Troublemaker escrita por Lily


Capítulo 13
13




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Emma apressou o passo para tentar acompanhar Barry que já caminhava em direção ao elevador. Os últimos minutos no córtex haviam sido no mínimo tensos, ele e Caitlin estavam estranhos, como se escondesse algo.

—Barry? - chamou fazendo o velocista girar os calcanhares em sua direção.

—O que houve?

—Eu que perguntou o que houve? Você e Caitlin estão muito estranhos.

Barry coçou a nuca, claro sinal que estava nervoso.

—Emma é assunto de adulto. - ele disse, a garota revirou os olhos.

—Barry, eu tenho quinze anos, não cinco. Sei muito bem quando duas pessoas estão em crise. Olha, eu não sei o que está se passando entre vocês, mas sei que esta machucando os dois. E Bartholomew Henry Allen, é melhor você se acertar com ela ou além de perder um grande amiga, vai se arrepender pelo resto da vida. - falou, Barry franziu a testa um tanto surpreso com aquilo. Emma respirou fundo e tentou novamente em um tom mais calmo. - Conversa com ela, por favor. A vida é muito curta para lidar com arrependimentos.

Barry pareceu pensativo com aquilo, então assentiu com a cabeça e apertou de leve o ombro dela antes de sair.

Emma torceu a boca um tanto incerta. Nada poderia mudar. A linha do tempo real não poderia ser alterada, embora soubesse que o destino nunca foi um ponto certo, sabia que poderia ao menos manter todo o enredo que se seguiria, mas não os detalhes nele contido. O roteiro, para ela, já estava escrito, entretanto para eles ainda não havia sido revelado.

Observou as portas do elevador se fecharem e o sinal luminoso anunciar que ele estava descendo. Queria poder para seu pai e contar tudo, dizer para não desistir de Caitlin, dizer para ele não desistir de seu amor, que embora não fosse concreto, já estava se formando. Talvez pudesse ir… mas não seria capaz, seu medo de alterar aquilo era maior que qualquer coisa. Fechou os olhos e pressionou as têmporas que latejavam, a dor era incomoda demais para ser ignorada. Decidiu então ir até a enfermaria procurar algum remédio para dor, porém parou ao encontrar Ralph no meio do caminho.

—Olá garotinha.

—Oi Ralph, já vai treinar? - indagou notando que ele usava o conjunto do S.T.A.R. Labs.

—Sim, apenas estou esperando Caitlin terminar de analisar alguns dados. - ele disse, Emma franziu a testa.

—Você gosta dela? - questionou com uma certa curiosidade.

—Da Caitlin? Não, ela é totalmente na do Allen. - Ralph revelou como quem conta-se um fato confirmado.

—Você acha que Cait gosta do Barry?

—Claro que ela gosta. Se não gostasse não teria beijado ele.

Emma arregalou os olhos.

—Como você sabe que eles se beijaram?

—Estava indo para casa de uma… amiga. - ele falou limpando a garganta como se a palavra incomodasse. Emma arqueou a sobrancelha e cruzou os braços em uma pose de desconfiança, Ralph suspirou se dando por vencido. - Ok, estava na casa da minha namorada, mas pelo amor de deus não conta para ninguém que eu estou namorando, tenho que manter o status. - a garota balançou a cabeça e riu daquilo. - Mas enfim, estava lá eu, belamente andando com minha namorada quando de repente vi um carro familiar do outro lado da rua, e veja que bela surpresa foi a minha ao contestar que quem se agarrava loucamente lá dentro era Caitlin e Barry.

Emma riu com aquele relato, Ralph podia ser exagerado, mas era o seu exagero que tornava as coisas mais engraçadas.

—Você já contou isso para alguém?

—Não garotinha, sei que às vezes posso ser bastante intrometido, mas gosto deles e me parece que eles também se gostavam muito. Caitlin está merecendo ter um pouquinho de amor recíproco agora. - Ralph deu levemente de ombros deixando um sorriso escapar entre seus lábios. Emma sorriu.

—Vejo que não é tão filho da pauta quanto eu achava. - falou, Ralph balançou a cabeça e usou seus poderes para esticar o braço além dela, quando sua mão voltou Emma percebeu que ele segurava um pote de vidro com algumas moedas e em um papel pardo estava escrito com letras curvilíneas “Pote dos palavrões”, ela gemeu jogando levemente a cabeça para trás. - Ah não, mas que merda.

—Duas moedas garotinha. - ele falou balançando o pote, as moedas fizeram barulho ao serem jogadas de um lado para outro. - Ordens de Caitlin Snow.

Emma colocou colocou a mão no bolso em busca de algum trocado que Caitlin havia lhe dado.

—Só tenho uma nota de cinco. - disse.

—Não fazemos trocas. - Ralph falou como se pedisse desculpas, Emma semicerrou os olhos para o sorrisinho dele.

—Ok, tenho direito a mais três palavrões, então lá vai. Porra. Caralho. Puta merda.

—Você ainda fica devendo um dólar. - ele informou.

—Mas o último é um nome composto, então vale apenas por um. - disse dando de ombros e se afastando dele.

[...]

