HOW FAR DOES THE DARK GO? escrita por SlendernaticaBR


Capítulo 12
Capítulo 12 - Como se fosse a primeira vez




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751897/chapter/12

— Não quer mesmo ir com a gente até o cinema? Lançou um filme de terror novo, aposto que você vai gostar! - era a quinta vez no dia que Leah tentava me convencer a ir com ela no cinema hoje.
Apesar de estar louca para ver esse filme têm um tempinho, queria ficar sozinha por essa noite. Tinha muitos deveres para por em dia. Além de fazer muito tempo que não fico sozinha em casa, sem ter que me preocupar com algo.
Levantei do banco de pedra, pegando minha bolsa e meu novo caderno de desenho. Ri da cara tediosa de Leah, que esperava por minha resposta, mesmo sabendo que eu diria não.
— Vou passar essa. Não estou muito afim de sair hoje!
— Você disse isso nos últimos meses! Mas dessa vez não vai funcionar.
— Então, você realmente acha que eu vou?
— Eu tenho certeza! - falou toda convencida - te vejo de noite. Agora vou para casa com o Mike.
— Tomem cuidado e não fale com estranhos por ai!
— Claro mamãe. - ela riu, indo embora.
Coloquei meus fones e comecei a caminhar até uma sorveteria que tinha ali por perto. Foi um dos lugares que mais frequentei nos últimos tempos. Fiquei amiga de um dos funcionários, seu nome era Jesse.
— Rebeca! - ele me recebeu de braços abertos, com um grande sorriso no rosto. - achei que não viria para cá hoje.
— Mudança de planos e eu queria muito um sorvete com calda quente que só você sabe fazer! - rimos.
— Seu pedido está anotado. Daqui a pouco eu volto com seu sorvete, fique a vontade!
Assenti com a cabeça e fui em direção ao banheiro, precisava lavar meu rosto, estava todo suado por causa do calor. Passei a água corrente em meu rosto e olhei no espelho. Olhei mais fixamente o colar em meu pescoço, engolindo em seco.
Como prometido, eu nunca o tirei, mas nunca mais pensei sobre o assunto de tempos atrás. Foi meio que uma forma de superar tal ocorrido. Eu era estranhamente apegada a Jeff e ele tentou me matar muitas vezes.
Não poderia continuar pensando nisso!
Sequei meu rosto e saí do banheiro, sentei na bancada próxima a televisão que passava um Reality Show qualquer. Não conseguia prestar atenção, por mais que quisesse. Algo me chamava atenção, só não sabia o que era.
— Aqui está!
— Obrigada, Jesse!
— Como têm sido as coisas na sua casa? - ele começou a puxar assunto.
— Minha mãe recebeu outra ligação sobre o julgamento do meu tio e terá que comparecer ao tribunal. As respostas das faculdades ainda não chegaram. E acho que só isso.
— Acho que nunca perguntei, mas por quê seu tio matou seu pai?
— Nem mesmo eu sei, mas foi um dos piores dias para Karen!
— Imagino! Lembro quando eu perdi meu irmão mais velho, ele foi acampar com os amigos e foi encontrado morto dias depois.
— Sinto muito.
— Tudo bem, isso já tem 4 anos.
Continuamos conversando por um tempo, até que chegou o momento de ir embora, eestava ficando tarde. Nos despedimos e voltei a caminhar pelas ruas até minha casa.
Assim que cheguei, minha mãe esperava no sofá com uma cara de quem tinha chorado por horas.
— Tudo bem, mãe?
— Ligaram para falar do caso... Ele confessou o motivo de ter matado seu pai.
— E qual foi o motivo? - nesse momento, todo meu estômago estava revirado.
— Você.
— O quê?
— Ele disse que sabe o quê e quem você é! E que você forçou ele a fazer aquilo.
— Não acredita nisso né?
— Claro que não, Rebeca!
Minha respiração começou a acelerar, as coisas começaram a escurecer. Senti meu corpo bater contra a parede e ir deslizando até o chão. Ouvi os gritos de Karem. Logo depois disso entrei em um sono profundo.
Acordei em uma cama de hospital. Tinha uma enfermeira ao meu lado, reajustando o soro e alguns dos fios conectados ao meu corpo. Levantei abruptamente, removendo tudo que estava grudado em mim.
