Arena Mortal escrita por Nyna Mota


Capítulo 12
Capítulo 11 - Entrelaçados


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Era ano novo, eu sabia disso, tinha visto na TV que começaria um novo ano.

Na TV as pessoas diziam coisas boas uns pros outros, que seria um ano próspero, eu não sabia o que era próspero, mas parecia ser algo bom.

Desejavam um ao outro amor, felicidade, sonhos realizados, tinha casais se beijando, eca, e pessoas se abraçando, algumas chorando ao que parece de alegria.

O que todas tinham em comum era o sorriso no rosto, e a felicidade que sentiam. Eu queria sentir aquela felicidade também, mas eu estava sozinho.

Mamãe havia saído pra trabalhar, estava bem arrumada, com um vestido dourado brilhante, disse que não tinha hora pra chegar. Ela estava bonita.

Eu estava diante da janela, olhando os fogos no céu. Eram tão brilhantes e fazia barulho.

Parece que já era ano novo então.

— Feliz ano novo Edward. Um próspero ano novo pra você. Sussurrei baixinho.

Não foi um ano muito bom, muito menos próspero, mas eu sobrevivi.

***

Eu estava esperando havia mais de uma hora. Bella estava trancada no quarto há bem mais tempo que isso.

O pequeno apartamento havia se tornado nosso lar. Já havia tantas coisas dela ali, em pouco tempo o apartamento passou a ter mais cor. Na mesinha de centro havia duas fotos, tiradas recentemente, uma onde estávamos todos reunidos no Natal, Eu, Bella, Rose e Emmett, Carlisle e Esme, todos sorrindo. A segunda foto era Bella e eu, enquanto ela colocava o gorro de papai Noel em mim, e eu fazia careta.

Ambas eram projetos da Bella. Pequenos detalhes que tornavam o ambiente mais aconchegante. Com mais cara de lar.

Agora havia um tapete felpudo na sala, uma escova de dentes nova no banheiro, bem como shampoos e cremes que eu não fazia ideia de pra que eram.

Alguns diriam que estava sendo muito rápido, a meu ver, era mais do que certo. Eu amava essas pequenas coisas. Coisas dela, junto das minhas, nos unindo ainda mais.

Bati na porta pela terceira vez.

— Bella não vamos chegar a tempo da virada do ano! – Resmunguei um pouquinho irritado.

— Estou acabando Edward. – Ela respondeu através da porta que eu não me atrevi a tentar abrir.

A primeira tentativa culminou em um sapato jogado em minha direção. Devia ser TPM ou algo assim, contudo não quis me arriscar novamente. Tudo bem que eu estava impaciente, toda hora reclamando da demora, mas realmente já fazia mais de uma hora. Além de tudo, havia um carregamento essa noite.

Ao contrário do Natal, onde estive tranquilo, esta noite eu iria pra boate, e após a contagem regressiva iria sair disfarçadamente para receber armas. Armas que matariam inocentes, que acabariam com famílias.

Minhas mãos estavam mais sujas de sangue do que eu gostaria de saber.

Um humor negro se abateu sobre mim. Com o saber de todo o peso, toda a culpa que carregava.

Uma vontade de quebrar algo me tomou. De extravasar a culpa, a dor, a agonia que me tomava por dentro.

Eu tinha que voltar pra Arena, em realidade já era pra ter voltado, mas com Charlie envolvido com a candidatura, todos estavam meio que ausentes da Arena, o que de certa forma era bom pra mim e pra Bella. Todavia, no momento tudo que queria era estar na Arena, sentindo minhas mãos golpearem algo, sentindo dores físicas, pras emocionais se calarem, como sempre se calaram.

Não que eu não soubesse antes, eu sempre soube, contudo era mais fácil ignorar. Estar com Bella e sua bondade apenas me faziam perceber quão ruim eu era, quão mal eu fazia a quem estava por perto, e até mesmo aqueles que jamais conheceria.

Talvez, lá no fundo, uma parte de mim queira mudar, eu só não sabia como.

