Scorly - 2 temporada escrita por Gih Freitas


Capítulo 7
Aspen Volkov sem filtros / Scorpius Malfoy sendo um chato


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, to tão inspirada que já tem capitulo novo! Pra quem gosta de uma treta, TO-MA! kakakakaka
Beijos e curtam!



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POV LILY

 Setembro passou arrastado. Não sei se é porque as aulas estão muito, mas difíceis. A aulas de Transfiguração agora usamos feitiços não verbais e ate eu, que nunca tive dificuldade preciso pedir pra McGonagall repetir as explicações. As aulas de feitiços também não estão nada tranquilas, e as aulas de Herbologia são um perigo, a professora Sprout trouxe uma planta com tentáculos que agarraram meu cabelo e foi uma luta pra fazer soltar. Por outro lado, a aula de poções estava cada vez mais interessante, ainda mais que James me falou dos segredos do livro de poções do sexto ano. Eu e Bia fazemos uma bela dupla de poções, e nossa poção polissuco está quase pronta, e acredito que vamos tirar uma boa nota. Só espero que Slughorn não peça para testarmos, não estou disposta a beber essa meleca.

—Está progredindo na poção, senhorita Potter? –Perguntou Slugh.

—Eu estou fazendo a poção com a Bia, e sim senhor, estamos progredindo.

—Ah... Claro, que ótimo! –Ele olhou pra Bia e eu tenho certeza que não se lembra o sobrenome dela, mas ela não se importa.

 E assim como Alvo me falou o sexto ano é massacrador, e nos intervalos eu não tenho tempo nem para respirar, e como se eu vivesse numa época de provas eterna, eu só estudo e faço tarefas, e fico exausta. Passo todos os intervalos na biblioteca estudando, e Lucy sempre está lá, e depois de um mês de aula, ela percebeu que eu sei ser bem competitiva quando quero, e que não estou disposta a deixar o meu posto de melhor aluna. Ainda bem que ela fica de boa com isso.

—Lily, voce fez aquelas anotações que a McGonagall passou ontem? –Perguntou ela quando estávamos estudando juntas na biblioteca.

—Fiz, por quê?

—Eu perdi o primeiro tempo ontem, e não tive tempo de pegar ainda.

—Eu te passo. –Falei.

—Oi gatas. –Falou Rose se sentando na mesa. É quase um milagre ela não estar com o Lyss.

—Oi...Está fazendo o que aqui?

—Eu tenho um trabalho de estudo dos trouxas pra fazer, e aqui é o lugar mais calmo pra fazer.

—Qual o tema? –Perguntou Lucy interessada.

—Uma comparação das guerras bruxas com as guerras trouxas. Tenho muito trabalho pela frente, tive que pedir pra minha mãe comprar livros de historia dos trouxas na semana passada, ainda bem que chegaram ontem. E vocês, estão fazendo o que?

—Eu estou fazendo tarefa, e Lucy vai copiar umas anotações minhas. Ei, como a Mel está nas aulas? –Perguntei.

—Ela é boa, é afiada... Claro que não é tão boa quanto eu, mas ela é ótima nas aulas de Herbologia e Trato das Criaturas mágicas, ela parece ter dom com plantas e criaturas. Eu prefiro traduzi textos de Runas Antigas, mas enfim, cada um com sua aptidão.

 Os treinos de quadribol estão cada vez mais puxados, o primeiro jogo está marcado para a primeira semana de Novembro, e Alvo esta bem exigente com todo mundo (pra não dizer chato). As aulas de duelo são bem divertidas, é como uma segunda aula de DCAT, e eu tenho a chance de colocar tudo que eu sei em prática. As aulas de aparatação são meio chatas, mas sei que no final vai valer a pena, e se não valer quero meus 12 galeões de volta.

 O Profeta Diário não deu mais nenhuma notícia do que está acontecendo, e isso está frustrando todo mundo. Tudo que aparece nas notícias são modelos novos de vassoura, notícias de bruxos famosos. Desconfio que os editores do Profeta estão com medo, mas todos estão com medo, mas ainda sim sinto falta de ir a Hogsmead, tomar cerveja amanteigada e comprar doces na Dedos de Mel.

