Estrelas em seus olhos- Kagehina one-shot escrita por Trice


Capítulo 1
Estrelas em seus olhos- capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei bem o que escrever em notas do autor, mas espero que todos gostem da one-shot e espero também que ela alcance o corações de vocês!
Peço desculpas adiantadas caso encontre algum erro de escrita, mesmo revisando eu posso ter deixado passar algum.
Boa leitura!

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Hinata não conseguia conter as lágrimas enquanto via o caixão de Kageyama ser descido até a superfície do fundo buraco, ele não queria acreditar que, seu companheiro estava realmente morto. Não queria acreditar que ele havia cometido suicídio e, nem que a noite anterior foi a última onde ele pode ver, o seu lindo sorriso.

O garoto queria entender o que o havia  levado aquilo, sabia que não tinha culpa mas, mesmo assim, sentia um forte pesar no peito que o corroía de dentro para fora. Hinata olhou ao seu redor e não demorou a notar que todos estavam como ele, ou até mesmo pior.

Mesmo que não fosse o momento ideal, as memórias da noite anterior ecoavam em sua mente.

 “ – Você já pensou em sumir, Hinata?- Kageyama perguntou encarando o horizonte.

— Que tipo de pergunta é essa, Kageyama?- O menor franziu as sobrancelhas.

Kageyama só balançou a cabeça e riu.

— Eu estou brincando.- Encarou o companheiro.- Claro que você não teria motivos para fugir, você leva uma boa vida.

— E você? Tem motivos para sumir?- Hinata perguntou confuso.

— Quem sabe.- Riu fraco e voltou a encarar o horizonte.

— Como assim?- Tombou a cabeça.- Tem algo acontecendo, Kageyama?

 - Eu estou brincando com você de novo.

Hinata bravo virou o torso do outro garoto, o obrigando a encará-lo.

— Seu apelido combina com você Bakayama.- Revirou os olhos.- Não me faça ficar preocupado a toa.

E então Kageyama riu, riu até que o ar faltasse em seus pulmões. Enquanto Hinata o admirava com uma feição boba, só de vê-lo rir sentia borboletas invadirem seu estômago. Não tinha mais dúvidas de que estava apaixonado.

— Desculpa, desculpa.- Falou enquanto limpava a pequena lágrima causada por tanto riso.

Hinata sentiu um calafrio percorrer o seu corpo, Kageyama se desculpando não era algo comum. O comum seria ele ficar bravo e tentar atingi-lo por chamá-lo de Bakayama. Ele sabia que algo estava errado e não fazia questão de esconder isso.

— O que foi, Hinata?- Kageyama o encarou preocupado.

Mesmo que não soubesse qual era o sentimento ruim que o assombrou, o baixinho não pensou mais naquilo depois de se perder na imensidão dos olhos de Kageyama.

— Não é nada.- Negou com a cabeça.- Foi só uma sensação ruim.

— Ah sim.- Suspirou e voltou para o que fazia, mas dessa vez, o alaranjado juntou-se a ele.

Ficaram em silêncio, mas diferentemente das últimas vezes em que estiveram a sós, aquele silêncio era algo bom, algo familiar e que aquecia o coração dos dois.

— Kageyama.- Falou baixo.

— O que foi?

— Alguma novidade das meninas que tiveram a coragem de se declarar para você?

— Ei!- Ele pareceu incomodado, mas no ponto de vista de Hinata ele ter zangado-se era um bom sinal.- Como assim elas tiveram coragem de se declarar? Eu sou um ótimo pretendente ouviu?

— Ta ta.- Concordou rindo.- Mas então, alguma novidade?

— Por que você quer saber disso?

— Vou aproveitar caso você rejeite uma delas, e tentar algo.

— Como se elas fossem quer algo com você.- O feitiço agora havia voltado-se contra o feiticeiro.

— Ei!

— Se você está tão interessado, vou lhe dizer que rejeitei as duas.

Hinata arregalou os olhos.

— O que? Por que?

— Eu estou interessado em outra pessoa.

— Oh certo.- O baixinho sentiu uma pontada no peito e uma grande vontade de chorar.- E por que, você não diz a essa pessoa?

— Quem dera fosse fácil assim.

— Oh, o grande rei está com medo de levar um fora de uma garota?

— N-Não é isso!- Virou rápido com as bochechas ruborizadas.- É normal as pessoas terem medo de não serem correspondidas.

— Eu ainda acho que você deveria dizer a essa pessoa como se sente.

— Eu já tentei mas ele é um cabeça de batata e ainda não conseguiu entender!

— Ora, vamos, ninguém pode ser tão burro assim.

— Pois saiba que você está chamando a si mesmo de burro, isso quer dizer que, concorda que realmente é um.

O coração dos dois pareceu que iria saltar de seus peitos a qualquer momento, a respiração ficou descontrolada e  Hinata não conseguia esconder sua surpresa.

— Você está falando sério? Não é nenhum tipo  de brincadeira de mal-gosto sua?

— Por que seria alguma brincadeira?- Franziu a sobrancelha, confuso.