Frustrado, me sentindo culpado soquei a parede.

— Se isso for pela minha demora saiba que é bem desnecessário. – Sua voz era ácida.

Demorei alguns instantes pra me virar, respirando fundo, tentando me controlar. Virei, e me deparei com um anjo. Um anjo em todo seu esplendor.

Os cabelos estavam soltos, com pequenos cachos nas pontas, os olhos marcados com uma sombra prata, os belos lábios tinham um tom leve de rosa. O vestido era um branco gelo, justo no busto, mais solto na parte de baixo, indo até metade suas coxas. Os pés estavam envoltos por um salto delicado também na cor branca. A personificação de algo extremamente celestial.

Por vários instantes fiquei olhando-a, sem conseguir esboçar qualquer reação. Minhas pernas estavam fracas, queria me ajoelhar e pedir redenção.

Eu era culpado.

Eu não merecia ela.

— Edward? – Sua voz em alerta chamou minha atenção.

— Melhor nós irmos Bella. – Segurei sua mão e beijei. Sorri de leve, escondendo tudo dela, os medos, a perturbação, a culpa que me corroía. – Você está magnífica esta noite. Parece vinda do céu.

Ela sorriu animada.

— Você realmente gostou? – Perguntou dando uma voltinha pra eu ver toda sua produção.

Ela era tão obtusa. Ela estava deslumbrante, e sua bunda estava linda naquele pedaço de pano.

— Mais que magnífica. – Beijei seus lábios com cuidado para não borrar o batom. – O ser mais lindo no qual já pus meus olhos. Valeu a pena a demora. – Ela bufou.

— Espero que também goste do que está por baixo, e já garanto, não é nem um pouco angelical.

Engasguei com minha saliva. Ela conseguia, com uma palavra, um gesto, seja o que fosse mudar tudo em mim. Transformar o Tiger em Edward, o homem perturbado no homem apaixonado e louco de desejo.

— Isso não se faz gatinha. – Resmunguei ansioso pelo voltar, pra ver o que ela vestia por baixo daquele vestido casto.

— Você está bem? – Ela me parou olhando nos meus olhos. – Parecia tão perturbado na sala. E ainda teve o soco na parede.

Abri e fechei os dedos. Estavam um pouco doloridos, mas toda a dor era bem vinda.

— Estou bem, nada com o que se preocupar.

— Você tem que parar com isso! – Ela aumentou o tom de voz.

Dei um passo pra trás alarmado.

— Parar com o que!? – Eu realmente estava confuso e seus olhos revoltos não me deixavam nada feliz.

— De me afastar de você. De tentar me proteger de tudo. De...

— Pare! Sinto muito Isabella mas vou sim te afastar dessa parte do meu mundo, vou sim te manter longe de toda a sujeira e podridão que me ronda. Eu quero você o mais longe possível disso tudo!

— Isso significa longe também de você?! – Gelei assustado.

Apertei a ponte do nariz e fechei os olhos.

— Você sabe que pode me contar tudo não sabe?! Sabe que não vou me assustar. Eu conheço todos os seus lados. – E ai eu explodi.

— E é por isso que você devia correr Isabella. Você sabe quão cruel posso ser. Você sabe muito quão bem posso quebrar ossos. Você sabe bem que tem sangue nas minhas mãos. Você devia correr de tudo isso, de mim. – Minhas mãos estavam fechadas em punho.

— Eu sei porra. Sei de tudo isso. Mas também sei quão doces e delicadas essas mãos podem ser ao me fazer carinho. Sei quão forte você pode me segurar enquanto faz amor comigo. Sei o quanto você pode ser divertido e engraçado. Sei que te transformaram nisso Edward, mas sei que uma parte de você não é isso, não quer isso. – Ri com escárnio.

— Eu não quero discutir Bella. Temos que ir, já esta tarde.

Ela veio em silêncio, mas senti sua frustração e irritação. Dentro do carro reinava um silêncio sufocante. Parei na porta da Rosalie, encarei a frente do carro.

