Obsessão escrita por G I Dallastra


Capítulo 10
O Culpado




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Flávia estava olhando pela janela e pensando, desde o momento em que havia saído a cadeia, esse era a primeira vez que ela se sentia feliz. Ver sua rival na cadeia era uma alegria que não tinha valor…

 

Noite da Festa.

Logo após brigar com Verônica, Flávia ficou ali parada até que Verônica saísse do banheiro, então ela foi até um dos reservados do banheiro, pegou um pedaço de papel higiênico onde ela enrolou os fios de cabelo de Verônica que havia ficado entre seus dedos, dobrou o papel e colocou dentro de seu sutiã. Ela pegou o celular e começou a mandar várias mensagens para Antenor pedindo que ele subisse até sua sala, então ela foi pelo elevador de serviço até o último andar esperar Antenor em sua sala.

Quando ela chegou, ele ainda não estava lá, então ela entrou e foi até a biblioteca e ficou esperando até que ele chegasse. Depois de alguns minutos, ela ouviu a porta abrir.

olá? - perguntou a voz de Antenor, porém, ele não teve nenhuma resposta.

desculpa a falta de educação Antenor, eu sei que é mais cordial marcar hora para falar com alguém como o senhor, mas eu preciso muito lhe falar, e precisa ser agora mesmo – disse Flávia, surgindo na porta que dava acesso ao segundo ambiente. Ela estava com as mãos na costas e ficou ali parada diante de Antenor.

o que diabos você poderia ter para falar comigo? - perguntou Antenor indo até onde ela estava.

eu queria dizer que sinto muito.

a, faça me o favor, você pode até enganar a minha filha com essa historinha de convertida aí mas a mim você nunca enganou, eu sei que foi você quem matou o meu filho. Por favor se retire daqui imediatamente e não me faça perder meu tempo.

mas Antenor, como eu te disse, eu preciso te dizer que sinto muito.

você acha que pode vir aqui e me pedir desculpas por ter matado o meu filho e simplesmente toda a dor e mágoa que existe vão desaparecer?

Flávia então chegou mais próximo a Antenor, ficando cara a cara com ele.

e quem disse que quero me desculpar por matar seu filho?

Antenor estranhou aquela resposta.

então o que você quer sua vadia louca?

eu quero me desculpar por matar você – ao terminar a frase ela pegou a faca que tinha nas mãos e enfiou-a no abdome de Antenor.

Antes que ele se desse conta do que o havia atingido, Antenor caiu no chão e começou a gemer de dor.

sua desgraçada!

eu queria me desculpar por ter que matar você mas é que assim meu querido, eu preciso mandar alguém pro inferno pra que a Verônica vá para a cadeia, mas você como um homem de negócios me entende não é mesmo? Não é nada pessoal, apenas negócios, mas ao contrário do seu outro filho, pode ficar tranquilo que da Beatriz eu vou cuidar muito bem – ela então deu uma gargalhada – quero dizer, em quanto ela for útil ela estará muito bem cuidada – então ela tirou a faca que estava cravada em Antenor e deu outra facada, fazendo-o gritar de dor.

Ela não temia que Antenor gritasse, afinal a música estava tão alta que ninguém notaria.

sabe, eu teria o maior prazer do mundo em ficar aqui esperando você sangrar até morrer seu velho imundo, mas como o nosso tempo é curto, para a sua sorte, você vai morrer rápido – ela então tirou a faca e se aproximou seu rosto do rosto de Antenor que agonizava no chão – quando chegar no inferno, não esquece de mandar um oi pro Ricardo por mim – então ela cravou a faca em seu pescoço fazendo jorrar sangue em seu rosto.

Ela constatou que Antenor havia morrido e tirou a faca de seu pescoço, fazendo seu sangue jorrar ainda mais no tapete.

não poderão me acusar de não ter sido caridosa, afinal nem você e nem o seu filho sofreram – então ela abriu um pequeno sorriso.

Então ajoelhada ao lado do corpo ela pegou o papel que continha os fios de cabelo de Verônica e colocou-os entre os dedos de Antenor.

Quando ela levantou-se, se olhou no espelho e viu que havia espirrado sangue em seu rosto, e no vestido, então ela foi até a porta e a trancou. Ela sabia que era pouco provável que alguém subisse para a sala de Antenor naquela hora, mas trancou mesmo assim. Então ela foi até a cadeira atrás da mesa e pegou a sacola que ela havia deixado ali anteriormente durante a preparação para o evento onde ela colocou as luvas que estava usando, ela então tirou da sacola um vestido idêntico ao que ela estava usando e tirou o sujo de sangue que estava vestindo. Vestiu o limpo, tirou as luvas que estava usando e o rabicó que prendia seu cabelo e junto com a faca enrolou tudo no vestido sujo e colocou dentro da sacola, ela limpou o sangue do rosto e saiu do escritório, abrindo a porta usando um pedaço da sacola para segurar a maçaneta para não deixar digitais ali. Ela então pegou o elevador de serviço e foi até o andar onde havia a sala de Beatriz e escondeu o fundo da mesa dela, atrás das gavetas, então como se nada tivesse acontecido, Flávia desceu para a festa.

 

Então a mente de Flávia voltou para aquele momento. Ela estava no apartamento em que morava, que lhe havia sido cedido por Beatriz, então ela pegou a sacola onde continha as roupas e a aram do crime e foi até a cozinha. Quando chegou lá ela colocou a faca dentro da pia e o resto das coisas dentro da sacola ela levou até a pequena churrasqueira que havia na sacada e jogou tudo lá, em seguida jogou um pouco de álcool por cima e riscou um fósforo, ateando fogo em tudo. Calmamente ela caminhou até a cozinha onde ela limpou a faca e a jogou dentro da pia, atrás das gavetas que haviam ali, então ela foi até a sala e preparou um copo com uísque e sentou-se no sofá para assistir televisão.


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