Reféns escrita por Ari Priscila


Capítulo 8
Epílogo (Capítulo Extra)




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751988/chapter/8

Meses Depois

"A policia local encontra novamente mais bandidos presos e com gravações da tentativa de assalto de entregas destinadas ao Louvre" a repórter diz enquanto aponta para o galpão atrás de si onde os policias levavam os últimos assaltantes em direção a viatura "a grande questão que fica é quem são os novos vigilantes da cidadeE eles são heróis ou ameaça"

A moça continuou a falar em direção a câmera enquanto os policias conversavam entre si do acontecido. Todos tão distraídos que sequer notaram as duas figuras saindo do telhado do galpão e pulando em direção ao terraço do prédio a frente. Ambas as figuras se distanciavam do local pelos telhados usando técnicas muito parecidas com o parkour e apenas quem prestasse muita atenção notaria que não era um simples casal. Mas sim um gato e uma joaninha.

Ladybug olhou em direção ao parceiro que estava um pouco mais a frente e sorriu levemente para o garoto vestido de gato que sequer notou por estar concentrado no caminho. Fora ela que tivera a ideia de transforma lo num gato preto apenas por causa da ironia de um gato e uma joaninha trabalharem juntos. Chegava a ser até engraçado. Sempre opostos. Ela inofensiva. Ele predador. A joaninha significava sorte. O gato preto azar. E mesmo assim ambos eram os melhores parceiros que Paris poderia conhecer.

Eles aterrissaram em um prédio de um bairro nobre e então desceram até um beco ao lado da mansão Agreste e caminharam em silêncio a uma janela de porão localizada perto do final do beco. O gato abriu o cadeado que fechava a janela a abriu a janela prendendo a em um gancho acima para mante lá aberta. Ele se afastou e estendeu a mão em direção a Ladybug. "Pronta My Lady? " o loiro perguntou fazendo Ladybug soltar uma risada.

"Com certeza Mon Chaton" ela murmurou, então Ladybug correu em direção a janela aberta e no momento certo, propositalmente, virou o pé fazendo o corpo "cair" e passar escorregando pela janela, aterrissando num colchonete. Ele fora colocado lá para quando eles ainda estavam por aprender o movimento, que não era fácil e que lhes custou vários arranhões. Ao pensar nisso Ladybug se lembrou de quando eles, há meses atrás, começado com aquilo.

Depois de tudo o que Marinette e Adrien haviam passado naquele assalto ela simplesmente não conseguirá aceitar que todo dia ao menos uma pessoa passava por algo do tipo. Marinette sentia que precisava intervir. Trazendo de volta seu alterego, onde a muito fora enterrado no passado onde ela precisava dele para suster a si e a sua mãe, ela passou a trabalhar como vigilante em Paris, dessa vez não por dinheiro mas para o bem das pessoas.

Na época ela Adrien haviam acabado de engatar namoro, pois haviam se dado um tempo para se conhecerem melhor. E durante algumas semanas Marinette até conseguiu esconder seu trabalho noturno (e as vezes até diurno) pelas ruas de Paris no entanto aquilo não durou muito. Eles discutiram feio quando Adrien descobrira seu segredo.

Ele não queria brigar, não queria discutir, no entanto seu medo de perde lá falava mais alto e ele tentou de tudo para convencê lá a parar. Não adiantou. Marinette era teimosa e mais do que tudo, boa. E uma vez que ele percebeu que ela não iria parar decidiu ajudar. Assim ao menos ele estaria por perto para protegê la. 
Assim nasceu o Chat Noir.

Ladybug levantou do colchonete ainda perdida em pensamentos enquanto soltava a fita de sua máscara que impedia que descobrissem sua verdadeira identidade. Ela bufou quando sentiu umas das fitas se enroscar no prendedor de seu cabelo e então o tirou também fazendo o cabelo negro azulado cair solto sobre seus ombros.

Marinette escutou Adrien fechar a janela do porão atrás de si, logo após entrar, e, enquanto ajeitava as mechas do cabelo, se virou para comentar algo, no entanto se calou quando notou que ele, ainda trajado como Chat Noir, vinha em sua direção com o rosto sério.

"Adri...?" o loiro a interrompeu puxando a para perto de si e selando seus lábios aos dela. Marinette levou as mãos a nuca do garoto enroscando os dedos ali aprofundando o beijo. Ela conseguia sentir a urgência do loiro que parecia se aplacar apenas agora, que ela estava ali em seus braço, e entendia bem o porquê.