— Nossa conversa não acabou Edward. – Ela desceu e bateu a porta com força.

De certa forma havia acabado.

Segui pra boate tentando evitar cada um dos meus pensamentos sobre a briga.  Eu havia sido cruel, mas só de pensar nela mais perto de tudo me apavorava. Eu a queria a salvo, longe disso, queria poder ser o bom garoto que esteve no Natal, o que ficou bêbado, riu e brincou. Mas a realidade não era tão complacente.

Já era por volta de 23:30, o ambiente estava lotado, vi rostos conhecidos, vi pessoas afastando alguns passos quando viram quem estava por perto, o Tiger.

Vi Alice no bar, segui em sua direção. Havia dias que não falava direito com ela, com ninguém aliás.

— Feliz fodido ano novo! – Desejei amargo. – Whisky sem gelo por favor. – Pedi ao barman.

Ela arqueou uma das sobrancelhas pra mim.

— Feliz ano novo! Beber antes de uma operação não é do seu feitio. – Resmunguei qualquer coisa e virei o copo que me estava sendo estendido.

Fiquei calado, com um sinal pedi uma nova dose.

— Diabos, o que houve Tiger? – Ela tomou o segundo copo da minha mão antes que eu tomasse.

Fechei a cara pra ela, mas ela era Alice.

— Nada é mais do meu feitio ultimamente. – Peguei de volta o copo e bebi.

— Chega de Whisky pra você. – Concordei, afinal eu ainda tinha que trabalhar. – O amor é uma droga né?

— Uma fodida droga. – Ela riu alto.

— Bella está te fazendo passar um dobrado. – Resmunguei alargando seu sorriso. – Isso é bom, a garota sabe o que quer.

— Eu sou perigoso. – Ela bufou.

— Não, você não é. Ao menos não pra ela, ela trás o melhor de você.

Ignorei sua fala, mesmo que aquilo tivesse tocado no mais profundo do meu ser.

***

Eu estava num canto afastado e escuro da boate, olhando enquanto Bella e Rose dançavam. Emmett estava por perto, dançando com elas, afastando qualquer um que chegasse perto delas. Eu lhe devia um agradecimento por isso.

— Você conseguiu a princesa de gelo.

Não ouvi a aproximação de Hannah, estava compenetrado na morena dançando sensualmente na pista de dança. Seus quadris se moviam, o vestido que antes havia achado angelical subia, me deixando completamente louco de desejo.

— Quem diria, meses atrás você estava aqui, neste mesmo local cobiçando-a, agora ela é sua. – Sua voz estava triste. – Estou feliz por vocês.

— Você está bem? – Tinha algo errado, eu podia sentir.

Havia dias que eu não falava com ela. Seu olhar estava vazio. Faltava a altivez que fazia dela quem era.

— Estou bem Tiger. – Ela suspirou. – Não estrague as coisas com ela. Ela é boa pra você. Vivemos na merda Tiger, somos fodidos e rejeitados. Ou erámos. Agora você a tem, e ela te ama, mas até quanto disso ela vai aguentar!? – Ela suspirou de novo.

Eu estava fodidamente assustado. Hannah não era do tipo sentimental. Tinha algo errado.

— Hannah o que...

— Só escuta ok? – Assenti. – Não deixa isso, respingar nela, ela merece mais, então é você quem tem que cair fora daqui. Eu quero que vocês caiam fora disso aqui. – Sua voz soava como uma ordem, eu estava assustado com o rumo da conversa e me mantive calado.

— Eu queria que alguém me olhasse como vocês se olham, só isso seria o bastante. Foi assim que tudo começou sabe, um cara que sorriu pra mim e eu achei que fosse tudo, não era nada, o olhar dele pra mim não chegava nem perto de como você olha pra ela. Provavelmente vai ser assim que vai acabar – Ela sorriu triste, respirou fundo, e então estava de volta. – Preciso ir trabalhar.

