HOW FAR DOES THE DARK GO? escrita por SlendernaticaBR


Capítulo 14
Capítulo 14 - Vozes




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Após aquele momento, colocamos nossas roupas e voltamos para nossa longa caminhada. Em muitos momentos, pensei ter ouvido vozes. Mas não tinha nada além de nós naquela floresta. Jeff parecia muito concentrado no caminho que percorríamos, não quis atrapalhar seu raciocínio.
   Após três horas de longa caminhada, chegamos em um local um pouco mais aberto e claro. minha visão insistia em dizer que havia algo lá, que eu não conseguia ver ou simplesmente ignorava. Pensei ter ouvido alguém gritar meu nome, próximo a mim, olhei para Jeff, mas ele permanecia do mesmo jeito.
   - Para onde estamos indo? - perguntei.
   - O mais longe possível daquela cidade. Sei que não é acostumada a andar tanto e que não pode dormir sempre no chão da floresta. Então acho melhor ficarmos em alguma casa por um tempo.
   - Estamos no meio da floresta, onde haveria casas aqui?
   - Olhe de novo! - ele disse apontando para algo atrás de mim.
   Olhei na direção em que apontou, com muita atenção, não muito longe, havia uma casa. Era uma casa pequena, me pergunto como eu não tinha notado antes. Talvez fosse isso que minha mente tentava ignorar.
   - Eu estive aqui por um tempo, quando acordei. - Jeff disse enquanto nos aproximávamos da porta.
   A casa era maior do que pensava. O que me surpreendeu. Olhei ao redor, observando cada detalhe, desde as cores vivas da parede, até a forma em que cada móvel estava posicionado. Soltei a mochila em uma das poltronas ali e me virei para Jeff. Ele parecia um pouco pensativo.
   - Quanto tempo ficaremos aqui?
   - O tempo que for necessário! - ele disse todo sério.
   Senti algo como... Sabe quando você está fazendo algo e, do nada, você se sente calma, aliviada e flutuando nas nuvens? Como em um sonho! Eu me sentia assim naquele momento. As vozes voltaram para minha mente.
   Desviei minha atenção de Jeff, para um espelho próximo à janela. Ele refletia perfeitamente cada detalhe da sala. Observei meu reflexo, que pareceu estar me encarando de volta.
   - Rebeca? - Jeff chamou minha atenção.
   - Sim?
   - Está tudo bem?
   - Sim sim! Eu só pensei ter visto... - fui parando minha fala e acenei a cabeça em negação. - Nada. Deixa quieto.
    Os minutos e os segundos pareciam passar lentamente. Fiquei cada vez mais impaciente. Não tinha muito o quê fazer ali dentro. Andava de um lado para o outro, até que Jeff me para bruscamente.
   - Quer parar com isso?!
   - Desculpe... Não tenho muito o quê fazer aqui. - parei por um segundo, dei meia volta e andei até um corredor - Vou tomar um banho e trocar de roupa.
   - Tudo bem, vou sair e volto pela noite.
   - Espera! - chamei sua atenção - vai me deixar sozinha, no meio da floresta, com um ser sem face procurando por mim?
   - Vou! - ele disse indiferente. - é rápido, volto em 4 horas, no máximo.
   - Tudo bem, mas se acontecer algo comigo, eu volto pra te culpar.
   - Não vai acontecer nada.
   Concordei e continuei meu caminho até o banheiro. Tomei uma ducha rápida e depois relaxei na banheira. Que me surpreendi por ter uma banheira lá. Fechei os olhos e me concentrei em pensamentos.
   Fui afundando aos poucos, me perdendo em pensamentos, o tempo parecia estar passando lentamente. Fico pensando se Karem já chegou em casa e encontrou meu bilhete. Sei que ela me procuraria. Não queria preocupar Jeff com isso, mas logo teríamos a polícia me procurando.
   - Não pode fugir para sempre, logo eles te encontrarão! - essa voz soou em meus ouvidos, mas como era possível? Eu estava completamente submersa.
   Abri os olhos, ainda submersa, senti uma grande queimação pela parte interna do meu corpo. Soltei um grito, tentando sair de baixo d'água. Mas não conseguia sair de jeito nenhum. Até que senti duas mãos me puxarem para cima.
   Recuperei todo o ar de meus pumões para, enfim, soltar um grito e esvaziá-lo novamente. O barulho de vidro caindo no chão fez com que minha visão focasse no espelho que foi quebrado. Apenas um pedaço ficou no lugar e pude ver meu reflexo. Por alguns segundos achei ter visto algumas mechas brancas em meu cabelo e uma grande cicatriz em meu pescoço.