No último mês eles havia se deparado com a Papillon, uma quadrilha em que tudo o que sabia era o seu nome. Mais nada fora descoberto sobre eles nem mesmo o objetivo deles. Com muito custo Adrien e Marinette descobriram que o nome de seu comandante, ou melhor, o codinome que ele usava, era Hawnk Moth e que na maioria das vezes que ele mandava um grupo atacar ou assaltar um local ele mandava sempre um homem (ou mulher) com um treinamento mais avançado e com artilharia mais pesada para que assegurasse que a "entrega" fosse completa. Esses eram os akumas.

Infelizmente aquela havia sido umas dessas vezes. Houve um momento que Ladybug acreditou que eles não iriam conseguir. Então como último recurso ela fingiu ter sido atingida de forma fatal para enganar os bandidos. No entanto ela havia feito aquilo tão bem que enganara até o próprio parceiro. E por um momento Adrien precisou encarar uma realidade sem a Marinette e a verdade era que ele não havia gostado nada daquela realidade.

Marinette se afastou lentamente de Adrien quando o ar fez falta mas ambos mantiveram as testa unidas não conseguindo quebrar o contato.

"Mari" ele a chamou fazendo a garota levantar os olhos para ele e quase perder o ar pela intensidade do olhar. Safiras nas esmeraldas, enquanto mil palavras e sensações eram transmitidas naquele olhar. "Por favor promete que não vai mais fazer isso?"

"Adrien e-eu..." naquele momento Marinette sentiu a garganta fechar ao notar o timbre de dor em sua voz. Ele havia escondido aquela dor dela até aquele momento e ela desejou jamais te lo feito passar por aquilo. Mas ela não podia prometer aquilo.

"Me desculpa Adrien eu não posso" sua voz saiu quase num sussurro enquanto algumas lágrimas pontilhavam seus olhos.

"Por que não?" ele perguntou inconformado apertando a mão da azulada que repousava sobre seu peitoral.

"As lutas vem se tornando cada vez mais difíceis e coisas como eu fiz hoje podem vir ser necessárias novamente. Mas olha" ela puxou o queixo do garoto, que havia desviado o olhar, atraindo o para si "eu to bem. Eu estou aqui. Com você. E no final, é só isso que realmente importa não é?"

Adrien concordou de leve com a cabeça ainda hesitante, ele não queria dar aquilo por encerrado, queria tentar convence lá novamente de parar com tudo aquilo, apenas para que ela parece de correr riscos. Mas aquilo só geraria uma discussão que ele não estava disposto a ter. Hoje não.

Adrien a puxou para um abraço que logo foi correspondido e Marinette, ao ver como o garoto ainda estava abalado, abriu os lábios uma vez para falar algo mas desistiu no segundo seguinte, enquanto três pequenas palavras, mas poderosas, se entalavam em sua garganta. Apesar de tudo ela ainda tinha medo de falar aquilo em voz alta. Ela só não sabia exatamente do que.

"Você vai dormir aqui hoje ou quer que eu te leve pra casa?" Adrien perguntou se afastando e tirando a garota de seus pensamentos. Ela sorriu pra ele enquanto um leve rubor tomava conta de seus rosto.

"M-meu tio viajou de novo. Você s-se importa se eu ficar a-aqui hoje?" ela gaguejou e Adrien soltou uma leve risada. Ela ficava tão fofa quando ficava sem graça. Ele concordou com a cabeça e a puxou para um abraço novamente enquanto beijava levemente a testa da garota.

—______________________________________

Adrien e Marinette subiram em silêncio as escadas do porão que dava a sala de estar da mansão Agreste. Lá não era o melhor lugar para servir de "covil" eles tinham de admitir mas era tudo que puderam conseguir por enquanto.

"Seus pais não vão achar ruim que eu passe a noite aqui? Quer dizer eles nem me viram chegar e..." Marinette sussurrou enquanto eles iam em direção ao quarto de Adrien.

"Relaxa Mari meu pais te amam. Não vai ter problema algum" ele sorriu e beijou as costas da mão da mestiça que corou novamente.

