Darkpath escrita por Lyra Roth, João Pedro


Capítulo 1
「Prelúdio」O som ensurdecedor de um alarme mudo


Notas iniciais do capítulo

HEYOO, galeraa.

Muito tempo disponível + muita leitura de creppypasta + TT e EMH = História nova de terror! Espero que gostem desse novo enredo: será uma long fic (senti falta dos enredos complexos e das tretas, fazer o que, né...)

Boa leitura, coisinhas~



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I DARE YOU [Bea Miller]

 

“Creepypasta é o nome dado para as histórias de terror ou lendas urbanas que são divulgadas através da internet. Esta é uma palavra em inglês, formada a partir da junção do termo 'creepy', que significa 'arrepiante' ou 'assustador', com a expressão 'copypaste', que quer dizer 'copiado e colado'.”

 

—... Aí eu fui no meio das árvores, porque não tinha ninguém pra ficar comigo  no recreio. Ai eu fiquei vendo as folhas e os troncos, mas eu tive que voltar, porque de longe eu vi um homem meio assustador...

—Um homem meio assustador, querida? –Indagou a mulher sentada no banco da frente. –Como era esse homem?

—Ah, eu não vi bem, mãe. Foi só de longe. Mas ele era muito branco, e muito alto. E tava todo de preto, quase não dava pra enxergar ele porque era muito parecido com as árvores. –A menina respondeu simplesmente. Encostou a cabecinha na janela do carro, prensando seus cachos acastanhados contra o vidro. Fechou os olhos verdes, puxando o ar e expirando em seguida. –Mas sempre que eu chegava perto dele, sentia uma dor de cabeça... Ai eu fui embora. Mas o que eu queria mesmo era ficar com alguém. –Nessa ultima frase, a menina parecia quase em transe. Era quase como se imaginasse algo muito bom, porém inalcançável.

—Entendi, amor –O pai, que até então estivera em silêncio, pronunciou-se, com a voz calma. Porém, para os mais sensíveis, era quase certo dizer que havia uma ponta de preocupação em sua voz. O homem inspirou e soltou o ar devagar, conforme acelerava o carro.

⌘ ⌘ ⌘

A discussão entre os dois adultos prosseguia calorosamente na cozinha. Era tarde, àquela hora a garota já devia estar dormindo; no entanto, no lugar de mandá-la para a cama, os pais dela sugeriram que ela fosse ver mais um pouco de televisão. Afinal, as aulas logo estariam acabando, que mal poderia fazer ela ficar um pouco mais acordada naquele dia?

—Isso é insustentável! –A moça falou –Amor, não dá mais. Ela não pode ficar lá.

—Mas mudar-se assim, no meio do periodo letivo... Isso pode prejudicá-la! –O homem replicou veementemente, como sempre. No entanto, as palavras que foram ditas em seguida o desarmaram completamente.

—Ela está sofrendo. Ela está sofrendo muito. Nossa filha, nossa filha! –A voz da mulher era suplicante, e conforme seus olhos azuis ficavam mais marejados, a voz embargava mais e mais –Ela chora quase toda semana, reclama todo dia que quer mudar de escola, que está sozinha, que zombam dela. Não podemos deixar ela sofrer assim, não dá! Ela vai se habituar com a nova escola, vai sofrer menos do que se ficar nessa! Acho que qualquer coisa é melhor do que deixá-la lá, pense bem. Não dá mais.

O homem engoliu em seco enquanto alisava os cabelos castanhos. A mulher tinha rasão. Fechou os olhos verdes por um tempo na vão tentativa de não sentir uma tristeza pela filha corroê-lo por dentro. Droga, os cabelos espetados encostavam nos seus olhos fazendo suas órbes doerem... ou será que era a intensa vontade de chorar que estava sendo reprimida a todo custo?

—E mais –A mulher pegou no braço bronzeado do homem com suas mão brancas como leite. Olhou em seus olhos, íris azuis nas verdes, fitando-o –Ela está vendo... ele. Ah, eu sabia. Sabia que era ele. Ela ta desenhando isso há um tempão!

—Poderia ser só coisa da internet, amor...

—Não, não é! Ela fala disso várias vezes, de vozes... Não é, é ele mesmo. Eu não vou deixar aquela coisa chegar perto da minha filha! –A mulher vociverou de repente, sentindo uma onda de raiva percorrer suas veias, desde o coração até a ponta dos pés e em cada cacho louro em sua cabeça. –E tem duas coisas que vamos fazer sobre isso: a primeira é mudá-la de escola, já!

—Tudo bem, tudo bem –Ele respirou fundo. Provavelmente a mulher tinha razão, pensou consigo mesmo. –E a segunda, qual é? –Acabou por perguntar, parte determinado a acabar com o sofrimento da sua menina, e parte curioso porque, afinal, sua mulher sempre tinha aqueles segredos na manga.

Ao invés de responder, a mulher sorriu e, agarrada ainda na mão do marido, subiu as escadas com determinação, chegando até o sótão empoeirado e abarrotado da casa. Ambos se ajoelharam no chão, segurando a vontade de tossir e a mulher de pele de leite abriu uma caixa escondida atrás das bagunças.

—Isso aqui –Ela respondeu, sorrindo, ao tirar algo que o homem não conseguiu identificar bem, porém cuja existência já era conhecida. Ficaram em um silêncio constrangedor por alguns instantes até o homem indagar:

—É só dar para ela, então? E... tem certeza de que vai funcionar? Ele não vai poder tocá-la? Nenhum deles?

O sorriso de sua mulher se alargou. Ah, como era bonito aquele sorriso confiante que ele tanto amava.

—Claro. Afinal de contas, isso aqui foi feito exatamente para esse propósito.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve... esse foi só pra... esquentar, hehehe.

Você vai comentar, né não?? Ufa, que alívio, já tava pensando que ia dar um migué, fico aliviada que não seja esse o caso! XD

Kisses azuis!!



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