 Por outro lado, as coisas estão tranquilas com Scorpius e Aspen, o que é um alívio pra mim. Sei que Scorpius ainda tem um pé atrás com Aspen, mas pelo menos ele não enche o saco. Fiquei tão amiga do Aspen quanto da Bia e da Carol, mas ele é bem mais reservado do que elas, mas sinto que posso confiar nele, apesar saber pouco sobre ele. Mas isso acaba hoje.

 “Vamos se encontrar hoje a noite, na Torre de Astronomia?” —Mandei por um bilhete na hora do jantar. É domingo, e não temos nada pra fazer. Scorpius queria que eu fosse pro dormitório dele, mas falei que estava muito cansada. Espero que ele entenda que eu já tirar um tempo pra conversar com o Aspen.

“Ok, Potter. Me espere na entrada e vamos pra lá”  

—Oi esquisito. –Falei rindo.

—Esquisita é voce. –Falou ele com aquele sorrisinho. –Vamos?

—Vamos. –Olhei pra trás pra me certificar se Scorpius tinha visto. Não que eu vá fazer algo que ele precise se preocupar, mas ele sabe ser bem criativo quando quer, e não é uma criatividade positiva.

—Com medo que seu namorado veja voce andando comigo essa hora? –O tom dele era sarcástico.

—Engraçadinho.

 Quando chegamos eu me sentei ao lado dele e admirei novamente a vista do lago negro sendo iluminado pela lua.

—Como foi o seu dia? –Perguntei.

—Foi normal, passei o dia conversando com uns caras da Sonserina.

—Olha, o esquisito está se enturmando! Estou orgulhosa! –Ele bufou.

—Toni está andando com uma garota, uma tal de Madeleine. Estão amigas inseparáveis, então tenho que arrumar uns caras pra não ficar escutando papo de garotas.

—Não conheço essa garota. Mas enfim, papo de garotas nem sempre é chato.

—Eu não acho que falar sobre cor de esmalte seja a coisa mais legal do mundo.

—Voce acha que isso é papo de garotas? Só se elas tiverem onze anos!

—Então sobre o que vocês falam?

—Sexo. Eu pelo menos falo muito disso com as minha amigas. Trocamos experiências, ensinamos uns truques...

—Voce só tem essa cara de santa né Potter, é uma pervertida. –Eu ri.

—Pelo menos eu não fico comparando o tamanho do meu pau com outros garotos.

—O QUE? –A cara dele me fez gargalhar.

—É sobre o que vocês falam, não é?

—Não sei os outros caras, mas eu não falo sobre isso. Isso é papo de cara fracassado, enquanto podia estar comendo uma garota esta tendo esses papos com outros caras fracassados.

—Agora, mudando de assunto... –Falei. –Voce não aonde voce estudava antes de vir pra cá, nem da sua família... Pode se abrir comigo, ok?

—Ah, Lily... –Ele deu um suspiro e sua expressão me fez arrepender de ter perguntado. –Eu não gosto de falar sobre isso...

—Aspen, eu sempre me abro com voce, pode confiar em mim. Se voce me contar pode ate se sentir melhor depois... –Ele deu outro suspiro.

—Ok.... Como eu já te falei, eu e Toni fomos adotados pela mesma pessoa. Nossos pais eram amigos, e morreram num atentado. Meus pais eram russos, e os da Toni eram franceses, e eles eram aurores, e tinham ido aos Estados Unidos numa conferencia. Foi um homem no caso o Olavo, que nos adotou. Pode parecer estranho, mas não, ele não se tornou nosso pai, mas sim nosso tutor. Tínhamos catorze anos na época. Antes de sermos adotados nós morávamos num orfanato trouxa no Oregon. Quando percebemos que éramos “diferentes” resolvemos fugir, pois descobririam alguma hora e fariam sabe se lá o que com a gente. Moramos em vários lugares, vivíamos fugindo do serviço tutelar. Então um dia, quando estávamos em Massachusetts um cara achou a gente, e ele era como nós, era um bruxo. Explicou tudo para nós, e disse que seríamos tutelados dele. A Toni ficou enfeitiçada com essa possibilidade, ela sonhava em ter uma casa e alguém que a deixasse segura, mas eu fiquei bem desconfiado no começo. Acabei aceitando porque estava cansado de fugir, de passar fome, pedir esmola, passar frio. O homem morava ali mesmo, e nos levou pra casa dele, que era uma mansão e tanto. Ele nos deu tudo, e se dispôs a nos dar aula de magia e bruxaria. Ele nos ensinou o conteúdo do primeiro, segundo e terceiro ano em um ano, e no próximo fomos pra escola de magia e bruxaria dos Estados Unidos. Estudamos lá até o quinto ano, e éramos bons alunos, mas muita gente nos implicava, e uns alunos fizeram a gente ser expulsos. Fizemos o sexto ano em casa, era mais seguro e o Olavo podia ficar de olho na gente. Mas depois teve um incêndio na casa, e tivemos que nos mudar. O Olavo disse que nos mudaríamos pra Inglaterra e que eu e Toni estudaríamos em Hogwarts, porque não íamos voltar pra Ilvermorny. Agora estamos aqui.

