The Reason escrita por Andy


Capítulo 1
Capítulo Único – Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Enquanto Chicago Med insiste em afundar o nosso querido casal Rheese, eu irei continuar escrevendo one fofa deles.

Espero que tenham uma ótima leitura!



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“Dra. Reese.” Nina chamou. “A paciente da sala nove acabou de acordar, fiz alguns exames e ela parece estável.”

“Obrigada por avisar, Nina.”

Sarah não perdeu tempo algum, deixou os relatórios em cima da sua mesa e foi até a sala da paciente. Com a ausência do Dr. Charles, todos os seus dias naquele hospital estavam sendo completamente desgastantes. Ela era a única profissional no departamento de psiquiatria no plantão daquela sexta, além disso, ajudava em outras emergências, principalmente de traumas.

“Dra. Reese!”

“Olá! Como você está Lilly?” Sarah se aproximou e olhou firmemente nos olhos da garotinha, e sem dizer uma palavra sequer, a auscultou, aferiu sua pressão arterial e retirou a sua caderneta do bolso do jaleco.  

“Ela dormiu como um anjo, Dra. Reese.” contou a mãe.

“Parece que alguém vai para casa hoje.” disse anotando em sua caderneta.

“Mamãe” disse, numa voz tão baixinha que parecia sussurro. “Mamãe”

“O que foi, querida?” respondeu Cora, segurando o rosto da filha, olhando-a de perto.

“Eu vou poder continuar as minhas aulas de balé?” murmurou, se encolhendo mais ainda. “Vou mamãe?”

“Infelizmente não, Lilly.” Sarah olhou a garotinha de seis anos e depois olhou à senhora Davison que estava ao seu lado. “Lilly passou por um trauma e tudo o que recomendamos é que ela fique em repouso por um bom tempo. O essencial seria até a próxima consulta.”

Lilly encolheu os ombros. “Puxa vida!”

“Isso não quer dizer que não irá retornar, Lilly.” Sarah deu um leve sorriso. “Isso é temporário, você vai poder voltar para as suas aulas de balé.”

“Promete?” a menina esticou o seu dedo mindinho.

Sarah esticou o seu, cruzando junto ao dela. “Prometo.”

O dia passou rápido, para a felicidade de Sarah. Eram nove horas da noite quando decidiu ir ao Starbucks mais próximo do hospital. Como de costume sentou-se à mesa de sempre, a qual proporcionava uma visão ampla da rua através da enorme janela ao seu lado. Quando a garçonete chegou, pediu o prato de sempre: Chá preto e torradas com creme de tofu e rúcula, seu predileto, e colocou os livros em cima da mesa.

Sarah estava já no segundo livro de pesquisa quando a garçonete chegou com o seu pedido, seu plantão começava às onzes, ou seja, ainda haveria tempo o suficiente para desvendar o mistério da paciente Lilly. Ela tomou um gole de chá, comeu duas torradas consecutivamente e depois se atreveu a olhar a janela mais uma vez. Ela observou um homem arrumado saindo de um carro preto e conforme ele se aproximava, Sarah abria levemente a sua boca, surpresa, fechando o livro que estava em suas mãos. Connor?

Ela demorou um pouco para organizar os seus pensamentos, mas quando o observou subindo as escadas e se aproximando, os olhos deles, finalmente, se encontraram.

“Connor, o que está fazendo aqui?” Sarah tentou não parecer tão surpresa. “Como me encontrou aqui?”

“Eu vi o seu carro lá fora e, como você disse que costumava vim aqui antes do plantão, gostaria de conferir se realmente era verdade.”

“Você é bem insistente.”

“Um pouco.” Ele riu de si mesmo. “Posso sentar com você?”

“Oh, hã, claro!” Ela fechou o livro e se esforçou para encarar os olhos azuis dele. Sabia exatamente do que ele queria conversar, há mais ou menos três dias, eles haviam marcado de sair para outro concerto de jazz, seria a quinta vez que eles sairiam juntos, sozinhos, mas Sarah teve que substituir Dr. Charles e estava sendo impossível ter uma vida social naquele hospital.

