Estava admirado, como o Dipper se deixou ser "hipnotizado" pela aquela doida? O Dipper que eu conheço é muito mais inteligente e forte do que qualquer outro, a não ser que ela tenha forçado, prendido ele talvez...? Só sei que não é justo! O Dipper é o MEU mortal, e de mais ninguém!
Aquelas armaduras ambulantes eram bem altas em comparação a mim... Tive uma ideia do nada: me abaixei e as armaduras tavam enferrujadas de mais para se abaixar, então aproveitei para ir até as garotas indo de quatro no chão. Cheguei nas escadas e deci para o segundo andar.
— MAAAAABEEEEEEEEL! — chamei
— Bill? — Mabel veio correndo — Encontrou o Dipper?
— TEMOS QUE ENCONTRAR AS OUTRAS AGORA, UMA DOIDA CHAMADA JENNY VAI FAZER UMA LAVAGEM CEREBRAL NO MEU DIPPER!
— Seu?
— TE EXPLICO DEPOIS, CHAMA AS OUTRAS!
— Okay! — Ela tirou um objeto do bolso, clicou umas vezes nele e colocou ele na orelha — Candy! O Bill encontrou o Dipper e ele está em perigo! Sim! Espera, chama a Grenda primeiro! Tá! Tchau! Ela vai chamar a Grenda, vamos lá e elas nos alcançam depois, Bill!
— ... Você deu o nome dessa caixinha achatada de Candy?
— O que?! Não! Isso é um- ... VAMOS LOGO!

—

Enquanto isso, na sala com brilho azul:
— Senta no seu trono, môzinho!
— Huuuh... Jenny, o que você vai fazer? Isso é sua máquina de costura?
— SHHHHHHHH! É sim! HAHAH!
Jenny apertou um botão e a cadeira prendeu Dipper.
— O QUE?! Jenny, o que é isso?!
— HAHAH! É só minha maquininha, nada que interesse!
— JENNY! Porque fazer isso sequer?! Eu sei que aquele garoto tinha razão! Eu confio nele!
— RRRR! Sabe, Dipzinho, há muito, MUUUUITO tempo, tinha uma família feliz que gerou mais uma família feliz, que gerou mais uma família feliz, que gerou mais famílias que geraram mais famílias felizes, e, no final, eu! Todas essas gerações e gerações da minha família, pessoas felizes, que são extremamente ricas e poderosas sobre as outras pessoas, não faziam nunca nada de interessante, Dipperzinho! Eu fui a única que decidi mudar! A uma década e seis anos atrás, um ser místico chamado Bill Cipher me 'ajudou' nisso! Nós fizemos um acordo, ele mudava a minha vida para sempre e, em troca, eu teria que mudar a vida de Stanford Pines para sempre! HAHAH! E AQUI ESTOU EU! Ele tirou tudo de bom que eu tinha, dinheiro, família, menos o que?! MENOS MINHA JUVENTUDE! Condenada a vida eterna, ele mudou minha vida, mas sabe que erro cometeu!
— Você disse... "Bill Cipher"?!
— Acho que falei muito! HAHAH! Recentemente falei com um outro ser muito parecido com o tal de Bill, não sei se era o mesmo, mas ele me disse que eu podia ficar com você para mim e matar os mortais que vierem te buscar! VAMOS LOGO COM ISSO!
Jenny se preparou para apertar mais uma vez o botão, e foi quando alguém abriu desesperadamente a porta:
— "JENNY"! — Mabel apontou o seu celular para ela — SOLTA O MEU IRMÃO!
— HAHAH! E o que vai me impedir? Música alta? — Jenny riu e apertou o botão, o que fez Dipper avançar em direção a cápsula, o que entrasse ali dentro era fechado na hora, sem volta até o fim da lavagem cerebral — Digam adeus para o Dipper de vocêêês! HAHAH!
— NÃÃÃO! — Bill veio por trás de Jenny e empurrou ela, fazendo com que caísse dentro da cápsula, que fechou segundos depois — ... Yyyyyyes!
Mabel e Bill correram para o Dipper. Sua cadeira continuou indo para frente até Mabel e Bill lembrarem que só o botão pararia isso(durante um bom longo tempo), mas conseguiram tirar o Dipper dali. Bill não esperou nem um segundo, abraçou o Dipper com muita força assim que aquelas barras douradas o libertaram:
— Dipper!
