The Weeping Birds escrita por Ginty Mcfeatherfluffy


Capítulo 1
Capítulo 1




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                                                     April Swan voltava para casa após mais um dia de trabalho na locadora Silver Screen. O caminho, tão usual e numa escala de sépia, contava agora com um toque de azul escuro “Isso é novo...” pensou April divertida; porém, ao abrir a porta de sua casa e acender as luzes, deparou-se com olhos de pedra direcionados exatamente a ela. Braços cinza e rígidos aproximavam-se da garota numa questão de segundos, bastou uma piscadela... Ao abaixar-se, a garota notou que a sala estava povoada por estátuas de anjos. Nem deu tempo de a menina desesperar-se e a porta se abriu, revelando um cara – com um casaco marrom, tênis vermelhos, cabelos que desafiam a gravidade, óculos de grau e, segurando o que parecia ser uma chave de fenda , com uma luz azul na ponta – olhando intensa e diretamente para a assustada garota; ele alerta num tom baixo, porém firme “Não pisque. Pisca e você morre-“ Algo vem a sua mente “-Espera aí, eu já disse isso antes...” April já estava ficando aborrecida e decididamente precisava de uma explicação. “Será que pode-se saber quem é você, o que é isso na sua mão, o que essas coisas estão fazendo aqui?!” O homem, esforçando-se para não, hum, surtar, respira fundo, sem abaixar o dispositivo em sua mão. “Não há tempo para explicações-“ Notando que os anjos aproximavam-se dos dois em posição de ataque, ele se abaixa e pede a ela que faça o mesmo, isso deu uma oportunidade aos dois para que saíssem do local.

                                                      O Doutor indicou a TARDIS – aquele ponto azul e tão novo para ela – e assim que entraram, puderam respirar novamente. Ela estava tão nervosa que nem se deu conta que aquilo era uma cabine telefônica e que era maior por dentro. “Acho que o senhor me deve uma explicação, e é melhor que ela seja boa.” Ele tinha que admitir que ficara desapontado por não ouvir a clássica observação, porém, sorriu – apesar do sorriso não durar muito. “Aquelas coisas não são estátuas, nem anjos e nem estão chorando. São chamados de assassinos solitários, tão antigos quanto o universo e só sobreviveram por tanto tempo porque possuem o mais perfeito sistema de defesa já desenvolvido. Eles são quimicamente travados, não existem se observados, no momento em que são vistos por qualquer criatura viva, se transformam em pedra, e não dá pra matar uma pedra. Claro, uma pedra também não pode matar você, mas quando você vira a cabeça, quando você pisca... Aí sim ela pode. Eles não podem ser vistos, são as criaturas mais solitárias do universo. E é engraçado como tenho a sensação de já ter dito isso...” A moça ouvia a tudo boquiaberta, sem interrompê-lo, sua voz não saía. “E quem é você? O que cargas d’água estava fazendo na minha casa?”

“Eu sou o Doutor. E já lhe dei informações demais. Não sei quem é você e nem porque eles estavam em sua casa, mas acho que nada foi quebrado, ou roubado.” Ela preferiu não falar mais nada, no entanto, ainda achava que não era boa ideia confiar nele.

                                                       Observando mais atentamente, o Doutor percebeu que aquela moça era muito parecida com uma outra vítima dos Anjos mas decide deixar isso de lado, enquanto a TARDIS inesperadamente sai do chão. Ao aterrissar, o Homem de Gallifrey se dá conta que pararam em um lugar completamente desconhecido, ao passo que April teve a estranha sensação que aquilo lhe era familiar. Ela segue o cara esquisito até a entrada da casa, de tijolos aparentes, bem rústica – o mesmo estilo da casa de April – e os dois se surpreendem ao se depararem com uma velha senhora, ainda bonita, serena e com olhos de quem já viveu muitas aventuras. A sensação de familiaridade atingiu os dois desta vez, mas não conseguiam se lembrar de onde a conheciam. A senhora precisou se aproximar dos visitantes, pois sua visão já não era a mesma, e foi aí que percebeu. “Doutor?” Todos se olharam, surpresos, admirados, atônitos. “Sim... Receio não ter tido o prazer...” Os lábios da mulher abriram-se em um meio sorriso e suas mãos deslizavam pelo rosto masculino. “Oh, vai dizer que não se lembra de Sparrow e Nightingale, dos Anjos...”

                                                       “Sally Sparrow?! Mas como, há quanto tempo!” Ele simplesmente se jogou nos braços da velha amiga e depois de cumprimentar a moça, ela os convidou para entrar. “Sim Doutor, muito tempo. E quem é esta mocinha, hein? Me parece estranhamente familiar...”

“Uma nova amiga-“

“April Swan, prazer.” Interveio a jovem, dando um passo a frente, estendendo a mão para que Sally a sacudisse. “Disse que sou estranhamente familiar?” Lembra-se April, engolindo em seco, chegando cada vez mais perto da dona da casa. “Ah sim, você se parece comigo quando eu era mais jovem, e tem os olhos de Lawrence...”

“Não brinca! Onde é que tá o Nightingale, será que ele tem noção disso?” Com um misto de confusão e tristeza, Sparrow informou que Lawrence morreu no mês passado. “Sinto muito.” Swan e Doutor murmuraram em união. “Vocês são mesmo muito parecidas...” Comenta um Doutor com as sobrancelhas ajuntadas, escaneando as duas com sua chave de fenda – e ele nem sabia porque – “Ahá! Mais claro que a luz do dia! Sally e April Sparrow Nightingale, eu sabia que você me era familiar!”


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