“Referente à terça...”

“Isso! Queria pedir desculpas por terça.” Colocou os dois cotovelos sobre a mesa, cruzou os dedos e encostou a mão na boca, olhando fixamente para o nada. “Não sei se soube, estava de plantão terça, ontem e hoje...” Ela sorriu, quase que brincando com a sua falta de tempo. Poderia ter ao menos avisado, não? “Estou substituindo o Dr. Charles, então, hã, não tive tempo de...”

“Sem problemas, você não me deve satisfações. Apenas fiquei preocupado, pensei que estava”. Eles finalmente se encararam. “Pensei que estava fugindo, ou, não sei.”

Sarah esboçou um sorriso e cruzou os seus braços, arqueando uma das sobrancelhas. “Fugindo?”

“Isso.” disse sem rodeios.

“Acho que já me conheceu o bastante para perceber que não sou muito de fugir.” sussurrou com um sorriso. “E também, eu amo jazz, se eu não pude ir é porque algo realmente aconteceu, sim?”

Ele deu um sorriso de canto. O sorriso que Sarah descobriu o quanto a deixava desajustada toda vez que via. Alguém poderia proibi-lo de fazer isso com ela.

“Deveria ter avisado que não ia, me desculpa.” disse em voz baixa. Sarah virou o rosto, distraída, e depois voltou a olhá-lo.

Connor pigarreou.

“Posso saber o que tanto pesquisa?” Ele olhou os livros em cima da mesa, ao lado de Sarah. Havia uns seis abertos?

“Estou com uma paciente de seis anos.” Sarah abriu algumas fichas e entregou para Connor. “Eu e o Dr. Charles já estávamos observando-a a um tempo, porém, o estado dela está bem avançado.”

Ele ficou em silêncio por um tempo. Virou uma folha e mais outra, até que colocou uma das suas mãos em seu queixo, completamente pensativo. Sarah tomou um gole do seu chá.

“Humm...” Connor murmurou ainda lendo as fichas. “Qual é o histórico da paciente Lilly Davison?”

“A mãe relatou que ela estava em um ensaio na escola quando começou a ter uma crise de asma.” disse calmamente. “Ela foi diagnosticada com pneumonia, acho que isso seria um dos motivos dessa crise. Sua asma foi classificada 3º grau.”

“Algum histórico de desmaios ou tonturas?”

“Sim...” Sarah olhou Connor atentamente. “Sra. Davison disse que quase todos os dias.”

“Já fizeram ecocardiograma ou eletrocardiograma?”

“Não... Que dizer, acredito que o Dr. Shane não estava suspeitando de alguma doença cardíaca, mas, hã...” fez uma pausa, pensativa. “Está suspeitando de algo?”

“Preciso conferir a Lilly e também conversar com a Sra. Davison, estou suspeitando que seja cardiopatia.”

“Oh!” disse suavemente, erguendo uma sobrancelha. “Faz sentido os sintomas, porém devo verificar com o Dr. Shane primeiro.”

“Não soube?” Connor falou baixo. “Dr. Shane teve que se ausentar hoje, sua mãe faleceu em um acidente.”

“Meu Deus, que horror!” disse fitando Connor, completamente chocada com a notícia. Sarah estava lembrando as conversas que teve com Dr. Shane hoje referente à esperança e confiança. “Acho que não estava no hospital quando avisaram.”

“Realmente, é uma fatalidade triste.” disse cabisbaixo. “Estava em casa quando Maggie me telefonou e contou o ocorrido, como também, pediu para substituí-lo nesse plantão.”

“Substituí-lo? Ah, tudo bem.” Sarah tomou o último gole do seu chá e comeu as últimas torradas. “Então vamos visitar a paciente?”

“Seu plantão é as onze?”

“Sim.” respondeu distraída, organizando os livros.

“São exatamente...” Connor fez uma pausa e conferiu seu relógio. “Nove e meia.”

“Sério?” Ela o encarou e percebeu que ele estava sorrindo, novamente mostrando aquele sorriso de canto.