Ela se virou e saiu, me deixando sozinho e confuso com tudo que ela havia acabado de falar.

Hannah havia amado alguém, alguém que não a amou e fodeu com tudo.

— Eu queria que alguém te amasse como eu amo ela Hannah. – Sussurrei baixinho. Desejando ao menos um pouco de felicidade pra morena que por tanto tempo havia sido meu escape.

— 5, 4, 3, 2, 1! Feliz ano novo! – A multidão gritou. Eu me senti sozinho. Assim como quando eu era apenas um menino.

De longe vi Rosalie e Bella se abraçarem. Vi Emmett abraçando a namorada e beijando-a. Depois abraçando Bella, que olhava ao redor me procurando. Meu peito se apertou. Dei um passo pra ir até ela, mas Liam se interpôs em meu caminho me olhando de forma bastante estranha.

Tudo andava estranho ultimamente.

— Hora de ir Tiger.

Fodido timing.

Sai da boate infeliz, querendo mais que tudo ter Bella em meus braços, onde eu lhe desejaria um feliz ano novo. Ao contrário, eu estava a caminho de destruir várias vidas.

***

Duas horas depois consegui terminar o carregamento e estava voltando pra boate. Não sabia se Bella ainda estava lá, e era orgulhoso demais pra mandar qualquer tipo de mensagem. Não recebi nada dela ou de seus acompanhantes, presumi que ainda estavam por lá.

O lugar estava ainda mais lotado do que quando eu havia saído, abafado, quente, o cheiro de suor, sexo, álcool e drogas me deixou enojado. Tudo que queria, era pegar minha garota e sair dali.

Avistei Alice ainda no bar, com Bella e Rose, assim como Emmett. Eles conversavam e riam, como jovens normais, até mesmo Alice. Foi bom vê-la descontraída. Me aproximei do grupo, meio sem jeito, ainda sem saber o que falar.

Emmett foi o primeiro a me notar.

— Hey Edward, Alice está surpresa por ter ficado bêbado no Natal, e chateada que não foi chamada para ver os jogos conosco. Nossa gnomo aqui é apaixonada por esportes.

Encarei Alice surpreso, ela não deixava as pessoas se aproximarem fácil.

— É claro que gosto de esportes. Nem só de moda vive uma mulher. – Rimos da sua frase de efeito.

— Bem, da próxima vez precisamos inclui-lá, e Carlisle é claro. Ele ainda continua resmungando que largamos ele pra cozinhar com as garotas. –Todos riram. Carlisle realmente estava chateado com aquilo.

— Acho que amanhã pode ser uma boa, o que acha? – Alice sugeriu.

— Minha casa está de postas abertas. Rosalie avise seu pai por favor! – Supliquei sorrindo.

A loira riu de volta.

— Pode deixar. Acredito que mamãe vá querer ir também, e eu estarei lá é claro.

— Bella? – Ela era a única que se mantinha quieta.

— Oh agora eu posso me aproximar? – Suspirei frustrado.

Tudo com ela era difícil.

— A gente pode por favor discutir isso em casa? – Pedi baixinho.

Ela assentiu. Eu teria que dar um jeito de explicar pra ela porque eu queria ela longe daquilo, eu só queria proteger ela.

— Bem, acho que nós já vamos. – Rose falou se despedindo de Alice com carinho.

Cada vez mais aquela menina me surpreendia. Ela adotou Alice em seu meio assim como fez comigo, sem questionar, apenas trazendo ela pra sua vida.

— Você não vem Edward? – Meu olhar infeliz deve ter dito tudo.

— Não posso agora. – Eu peguei a chave da minha casa do meu bolso e estendi pra Emmett. – Me faça saber onde ela vai ficar.

— É uma droga você não poder ir com eles. – Alice falou sentando no banquinho em frente ao bar.

— Alguém precisa manter as aparências. Liam me viu olhando pra ela mais cedo, eu acho, preciso ficar se quiser proteger ela, e o que temos.

— Sim você precisa. E ela vai entender, você só precisa explicar pra ela ao invés de impor como um fodido brutamontes.