Abri a porta e corri por todo o corredor. Havia alguns médicos e seguranças atrás de mim, mas não queria parar. Até o momento em que  alguém me segura pelo braço. Era minha mãe e ela estava tão nervosa quanto eu.
— Filha, calma, está tudo bem! Eles não vão te machucar.
— Por quê estou aqui?
— Você desmaiou em casa e não queria acordar!
— Quanto tempo fiquei desacordada?
— Dois dias.
Olhei para ela sem acreditar. Fiquei desacordada por dois dias. Como isso aconteceu?
— Te trouxe para o hospital o mais rápido possível.
Concordei com a cabeça. Estava cansada de mais e assustada de mais para discutir sobre isso. Tentei me lembrar a última coisa que vi ou senti. Mas não conseguia.
— Vai ficar tudo bem. O Médico irá te examinar uma última vez e poderemos ir para casa.
Apenas concordei com ela. Ficamos lá fazendo os milhares de exames e como os resultados não saíam hoje, voltamos para casa.
Assim que chegamos em casa, me senti um pouco mais... Segura?
De qualquer forma, larguei meu casaco ao lado da porta e me sentei no sofá junto com minha mãe.
— Precisamos conversar. - ela disse em um tom sério.
— Sobre o quê?
— Você esteve estranha nos últimos meses. Aconteceu algo?
Estive evitando tal assunto comigo mesma nos últimos tempos. Foi doloroso de mais perder Jeff, mais doloroso ainda foi ter que enterrá-lo naquela noite. minha mente ficou confusa por dias. Não é todo dia que enterramos alguém no meio da noite.
— Você brigou com alguém? Alguém te machucou?
— Não, Mãe! É só um amigo da escola - menti.
— Por quê nunca me falou dele?
— Não tinha necessidade, ele se foi tem um tempo... E talvez, nunca mais volte.
— Gostava muito dele?
— Éramos bem próximos - ri - mas está tudo bem agora.
Levantei do sofá, encerrando a conversa. Fui até meu quarto, onde encontrei Frost deistado em cima da cama. Troquei de roupa, sentei na escrivaninha, que agora ficava perto da janela r comecei a fazer alguns deveres de casa para me distrair.
Vários pensamentos aleatórios passaram por minha mente, até que eles fixaram em Jeff. Larguei o lápis na mesa e encostei minhas costas na cadeira, observando o lado de fora. O céu estava em um dos crepúsculos mais maravilhosos que já vi.
As árvores pareciam dançar com o vento. Os pássaros cantavam e era a cena mais linda que presenciei.
Eu estava completamente paralisada. Fechei os olhos, respirei fundo e pensei naquela noite. Pensar que ele arriscou a vida por mim, sendo que eu não era nada para ele, além de outra vítima.
Mas pensar naquelas duas vezes em que nos beijamos...
— Não! - gritei batendo na mesa e me levantando.
 Iria começar a surtar novamente, depois de meses tentando superar. Não podia enlouquecer novamente.
O dia foi muito cansativo, precisava dormir.
Quando acordei no outro dia, estava mais do que atrasada para escola. Levantei correndo para me arrumar. Tomei o café da manhã mais rápido da minha vida e saí correndo. Estava tão apressada que esbarrei em muitas pessoas no meu caminho.
— Me desculpa! - gritei pela milésima vez para a pessoa com quem esbarrei.
— Não foi nada. - ouvi como resposta.
Pensei conhecer a voz, mas quando me virei para ver o rosto de tal pessoa, não se parecia com ninguém que eu conhecesse.
Cheguei na escola e, por sorte, o meu professor estava mais atrasado do que eu. Sentei em meu lugar e fiquei conversando com Leah.
O professor chegou, iniciando sua aula. Tudo parecia muito estranho, desde que acordei pela manhã. Não sei explicar como, mas estava.
Senti uma grande tontura, pensei que fosse vomitar, até que levantei e pedi permissão para sair da sala. Corri para o banheiro, levantei a tampa do vaso e coloquei tudo para fora. Me sentia muito fraca, além de estar soando frio e vomitando.
Dei descarga e tentei me levantar, minhas pernas falharam um pouco no começo. Fui até a secretaria e pedi para que fosse embora, pois estava passando mal. Eles ligaram para minha mãe e me deram a autorização necessária.
Voltei até a sala e arrumei minhas coisas. Leah ficava me perguntando o quê estava acontecendo, ignorei e fui saindo da sala. Quando tive uma visão. Era meio estranho de se pensar. Era uma enorme mansão, no meio da floresta. Não fazia nenhum sentido pra mim.