Connor sacudiu a cabeça com veemência. Ele encostou-se na cadeira, cruzou os braços e esperou que ela começasse.

“Só para constar, não estou fugindo.” disse de imediato, guardando os seus livros na bolsa.

“É mesmo?” retrucou, sarcasticamente. “Não é o que parece.”

“Eu apenas...” Sarah olhou Connor firmemente. Dessa vez ele percebeu que o que ela falasse agora, seria algo sério. “Eu apenas estou preocupada com a paciente. Tão pequena e ao mesmo tempo frágil, ela é uma excelente bailarina, segundo a sua mãe, apesar de todas as dificuldades que enfrentou, ela conseguiu realizar o sonho da filha. A menina está bastante triste, pois não quer parar de fazer balé e eu meio que acabei prometendo que não deixaria que isso acontecesse.”

“Você prometeu?” Connor descruzou os braços. “Sarah, você conhece as regras, não podemos...”

“Eu sei” disse interrompendo-o. Ela não precisava ouvir novamente que não podemos prometer algo ao paciente sem saber realmente qual o seu diagnóstico e a solução para ele, caso se houvesse uma. “Mas é que, hã, não sei... Algo me chamou atenção nela. É uma doce menina acompanhada de uma mãe viúva, uma mãe completamente disposta para fazer tudo pela filha.”

Connor começou a observar Sarah, ele podia ver o quanto ela estava ligada a paciente. Depois de alguns segundos, levantou-se da cadeira. “Vamos.”

Eles chegaram ao mesmo tempo no hospital, ambos em seus carros. Quando entraram, eles se arrumaram e juntos foram até o quarto da paciente. Perceberam que elas conversavam e que a menina reclamava de algo. Lilly falava algo como, por exemplo: Não mamãe, eu quero ir, eu quero apresentar.

Connor pigarreou e deu dois toques na porta de vidro. Quando eles entraram, percebeu que ambas o olhou, surpresas.

“Olá, Lilly! Eu sou o Dr. Rhodes e serei o responsável por você agora.”

Lilly não disse nada, apenas sorriu, olhando-o atentamente. Seus olhos brilhavam.

“O que houve com o Dr. Shane?” perguntou Cora, preocupada.

“Ele teve um problema pessoal.” Sarah olhou a mulher firmemente. “Dr. Rhodes é o médico que está de plantão, é um excelente médico.”

Sarah estava sorrindo, perdida em seu mundo, mas depois percebeu que Connor não tirava os seus olhos dela. Ela se recompôs.

“Eu gostei de você.” Lilly quebrou o silêncio, fazendo Connor retornar os seus olhares para a garotinha. “Você é bonito, muito bonito.”

“Lilly!” repreendeu Cora. “Isso são modos?”

“Não tem problemas.” Connor arqueou uma das sobrancelhas e encarou Sarah. Ela percebeu que ele ficou corado com o elogio. Lembrou-se da noite em que saíram, Sarah descobriu o quanto um elogio o deixava sem graça após ter dito que ele era um homem muito atraente. “Agradeço pelo elogio, Lilly. Soube que é uma excelente bailarina.”

“Sou sim, é a minha dança predileta!” contou empolgada. “Minha primeira aula foi quando eu tinha três anos de idade, o meu professor falou para a minha mãe que eu nasci para o balé.”

Lilly moveu os lábios, mas nada saiu deles. Parecia incomodada com algo.

“O que foi Lilly?” Connor perguntou. “Está sentindo algo? Alguma dor?”

“Não... Hum...” murmurou cabisbaixa. “É que eu estava ensaiando para o meu primeiro solo do clássico Mágico de Oz e minha mãe disse que talvez eu não irei apresentar.” 

Connor fitou a garotinha, era notório o quanto ela estava desapontada.

Mágico de Oz?” Connor perguntou, com o objetivo de distrair a menina e começou a examiná-la.

“Sim!” Lilly exclamou. “Fizeram uma seleção entre as meninas da minha turma, e me escolheram para representar a Dorothy criança. Mas... Acho... Que não apresentarei.”