—Wow! –Eu realmente estou sem palavras. –E eu achando que aminha vida era louca. –Ele deu um sorriso amargo.

—Poise, acho que voce tem que rever seus conceitos de loucura.

—Obrigado por me contar. Se sente melhor?

—Hã...Um pouco aliviado. Mas e voce, qual a historia da sua vida?

—O que?

—Eu contei a minha história da minha vida, agora conta a sua.

—Mas a minha perto da sua não é porra nenhuma!

—Foda-se Potter, só conta.

—Tá... Eu nasci no dia 16 de fevereiro de 2008, no St.Mungus, minha família é bem grande e isso e legal as vezes, mas um saco em outras, principalmente eu sendo a mais nova. Antes todos me tratavam de um jeito bem infantil, meio que duvidavam de mim, e essa minha aparência angelical contribuía muito quando eu queria provar a minha força –Ele riu com o “angelical e eu dei um soco nele. –Mas ai eu virei monitora da Grifinória, virei apanhadora do time de quadribol, fui a melhor aluna do quinto ano, e passei por umas coisas ai, e hoje ninguém mais duvida de mim. Eu tenho dois irmãos mais velhos, o Alvo voce já conhece, e tem o James, que se formou ano passado, mas também tem o Ted, que é meu irmão de criação, meus pais são padrinhos dele. O Ted é bem engraçado, e ele se casou com a minha prima Victore nas férias. O Alvo namora a Mel, que ele conheceu no torneio tribruxo que teve no ano passado, e ele é o melhor irmão do mundo, sério. Não que eu não ame o James, mas ele é bem ciumento e enjoado as vezes, principalmente depois que começou a trabalhar no Ministério. Eu não tenho nenhum time de quadribol preferido, porque não tenho tempo de acompanhar os campeonatos, eu tenho aptidão pra poções, e meu pai brinca que herdei isso da minha avó, Lilian. Ah, falando nisso, o meu nome tem o Lilian da minha avó materna e o Luna da minha madrinha Luna Lovegood. Eu adoro a comida da minha avó Molly, e meu tio favorito é o tio Jorge, porque ele tem uma loja muito maneira no beco diagonal  e ele sempre me dá umas coisinhas pra trolar as pessoas, mas eu gosto do tio Rony também, mesmo ele fazendo umas piadas mega ruins. Eu moro num bairro nobre de Londres e tenho várias coisas trouxas em casa pela influencia da minha tia Hermione e do meu avo Arthur, e eu tenho uma cadela chamada Francis. Ah, é o mais importante: Eu sou uma viciada em café com canela, se eu tivesse que escolher entre morrer e nunca mais poder tomar café com canela eu escolheria morrer. É isso. –Ele riu.

—Parece ser uma vida bacana.

—Bem, podia ser mais dinâmica, mas é uma vida boa.

—O que voce quer fazer depois que terminar Hogwarts?

—Eu quero ser jogadora de quadribol ou sei lá, abrir um Boticário com a Bia, e vamos inventar poções novas. E voce?

—Não faço ideia. Isso me desespera um pouco.

—Relaxa, voce tem uns meses pra descobrir a sua vocação.