Quando eles chegaram ao quarto Adrien caminhou em direção ao sofá e se jogou lá enquanto Marinette caminhou em direção a janela para ligar para o tio. Fora uma conversa breve, uma vez que ele estava exausto do dia corrido. Quando a ligação chegou ao fim ela continuou a encarar a lua que brilhava iluminando a noite de Paris. Sem nem perceber seus pensamentos se encaminharam ao seus pais e ela sentiu o coração se apertar no peito ao se lembrar deles.

"Mari...?" ela ouviu a voz de Adrien. A chamando e se virou para o garoto sorrindo levemente. Ele não retribuiu o sorriso. Ao invés disso ela a encarou preocupado. "Esta tudo bem?" ele perguntou se aproximando. Marinette concordou com a cabeça.

"Claro, por que a pergu..."

"Você esta chorando" ele a interrompeu e ela levou a mão ao rosto chocada ao sentir as lagrimas molharem seus dedos.

"Desculpa e-eu..." ela começou enquanto secava o rosto com certa pressa.

"Hey" ela a interrompeu levemente colocando uma mão ao lado de seu rosto e secando algumas lágrimas com o polegar "o que houve?" ele perguntou calmamente e notou os olhos da garota se encherem de água novamente. Marinette abraçou Adrien com força enquanto escondia seu rosto no peitoral do garoto, as lágrimas escapando sem seu consentimento.

"E-eu estava pensando nos meus pais e... E me perguntando se eles teriam orgulho de mim hoje." a mestiça murmurou com a voz abafada pela camiseta do loiro. "Eu sinto falta deles Adrien. E-eu detesto acordar de manhã e me sentir sozinha ..." ela pareceu que iria continuar mas foi interrompida por um soluço que escapou por seus lábios e começou a chorar novamente.

Adrien afagou as mechas de cabelo dela na tentativa de acalma lá. Ele sabia que não podia fazer nada além de dar apoio. Jamais houvera perdido alguém daquela maneira mas sabia que devia ser uma dor insuportável. Os minutos correram e só quando Marinette pareceu se acalmar ele ousou falar algo.

"Olha Mari eu não sei se vale de algo mas... Apesar da maneira que você perdeu seus pais você não esta totalmente sozinha. Você tem seu tio, seus amigos. E mesmo que isso não pareça muito, você também tem a mim. Eu jamais irei te abandonar." ele prometeu e Marinette se afastou para encara lo nos olhos.

Um calor em seu peito, que ela havia aprendido a se acostumar nesses últimos meses, aqueceu o coração da garota levando toda mágoa consigo. Ela sabia o que era aquilo.

Adrien estava certo. Ela não estava sozinha. Por algum motivo ela sabia que mesmo apesar de tudo ele ainda estaria ali.

"Eu te amo Adrien" ela sussurrou hesitante para o garoto e procurou sentir o gosto daquelas palavras em sua boca. Era uma sensação ótima.

Adrien não podia estar mais feliz pela declaração da garota e antes que pudesse se controlar puxou a garota para um beijo apaixonado. Ele a soltou levemente para encarar aquele belo par de safiras que a garota carregava no olhos.

"Marinette você é a melhor pessoa que um dia eu poderia conhecer. E não há palavras que descrevam o que eu estou sentindo neste exato momento" ele notou os olhos da garota brilharem e seu sorriso se ampliou ainda mais "Eu também te amo Mari" ele murmurou antes de voltar a beija lá. Beijos aqueles que não acabariam tão cedo.

***********************************


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente então é isso. Nossa história finalmente chegou ao final e eu quero agradecer de todo o coração a você que leu até aqui.


A opinião de vocês conta muito então se quiserem comentem e digam o que acharam, cada opinião conta. Boa ou ruim.

Agora de todos eu preciso destacar 4 pessoas que foram de grande importância pra essa história ter chego até aqui.

*Aninha, que só faltou me esganar toda vez que eu demorei a postar um capítulo.

*Janah, que me aguentou por todo esse tempo e ainda assim não desistiu da fic.

*GigiLarissa , que mesmo longe nunca deixou de me apoiar e que é tão viciada em Miraculous quanto eu.

*Jheny, a primeira pessoa a escutar sobre essa fic quando ela não passava de uma ideia e ainda assim me incentivou como ninguém.

Sem vocês eu não teria conseguido chegar até aqui e talvez eu ainda estivesse nos primeiros capítulos. Então eu agradeço de todo o coração.

Beijos para TODOS vocês e espero vê los na minha próxima fic.