O Poder Dormente escrita por Mah


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, talvez vocês me conheçam, mas provavelmente não...
Estou de volta com testando uma nova estória. Não estou afim de enrolar muito, então vamos direto a ela. Obrigada por dar uma chance, e mesmo que ninguém leia, ninguém lerá isso, então obrigada de qualquer modo!
ESPERO QUE GOSTEM!



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— Você bateu o carro?! - Ela gritou no meu ouvido. - De novo?

— Talvez... - Digo com um resquício de voz mexendo na ponta do travesseiro. Me custa um pouco admitir, ok?

— A-ham... sei... - O sarcasmo na sua voz era tão forte, que se estivesse vindo de qualquer outra pessoa talvez teria me afetado. - O que aconteceu?

Conheça Magenta, uma das duas únicas pessoas nesse mundo que realmente me entendem, ou que tenta o melhor que pode. Ela prefere ser chamada de "Maggie" por que segundo ela, Magenta é muito "colorido". Ela é a definição de perfeição, ao menos para a sociedade (e para todos as pessoas na nossa antiga escola), ela é: alta, magra, tem grandes olhos verdes e longos cabelos platinados. E mesmo estando dentro dos padrões aceitos pela sociedade nos tornamos amigas no começo da quinta série.

— Ah, você sabe, o normal. Um erro de calculação... - Bom, não está longe da verdade. Oh, well...

— Mas você está bem? - Ela ri e pergunta.

— Estou sim, ninguém se machucou... - Digo relembrando a cena ainda.

— Ainda bem! - Ela suspira aliviada, e eu me ajusto na cama ainda pensando que não foi minha culpa.

— Poisué. - Concordo rindo, ela se junta a mim, e entre risadas consigo escutar a porta de casa batendo com força no andar de baixo. Oh, shit! - Maggie, preciso ir, minha mãe chegou. - Digo apressadamente.

Passos subindo a escada.

Cada vez mais perto.

— Boa sor- - Escuto ela falar antes de eu desligar o telefone.

Me levanto correndo e abro a porta, não sem antes dar uma última olhada no meu cachorro dormindo tranquilamente no pé da minha cama, sem nem notar nada. - Ok, eu posso explicar. - Digo levantando as mãos como se houvesse sido pega no flagra.

— Bom mesmo, por que essa é o que? A terceira vez?! Em três meses?!” Minha mãe cruza os braços esperando uma explicação, e única coisa que eu consigo fazer é girar o meu telefone na minha mão.

— Em minha defesa, eu vi algo passar na frente do carro e eu desviei. - É verdade!

Tecnicamente.

Details, details...

— E o que era? - Ela pergunta já cansada dessa discussão, sua cara estava firme, mas seus olhos a delatavam. Era claro que ela estava tentando ao máximo terminar a conversa o mais rápido possível.

— Ok, correção: talvez eu achei que tivesse visto algo e desviei. - Poisué, acontece. Tento manter a melhor cara neutra que posso e não divagar desta conversa.

— Você estava distraída de novo! - Ela grita como se fosse óbvio. - Ok, você tem sorte que não aconteceu nada com o carro, mas não significa que vai sair impune. Vai ficar sem telefone até segunda ordem! - Não é como se o telefone tivesse sido a causa! Ninguém deve dirigir e mexer no celular ao mesmo tempo. Mas...

— Ok, justo. - Eu lhe entrego o telefone e antes de fechar a porta, pergunto. - Então, terminamos aqui? - Ela bufa e saí­.

Olho para minha cama e meu cachorro continua na mesma posição que eu lhe deixei. Lucky. O que é irônico já que significa sorte em inglês. Quando deito e encaro o teto com tédio ele se aproxima e se aconchega do meu lado.

— Vamos lá Emma, vamos fazer ao produtivo.

Meu consciente tenta me conversa e falha miseravelmente.

— Leve o cachorro para passear.

Não... Ainda nada.

— SE MOVE! 

Ok, ok, vamos lá.

 

*---*

 

Tudo pronto! Agora só falta sair, antes que eu possa ter outra discussão comigo mesma escuto batidas desesperadas na porta. Mal a abro e sou puxada para um peitoral num abraço desesperado, que reconheço de imediato.

— Ai, ainda bem! - A voz grossa e ainda assim doce confirma minhas suspeitas. Ele suspira aliviado e nos separa mantendo um braço em cada um dos meus ombros. - O que você tem na cabeça?! Não responde mensagens, eu devo ter te ligado umas mil vezes! - Sem nem poder responder, ele me abraça novamente.

Este é Mason, a parte final do Plutriônio. Long story. Nem me lembro quando nos conhecemos, ele sempre esteve lá por mim. Literalmente, desde que me lembro estamos juntos, ele foi meu melhor amigo desde o começo e sou eternamente grata. Mason é, como as garotas já mencionaram (várias vezes), o que é esperado ser um "Deus grego", é alto, musculoso (não que eu tenha observado Lies...), tem olhos verde azulados, e cabelos castanhos puxados para o dourado. Ele é atraente, admito, mas nada nunca rolou entre nós.

— Eu meio que estou sem telefone. - Digo ainda pressionada contra ele sem conseguir completamente retribuir o abraço, nos separamos e seus olhos verdes perfuram os meus cor de mel por uns segundos, antes dele checar meu rosto e braços procurando ferimentos. - Eu estou bem, relaxa.

Ele suspira quando confirma que o que eu digo é verdade, joga levemente sua cabeça para trás e só então percebe a coleira (e o cachorro preso à  ela) em meu punho. - Por que não damos uma volta e você me conta o que aconteceu?

 

*---*

 

O resto do dia foi tranquilo, e eu provavelmente teria aproveitado mais se soubesse que provavelmente foi meu último de paz.

Nossa, quão ruim tem que estar as coisas para dizer que um acidente de carro faz parte de um dia de paz?

Bom...


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