“Não posso prometer que estará disposta para a sua apresentação, Lilly, mas, podemos prometer que faremos o nosso melhor para isso acontecer.” Connor observou o lindo sorriso da garotinha, fazendo-o contribuir o seu sorriso. Ele olhou ao seu redor e percebeu que Sarah já havia saído da sala e se aproximou da enfermeira que estava na porta.

“Nina, preciso de uma radiografia de tórax e uma tomografia cardíaca na paciente da sala nove.”

Nina assentiu. “Certo.”

“Quatros horas da manhã.” Sarah falou para si mesma, aliviada. Estava acabando um relatório de um antigo paciente de doze anos chamado John, diagnosticado com autismo. Estava feliz como uma criança pequena recebendo um doce pela evolução do paciente, como também, feliz por algo naquele dia exaustivo ter dado certo.

Seu plantão já estava chegando ao fim. Ela não via a hora de chegar em casa e hibernar a vida toda. Droga! Não, plantão novamente na segunda e na quarta, hibernar era quase que impossível para ela. Estava em seu armário vestindo o casaco quando Connor surpreendentemente chegou até ela.

“Você sumiu a noite toda, estava lhe procurando há mais ou menos quatros horas.”

“O dia não foi nada fácil.” explicou pensativa. “Por acaso, lembra-se do John?”

Connor estreitou os olhos e balançou a cabeça. “O paciente que você comenta em todos os nossos encontros?”

Sarah sorriu.

“Claro que sei.” Connor se encostou no armário e a encarou. “Ele está bem?”

“Ele está ótimo! Quer dizer, a cada consulta estou vendo uma evolução nesse garoto.” Ela deu um lindo sorriso e franziu a desta. “Ele me convidou para uma orquestra. Como já tinha dito, ele toca violoncelo em um grupo e até agora, segundo a mãe dele, não teve problemas no aprendizado.” Sarah olhou para ele sorrindo. “Por acaso, aceita me acompanhar na orquestra? Será sábado, felizmente não estarei de plantão.”

“Sarah Reese me convidando para uma orquestra?” disse num tom irônico. “Isso é um milagre ou você está doente?”

Sarah revirou os olhos e sinalizou para que ele respondesse.

“Será um prazer acompanha-la nessa orquestra, Dra. Reese.”

“Obrigada.”

Eles estavam se encarando quando foram interrompidos por uma mensagem no celular de Connor. Sarah percebeu que sua expressão, de repente, ficou séria, ele com certeza havia se incomodado com algo que leu.

“Quer falar alguma coisa?”

“Referente à paciente Lilly.”

“O que tem ela?” seus olhos se arregalaram. Sarah não se conformava por ter se esquecido de perguntar sobre a Lilly.

“Primeiro, descobrimos que a paciente realmente estava com cardiopatia, por meio de alterações nas paredes entre os átrios e ventrículos. Descobrimos furos que estavam provocando a mistura de CO2 e O2. Com isso, observamos fluxos de sangue no sentindo inverso.”

“Deus!” Sarah resmungou, olhando ao seu redor. “Ela ficará bem?”

“E segundo,” Connor fez uma pausa e a encarou. “Eu e o Dr. Latham fizemos uma cirurgia de emergência na Lilly, ela ficará bem.”

Sarah, inesperadamente, o abraçou e apertou-o fortemente, agradecendo suas palavras, e principalmente por ter salvado a vida da garotinha que tanto chamou a sua atenção. Connor retribuiu o seu abraço e começou a sentir o seu cheiro delicioso, a sua respiração incontrolável. Em alguns segundos, ele percebeu que Sarah congelou e o soltou lentamente.

As palavras saíram antes que ela pudesse impedir. “Foi por impulso.”

“Certeza?” disse sério, se aproximando.

Ela ergueu os olhos, surpresa, quando seus rostos se aproximaram, depois de alguns segundos, ela olhou ao seu redor. Ninguém podia imaginar o quanto estava desconfortada naquele momento, ela podia sentir a respiração dele, como também, percebia que ele não tirava os olhos dela.