— Ela te falou algo? – Perguntei pedindo uma água por barman.

— Algo sobre o idiota cabeça dura não falar com ela.

Eu ri, mesmo sem querer.

— Vou falar com ela. Mais tarde.

Observei o ambiente, com atenção nenhuma, os pensamentos tão longe. Só via corpos se mexendo, pessoas bebendo, alguns usando drogas, jovens vendendo drogas, e tudo que eu queria era estar em casa, na cama com Bella em meus braços.

***

As luzes estavam apagadas. Me senti desanimado. Bella devia ter ido dormir na Rosalie, ou em sua própria casa.

Peguei a chave reserva embaixo do tapete, e entrei. Não me dei ao trabalho de acender as luzes.

— Caralho! – Xinguei ao tropeçar em algo jogado no chão.

Acendi a luz e vi o salto que Bella usava jogado ali.

— Que boca suja gatinho. – Ela levantou do sofá e veio em minha direção. – Você tem sido um cara muito, muito mal, não sei se merece o presente que planejei pra você.

Ela usava um hobby branco, que deixava ela mais angelical que o vestido outrora usado. Seus pés estavam descalços, não tinha mais maquiagem. Ela estava linda.

— Eu sinto muito amor, eu sou um idiota.

— Sim você é. – Ela respondeu estendendo sua mão pra mim.

Segurei sua mão e me aproximei dela, tomando a em meus braços. Abraçando-a aperado, não querendo que ela saísse dali nunca mais.

— Eu só quero manter você segura.

— Eu entendi, eu acho, mas não gosto de ser mantida no escuro. Estamos juntos Edward, pra tudo.

— Juntos gatinha.

Beijei seus lábios pelos quais eu ansiei a noite toda. Nos separei rapidamente.

— Feliz ano novo amor! – Desejei abraçando-a de novo. Desejando a ela em pensamento um ano de tranquilidade, um ano de renovação, um ano que pudéssemos ficar juntos sem nos escondermos.

— Feliz ano novo. Que seja um ano de muitas mudanças, amor, paz e tranquilidade em nossas vidas. – Ela desejou de volta me beijando.

— Agora posso ver o que você está usando em baixo do hobby, isso me deixou meio distraído a noite toda.

Ela riu e se afastou alguns passos de mim. Odiei a distância.

Bella me empurrou em direção ao sofá me fazendo sentar.

— Vou ganhar um strip-tease hoje? – Perguntei brincalhão. Ela riu.

— Talvez.

Lentamente, muito lentamente pro meu gosto ela desfez o laço do hobby, abrindo ainda mais devagar, mostrando o que ela estava vestindo. E deixe me dizer, ela estava sexy como o inferno. Minha boca estava seca, tudo que eu queria era tocar ela.

Ela vestia um espartilho branco que acentuava seus belos seios, a coisa grudava em sua pele, me fazendo salivar. Era transparente na barriga, e descia grudado na porra de uma cinta liga, aquele detalhe na coxa me tirou do sério, toquei com delicadeza, acariciando a coxa macia, ignorando de propósito sua boceta, sabia que apenas olhar me levaria a toma-la.

— Eu estava errado. Agora sim você está ainda mais esplêndida, mas devo avisar, isso é apenas para meus olhos amor. Eu sou muito ciumento quando se trata de você.

— Só pra você gatinho. – Ela ronronou se aproximando, pedindo mais do meu toque.

Me rendi a curiosidade e olhei seu centro, que malditamente estava praticamente desnudo. Aquele pedaço de pano não tampava nada. Era do mesmo material que cobria sua barriga, e tão transparente quanto. Eu podia ver tudo.

— Tão sexy amor. – Sussurrei passando a mão por cima do calcinha, sentindo seu calor me aquecer.

Ela ofegou. Puxei a pra sentar em meu colo, com uma perna de cada lado, e sua boceta tão perto do meu pau quanto podia, considerando que eu ainda estava vestido.

