Estive lembrando dos últimos meses, a guerra que foi até conseguir firmar um acordo para a compra da Reemid. Foi caro até demais! Depois que aquela Joana assumiu a empresa (não sei como), descambou tudo. Foi o momento em que consegui um preço não tão acima do valor. Enfim, agora a Reemid é uma subdivisão da V-Black, e a Joana é minha empregada.

A vontade do coração grita tanto que, se não fosse Deus me dando domínio próprio, eu teria colocado a Joana de faxineira. Mas a inteligência diz que ela é uma das melhores opções que tenho no momento. Poucos funcionários meus têm, pelo menos, metade da capacidade dela de liderar um setor. E muito menos ainda a capacidade da Ariana, mas já serve. Além disso, Joana tem o nome queimado, não vai conseguir outro emprego tão cedo. Ela aceita ficar como gerente da divisão Reemid, mesmo deixando transparecer a raiva nos olhos.

Joana aqui e Ariana na sede.

Outra coisa que acontece quando um negócio cresce é que fica difícil dirigir sozinho. Por isso estamos começando um conselho de diretores. Embora eu dê a palavra final, todos os seis diretores poderão ter iniciativas dentro da empresa. São pessoas de caráter, aparentemente confiáveis. Ainda assim fico com um pé atrás, pois nenhum deles tem a mesma fé que eu e a Ariana.

Mas fico tranquilo quanto a isso. Enquanto eu estiver à frente, não deixarei que façam nada contra Deus, nem mesmo mudar a forma de retirada da primeira décima parte da renda para algum meio automático, frio, longe do altar.

E, se um dia eu sair, creio que ficará alguém responsável com Deus na direção. Por exemplo, a Ariana. Ou um de nossos futuros filhos! Tá ligado!

Será que consigo falar com ela nesse domingo, quando nos encontrarmos no SDN? Eu posso! Deus é comigo! Vai arrebentar!