Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 23
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Mais uma terça-feira com capítulo novo para vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752290/chapter/23

Fuga 

 

Comecei a chorar, o homem que eu amava estava me pedindo em casamento, eu me levantei e o beijei fortemente.

— eu aceito Ítalo — falei — eu aceito passar todos os momentos da minha vida ao seu lado, eu te amo com todo o meu coração, com toda minha alma — dessa vez que começou a chorar foi ele, então ele colocou a aliança no meu dedo.

O abracei, meu coração estava em um ritmo acelerado, eu estava noivo, e da pessoa que mais amei na vida.

— quando seus pais chegarem eu vou pedir oficialmente — ele falou me abraçando pela cintura.

— eles te adoram, vão ser tranquilos — respondi colando nossas testas — e mesmo que não aceitassem eu fugiria até o fim do mundo com você.

— e eu com você — ele falou antes de me dar mais um beijo.

Antônia veio até nós e me abraçou forte.

— cuide bem do meu menino — ela pediu.

— eu prometo que vou — a apertei.

— desse jeito vou ficar com ciúmes — Ítalo brincou.

— para com isso — Antônia disse limpando uma lágrima que escorria por seu rosto e indo abraçar Ítalo.

Eu e ele estávamos deitados na sua cama assistindo televisão, eu fazia cafuné nele, era sem duvidas um dos dias mais felizes da minha vida.

— para quando vamos marcar? — ele perguntou.

— podemos marcar para depois da formatura — propus.

— perfeito — ele concordou — sua irmã vai ficar muito feliz.

— vai mesmo — concordei — se ela ainda estivesse decidindo como seria as coisas do dela com certeza iria querer ver nossas coisas juntos.

— ela vai se casar em breve né? — ele perguntou.

— sim — respondi.

A semana passou voando, nós dois fizemos piquenique no jardim, nadamos em um rio, andamos a cavalo e fizemos todos os programas de casal de quem tivemos direito.

Quando acordei no sábado Ítalo não estava na cama, escovei os dentes, tomei banho, coloquei uma roupa confortável de uma grife que meu noivo amava e desci as escadas, onde o encontrei junto com minha família.

— não quis te acordar — Ítalo se adiantou antes que eu falasse algo.

— viemos de helicóptero! — Luiza falou vindo me abraçar.

— é uma bela casa — meu pai suspirou.

— meu pai deu de presente a minha mãe — Ítalo contou — presente de casamento.

— você pode começar a economizar — Luiza disse batendo no peito de Felipe de leve nos fazendo rir.

— por falar nisso — comecei a dizer — pai, mãe, Luiza e Felipe.

— o que houve? — meu pai perguntou.

— então — fui em direção do meu noivo e me posicionei ao seu lado — Ítalo e eu vamos nos casar.

Luiza levou a mão ao peito e começou a chorar assim como meus pais, os abracei.

— parabéns leãozinho — Luiza me disse e depois foi abraçar seu cunhado.

— estou muito feliz por você — meu pai me abraçou.

— obrigado pai — sorri.

Minha mãe me chamou discretamente e fomos para o lado de fora deixando os outros comemorando.

— Léo, eu queria te parabenizar — minha mãe disse após respirar fundo.

— obrigado mãe — respondi.

— eu estou fazendo o máximo para te aceitar — ela colocou as mãos em meu ombro — eu te amo Léo e eu te aceito.

— obrigado mãe — a abracei.

— vai ser um dos momentos mais felizes da minha vida poder te levar até o altar.

— não vamos casar na igreja mãe — falei rindo.

— desculpa — ela riu junto comigo.

— acho que vamos alugar um salão de hotel e casaremos lá.

— espero que você seja muito feliz — ela me disse — você merece!

Os dias se passaram voltamos para casa, Eleanor ligou me convidando para seu aniversário, seria em um barzinho no centro.

Ítalo não foi, pois ainda era professor da minha faculdade e se alguém descobrisse ele poderia ser demitido, deixei minha aliança com ele e fui em direção à comemoração.

Eleanor era leonina assim como eu, e como dizem os leoninos gostam de chamar atenção, ela estava com um belo casaco vinho, uma saia xadrez e cabelos soltos, lá também estavam Catarina, Kaue e Adilson, sentei-me junto com eles.

— Léo este é o meu noivo Rubens — ela me apresentou um rapaz da sua altura com cabelos bem escuros.

— tudo bem? — ele apertou minha mão.

— ótimo e você? 

— legal — ele respondeu Eleanor me falou muito bem de vocês.

— ela também sempre fala muito bem de você — Catarina disse.

— vamos nos casar em fevereiro — ela disse dando um beijo em sua bochecha.

— muitos casamentos estão chegando — falei.

— muitos? — Eleanor perguntou confusa.

— o seu e o da Luiza — disfarcei.

— e como você se sente sendo irmão da noiva? — perguntou Catarina.

— é louco — respondi.

— realmente — Eleanor tomou um gole da sua cerveja — vocês não conhecem a Luiza.

— ela é uma gata — disse Kaue — a vi um dia na faculdade.

— ela realmente é muito bonita e acho que vai ficar bem de noiva — disse Eleanor.

— mas você vai ser uma das noivas mais lindas que já vimos! — disse Adilson.

— obrigada — ela sorriu.

Meu celular vibrou era uma mensagem de Ítalo dizendo para eu voltar logo, pois ele já estava com saudades.

— Eleanor já vou indo — falei.

— já vamos cantar o parabéns! — ela disse pegando o bolo com a garçonete e o levando até a mesa.

Cantamos parabéns peguei um pedaço do bolo que estava muito bom por sinal e coloquei em um embrulho para Ítalo, me despedi dos meus amigos e fui embora.

A rua que eu tinha estacionado o carro estava escura, tive a sensação que alguém estava me seguindo, comecei a andar depressa, olhei para trás e vi alguém com roupas escuras e um boné, não consegui ver seu rosto, entrei no carro e dei partida, antes que eu estivesse longe do local de saída um carro começou a me seguir, acelerei e então ele também acelerou, eu não sabia o que estava acontecendo, só acelerei e entrava na frente de outros carros, ele  fez o mesmo no meu encalço, desviei ao entrar em uma rua e por sorte ele não conseguiu fazer o mesmo, dei meia volta e fiz outro caminho para o apartamento de Ítalo. Quando o elevador abriu ele já me esperava na cozinha.

— por que você demorou? — ele perguntou e o abracei forte — o que aconteceu?

— fui seguido, na verdade eu tenho a sensação que alguém está me seguindo — falei ofegante.

— não estou entendendo — Ítalo pareceu confuso.

— outro dia eu estava na casa da minha tia e quando olhei pela janela vi alguém na rua parado olhando — expliquei — e hoje  quando sai do aniversário da Eleanor um homem me seguiu e depois fui seguido de carro! — falei desesperado.

— a não — Ítalo levou as mãos à cabeça.

— o que foi? — perguntei confuso.

— é tudo culpa minha — Ítalo socou a parede.

— hey! — gritei — o que é culpa sua?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qual será a ligação do Ítalo com isso tudo que Léo está passando?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Agora Ou Nunca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.