Não era minha intenção ver o que estava acontecendo, mas a Roberta teve que ficar na escola ajudando o grêmio com o planejamento da festa do dia dos namorados, quando eu vi Carlos logo um pouco na frente, ele parecia um pouco apressado e discreto do jeito que ele estava andando na rua.

Ele entrou no parque que tem no caminho de casa, eu fiquei um pouco curioso e segui ele para saber o que ele estava fazendo, de repente eu escutei a voz de mais alguém junto com ele.

— Eu não vi a hora passar, estava com tanta saudade de você.

Pela voz era do Marcos, uns dos nossos alunos populares que sempre estava junto com John.

— Eu sei tem sido complicado para a gente se vê. Principalmente dentro da escola.

— O que importa é que você está aqui.

Eu vi, meio pelos arbustos, eles estavam abraçados, se beijando.

Fiquei um pouco com ciúmes vendo eles juntos, eu desejei no fundo do meu coração que John estivesse ali me abraçando, estava tão distraído pensando nisso, que quando o meu celular começou a tocar, estragou todo o clima, tentei desligar rapidamente, mas já era tarde, quando fui perceber, ele já estava em cima de mim.

Ele segurava o meu braço de um jeito que não deixa eu me mexer, ele estava disposto a querer quebrar o meu braço.

— Você viu alguma coisa?

Carlos tentava acalmar ele, mas a raiva dele era maior, que ele não estava escutando.

— O que você viu?

— Está doendo meu braço, por favor.

— Marcos.

Os lágrimas escorriam dos meus olhos, quando Marcos me soltou, Carlos me ajudou a me levantar.

— O que vamos fazemos, ele vai contar para tudo mundo da escola. Se meus pais souberam, nem sei o que eles vão fazer comigo.

Eu ainda estava desesperado do que eles poderiam queria fazer comigo e sai correndo o mais rápido que podia, cheguei em casa e subi para o meu quarto e tentei manter um pouco da calma.

No dia seguinte quando eu estava saindo de casa, ele estava parado na frente da minha casa, Marcos parecia estar mais calmo do que ontem, ele veio em minha direção, eu já fui falando para ele que se ele tentasse fazer alguma coisa comigo, eu chamaria a polícia.

— Eu só queria conversar com você, mas se você não quiser conversar, para mim tudo bem, mas eu queria pedir um favor para você, não conte para ninguém na escola sobre o meu relacionamento com Carlos.

Estava sendo difícil para mim raciocinar o que estava acontecendo, uns dos valentões da escola e também uns dos alunos popular sendo gentil comigo pelo o que aconteceu.

Fique só ouvindo ele dizendo o quanto o relacionamento dele é importante para ele, que Carlos tinha entrado na vida dele, numa fase difícil, os pais deles estavam se separando, que a irmã dele que era única pessoa que ele ama tinha ido embora e como ele começou a se envolver com drogas e bebidas, e de como Carlos, um dia ajudou ele e que desde aquele dia ele tem ajudado ele e quando ele foi perceber eles já estavam juntos.

— Eu não vou contar para ninguém na escola, eu não sou esse tipo de pessoa, seu segredo tá bem guardado comigo. Só que ontem você me agrediu e eu fiquei desesperado.

— Não era a minha intenção e que eu imaginei tantas coisas na hora eu vi você ali. Fiquei com medo do que poderia acontecer se meus pais soubessem disso, a minha mãe e meu padrasto não vem a hora que case e dê netinhos para eles, mas eu amo demais Carlos. Ele é a melhor pessoa que já apareceu na minha vida.

Era difícil de acreditar que um dos garotos mais popular da escola estava falando assim livremente comigo, eu sempre vejo eles rodeados de lindas garotas, e Marcos sempre está conversando com ela, então era difícil de acreditar que Carlos, um garoto que vivia sempre na mesma dos nerds pudesse fazer alguma diferença na vida dele.