Quando recuperei os sentidos, não estava mais na escola. Me belisquei algumas vezes, para ter certeza de que não estava imaginando ainda. Eu estava no meio do caminho já e não me lembro de ter saído da escola.
Dei mais um passo e tive outra visão, dessa vez eu estava em casa, no meu quarto, sentada de frente para janela. Meu colar brilhava intensamente, mas eu não parecia estar incomodada com isso. Levantei a mão direita e, de repente, a porta e as janelas se abrem com força, alguém entra pela porta e eu acordo.
Dessa vez, acordei em frente a minha casa. Estava delirando, precisava dormir. Entrei em casa e fui logo tomar um banho.
Minutos depois, ouvi a porta da frente sendo aberta. Desliguei o chuveiro e coloquei minha roupa. Sai do banheiro e senti uma brisa fria, alguma coisa estava diferente...
— Mãe? - gritei.
— Rebeca, pode descer aqui? - ela respondeu do andar de baixo. Ouvi algumas vozes diferentes, mas não reconhecia elas direito.
— Estou indo!
Terminei de secar meu cabelo e desci as escadas, passei pela cozinha primeiro e peguei um pouco de suco.
— O quê aconteceu? - perguntei entrando na sala.
— Terei que viajar, recebi uma proposta de emprego e tenho que verificar.
— E com viajar, você quis dizer...
— Se importa em ficar sozinha por uns dias?
— Claro que não! Pode ir tranquila, qualquer coisa, fico com a Leah.
— Tem certeza?
— Vou fazer 17 anos, tenho total certeza de que consigo me virar sozinha.
— Tudo bem! - ela aceitou meu argumento. - vou embora pela manhã, já comprei a passagem. 
Tivemos uma longa noite, assistindo televisão, conversando e comendo pizza. Minhas palpebras começaram a pesar, indicando que o sono estava vindo. Me despedi de minha mãe pois, quando acordasse, ela já teria ido embora.
Deitei em minha cama, desliquei a luz do abajur e tentei dormir um pouco.
Quando acordei, fiz minha rotina diária e me apressei para ir pra escola. O dia estava agradável. O sol, os pássaros cantando, tudo para uma manhã perfeita.
Estava quase na metade do caminho, quando pensei ouvir alguém me chamar. O vento soprou meu rosto, olhei em todas as direções, mas não havia ninguém.
Alguém me puxou pelo braço, me assustei de imediato. Não conhecia aquelas pessoas e eles me olhavam como se... Não sei a melhor maneira de explicar, mas eles me seguravam muito forte.
— Quem são vocês? - perguntei, tentando me soltar.
— Nós sabemos o que você é e quem você é! Precisa vir com a gente!
Algo aconteceu, uma força invisível nos empurrou para longe uns dos outros. Aproveitei a oportunidade para correr.
...
1, 2, 3, 4... Os números se repetiam em minha mente. Estava totalmente inquieta, tentava encontrar um sentido na contagem, tentava encontra o sentido para aquelas pessoas de hoje mais cedo. Tentava achar um sentido para tudo.
— Rebeca, está tudo bem? - o professor se aproximou, notando minha palidez.
— Está sim! - falei assentindo com a cabeça. Ele pareceu não acreditar em mim, mas ignorei isso.
Leah tinha faltado na escola hoje, mais tarde mandarei mensagem perguntando de seu sumiço. Era muito raro ela faltar na escola.
O restante das aulas foram tranquilas. Nada de diferente dos outros dias. As aulas prosseguiram, as pessoas se distraiam, tudo parecia bom... Bom até de mais.
Enquanto voltava para casa, vários carros da policia passavam por mim. Parei abruptamente, meu corpo todo estremeceu, logo à frente estava a casa de Leah e todos os policiais estavam indo para lá.
Meu coração começou a acelerar, temendo o pior. Corri em direção à casa, que estava envolta pela fita da policia de "Não ultrapasse". Tentei ver o que estava acontecendo, mas haviam muitas pessoas.
1, 2, 3, 4... Cada vez mais acelerado. Passei pelos policiais e entrei na casa. Nenhum sinal dela ou de seus pais. Fui até o corredor, onde ficavam os quartos, minha respiração parou por alguns segundos ao ver um corpo todo ensanguentado no chão.