Tomei seu lábios com força. Minha língua se enroscou na dela, apertei sua bunda, que se encontrava nua pelo fio dental que ela vestia. Rosnei investindo meu sexo com o dela. O atrito do jeans com sua boceta a fez gemer.

— Mais...eu quero mais.

Enrolei minha mão em seu cabelo e puxei pra trás me dando acesso ao seu pescoço, enquanto Bella rebolava em meu colo. Desci os beijos pro seios empinado, puxei o direito de dentro do bojo, e mordi, deposi chupei.

Bella se esfregou mais fortemente contra mim.

— Foda-se. – Ela xingou brigando com os botões da camisa branca que eu vestia. –Foda-se. – Ela puxou arrancando alguns botões.

Me deixou impressionado e ainda mais louco de desejo. Eu amava quando ela se soltava, quando deixava o prazer e a vontade por mim tomar conta.

— Tão impaciente. – Brinquei movendo me contra ela.

Bella jogou a cabeça pra trás. Continuei chupando o bico rosado, desci a mão pra sua boceta, quente e molhada. Deus como ela estava molhada. Acariciei sei clitóris.

— Não brinca Edward! – Ela resmungou mandona.

Penetrei um dedo nela, que gemeu e afundou as unhas em mim. O tesão aumentou.

— Bella preciso entrar em você agora! – Eu malditamente não conseguiria esperar.

— Graças á Deus por isso!

Continuei masturbando ela, incapaz de parar. Bella tomou a frente e desabotoou meu jeans, tirando meu pau pra fora, ainda que com dificuldade, devido a posição que estávamos. Sua mão subiu e desceu lentamente pelo meu cumprimento.

— Ah caralho, tão bom. – Gemi alto.

Era extremamente sensual a cena que vivíamos, meu dedo dentro dela, ela batendo punheta pra mim, mas eu precisava fodê-la. Sentir seu calor me acolher, e me apertar.

Tirei meu dedo de dentro dela, que olhou fascinada enquanto guiava sua mão pem direção a boceta molhada.

Apenas a cabeça do meu pau entrou, mostrando o quanto seu calor era bom, apenas uma prévia do que era estar todo dentro dela.

— Tão bom! – Resmunguei querendo mais.

Eu devia saber melhor. Bella havia se tornado uma maldita provocadora, ela pegou meu dedo molhado por seu tesão e levou a boca, chupando forte ao mesmo tempo que rebolava na cabeça do meu pau.

— Porra Bella! – Investi contra ela como um louco, entrando por completo no meu templo de prazer.

Bella gritou gozando quando investi contra ela. Seus dentes cravaram no meu ombro enquanto ela rebolava em mim. Ia deixar uma marca, mas foda-se, era malditamente quente ser marcado por ela. Fora o prazer que eu senti com sua mordida.

Caralho eu ia gozar rápido. Massageei seu clitóris, segurando meu prazer, querendo ver ela se perder mais uma vez.

Seus gemidos ficaram mais altos, sua boceta apertou meu pau e ela se foi. Gozando pela segunda vez enquanto me cavalgava.

— Bellaaaa! – Gozei gritando seu nome, investindo contra ela mais algumas vezes.

Acariciei suas costas, enquanto nos recuperávamos do orgasmo intenso.

Passado alguns minuto sai de dentro dela, peguei Bella no colo e levei pro banheiro.

Despi a roupa sexy, amando que ela tivesse preparado aquilo pra mim, arrependido de ter apressado ela.

— Agora que te fodi vou te banhar e te amar, de novo e de novo, até acabar nossas forças. – Beijei Bella, mostrando tudo que sentia, todo o amor que muitas vezes não sabia como mostrar.

Eu realmente esperava que fosse um bom ano, cheio de amor, de tranquilidade e de nós dois juntos.

***

— Rose pelo amor de Deus, eu não sei o que comprar pra ela. – A risada da loira me fez bufar.

— Edward, o que você acha que ela gostaria de ganhar?

