O Poder Dormente escrita por Mah


Capítulo 3
Capítulo 3




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É difícil de explicar...

— Emma! – Acordo de repente, nem percebi que havia caído no sono. – Sério isso? Como você consegue dormir no meio de um shopping? – Não parecia que eu estava dormindo... Estava muito consciente, era mais uma lembrança.

— É um talento, uma das minhas melhores quali- – Sou rudemente interrompida.

— Ei, você não estava observando as sacolas, e se alguém roubou alguma coisa?! – Minha mãe começa a surtar, Maggie a acompanha, e por mais que eu saiba que existe uma grande chance de isso ter acontecido, não sinto que faria muita diferença.

— Garanto que com tudo que vocês compraram, nem iriam notar. – Ela me dá um olhar indescritível que apenas mães conseguem realizar e eu fico na minha imediatamente.

Ela começa a checar tudo e se acalma. - Não é engraçado, mas ao menos está tudo aqui, aparentemente. – Meu telefone começa a tremer na minha mão, mas antes que eu possa checar sou puxada da cadeira.

— Vamos para casa? – Já começo a me animar.

— Não querida, ainda temos várias lojas pela frente... – A esperança em mim morre tão rápido quanto o cartão de crédito dela.

— Ah, relaxa, Emma. Só falta algumas lojas... Neste shopping. – What?!

— Maggie!

 

*#*

 

Então é isso o que as pessoas chamam de paz?

Estou deitada na minha cama com meu cachorro checando mensagens de aniversário que são sempre as mesmas coisas, um bando de textos genéricos que as pessoas enviam porque elas não tempo ou criatividade para escrever algo mais sincero.

Realmente achei que teria ouvido algo sobre o Mason até agora, mas não. Não me entenda mal, não tenho sentimentos por ele além de amizade, mas pelo menos ele não me força a passar o dia no shopping. A minha mãe está me dando um tempo para me recuperar desta experiência, e quanto a Maggie, ela foi para casa guardar as coisas, mas disse que daqui a pouco estaria de volta. Então são alguns minutos de relaxamento.

Olhando as mensagens, uma me chama a atenção. Ela vinha de um número desconhecido e a única coisa que dizia era: Eu sei quem você realmente é. Meio misterioso, mas apenas provavelmente alguém tentando me assustar.

Deletar.

E o tédio volta... já sei! Vou ligar para o Mason. De primeira ele já atende:

— Olá, E. ainda bem! Já ia te ligar mesmo! – Ele fala feliz, e quase me faz desculpa-lo por não estar comigo no meu aniversário.

— Cadê você? Achei que te veria ao menos hoje. Quase todo dia estamos nós três juntos, mas hoje você nem veio me dar oi. – Ok, isso foi meio dramático e totalmente exagerado, mas completamente verdade.

— Calma, calma... Não fique assim, eu sinto muito, já lhe disse isso, mas é que eu tive umas coisas de última hora.

— Entendo, bom, não vou lhe atrapalhar. Tch-

— Espera! Ei, eu falei que ia te ligar, se lembra? – True. I almost forgot.— O que você vai fazer agora?

— Sair com meu cachorro. – Respondo já deixando de lado todos os sentimentos ruins que estava sentindo. Quando eu falo isso, Luck até fica mais animado e mexe-se rapidamente ao meu lado.

— Perfeito! Quer dizer... Ah, que ótimo! Isso é muito bom. – Ele estava estranho.

Suspeito.

— O-k... Te ligo mais tarde.

 

*#*

 

Após um certo nível de procrastinação, eu saio de casa pelo meu caminho usual com meu cachorro. Pode ser considerada uma caminha, mas faz bem para a saúde.

Depois de uns dez minutos andando, a música de meus fones é interrompida uma mensagem de Maggie, só ai que acabo relembrando que ela estava indo lá em casa. Oh... Sem nem responder tento calcular o caminho mais rápido de volta para casa quando sou puxada para trás por duas mãos.

Luck começa a rosnar e a atacar que quer fosse, a rua estava vazia, então ninguém havia vindo ajudar. Antes que eu consiga me virar e ver que estava me puxando, escuto os rosnados pararem e o pânico dentro de mim faz meu coração disparar.

A pessoa me puxa para trás e um leve impacto com a parede me faz fechar os olhos por uns segundos, quando consigo foca-los novamente, fico surpresa. Bem na minha frente está um rosto que nunca vi antes, o que só aumenta o pânico. Começo a me debater e a usar todos os golpes que consigo me lembrar de vagas aulas de autodefesa, mas a pessoa consegue defender-se facilmente, como se soubesse meus movimentos.

— Calma, não vou te machucar! – Ele fala tentando me prensar na parede segurando os meus punhos contra ela.

— Me solta! – Continuo a tentar fugir quando o levanto meu joelho alto suficiente para conseguir algum efeito.

Quando tenho o menor nível possível de espaço, saio correndo, só aí percebo que meu cachorro havia fugido. São todos sentimentos que a única coisa que consigo focar é em fugir. Quando saio do beco onde estávamos vejo que a rua continuava vazia, consigo ouvir os passos cada vez mais perto e nem me importo de olhar para trás, até que sinto que tudo acabou porque a pessoa havia conseguido me pegar novamente.


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