— Ai meu deus! - falei colocando a mão na boca, tentando evitar um possível grito e contendo as lágrimas.
Aquela era a mãe de Leah, morta e estirada no chão. Segui em frente e olhei para o quarto de Leah. A visão era horrível, até mesmo as paredes estavam cobertas de sangue. O corpo de Leah estava encostado no canto da parede. Havia duas crateras vazias, onde tinham que estar seus olhos, o estômago foi perfurado e havia marcas em seus braços.
Me aproximei, sem conseguir as lágrimas, minha melhor amiga foi assassinada brutalmente. E eu sabia quem era o assassino.
Então, como um grande baque, as lembranças daquela noite vieram em minha mente. Não pude deixar de gritar, coisa que não consegui fazer nos últimos meses. Como Slender tinha me sequestrado, como Jeff veio me defender, como ele morreu fazendo isso e como tive que enterrar seu corpo no meio da noite, em baixo de toda aquela chuva que se misturava com as lágrimas em meu rosto. 
Gritei a plenos pulmões, não segurei o choro, aquilo... Tudo aquilo era de mais para minha mente.
Logo os policiais chegaram no quarto, me levando para área exterior. Eles me faziam milhares de perguntas, mas eu não conseguia responder nenhuma delas. Levantei a cabeça e comecei a andar, sem nenhum rumo. Um deles tentou me parar, mas eu só queria prosseguir.
No dia seguinte, eles apareceram em minha porta, dizendo que levaram os corpos para autópsia e que alguns familiares fariam o enterro assim que liberassem os corpos. Apenas concordei e fechei a porta.
Precisava respirar um pouco. Fui caminhando até a sorveteria. Onde me encontrei com Jesse.
— Rebeca? Aqui tão cedo? - ele notou minha expressão de tristeza - O que aconteceu?
— Ele matou a Leah! - falei desabandoo em lágrimas e o abraçando - Leah foi assassinada!
— Eu sinto muito! - ele me abraçou de volta e me levou até a bancada. - fica aqui, vou fazer algo para te acalmar um pouco.
 Horas mais tarde, voltei para casa e liguei para minha mãe, não queria deixar ela preocupada, então não disse nada sobre o ocorrido. Fiz o máximo para parecer estar bem, creio eu que ela acreditou em mim.
Estava muito cansada, então tomei um banho e fui deitar. Tive alguns sonhos meio estranhos.
Em um deles, havia uma casa que me chamava bastante atenção. Pessoas corriam desesperadas, outras gritavam e algumas simplesmente não sabiam o que fazer. Entrei dentro de tal casa. Tudo me parecia tão famíliar, até mesmo as pessoas me pareciam familiares.
Me aproximei da cozinha, lá havia uma escada com acesso ao segundo andar. De frente para tal escada havia um corpo estirado no chão. A curiosidade falava cada vez mais alto.
— Ai meu deus! - coloquei a mão na boca, tentei abafar o grito.
Eu era a pessoa estirada no chão, sangrando e com os olhos sem vida!
Acordei em um grande pulo. Eram nove horas da manhã quando acordei. Tinha perdido o horário de aula. Levantei e fui tomar meu café da manhã.
Passei o resto do dia arrumando a casa, para manter minha mente ocupada. Quando anoiteceu, fui levar o lixo para fora quando caiu um temporal. Já ia entrando dentro de casa quando Frost sai correndo pela rua.
Gritei por ele, mas o mesmo tinha saído de minhas vistas. Corri na mesma direção que ele, já esava completamente molhada, sem enxergar por causa da forte chuva.
Uma grande sensação de Dejá vú estava presente, até o momento em que me vi no mesmo local, procurando por Frost. Como se fosse a primeira vez... Só que, ao invés de neve, estava chovendo. E ao invés de Frost estar escondido entre os arbustos, tinha alguém com ele.
Minha respiração parou, tudo parecia estar em câmera lenta, até mesmo a chuva. A mesma cena, como se fosse o mesmo dia...
Ele parado, me observando, a faca em sua mão, o sangue escorrendo, mas não havia aquele olhar maníaco em seu rosto.
— Como isso é possível? - falei para mim mesma antes da chuva, assim consegui vê-lo mais claramente.
— Me escuta! - ele me segurou pelos ombros, olhando fundo em meus olhos, me fazendo estremecer por completo.