   Jeff me segurou firme em seus braços, enquanto eu ofegava muito. Minha cabeça parecia querer explodir de dor. A queimação estava parando aos poucos. Abracei Jeff, me aconchegando em seus braços, até me confortar.
   - O que aconteceu? - perguntei.
   - Eu sai e quando voltei, você não estava na sala, nem nos outros cômodos. Entrei no banheiro e ouvi as bolhas na banheira. Olhei e você estava gritando.
   - Não conseguia subir, estava me afogando... - ficamos em silêncio por dois minutos, passei um pouco da água em meu rosto, até notar que ainda estava sem minhas roupas.
   Em um movimento rápido, peguei na mão de Jeff, o assustando. Ele me olhou confuso.
   - Jeff, pode pegar uma toalha pra mim? - eu falei da forma mais envergonhada possível. Ele riu de mim, enquanto eu tentava cobrir minhas partes.
   Ele abriu a porta e sumiu pelo corredor. Segundos depois ele voltou com uma toalha azul. Me entregou e encostou seu corpo entre a parede e a pia.
   - Obrigada. - agradeci. Ele continuou me observando. Me senti um pouco incomodada - poderia se virar?
   Ele riu e, surpreendentemente, ele fez o que eu pedi. Sai da banheira e puxei a tampa do ralo. Enrolei a toalha em meu corpo, me aproximei de Jeff e o dei um abraço por trás.
   - Tudo bem? - ele perguntou, se virando para mim.
   - Tudo sim! - o soltei e olhei seu rosto, a cicatriz estava bem aberta. Me pergunto se ele abre toda vez que começa a cicatrizar. - obrigada por salvar minha vida... Novamente!
   Ele posicionou suas mãos em minha cintura. Aproximei nossos rostos, até o momento em que nossas respirações se fundiram em uma só, se selando em um beijo longo e profundo. Aquele momento parecia uma eternidade, que eu não queria que acabasse. Nos separamos pela falta de ar.
Música: Bruno Mars - Gorilla
   Olhei para baixo, soltando uma risadinha envergonhada. Abri a porta do banheiro, indo até a sala pegar minha bolsa com minhas roupas. Assim que peguei, ia voltando pro banheiro, quando Jeff pegou minha bolsa e jogou longe, me prensou na parede e começou a me beijar. Eu cedi ao desejo.
   O beijo foi se aprofundando cada vez mais. Ele me pegou no colo e foi me levando para um quarto no fim do corredor, ainda me beijando. Ainda em seu colo, me  surpreendi ao sentir sua grande ereção.
   Jeff me soltou e eu pude sentir minhas costas baterem contra a cama macia. Ele me olhou por uns 5 segundos, no fundo dos meus olhos, tirou seu moletom branco e o jogou longe, fez o mesmo com sua camisa, deixando novamente seu corpo exposto para mim.
   Senti um cala frio no momento em que Jeff começou a beijar meu pescoço, era uma sensação incrível e única. Meu corpo saciava por mais a cada milésimo de segundo.
   Ele desenrolou a toalha do meu corpo, me deixando completamente exposta. Deslizou suas mãos, desde meu pescoço até entre minhas pernas, o que me fez soltar um gemido abafado. Suas mãos brincavam em minha vagina, fazendo movimentos circulares.
   Estava ótimo, mas ele parou. O mesmo riu da minha expressão facial que, obviamente, pedia para que ele continuasse. Minutos atrás eu estava me afogando em uma banheira, agora estou fazendo sexo com um assassino completamente insano que poderia me matar a qualquer segundo.
   Se têm algum sentido nisso? Nenhum!
   - Posso parar se quiser! - avisou enquanto se posicionava, mais na ponta da cama. Neguei com a cabeça, fazendo disso um sinal verde para que continuasse.
   Com suas mãos, ele abriu minhas pernas, de uma forma que fosse boa para ambos na próxima ação. Então, ele posicionou sua boca bem próxima ao meu clitóris. Começou passando sua língua e dando rápidos "selinhos". Ficou nisso por um tempinho, até começar a realmente morder e dar grandes e excitantes chupões.
   Era impossível conter os gemidos. Pensei que chegaria ao meu ápice, mas ele parou. Se levantou e tirou sua calça, tinha até me esquecido que ele estava usando. Sem sua calça, era mais fácil ver sua ereção.
   No momento que ele ficou por cima de mim, tentei usar minhas mãos para tirar suas boxers vermelhas. Foi ai que pude ver seu mebro saltar para fora, completamente duro e com as veias saltadas.
   Com pouco esforço, troquei de posição com ele, ficando por cima. Fixei nossos olhares, enquanto o masturbava com a mão direita e me sustentava com a esquerda. Ele brincava com meus seios, dando leves chupadas, as vezes ele até mordia.