— Diabos Rose, eu não faço ideia! Ela tem tudo! – Rosalie riu mais uma vez durante a ligação.

Respirei fundo tentando pensar no que dar de presente pra Bella de dia dos namorados.

Rose riu mais uma vez, achando muito engraçada minha tentativa frustrada de surpreender Bella.

— Minha mãe quer falar com você. – E assim ela passou o telefone pra Esme.

Após a senhora Cullen falar eu estava animado.

— A senhora é minha heroína!

Ela riu alegre.

— Não por isso Edward. Faça nossa menina feliz.

Ela desligou e eu comecei empolgado a preparar tudo pro dia dos namorados com minha garota.

***

Esperei Bella sair da aula conforme combinado com Rosalie e Emmett. Estava frio, mas eu tinha me preparado pra isso.

Vi Bella saindo com Rose que acompanhou a amiga até onde eu estava. Desci do carro pra encontrar com elas.

Estendi a rosa que havia comprado pra Bella.

— Pra você gatinha! – Seu sorriso se iluminou, ela pegou a flor e deu um passo em minha direção.

Tive que recuar com meu coração na mão, um martelar doloroso ao ver a dor em seus olhos. Eu tinha que nos proteger. O que íamos fazer hoje já nos exporia demais.

— Tudo bem Edward. Obrigada. – Ela cheirou a flor, enquanto admirava ela.

— Vocês são tão fofos juntos! – Rose exclamou empolgada.

Vi que ela apontava o celular em nossa direção, provavelmente havia tirado uma foto. Foto que depois eu ia querer.

— Eu vou atrás do meu homem e do que ele preparou pra mim! Aproveitem o dia de vocês, não sejam presos e não façam nada que eu não faria! – Ri de Rosalie.

Esperava que Emmett tivesse feito algo bom pra ela.

Bella entrou no carro, e eu dirigi.

— Então, o que nós faremos hoje? – Ela estava tão curiosa.

— Primeiro vamos ali. – Falei enigmático.

— Idiota! – Ri dela e sua curiosidade.

— Calma gatinha. Você vai gostar.

Meia hora depois estacionei perto do Gabriel Richard Park¹, estava frio, então não tinha quase ninguém por ali. O que era bom pra nós.

Bella estava animada, seu sorriso estava tão lindo.

Desci do carro, peguei as coisas no porta malas, e nos guiei em direção a uma parte mais afastada, próxima da água.

Achando o lugar ideal, ao qual já havia averiguado antes, estendi a manta para sentarmos.

Ela olhava aos arredores respirando fundo. Aproveitando tanto o contato com a natureza, quando a liberdade de não haver ninguém por perto.

Abri a cesta que havia preparado, peguei os sanduíches e a garrafa térmica com chocolate quente.

— Ei gatinha, senta aqui comigo. – Chamei gesticulando pra perto de mim.

Ela veio sorrindo. Sentou no meio das minhas pernas e recostou seu corpo no meu. Joguei a outra manta sobre nossos corpos pra nos aquecer e apreciamos a presença um do outro.

Durante algum tempo foi tudo que fizemos, aproveitamos a presença um do outro.

Conversamos sobre lembranças antigas, as boas lembranças, sobre Renée, a escola, falei sobre Lizzie, algumas lembranças boas que tinha.

Falamos sobre a época que podíamos brincar juntos.

Evitamos as partes pesadas ou pensar no futuro. Rimos, comemos, tomamos chocolate quente.

No meu íntimo eu planejava uma vida exatamente assim, calma, tranquila, com nós dois e a paz que nos rondava.

Não houve interação sexual, mas aquelas horas naquele parque serviram pra estabelecer uma conexão e estabilidade entre nós como casal.

Uma calmaria bem vinda.

Aproveitei pra tirar fotos. Tirei dela recostada em mim, dela olhando pro horizonte enquanto eu a olhava, uma dela apreciando o pôr do sol, sozinha. Uma de nós dois sorrindo, outra fazendo careta.

Era bom sermos um casal normal por alguns instantes.