Havia me esquecendo o quão arrepianta era observar aquele rosto. Não conseguia conter os tremores e ele notava isso.
— Aqui fora é um local perigoso, precisamos voltar para sua casa, agora! - ele enfatizou a última palavra.
Concordei com a cabeça, chamei por Frost e ele nos seguiu até em casa. Estava nervosa de mais, olhando para todos os lados. Torcia para que aquilo fosse uma simples alucinação, ou até mesmo que não fosse. Já é um choque ver alguém morrer na sua frente, mas ver essa pessoa em pé na sua frente após um ano e alguns meses, é mil vezes pior.
Abri a porta de casa, dei espaço para que ele entrasse, mas não o vi. Tranquei a porta e subi as escadas, ele estava em meu quarto, de frente para janela.
— Pensei que sua mãe estaria em casa.
— Ela viajou, está fora por um tempo... Como isso é possível?! - gritei, assustando ele.
— Temos que ser cautelosos! - ele disse tapando minha boca. - Slender pode me rastrear a qualquer segundo e vir atrás de nós.
— Como sobreviveu?
— Eu não sobrevivi, eu realmente morri naquele dia, mas algo ou alguém me trouxe de volta. - ele segurou meu rosto com suas mãos, me fazendo encará-lo. - Eu sou real!
— Ai meu deus! - foi por instinto, que o abracei, estava muito feliz por vê-lo depois de tanto tempo. - quando você acordou ou sei lá?
— Uns 2 meses depois do ocorrido, acordei todo sujo de terra, no meio da floresta e
— Espera, você acordou do lado de cima?
— Como assim?
— Jeff - respirei fundo antes de prosseguir - eu enterrei você na noite em que morreu.
— Por quê fez isso?
— Deve ser porque você morreu!
Andei de um lado para o outro, tentando entender tudo. Jeff estava vivo, então Slender logo saberia e viria atrás dele e consequentemente, atrás de mim. O quê eu devo fazer?
— Não pude voltar pois sabia que ele estaria aqui, mas soube do assassinato de sua amiga e como estava por perto, decidi voltar para ver você.
— O quê a morte fez com você?
— Como assim?
— Não sei se você lembra, que eu era sua vítima antes de tudo. E que você me torturou psicologicamente. Morre e dpois volta como se fosse a coisa mais normal do mundo, agindo como se estivesse sentindo minha falta e se importando comigo. Que porra é essa Jeff?
— Deve ser porque eu me importo com você. Algo em você me é famíliar ou não se encaixa. - ele se virou para mim, segurou o coar em meus pescoço, observando com atenção. - você nunca o tirou.
— Fiz uma promessa.
— Você precisa confiar em mim.
Não sei como, mas sua voz fez com que u mudasse minha postura repentinamente.
— Eu confio em você.
— Então, espero que não se importe com isso. - ele me puxou para mais perto, nos aproximando um do outro, me roubando um beijo.
Foi ficando cada vez mais intenso, até que coloquei um espaço entre nós dois. Aquilo poderia ter ficado mais intenso. Apesar de estar realmente gostando daquilo.
— Minha mente está muito confusa - confessei - isso é muito novo pra mim.
Ele se afastou alguns passos, comecei a me sentir meio estranha. Conhecia aquele sentimento, Slender estava por perto. Jeff também percebeu e apressou-se em dizer:
— Temos que fugir!
— O quê?
— Venha comigo, posso te proteger de Slender.
— Tem certeza disso?
— Como sabe, minha vida é perigosa, um verdadeiro mar de sangue. Mas sei que você estará mais segura comigo. Venha comigo!
Pensei um pouco naquilo. Fugir com Jeff? E como conseguiria deixar Karen para trás? E até mesmo Frost? Certamente ela viria atrás de mim. Porém, ficando nesta cidade, os colocaria em risco.
Respirei fundo contei até três, olhei fundo em seus olhos e respondi sua proposta.
— Eu irei com você.
— Seja bem-vinda ao meu mundo! - ele segurou minha mão e eu pude sentir uma grande aura escura ao meu redor, imagens vieram à minha mente como Flash Backs.
Aquele era apenas o começo da minha jornada. Tinha ótimos pressentimentos sobre isso, mas não pude deixar de lado os ruins.
Essa era minha nova vida... Uma vida com um assassino insano.
E seu nome era Jeff.
Jeff, o assassino.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "HOW FAR DOES THE DARK GO?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.