— Ugh! — Dipper disse, quando seus pés foram tirados do chão — Não me sufoca!
— Dipper! — Mabel correu e abraçou ele também
Dipper se soltou do abraço:
— Hum... Oi... Garota...?
— Dipper... Bill- ... — Uma tristeza invadiu o sorriso dela naquele momento — Oh não...
— A Jenny já fez uma lavagem cerebral nele antes... Não sei como o trazer de volta... — a tristeza contagiou Bill também — Não é a mesma coisa que a máquina de esquecer...
Mabel abraçou Bill, os dois com lágrimas se formando nos olhos, enquanto Dipper os olhava confuso. Candy e Grenda chegaram ofegantes, Candy caiu no chão de tão cansada e Grenda deixou cair um capacete de armadura no chão:
— QUATRO ANDARES, TODOS CHEIOS DE ARMADURAS ENFERRUJADAS!
— Meninas! O Dipper, ele- ! ... «snif» nem lembra do meu nome...
Candy se levantou e ela e Grenda se entreolharam, tristes, mas Candy ainda tinha esperança:
— Será que essa máquina não tem botão de reverter?
Todos olharam para o botão que tanto a Jenny apertava e pularam em cima dele, clicando várias vezes. Ou a cadeira andava, ou parava, ou as barras douradas abriam, ou fechavam, até que a cápsula explodiu.
— CUIDADO! — Dipper gritou, afastando eles para trás da cadeira
Um enorme barulho se ouviu.

—

Abri os olhos. Só poeira na primeira vista, toci algumas vezes, que foi a mesma coisa que os outros fizeram. Me levantei rápido. A poeira descia lentamente e consegui ver o que tinha em volta. Grande parte do teto do quarto andar que estava próximo da explosão tinha caído, os outros estavam atrás da cadeira, QUE AINDA ESTAVA LÁ, e em ótimas condições. As garotas se levantaram e Dipper só acordou depois da poeira ter decido toda, sortudo:
— ... Mabel? Candy? Grenda? E Bill? O que foi que- ?!
— DIPPER!! — Todos abraçamos ele
— Você já se lembra? — Mabel disse, depois de nos soltarmos do abraço — mas como?
— Lembro de tudo! Deve ter explodido por causa que Jenny ainda estava lá dentro, então todos os dados que tinham lá dentro não foram suportados. A cadeira eu descobri a um tempo que era de ouro! — Dipper piscou pra mim e se levantou — Obrigado por virem... Acho que, se não fosse por vocês, estaria me casando com uma garota de 119 anos doida!
Nós rimos e depois limpamos a roupa. Descemos as escadas e saímos daquela rua, indo para a Cabana do Mistério outra vez. Chegamos e, por sorte, não tinha quem nos desse um carão ali.
Conversamos um pouco sobre como seria horrível se o Ford e o Stan já tivessem chegado e rimos muito, até as garotas decidirem que temos que tomar banho porque estamos cobertos de poeira e o Dipper cheirava a casa de avozinha, hahahahahahah! Cheirava mesmo! O que é uma casa de avozinha...? Eu e Dipper fomos para o banheiro. Dipper disse que nós tínhamos que tomar banho naquele banheiro porque Ford tinha dito que tinham pessoas de mais em casa para ter só um banheiro, então construiu outro, e tivemos que ficar no mais velho, porque as garotas são umas frescas e tem que tomar banho em lugares limpos e bonitos... Ele me ajudou a tirar a roupa, porque eu sou um humano miserável que não sabe nem como tirar uma blusa e ele me ensinou como se tomar banho, porque também não sabia como se fazia isso. A ÁGUA ERA TÃO FRIA! Não tava NADA acostumado com esses sentidos dos humanos! Vida cruel! Foi mais ou menos assim: "O QUE É ESSA COISA SÓLIDA DERRETIDA?!", "Bill, isso é água! Hahahahah!", "É FRIA! ACHO QUE ESTOU MORRENDO!", "Pfffft- hahahahahhahahah! Bill, pega o sabonete logo e toma o banho!", "Eu não sei como se faz isso!", "Meu Deus, que ser mais dependente! Vira! Saiba que a única coisa que vou limpar por ti é tua costa, viu, Ciph!"... Foi bem constrangedor, mas foi ele que ficou mais corado!
[ Dipper: Hah! Até parece!