—Está tarde Potter, melhor irmos dormir. Temos aula amanha.

—Que pena, o papo estava bom.

—Eu sei que voce me adora, mas nos vemos amanha.

—Ok. Vamos?

—Vamos.

 Dessa vez Aspen não me levou até a porta do Salão Comunal, e foi direto pro Salão Comunal da Sonserina.

—Vê se não vai se perder por ai... –Falei.

—Eu já aprendi os caminhos Potter, mas obrigado pela preocupação.

POV SCORP

 Depois do jantar fui direto pro Salão Comunal, e Rapha estava fazendo a pesquisa de Herbologia sobre plantas medicinais.

—Cadê o Volkov? –Perguntei.

—Eu sei lá. –Tinha uns caras sentados no sofá prestando atenção.

—Deve estar comendo a sua garota, Malfoy. –Falou o Aron Quill, um garoto da minha turma. –Quer dizer, mas voce já sabe disso, porque combinou com o Volkov o dia que voce come ela e o dia que ele come, não é?

—O que voce disse? –Fechei o punho pronto pra dar um soco nele, mas me Raphael me segurou.

—Acho que a Potter percebeu que voce não é tudo isso, não é? E foi procurar outro cara... Coloque a sua garota na linha Malfoy, se não metade dos garotos vão cair matando em cima dela...

 Raphael não é fraco, mas eu sou mais forte e mais alto que ele, por isso me desvinculei dele e empurrei Quill na parede de mármore, e ele riu.

—Isso Scorpius, de um soco em mim, defenda a Potter, mostre que voce é homem, porque ultimamente voce tem sido uma bixinha na coleira daquela garota. –Senti meu sangue ferver, e dei um soco bem dado na boca de Quill, fazendo sair sangue. Ele gemeu de dor, mas começou a rir.

—Minha irmã bate melhor que voce, Malfoy. –Acertei um soco no queixo dele e ouvir o maxilar dele trincar foi musica para os meus ouvidos.

—Filho da puta! –Gritou ele. A essa altura todos já estavam olhando, e a Diana Silver, a monitora da Sonserina chegou até nós com um olhar furioso.

—QUE MERDA É ESSA?

—Fica na sua Silver, vá vigiar os pirralhos do primeiro ano! –Falou ele gritando. Nessa hora Volkov entrou no Salão Comunal, Quill sorriu maliciosamente.

—Então Volkov, como é?

—O que? –Ele estava completamente perdido.

—Não se faça de bobo, como é comer a garota mais gostosa de Hogwarts? Como ela é? Apertadinha? Suponho que seja, pois o pau do Malfoy ainda não afrouxou aquela gostosura toda!

—Não sei do que voce está falando.

—Ah, sabe sim! Voce leva a Potter pra sala de astronomia e come ela no escuro, eu vi vocês dois indo pra lá depois do jantar. –As bochechas de Volkov ficaram tão vermelhas quanto o sangue que eu teria nas minhas mãos depois de mata-lo.

 Estava indo dar uma porrada nele, mas ele fez uma coisa inesperada, acertou outro soco na cara de Quill, que dessa vez caiu no chão, gritando de dor. O maxilar que tinha sido trincado agora com certeza está quebrado.

—Isso é pra voce aprender a respeitar uma mulher. E isso... –Ele deu chute na costela dele. –É pra voce nunca mais por o nome da Lilian nessa sua boca suja.

—Aspen, para com isso! –Disse a Garnier agarrando o braço dele.

—Me solta Toni!

—MENOS VINTE PONTOS POR ESSA PALHAÇADA DE VOCES! NINGUEM QUER SABER DA VIDA SEXUAL DE NINGUEM AQUI! –A Diana é uma garota alta e forte, e ninguém discute com ela, por isso todos se calaram.

 Olhei pro Volkov e ele parecia puto. Não sabia ao certo o que ia fazer com ele, mas também queria dar um soco nele. Subimos pro dormitório com Rapha, e eu preferi ficar na minha. Tudo que Volkov falou foi: “Isso não é verdade, Malfoy, eu já te falei que não quero pegar a Potter”.

