O Amor Continua :versão dos personagens escrita por Ester Ferreira Camargo


Capítulo 27
Capítulo 25: No outro dia: Quadragésimo sétimo dia - 16/10 - sexta. Parte 2




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 Chamo o Fred para sentar comigo no recreio. __Como sabia que eu iria ter problemas?

—_Aula da professora Maria. Claro que ela não deixaria, a menos que fosse um aluno rico.

—_Nem sei como te agradecer.

Sinto alguém nos observar, é a Daisy, está nos olhando com ciúme. __Daisy está olhando para a gente?

—_Ignora ela.

Daisy se levanta da sua mesa e se aproxima da gente. __Vocês dois estão juntos?

—_Não, __respondo.

 Eu poderia mentir como ela faz, por perceber que ainda gosta dele, está com ciúme.

—_Então o Pablo está certo. Eu disse para ele que vocês devem estar juntos. Ele não acredita nisso, me disse que como o Fred pode ter qualquer garota que ele quiser, porque iria querer alguém como você, que pode estar bonita agora, mas é falsa, traíra e entre outras coisas, que é melhor nem repetir.

—_Ele está enganado. Não estamos namorando, por ainda estamos nos conhecendo. Se fosse para escolher alguma garota, escolheria a Jac sem pensar. Garota como ela qualquer um escolheria sem pensar,__segura minha mão.

 Acha isso mesmo ou foi para incomoda-la? E será que é mentira ou verdade o que ela me disse?

Daisy sai irritada.

—_Será que é verdade? __pergunto triste.

—_Não sei.

—_Obrigada pela sua ajuda de novo. __Tive uma ideia. Não é certo mas vou fazer, ela merece. __Agora sei como te agradecer.

 O beijo. Só um encostar de lábios está bom. Não tenho coragem de lhe dar um beijo mais intenso. Não é o Pablo.

 Pov Kely

Eu e o Fernando entramos no refeitório com panfletos na mão. Não acredito no que estou vendo. Estou vendo certo. __Por que a Jac e o Fred estão se beijando?__pergunto.

Pablo passa do nosso lado, saindo do refeitório.

—_Por isso, __Fernando diz.

—_Vamos até lá.

—_Desculpa te beijar para dar ciúme na Daisy,__ouço ela se desculpar.

—_Era para dar ciúme na Daisy? __pergunto. Como assim? Daisy ainda gosta do Fred. Por que termi. Já sei a resposta.

—_Pensei que fosse para dar ciúme no Pablo, __Fernando diz.

—_Também achei que era por causa dele. Para dar o troco, __Fred diz.

—_Já é errado te beijar para dar ciúme na Daisy, por gostar de você, pior seria para dar o troco nele.

—_Viu o beijo?__Que pergunta burra a minha. Só pode estar falando do beijo na sala de aula.

—_Por isso entrei na sala atrasada.

Pablo entra no refeitório, em seguida da diretora, todos nos levantamos. __Quero ver vocês no final da aula, no auditório, para a votação, __nos informa e sai do refeitório.

 Pov Jac

 Antes de ir para o refeitório vou no banheiro, alguns segundos depois alguém entra. __E se não ganhar? __ouço Samanta perguntar. Deve ser para a Daisy.

—_Eu vou ganhar, tenho que ganhar. Não posso perder da Jac, aquela idiota.

 Tenho a ideia de gravar a conversa, enquanto ela fala. Provavelmente não sairá coisas boas  da sua boca. Mostrarei para o Pablo.

—_O que tem ela ser eleita? Não acho que você seja a pessoa adequada para ser a presidente do grêmio, no próximo ano. Só quer por capricho.

—_Se ela ganhar, vai ser a queridinha de todos aqueles bando de idiotas.

—_ Entendo querer ser a rainha do baile, mas ser obcecada e só querer ganhar para ser superior, não é certo.

—_ Nasci para mandar, estar acima de todos.

—_Tem alguém no banheiro, __escuto Samanta sussurrar.

 Ah não. Deve ter visto meus pés pelo espelho.

 Daisy abre a porta, me pega escondendo o celular na bolsa. __O que escondeu ai? __pergunta e arranca a bolsa da minha mão, abre o zíper, pega meu celular. __Gravou a conversa?

—_Não.

Daisy aperta o play: Ela ser eleita? Não acho que...

 Esqueci que na pressa não tirei do gravador.