Começando a escurecer recolhi as coisas pra irmos pra casa.

— Queria eternizar esse momento para sempre.

— Ele está eternizado amor. Em nossas memórias. – Me aproximei dela, abracei por trás, beijei seu pescoço, e contemplamos o escurecer por algum tempo.

Era hora de ir. Já havia arriscado demais.

— Temos que ir Bella. Ainda temos algumas coisas pra hoje. – Ela virou surpresa.

— Mais? Não precisa de mais. Hoje já foi incrível. Mais do que eu podia pedir.

— Temos mais Senhorita, então por favor. Vamos pra casa.

***

Eu havia tomado banho primeiro que ela. Havia deixado sua roupa em cima da cama, e o bilhete dizendo pra ela me encontrar na sala.

Eu não podia levar ela pra um jantar num restaurante chique, então por ideia de Esme trouxe o restaurante até nós.

A comida já havia chego, eu havia colocado velas por toda a sala, assim como no quarto, e pétalas de rosas.

A comida estava na mesinha de centro, e eu esperava por ela.

Estava sentado no sofá quando ouvi a porta do quarto se abrir. Lá estava ela, em um baby doll de ceda azul claro, com o hobby por cima, eu vestia apenas a calça do meu, na cor azul escuro.

Queria que fosse romântico mas informal.

Bella vinha com um presente nas mãos.

— Uau, isso está incrível. – Ela elogiou.

— Desculpe não poder te levar pra jantar. – Me desculpei sentido por privá-la de coisas tão simples como isso.

— Não se desculpe. Eu amo ter você só pra mim. – Ri e me aproximei.

Beijei ela com paixão. Mas me refreei. Mais tarde eu saciaria minha fome. Agora era hora de cuidados.

— Vinho? – Perguntei indo pra cozinha.

— Claro.

Bella sentou no tapete da sala. Indo contra tudo, apesar de ter dinheiro, sempre ter sido rica, ela não se importava com isso, preferindo o chão ao sofá.

Levei as taças até a sala e me sentei com ela.

Ela tomou um gole. Suas bochechas coraram. Acariciei a bela cor em sua alva pele.

— Tão linda.

— Eu comprei algo pra você. Pra gente. Se não quiser usar eu entendo mas... – Ela falava de uma vez, sem parar pra respirar.

— Me mostra. – Pedi. Eu usaria tudo que ela me desse.

Ela tirou do pacote duas caixas de veludo.

Ela me entregou uma, havia uma corrente fina de ouro branco, com um pingente em forma de tigre, na parte de trás, havia um B. Discreto, e ainda assim nosso.

Na outra caixa havia uma pulseira, com o mesmo pingente de tigre, no verso, o E gravado.

Era lindo.

— Eu amei. – Falei beijando-a.

— Sei que não podemos usar alianças ou algo do tipo, mas queria que você tivesse algo que te fizesse lembrar de mim. E a corrente vai ficar escondida, então...

— Eu sempre vou lembrar de você Bella. Você está gravada em mim, na minha mente, no meu coração.

Tomei a em meus braços, amando-a sob a luz das velas, o jantar esquecido. O importante era estarmos juntos, unidos, entrelaçados.


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Notas finais do capítulo

Olá Pessoas! Nem demorei muito dessa vez ne!?
O que acharam desse capítulo. Eu achei ele bem fofinho. Mas amei.
Espero que tenham gostado também.
1- O Gabriel Richard Park realmente existe em Detroit, as informações dele foram tiradas da internet, então se tiver algum erro, desculpem-me.
Desculpem os erros de português, eu mesma que corrigi, e estava ansiosa pra postar como sempre.
Sobre a Hannah: Ela não é apaixonada pelo Edward, ela o ama, mas não dessa maneira. Ela não é um impedimento pro nosso casal 20. A tristeza e melancolia dela vem de outra circunstância.
No mais, acho que é isso!
Aguardo vocês nos comentários.
Até breve. Beijinhos
04.02.2019



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