Bill: SSSHHHHHIU! ]
Vesti uma blusa que Dipper emprestou, ele tinha sugerido uma azul(esse verão ele trouxe roupas diferentes por incentivo da Mabel), mas preferi a amarela, como é óbvio e descemos para a sala, onde estavam as garotas lendo coisas de garotas:
— ALARME, ALARME! GAROTOS NA ÁREA!
— Oieee, tomaram banho juntos fooooi? — Mabel disse, se sentando no chão(antes estava deitada no chão, como as outras) — Hihihihi!
— M- Mabel! — Dipper corou — Você achava que a gente ia tomar banho separado? Vocês ocuparam o outro banheiro, okay?!
— Okay, se você diz...! — Mabel riu — Ei! Você já comprou o coco ralado e o chocolate? Vai fazer nosso bolo antes que o Tivô chegue!
— Afe! — Dipper disse — Tá.
Nós fomos até a cozinha e ajudei ele a preparar o bolo. AQUELE SACO DE COCO RALADO ERA MESMO ENORME! Depois de uma hora, terminamos, o que resultou num bolo coelhinho muito fofo!
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Colocamos o bolo na mesa e Stan e Ford chegaram bem na hora. Stan sentiu o cheiro e veio correndo pra cozinha:
— Fizeram o bolo?? MEU BOLO!
— Pffft! — Ford entrou na cozinha — Uau! Belo bolo!
Nós comemos o bolo e tava DE-LI-CIOSO! Dipper ficou até cansado de agradecer tantos elogios, hahahah! Pelo menos os Stans não perguntaram o que andamos fazendo enquanto eles estiveram fora...! Foi só conversas de família, mesmo não fazendo parte dela, me sentia como se fizesse, até que ficamos com sono (Tiveram que me explicar o que era o sono três vezes seguidas) e fomos pro quarto.
— Meninas, querem ficar acordadas comigo a noite toda ouvindo nossa boy-band preferida?! — Mabel perguntou para Candy e Grenda, que estavam sentadas na cama dela e começaram a dar gritos super agudos — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! VAI SER TÃO LEGAL!
— O que?! Não! — Dipper disse — Eu e o Bill temos que dormir!
— Afffe! Estraga prazeres! — Mabel bufou, mas depois sorriu, parece que teve uma idéia — Ei! Você pode ir dormir no seu quarto agora!
— É mesmo! Tinha esquecido! — Dipper pegou as coisas dele — Vem me dar boa noite depois, viu.
— Hahahah! Tá! — Mabel se despediu — Te amo, maninho!
Dipper e eu fomos para um quarto lá em cima, disse que se chama sótão, o mais legal é que a janela tinha o meu formato! Quer dizer, o meu formato original, né! Dipper ficou meia hora dizendo pra eu parar de me gabar! Lá tinha uma cama, Ford já sabia que ele ia querer separar os quartos, mas não iam trazer a outra cama, as garotas iam juntar as camas para jogar um jogo de garotas ou do gênero. Pelos vistos tenho que dormir com o Dipper outra vez(durmo sempre na cama dele, não consigo dormir sem ele do meu lado)!
— Ei, Bill, — Ele bocejou, já estávamos deitados — Tem algum outro ser igual ou muito parecido com você?
— O que?! Não! Sou único! Porquê?
— A unicórnia, a pégaso e a Jenny disseram que fizeram um acordo com alguém...
— E você acha que fui eu? Realmente, já fiz um acordo com a Jenny, faz muitos anos, arruinei a vida dela... Eu ainda era aquele triângulo Illuminati maluco e horrível...
Me virei de costas para ele na cama e me encolhi, odeio falar de como eu era antes!
— Meu doritos fofo de um só olho...!
Corei, e ele também, assim que notou o que tinha falado e começamos a rir juntos. Abracei ele, com a cabeça entre seus braços e continuei o que estava falando:
— Bom, tem um outro demônio que gosta de usar a minha forma... — bocejei, ele olhou atentamente para mim, mesmo com os olhos cansados — Se chama Will... Mas falo disso amanhã... Tô com sono...
Ele me cobriu com o cobertor dele. Com nós dois se abraçando ali, tava bem quentinho. Eu poderia ficar daquele jeito pra sempre! Não que eu gostasse dele ou assim! Vocês acham que eu tô deixando muito óbvio?! «ahemmm», não sou um humano "gay", claro que não, quem falou nisso, hahah, não, não!