PROJETO Z.W escrita por João Albuquerque
[Dois dias depois do ocorrido]
Aquele primeiro monstro que vi atacando aquele senhor foi o único que eu vi, o mundo fora das cercas parece calmo, calmo até demais, eu prefiro pensar que tudo está calmo pelo simples motivo de que tudo acabou, e a qualquer momento podemos ir para nossa casa. Seria muito bom para ser verdade.
É noite, e fico observando da minha janela o lado de fora da cerca, esperando alguma daquelas coisas aparecerem, porém nada, nem um animal correndo. Caminho até minha cama e vou dormir.
[...]
Acordo pela manhã, a luz do sol está em meu rosto, vou caminhando até lá em baixo
— Mãe?
Nenhuma resposta
— Pai?
Nada.
Caminho toda a casa e ninguém está nela, vou para o lado de fora e algo parece não estar certo, não tem ninguém do lado de fora, pelo chão vejo sangue e de longe vejo uma pessoa, um soldado.
— Ei, você! Digo.
— Me ajude! Grita ele
Vou correndo até ele e vejo que está machucado na perna
— O que houve, cadê todo mundo?
— Eles evacuaram este local, estão indo para o cruzamento 32 onde é mais seguro.
— Como isso é possível? Tava tudo calmo quando fui dormir.
— Os infectados invadiram e mataram algumas pessoas, eles evacuaram as pressas e fiquei para ver se tinha mais alguém.
— Então... Porque meus pais não me acordaram?
— Eles levaram todos nas pressas, ninguém podia voltar para pegar nada
— Me leve até eles, por favor!
— Eu até posso levar, porém minha perna está machucada
— Como a gente vai? O cruzamento 32 é muito longe...
— O meu carro está na fabrica, a dois quarteirões daqui. Podemos ir pegar
[...]
Carregar o soldado não foi fácil, porém chegamos na fabrica e o carro dele estava lá, ele senta no carro, abaixa o vidro e pega um mapa, eu sento no lado de carona.
— Eae? Onde fica esse cruzamento 32?
— Fica a 30km daqui, seguindo pela avenida West
Um barulho dentro da fabrica me faz dar um pulo, olho para os lados e nada fora do normal parece ter acontecido
— Está fabrica é velha, não se esquente com isso! Fala ele
Foi só ele terminar de falar que um infectado surge do nada e morde o braço do soldado, ele grita de dor, eu rapidamente fecho o vidro e tranco a porta, tento puxar o soldado para perto de mim porém sem sucesso, o infectado luta para tentar arrancar o braço dele, o soldado com a outra mão pega a arma e atira nele.
O Infectado cai no chão, o soldado entrega a arma para mim e fala
— Garoto eu não posso ir com você, apenas corra, tome este mapa
Ele me entrega o mapa e eu destravo o carro e saio, vou andando sem olhar para trás enquanto o soldado grita.
Paro e olho para trás, vejo que o mesmo está todo se contorcendo, e seus olhos ficam avermelhados, a cada segundo ele parece menos humano, o soldado olha para mim e emite um rugido, ele se tornou um deles.
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