“Eu apenas gostaria de saber se sente a mesma coisa que sinto por você, Sarah.”

Ela amava quando o ouvia pronunciar o seu nome, daquele forma lenta, doce, que só ele sabia falar.

“Eu...” Ela sussurrou, sem graça, porém Connor sorriu e, gentilmente, virou o seu rosto fazendo com que seus lábios quase se tocassem.

Ele aproveitou que ela estava com o rosto perto do dele e que todos a seu ver tinham saído do plantão, para finalmente demostrar o quanto ela havia mexido com ele dês da primeira noite no concerto de jazz. Sarah aproximou-se dele um pouco mais, quase podia lhe sentir os lábios, porém, quando se deram conta de que algo estava acontecendo entre eles, foram interrompidos por alguém tossindo.

“Esqueci o meu casaco.” disse Choi, desconfiado. Era notório pela sua expressão que sabia que algo estava rolando entre os dois há algumas semanas.

“Sem problemas,” Reese distanciou de Connor com um sorriso de constrangimento e pegou a bolsa que estava no chão. Como assim a bolsa estava no chão? “Eu e o Dr. Rhodes já terminamos.”

“Já terminamos?” Connor perguntou confuso, o que fez Choi soltar uma gargalhada quando viu Sarah o repreendendo.

Sarah arqueou a sobrancelha ao ver Connor tentar segurar um riso. Ela retornou o olhar para Choi. “Eu vou indo, até amanhã.”

Connor ficou completamente confuso quando viu Sarah sair daquela sala, só assim teve a certeza de que ela não havia gostando nem um pouco da brincadeira deles. Desapontado, vestiu o seu casaco e percebeu que Choi não parava de encará-lo.

“O quê?” quis saber o porquê do riso.

“Vocês iam se beijar, não iam?” perguntou Choi, com um sorriso. Ele estava procurando algo em seu armário.

Ele deu um suspiro, um sinal de sua frustração. “Você não podia pegar o casaco em outra hora?”

“Perdão, cara. Se soubesse juro que não teria aparecido aqui.” Choi vestiu o seu casaco, deu duas tapinhas nas costas de Connor e saiu da sala.

Automaticamente, Connor saiu da sala e foi até o seu carro. Não sabia ao certo o que faria naquele momento: Ir até o seu apartamento e tentar dormir, ou, ir até o apartamento da Sarah e implorá-la para dizer algo para ele. A verdade é que ele estava exausto demais para raciocinar. Connor olhou ao seu redor e acionou o controle do carro, abrindo-o.

“Finalmente você apareceu.” disse Sarah, surpreendentemente, ressurgindo entre os carros no estacionamento. A voz que Connor mais desejava ouvir nesse momento.

“Pensei que já tivesse ido.” Connor manteve seus olhares nela.

“Eu queria falar com a Lilly antes de ir.” engoliu em seco. “Ver como ela estava.”

“Entendo.” seu tom foi seco.

Connor assentiu com a cabeça e virou-se para o carro, ficando de costas para ela.

“Bom, vou indo... Até amanhã!” também se virou e começou a dar pequenos passos até o seu carro, porém ela percebeu que ele resmungou algo, o que a vez retornar o seu olhar para ele. Connor virou para ela.

“Sarah, estou esperando por sua resposta.”

Ela fitou-o profundamente em seus olhos, e soube que estivera falando a verdade durante todo o momento. Era notório o quanto ele a desejava, com também, o quanto estava perdido de amores por ela. Sarah se aproximou.

“O que você quer ouvir de mim?” Ela lhe perguntou.

“A verdade, talvez?”

Ela parou de andar quando chegou perto do carro e eles ficaram de frente um para o outro. Seus olhos castanhos brilhavam quando ela olhou para seu rosto, seus lábios ligeiramente separados. Ele amava especialmente seu olhar curioso que de alguma forma parecia travesso ao mesmo tempo. Agora seus olhos procuravam os dele, ela olhou para o rosto dele, demorou-se na boca e voltou para seus olhos azuis.

