry, mas encontrou apenas Ron e Mione, os dois lhe disseram que ele havia ido atrás de Justino, então os três passaram a procurar pelo garoto. Mas não precisaram procurar muito...

— ATAQUE! ATAQUE! MAIS UM ATAQUE! NEM MORTAL NEM FANTASMA ESTÃO SEGUROS! SALVEM SUAS VIDAS! ATAAAAAQUE!

Era pirraça. Os três se entreolharam antes de saírem correndo até o local. Se depararam com Harry, Justino e Nick-quase-sem-cabeça. O problema era que os dois últimos estavam petrificados. A Profa McGonagall veio correndo, seguida por seus alunos em sua cola. Ela usou a varinha para produzir um alto estampido e restaurar o silêncio, e mandou todos de volta para as salas de aula. Nem bem o corredor se esvaziara um pouco quando viram Ernie, o garoto da Lufa-Lufa, chegar, ofegante, à cena.

— Apanhado na cena do crime! – berrou Ernie, o rosto lívido, apontando dramaticamente para Harry.

— Agora já chega, Macmillan! – disse a professora rispidamente.

Sara queria ir até o garoto e defender o irmão, mas foi puxada rapidamente dali antes que ela pudesse fazer algo que provavelmente a meteria em mais uma confusão.

As semanas passaram rapidamente, e logo o natal chegou, Sara acordou por volta das 9 da manhã e se deparou sozinha no quarto. Aparentemente quase todos os alunos haviam ido para suas casas, passar o natal com os familiares.

O que Sara achava ótimo, pois pelo menos assim, o irmão poderia ter um pouco de descanso. Os alunos não paravam de encara-lo e ficar comentando coisas quando ele passava nos corredores. Os únicos que pareciam se divertir com isso eram Fred e George que Saíam do caminho para andar à frente de Harry nos corredores, gritando: “Abram caminho para o herdeiro de Slytherin, um bruxo realmente maligno vai passar...” Percy desaprovava inteiramente esse comportamento.

— Não é motivo para graças – ele dizia friamente.

— Ah, sai do caminho, Percy. Harry está com pressa.

— É, ele está indo para a Câmara Secreta tomar uma xícara de chá com seu criado de caninos afiados – disse Jorge, dando uma risadinha debochada.

No fundo, Sara sabia que Harry não se importava, na verdade devia achar muito engraçado além de se sentir melhor por saber que mais alguém achava a idéia de ele ser o herdeiro, muito ridícula!

A ruiva logo se levantou e foi abrir os presentes. Começou por um que Ninny, sua coruja de penas brancas mescladas com marrom. A principio pensou que fosse algum presente de seus tios Dursleys, mas depois descobriu ser um presente de Duda.

Revirou os olhos.

O garoto era praticamente apaixonado por ela, embora todas as patadas e foras que a ruiva dava nele. Abriu o embrulho e se deparou com uma caixa de chocolates (ela não fazia a mínima idéia de como ele não havia devorado-a) junto de uma carta. Resolveu abrir a carta primeiro, e suspirou antes de abrir.

Sara, Sara!

Teus cabelos brilham como sol da tarde.

É linda como um furacão e fofa como um passarinho.

Eu te amo eternamente.

Seu lindo e amado, Duda!

Sara desengatou a rir, riu até sua barriga começar a doer, quando finalmente parou de gargalhar que nem uma louca, limpou as lagrimas que haviam se formado em baixo de seus olhos e resolveu jogar fora a carta.

Embora o garoto nunca tivesse feito nada diretamente a ela, ele maltratava o irmão e aquilo era mais que o suficiente para a garota detestá-lo.

Abriu os outros presentes e viu que havia ganhado dois livros, um de Hermione que era um livro de contos trouxas, e um de Rony que era um de quadribol, provavelmente devoraria o livro em um ou dois dias, pois havia realmente amado o quadribol e tudo que envolvia ele.

Da senhora Weasley havia ganhado um suéter tricotado de cor azul e detalhes rosa, além vários bolinhos de diversos sabores e cobertos de frutas vermelhas.

De Fred e George havia ganhado um pacote de feijãozinho de todos os sabores e vários outros doces que a deixaram com uma vontade enorme de devorá-los!

O Salão Principal estava magnífico. Não só tinha uma dúzia de árvores de Natal cobertas de cristais de gelo e largas guirlandas de visco e azevinho que cruzavam o teto, como também caía uma neve encantada, morna e seca. Dumbledore puxou o coro de algumas de suas músicas de Natal preferidas. Hagrid cantava cada vez mais alto a cada taça de gemada de vinho quente que consumia. Percy, que não reparou que Fred havia enfeitiçado o seu distintivo de monitor – agora com os dizeres “Cabeça de Alfinete” –, não parava de perguntar aos garotos por que ficavam dando risadinhas.

Estava tudo incrível. Depois do almoço resolvera ir comer seus doces junto com os gêmeos, que a haviam convidado para passar a tarde com eles no salão comunal da Grifinoria.

— Eca! Tirei o de sujeira! — George resmungou cuspindo fora o feijãozinho.

Fred e Sara gargalharam com a careta do outro.

— Mas me responde ruivinha. O que é que vocês e os outros três tanto fazem, hein? — Fred que já havia reparado em como os quatro sumiam quase sempre, perguntou curioso.

— Ah, talvez em breve vocês saibam! — Anunciou levando um feijãozinho a boca. — Hummmm... morango!

— Bleh, vômito! — Fred exclamou cuspindo desesperadamente enquanto Sara e George rolava no chão de tanto rir.

Quando o final da tarde chegou, Sara caminhava lentamente pelos corredores, quando esbarrou com o professor Snape, que carregava em mãos uma pequena caixinha, quando a viu, abriu um sorriso quase imperceptível, como costumava fazer sempre que se encontrava com a filha.

— Eu... trouxe isso para você. Espero que goste. — Falou entregando a caixinha para a garota.

— Obrigada, professor! — Exclamou feliz e como um impulso abraçou o mais velho que acabou ficando sem reação. — Feliz Natal!

— Ahn, feliz natal. — Respondeu de volta quando a garota o soltou. “Filha...”

E a ruiva saiu saltitando de volta ao seu salão comunal. Quando chegou abriu a caixinha e se deparou com um colar que tinha a corrente de prata e um pingente de um pássaro, com detalhes em azul e dourado. Ela sorriu logo pondo no pescoço o pequeno presente.

Agora lhe restava ir ver se o plano havia dado ou não certo.


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