Obsessão escrita por G I Dallastra


Capítulo 2
A Reação de Flávia




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— amor, é aquela sua colega do escritório, a Flávia – disse Verônica ao abrir a porta – oi Flávia, está tudo bem? - perguntou Verônica com estranhamento, devido ao dia e a hora que Flávia havia aparecido em sua porta.

— que sorte eu dei de achar você dois em casa – disse Flávia com uma expressão de ódio no rosto, então ela pegou a arma que estava em seu bolso traseiro da calça jeans e apontou para Verônica, então Ricardo também apareceu na porta, atrás de Verônica e ficou apavorado ao ver a cena.

— o que você está fazendo aqui Flávia? - perguntou ele.

— o que está acontecendo? - perguntou Verônica que estava apavorada e não estava entendendo nada.

— agora a festa está completa. Não me convida pra entrar? - então Flávia pegou o galão que havia ao seu lado e entrou, passando por Verônica e Ricardo, então ela virou-se e apontou o revólver para Verônica – tranca a porta e venham os dois para cá.

Verônica apavorada fez o que Flávia mandou e foi para perto de Ricardo, então ela começou a chorar.

— o que é isso? - ela falou baixo perto dele.

— como eu sei que esse covarde não deve ter te contado, conto eu mesma, esse canalha te trai tem muito tempo e você tem uma chance de adivinhar com quem.

— isso não é verdade Verônica – disse Ricardo.

— o que? Vocês são amantes? - Verônica estava incrédula.

— não é verdade Ricardo? Meu Deus como você é covarde. Sim Verônica, nós temos um caso por dois anos e ele só me deixou porque você fez o favor de engravidar, ai que lindo, dar um filhinho pro marido perfeito que sonha a anos em ter um filho, que romântico. Pena que vocês três vão morrer hoje.

— Ricardo, isso é verdade? - Verônica chorava ainda mais e estava incrédula com toda aquela situação.

— olhe a sua volta sua idiota, é óbvio! - gritou Flávia – admite seu covarde.

— é verdade sim Verônica, mas foi um erro, eu não tenho mais nada com ela desde que soube que você está grávida meu amor, eu escolhi você.

Verônica não conseguiu dizer nada.

— amor, eu escolhi você, a Flávia está com ódio de mim porque eu deixei dela pra ficar com você, amor, olha pra mim!

— não me toca – disse Verônica dando um tapa na mão de Ricardo que estava estendida em sua direção – se quiser, pode levar pra você – disse ela em direção a Flávia.

Flávia chorava compulsivamente, então ela chutou o galão que ela havia trazido fazendo o seu conteúdo escorrer pelo chão.

— isso vai acabar hoje, ou uma de nós vai ser feliz, ou todos nós vamos juntos pra mesma vala – disse Flávia.

— gasolina? - perguntou Verônica ao sentir o cheiro.

— Flávia, o que é isso? - perguntou Ricardo. Agora ele também estava com medo – o que você vai fazer?

Flávia parou de chorar, mudou completamente sua expressão e encarou Ricardo.

— você vem comigo?

Verônica olhou para Ricardo esperando a resposta dele tanto quanto Flávia.

— nem que minha vida dependa disso – Ricardo não se deixaria levar pela chantagem de Flávia

— e se a vida dela depender disso? - ela então apontou o revólver para Verônica

— e nós vamos pra onde? - perguntou Ricardo.

— mudou de ideia por mim ou por ela? - perguntou Flávia, ela então deu uma longa suspirada – seria lindo se fosse por mim, mas eu sei que já te perdi. Por mais que eu queria ir embora com você, eu sei que você nunca mais será meu novamente – ela então voltou a chorar.

— Flávia, você precisa de ajuda, deixa a gente te ajudar – disse Verônica.

— a que lindo, você quer me ajudar? Então por que você não morre e me deixa ser feliz com o Ricardo sua infeliz? - ela então apontou o revólver novamente para Verônica – eu vou tirar você do meu caminho e vou poder ser feliz sua desgraçada!

Antes que Flávia atirasse, Ricardo correu em sua direção e parou em frente a arma.

— vai ter que me matar antes Flávia – disse Ricardo, parado diante de Verônica em frente a Flávia com os braços abertos.

— sabendo toda a alegria que eu posso te proporcionar, você estaria disposto a morrer por ela?

— como eu jamais seria capaz de morrer por você – disse Ricardo.

— então vai pro inferno – disse Flávia.

Então após alguns poucos segundos, o silêncio foi quebrado pelo som do disparo do revólver de Flávia. Verônica gritou e Ricardo caiu sobre seu corpo e os dois caíram no chão.

—Ricardo, fala comigo, Ricardo fica acordado Ricardo, pelo amor de Deus – dizia Verônica desesperada com a cabeça de Ricardo em seu colo.

— a única culpada disso tudo é você sua desgraçada, mas isso vai acabar, vocês dois vão pro inferno! - gritou Flávia.

— não faça mais nada pelo amor de Deus Flávia, eu estou grávida, não faz nada com o meu bebê eu estou implorando Flávia, não machuca o meu bebê – Verônica estava desesperada.

Flávia apontou o revólver para a gasolina derramada no chão e começou a pegar fogo. Verônica então ficou cada vez mais apavorada e conforme foi inalando a fumaça ela começou a perder os sentidos e as imagens vinham em flashes na sua cabeça.

Flávia chorava.

Ricardo parou de respirar.

A perna direita de Flávia estava em chamas.

Verônica desmaiou.

Verônica acordou. Ela estava em um quarto branco e estava usando uma típica roupa verde de hospital e logo notou onde estava, ela então apertou o botão que era usado para chamar as enfermeiras.

— finalmente acordou. Está se sentindo bem? - perguntou a senhora que entrou no quarto usando o uniforme de enfermeira.

— quanto tempo eu dormi? Onde está o Ricardo? - perguntou ela aflita.

— bom, vamos por partes minha querida, eu vou pedir pra você aguardar só um instante que eu vou chamar o médico que está cuidando de você.

A senhora saiu do quarto e voltou alguns minutos depois com o médico. No momento em que o médico entrou no quarto ela pode notar em seu rosto que as notícias não eram boas e então logo pediu que o que havia acontecido e ele então deu as más notícias. Ricardo havia morrido em decorrência do tiro e chegou ao hospital já sem vida e ela havia perdido o bebê. Flávia havia sido detida em flagrante, pois quando os policias e os bombeiros chagaram a casa, toda a cena do crime apontava ela como a culpada e os policiais apenas estava esperando Verônica acordar para que ela confirmasse quem foi que causou tudo aquilo.

Verônica precisaria agora, no momento em que estava mais fragilizada, encontrar forças para recomeçar sua vida.


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