— Não sei! Talvez algum garoto do time tenha te contado que eu gosto de você, provavelmente, para fazer uma brincadeira comigo!

Agora era Kageyama que não conseguia esconder a surpresa, os olhos estavam tão esbugalhados que, Hinata até pensou que saltariam para fora. Suas bochechas também haviam ficado mais vermelhas do que já estavam.

— Você realmente estava falando sério?

— Você realmente gosta de mim?

De súbito, os dois desviaram o olhar ao mesmo tempo totalmente envergonhados e, o silêncio que antes era acolhedor tornou-se uma tortura. Os dois estavam a lado a lado, os dois se gostavam ma,  não tinham sequer uma ideia de como reagir a partir daquele ponto.

— O que nós fazemos?- Kageyama quebrou o silêncio.

— Eu não sei, nunca cheguei nessa parte antes.- Admitiu baixo, cheio de constrangimento.

— Talvez nós devêssemos nos beijar?

— O que você acha?

— Eu não vejo problema nisso, e você?

— Eu também não.

— Então nós vamos fazer isso?

— Eu acho que sim.- Hinata.- Mas primeiro nós deveríamos nos encarar não é?

Se viraram para encarar um ao outro e acabaram ficando mais constrangidos do que antes.

— Você já beijou antes Kageyama?- O outro concordou com a cabeça

— Eu não tenho muita experiência então não posso te dizer que será bom.

— Não tem problema, só saberemos se tentarmos.

Enquanto quebravam a pequena distância que havia ali , sustentavam o olhar envergonhado do outro.  Estando agora bem próximos, Kageyama segurou o pequeno rosto de Hinata e levou sua boca ao encontro da dele.                                      

Ousou colocar a língua mesmo não sabendo se aquilo estava levando o rumo certo e, sentiu-se satisfeito quando o outro começou a corresponder. Ficaram mais alguns segundos assim, se beijando.

Quando separaram os rostos olharam-se mais uma vez, observando a luz da lua sendo refletida em Kageyama, Hinata, pode jurar que viu estrelas em seus olhos. E sem precisar de muitos esforços, admitiu que era  a “constelação” mais bonita que ele já havia visto.

Ainda abraçados os garotos continuaram trocando beijos e carícias enquanto riam, vez ou outra. Permaneceram nessa pelas próximas horas e só perceberam o quanto estava tarde, quando, os primeiros raios de sol surgiam.

— Minha mãe vai me matar.- Comentou Hinata preocupado, enquanto Kageyama riu.- Como você pode rir disso Bakayama?! Não é engraçado!

— Da próxima vez que me chamar assim de novo, eu vou te bater.

— Eu duvido.

— Eu sou um homem de palavra.

— Será que é mesmo?

— Por que ao  invés de continuarmos nessa com o risco de você ficar de castigo , eu não te levo até em casa?

— E você, não terá problemas?

— Não, minha mãe está viajando.

— Oh.. Que sorte a sua.

— Talvez.- Riu.

— Então, eu aceito o seu convite.

Foram de mãos dadas até a casa do mais baixo e pela primeira vez na vida, Hinata achou que havia chego em casa rápido demais. Não queria se despedir do amigo mesmo que fosse vê-lo no dia seguinte,  uma segunda-feira.

— Boa noite Hinata.-Kageyama depositou um beijo na cabeça dele.

— Boa noite.- Sorriu e ficou na ponta dos pés para tentar alcançar a boca de Kageyama, mas, nem chegou perto.

Kageyama percebeu e riu, então se inclinou apenas um pouco e deu um selar demorado no menor.  A contra gosto, precisaram se despedir e o de olhos azuis esperou que Hinata entrasse em casa, para depois seguir a caminho da sua.

Sem dúvidas, aquela havia sido a melhor noite de suas vidas.”

As memórias daquela manhã, também misturavam-se com as lembranças boas. Quando Sugawara e Daichi lhe acordaram e contaram sobre a morte do amigo, só faltou Hinata desabar no chão, embora quase tenha acontecido pelas suas pernas que tremeram fervorosamente.

Hinata de fato não estava feliz, mas se qualquer problema que assombrasse Kageyama houvesse ido embora após esse ato “egoísta”, ele decidiu que se esforçaria para não ficar triste e não deixar o levantador preocupado, onde quer que ele esteja agora.

Ergueu a cabeça ao céu, estava nublado, assim como o seu coração também deveria estar. Aos poucos os entes e amigos queridos se retiravam do local e, Hinata continuava ali. Nem mesmo depois do buraco ser coberto ele ficou contento em ir embora. Sentia que se fosse uma grande parte dele iria embora também.

Mais umas horas passaram e já começava a anoitecer, Hinata estava sentado ao lado do túmulo apoiado a lápide enquanto chorava.

— Bakayama eu espero que você esteja num lugar muito bom ouviu?.- Respirou fundo e depois riu sem humor algum.-Cadê você para cumprir a promessa de bater em mim quando te chamasse assim de novo?


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Notas finais do capítulo

Bem.. eu acho que é isso.
Muito obrigada a todos que leram! Espero que tenham gostado!



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