—_Tenho que admitir que foi esperta. Que pena que, o que quer que seja, que está planejando, não irá conseguir.

—_Me dá o meu celular.

—_Acha mesmo que vou te entregar.

—_O que pretendia fazer com essa gravação? __Samanta pergunta.

—_Você é burra. Lógico que é para mostrar para todos.

 Isso é jeito de tratar uma amiga.

—_Iria mostrar somente para o Pablo, para descobrir a cobra que você é.

—_Ele sabe e está do meu lado.

 Não pode ser verdade. Não é. Não seja burra e acredite nela, igual ao Pablo.

—_Não acredito como que por uns instantes acreditei que ele te disse aquelas coisas sobre mim.

—_Se não quer acreditar o problema é seu, __sai do banheiro.

Samanta a segue. Ela a trata mal e ela continua sendo amiga dela. Eu não sabia que era assim com a Samanta. Imaginei que pelo menos com ela, era diferente.

Vou para o auditório. Falamos nossas propostas.  A diretora sobre no palco, depois que terminamos. __Quem já sabe em quem votar, pode ir até a urna e dar o seu voto.

Alguns alunos votam.

Eu e a Kelly fomos para minha casa depois que as aulas terminaram. Não dizemos nada no caminho. Estou pensativa. Não quero ser eleita e a Daisy não merece.

 Entramos na minha casa. De tanto pensar finalmente tive uma ideia. __Quem será que vai ganhar? __Kelly pergunta sentando no sofá.

—_Não sei. Penso que eu e a Daisy não somos as melhores pessoas a serem indicadas. Não quero ser eleita a rainha do baile, nem a presidente do grêmio. E com a Daisy, os únicos que serão beneficiados será ela.

—_Não pense sobre isso. Vai para o baile, quem ganhar ganhou.

—_Estou pensando em fazer algo, que acho que será o melhor. Se eu ganhar tomara que aceitem.

—_O quê? Fiquei curiosa.

—_Prefiro não contar.

—_Por quê quer fazer mistério?

—_Não quero. Como te falei, não sei se a diretoria aceitará.

—_Parece que quer.

—_Tenho algo para te contar. Quando eu estava no banheiro, ouvi alguém entrar, e a Samanta perguntar para a Daisy, o que faria se não ganhasse. Percebi que coisa boa não sairia da sua boca, então gravei a conversa. Só que fui pega, e ela levou meu celular.

—_O que pretendia fazer com a gravação? Não diga que iria mostrar para todos, que não é bom humilhar alguém, até mesmo ela. E além do mais estaria se igualando a ela.

—_Penso o mesmo. Nem por um momento passou isso pela minha cabeça. Só mostraria para o Pablo, para ele saber que ela é uma bruxa. Quem sabe pensaria e chegaria à  conclusão que não o enganei. E você me conhece, sabe que não tenho coragem de fazer isso. Só de imaginar todos escutando a gravação, a vergonha, o ódio direcionado a ela, sinto pena dela.

—_Se fizesse, entenderia. Eu não seria ninguém para criticar. Depois do que ela te fez, seria razoável. Vamos esquecer ela e nós preparar para o baile. Vamos reunir nossos amigos e amigas da escola para fazer compras, e manhã reunimos as meninas num salão de beleza.

—_Combinado.

Pov Samanta

 Chego da escola, e vou direto para a minha cama, pensar. A Daisy está errada. Da vontade de ajudar a Jac, ela não merece passar pelo o que está passando. Não sei se por a Daisy ser minha amiga, não interfiro nas suas ações, deixo ela prejudicar os outros, ou ignoro minha consciência, que diz para fazer o certo.

 __O que faço? Será que fico calada, ou faço o que minha mente diz para fazer? __me questiono. Quero ajudar a Jaqueline, mas não quero trair minha amiga.

 De tanto pensar, decido passar na casa da Daisy, sento no sofá, do seu lado. __Já apagou a gravação?

—_Ainda não. Estava vendo as coisas dela.

—_Por quê? Não deve ter nada de interessante.

—_E não tem, mas tenho que saber de tudo, sobre o meu inimigo.

—_Não está exagerando?

—_Não.

—_Você que sabe.

 Da vontade de fazer ela enxergar que o que está fazendo, é errado, mas infelizmente não dá, nunca me daria ouvido, por isso não falo nada, e por não ter coragem, mas tenho que ajudar minha amiga.


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