Emma parou de correr no segundo que ouviu os passos agitados. Já passava das oito da noite, mas ninguém nunca ia embora cedo, então ela estava correndo para passar o tempo, porém no momento em que desceu para tomar um pouco da água ouviu os passos. Barry de repente entrou na sala, em sua cara a expressão de preocupação fez Emma inclinar a cabeça um tanto nervosa.

—O que houve? - perguntou, o velocista a olhou incerto.

—Senta um pouco que eu tenho que te falar uma coisa. - Barry indicou com a mão para que ela senta-se em um dos degraus mais altos que conduziam até o painel de controle. Emma o encarou confusa e preocupada.

—O que houve? - indagou novamente.

—Kara está aqui. - ele disse.

—Ela veio fazer um visita?

—Não exatamente, Kara nunca vem fazer apenas uma visita, da última vez que ela veio apenas para isso acabamos enfrentando alien's metamorfos, então…. - Emma riu com aquilo. - O fato é que, Kara não veio sozinha, ela trouxe a irmã, Alex, e uma garota perdida.

—Como?

—O nome dela é Lydia e ela diz que conhece você.

Emma piscou atordoada, não poderia ser a sua Lydia. Desviou o olhar de Barry um tanto inquieta.

—Como ela é?

—Loira, olhos claros, estatura mediana, uma boca muito suja. - ele murmurou a última parte. É, aquela era mesmo a sua Lydia. - Ela disse uma coisa sobre você

—Falou?

—Sim, ela contou uma história sobre uma acidente que vocês sofreram.

—Acidente?

—Lydia falou que vocês estavam no carro com os pais dela, vocês estavam saindo da cidade quando foram atacados. Lydia também não se lembra de muita coisa, apenas do dia em que acordou no hospital e fugiu um tanto desorientada.

Emma ouviu tudo atentamente, mas então se virou para Barry quando algo naquilo tudo não fez sentido, quer dizer, nada estava fazendo sentido.

—Lydia foi achada por Kara?

—Sim. Em um beco em National City, ela estava debilitada, Alex cuidou dela até Lydia contar a história e ser trazida para cá.

Emma o olhou confusa, como diabos Lydia havia parado em uma outra terra já que ela deveria estar ali com Tommy e Camille. Porém se lembrou de algo. Interceptação temporal. Seu pai já havia lhe avisado sobre aquilo, raramente acontecia, mas Emma sabia que com a sorte que eles tinham era realmente possível de acontecer. Em resumo, a interceptação temporal era um dado momento em que algo preso ao um tempo diferente do seu se locomove para um lugar diferente provido pelo efeito da força de aceleração ou por um tilt na linha temporal. Ou seja, algo que não deveria estar naquele período de tempo, como Lydia, devido a uma pequena ruptura em um dos fios da linha temporal acabaria por se deslocar bruscamente até outra terra.

—Você acredita nela? - indagou a Barry.

—Não totalmente, Cisco ainda esta investigando e Joe também.

Emma assentiu, então questionou de repente.

—Por que Caitlin não veio me falar isso? Não querendo ser rude, mas não somos tão próximos assim.

—Harry disse que seria melhor eu falar com você do que Caitlin. - Barry disse e ela pode deixar de soltar um suspiro um tanto quanto cansado. - Emma, tem algo que queria me contar? Você parece estranha os últimos dias.

—Eu não lembro do meu pai, Barry. Mas quero que ele seja igual a você. - falou verdadeiramente feliz de tê-lo ali. Barry sorriu.

—Vamos. Acho que está na hora e você conhecê-la.

Barry a levou até o córtex. Emma não pode dizer o quão ansiosa estava para reencontrar Lydia, as poucas vezes que a virá naquele tempo foram apenas por meio de hologramas. Ver Lyds de perto seria totalmente diferente, mais fantástico e real.

—Emma! - sentiu os braços da loira envolverem seu pescoço com força, ficou momentaneamente em choque, por isso demorou alguns segundos para por fim abraça-la. - Aí sua louca, tu não faz ideia de como eu estava te caçando. Graça aos céus você está bem, ainda bem que eles não te acharam.

Emma se afastou dela um tanto confusa.

—Eles?

—Os Argonautas. Você não se lembra? - o tom de voz de Lydia era sério. Emma arregalou levemente os olhos desacreditando no que a amiga estava falando, revelar sobre o Argonautas não era um trabalho delas.

—Você conhece os Argonautas? - Caitlin indagou surpresa com a contestação. - Eram eles que estavam atrás de vocês?

—Sim. Pelo menos foi isso que mamãe e papai falaram antes de… - Lydia hesitou um tanto dramática. - Os Argonautas estavam atrás de nos por causa do que somos.

—Como assim? - Cisco perguntou desviando o olhar do computador. - O que vocês são?

Lydia olhou para Emma mais uma vez antes de dizer.

—Meta-humanos. Os Argonautas odeiam meta-humanos, somos como uma praga para o mundo perfeito deles.

—O quanto você sabe sobre eles? - Barry questionou.

—Apenas que eles querem dominar o mundo, para transformá-lo em um lugar melhor. E querem começar por aqui.

—Por que aqui? - Harry indagou desconfiado.

—Central City é o marco zero para eles. Tudo deverá acontecer aqui.

—Tudo o que?

Emma olhava para Barry quando Lydia falou.

—Será igual a Pompeia. Eles a queimaram para começar das cinzas. E farão isso com Central City se não os pararmos a tempo.


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