   Pressenti que ele estava chegando ao seu ápice, então parei. Tirei suas mão de meus peitos e fui me abaixando, sem desfixar nossos olhares. Comecei a usar  boca ao invés das mãos. Jeff me pegou pelos cabelos, acelerando a velocidade, para o rítimo que mais o agradava. Segundos depois, ele acabou por gozar em minha boca.
   Parei o que estava fazendo, voltei para cima, completamente ofegante. Com uma força que não sei explicar, ele se levantou e me jogou na cama novamente. O vi abriri a gaveta da mesinha ao lado da cama e tirar de lá uma camisinha. Após colocar, se posicionou entre minhas pernas e me penetrou por completo e de uma única vez.
   Confesso que senti uma pequena dor. Pensei que doeria mais. Ele entrava e saía, lentamente. O único som que se ouvia, era a cama batendo contra a parede e nossos gemidos, cada vez que ele aumentava a velocidade.
   Senti um certo alívio e relaxamento completo.
   Ele saiu de cima de mim, deitando ao meu lado. Não tive tempo de comentar algo sobre o ocorrido, virei para o lado e dormi tranquilamente.
   Meus sonhos estavam desfocados, cada segundo eu via alguma coisa diferente, como Flashes de memórias que nunca aconteceram. A única coisa que minha mente focou, foi em uma árvore. Uma grande árvore. Eu me aproximáva dela, como se estivesse me escondendo de algo ou alguém.
   Uma mão agarrou meu pulso, me assustando e me fazendo acordar.
   Acordei meio zonza, fiquei parada refletindo sobre meu sonho. Percebi estar coberta por um lençol. Virei para o outro lado, Jeff ainda estava dormindo. Sempre me perguntei como ele dormia, já que não tem pálpebras. Aproximei meu rosto do seu, obtendo a resposta. Uma máscara, ele dorme usando uma máscara.
   Levantei da cama, tentando não acordar Jeff. Peguei a toalha e fui até o banheiro tomar um banho rápido no chuveiro. Assim que saí, coloquei minha calça, camiseta e botas. Arrumei os cabelos e fui direto para cozinha, preparar algo.
   Abri a geladeira, não tinha muita coisa, tive que improvisar algo. Acabei fritando um pouco de bacon e ovos. Sentei na bancada e comecei a comer. A bancada ficava de frente para a janela, que tinha uma vista para uma área mais aberta da floresta.
   O vento soprava as folhas das árvores, os pássaros cantavam e assim se formava a sinfônia da natureza, que agradava aos meus ouvidos.
   Barulhos de passos se formaram, olhei para o corredor que dava acesso aos quartos. Jeff apareceu com os cabelos bagunçados e apenas com sua calça.
   - Bom dia! - falei o observando.
   - Bom dia! Fez ovos e bacon?
   - Sim, servido?
   - Claro! - ele disse se sentando na minha frente. - Onde conseguiu o bacon e os ovos?
   - Estavam na geladeira. - falei indiferente.
   Terminei de comer, lavei a louça e sentei no sofá enquanto Jeff terminava sua refeição. Não sabia se falava sobre ontem, ou inventava qualquer outro assunto, aquele silêncio chegava a ser constrangedor.
   - Quer falar sobre ontem,, não é? - ele disse rindo, como se tivesse lido minha mente. Mas senti um pouco de constrangimento em sua voz.
   - É estranho se dizer isso...
   - Foi sua primeira vez, não é?
   - Sim - falei meio sem graça.
   - Muito experiente para ser sua primeira vez! - brincou e eu não pude deixar de rir.
   O momento foi cortado pelo momento em que a janela na minha frente se abriu sozinha. Uma brisa forte começou, até que vi algo entrar. Era uma foto, que pousou sobre o chão. Levantei em direção a tal. Peguei ela e a observei por um tempinho. Olhei pela janela e não havia ninguém do lado de fora.
   Na foto havia dois garotos e uma garota de costas. Um dos garotos era loiro e com olhos verdes, enquanto o outro tinha os cabelos escuros e os olhos azuis. Não sei se era loucura minha, mas o segundo garoto me fazia lembrar bastante de Jeff.
   - Jeff? - o mesmo se virou para mim, respondendo ao meu chamado. - isso é seu?
   Entreguei a foto em suas mãos. Ele pareceu espantado com tal foto. Nem mesmo ele sabia como aquela foto tinha aparecido ali.
   - Onde conseguiu isso? - ele se levantou e veio em minha direção tão rápido, que me assustei.
   - Apareceu na janela, agora a pouco. - confessei - quem são essas pessoas?
   Ele respirou fundo, fitou a foto com mais atenção e respondeu minha pergunta com algo que eu nem imaginava.
   - Esse sou eu e meu irmão, antes do acidente.
   Continua...


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