“A verdade...” Ela falou. “A verdade é... que você chamou a minha atenção desde o instante que eu o vi no Blue Chicago.”

Seu coração parou. Por mais que tivesse uma esperança, não estava preparado para ouvir isso dela. Ele se aproximou. Ela continuava:

“Como também, a verdade é que tudo isso é muito complicado para mim, é quase inacreditável que isso está acontecendo.”

Ele passou a mão no rosto dela, as pontas dos dedos tocando sua bochecha e a palma da mão segurando seu queixo, onde ele sempre achou que sua mão se moldava perfeitamente. Ela se inclinou em sua mão e manteve os olhos abertos, olhando para ele.

“Sarah Reese, alguém precisa lhe falar todos os dias o quanto você é linda.” Ele sussurrou a fazendo sorrir.

“Sério?” perguntou revirando os olhos, diferente de Connor que ficava incomodado, ela odiava elogios.

Connor se inclinou até ela e, finalmente, trouxe seus lábios para junto dos dele. Apenas um toque no início, depois eles se demoraram como se tivessem dizendo: Olá!, novamente, depois de tanto tempo.

Foi um beijo demorado, delicioso e ansiado. Ele queria se perder no momento. Ela queria parar o relógio. Os braços dela deslizaram para seus ombros, o seu pescoço. Não podiam mais lutar contra o que sentiam. Estavam apaixonados e era recíproco. Tudo o que ambos desejavam personalizado um no outro. E agora tinham certeza disso.

“Acho... que... devemos... parar.” riu, sentindo cócegas com a barba dele em seu pescoço. Cada beijo que ele dava ali era um tormento que ela sentia. Ninguém podia imaginar que Sarah algum dia desejaria Connor tão intensamente.

“Por quê?” perguntou, voltando aos lábios dela.

“Estamos.” Ela fez uma pausa quando o sentiu apertá-la desesperadamente. Ela tentou respirar. “Estamos em um estacionamento, alguém pode aparecer a qualquer momento.”

Quando Connor caiu em si que ela não estava mais correspondendo seus beijos, ele a soltou lentamente. “Tem razão, mas podemos continuar em outro lugar, não?”

“Não. Não agora.” Ela sorriu. “Preciso comer algo, não sei você, estou morta de fome.”

“Eu também estou com fome, muita fome na verdade.” disse Connor sarcasticamente, olhando Sarah dos pês a cabeça.

“Deus! Você é sempre assim?” disse cruzando os braços, e novamente Connor mostrou um sorriso de canto. “Bom...” tentou mudar o assunto. “Posso preparar uma comida vegana, o que acha?”

“Está me chamando para o seu apartamento, Sarah Reese?” sua ironia a tirava incrivelmente do sério, porém ela amava essa sensação.

“Por que você sempre leva as coisas para o sentido oposto, Dr. Rhodes? Qual é a razão disso?”

“A razão é você.” Ele deu um passo, deixando-os perto demais e Sarah descansou os antebraços sobre seus ombros, inclinando a cabeça para poder encará-lo.

“É mesmo?”

“Você é a culpada de tudo isso que estou sentindo.”

Connor apertou sua cintura e a beijou novamente, só que dessa vez parecia um beijo interminável. Ambos estavam se divertindo com esse momento tão esperado, não queriam nem tão cedo que esse dia acabasse, pois para eles, o dia apenas estava começando. Connor parou o beijo e pegou em uma de suas mãos, ele sorriu quando ela o encarou.

“Então vamos?” perguntou, caminhando até o seu carro. Estava bobamente feliz com o que tinha acabado de acontecer, assim como ele.

“Claro.” aumentou seu tom de voz, certificando-se se ela houvera o resto: “Só para lembrá-la, eu quero a minha comida vegana.” entrou no carro.

“Tudo bem!” Sarah riu, e ambos entraram em seus carros. Mal podiam esperar pela incrível manhã que teriam.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom, e se quiserem mais, é só falar (:
Bjs!



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