 No dia seguinte no café da manha acordei mais puto ainda, fiquei a noite toda pensando nas palavras de Quill. E isso que pensa de mim? Que eu estou na coleira da Lily? Nunca me importei com o que falavam de mim, mas dessa vez eu não conseguia parar de pensar no que estavam falando de mim. Vi Lily  sentada conversando com os gêmeos Scamander, rindo com a mão na barriga. “So falta essas pessoas acharem que Lily está fazendo um ménage com esses dois”.

 Me sentei na mesa da Sonserina com cara de poucos amigos e tomei meu café da manha ignorando a falação de Rapha. Pra minha surpresa, Alvo se sentou na mesa da Sonserina, do meu lado, e dessa vez a garota não estava com ele. 

—Olha quem lembrou dos amigos! –Falei com deboche.

—Falou o que vive pendurado com a minha irmã!

—Ainda bem que eu não namoro...

—A que devemos a honra da sua presença?

—A Mel disse que ia dormir até mais tarde, ontem ela foi dormir de madrugada fazendo a pesquisa de Herbologia.

—Ficou sabendo do que aconteceu ontem no Salão Comunal da Sonserina? –Perguntou Rapha.

—Não, o que?

—O Quill começou a falar merda sobre a Lily e o Scorpius...Disse que o Volkov está comendo ela na sala de Astronomia a noite, que ela pôs Scorpius na coleira, que ele e Volkov se revezam nos dias pra transar com ela... –Alvo fechou o punho.

—Cadê o Quill? Vou dar uma porrada nele e ele vai ficar caladinho...

—Scorpius deu uns socos nele, e ele trincou o maxilar, mas Volkov fez o cara cair no chão. Acho que Quill deve estar na ala hospitalar agora, porque depois do soco do Volkov o maxilar dele quebrou. Foi uma cena e tanto.

—Mas então, voce acha que Volkov quer pegar ela?

—Eu não sei...  Ele me disse que não, mas não sei se posso confiar nele...

—Eu vou descobrir isso pra voce, e do MEU JEITO. –O “jeito” do Alvo não envolve ameaças ou porrada, ele é bem esperto quando quer, e faz as perguntas certas. –De qualquer forma, espero que voce não desconte isso ai na minha irmã, porque não existe nenhuma possibilidade de ela estar te traindo. Se chateá-la com isso vou te dar um soco.

—Será mesmo, Alvo? Porque ontem chamei ela pra ir pro dormitório comigo e ela não foi, disse que estava cansada, mas foi pra sala de Astronomia com o Volkov. Como eu posso ficar calmo?

—E voce sabe se ela realmente foi? Às vezes era só o Quill falando merda.

—Eu vou perguntar, depois.

—Vou conversar com ela também, tem tempo que não fazemos isso.

—Nunca pensei que falaria isso... –Comecei falando. –Mas queria que James estivesse aqui.

—É, voce está paranoico. Deixa comigo garotinho. –Falou ele apertando a minha bochecha.

—Ei, qual é a dos gêmeos?

—Os Scamander? –Ele parecia confuso.

—É.

—Se voce está falando o que eu acho que está falando, pode parar por ai. Os gêmeos são da família, a mãe deles é madrinha da Lily, não viaja cara, eles são praticamente primos.

—Ted e Vic são praticamente primos. James e Dominique são primos. Eu não caio nessa.

—Scorpius, um deles é gay. O outro pelo que eu sei tem os rolos dele. Para de ser louco, cara. –Disse Rapha parecendo meio indignado. Bufei com isso.

 Lily me viu quando eu estava saindo do Salão Principal pra ir pro primeiro tempo, ela sorriu e veio me abraçar.

—Bom dia. –Disse ela.

—Bom dia... –Acho que o meu tom foi frio demais, porque ela olhou confusa pra mim.

—O que foi? Aconteceu alguma coisa?

—Não, nada.

—Voce está estranho. –Bufei.

—Mais alguma reclamação? –Ela arregalou os olhos.

—Não quero me atrasar pro primeiro tempo, tchau. –O tom dela era seco, e mesmo eu sabendo que a chateei, não consegui sentir arrependimento.

 O primeiro tempo foi de DCAT, e o Campbell propôs que fizéssemos duplas e duelássemos com feitiços não verbais. Ia fazer dupla com Rapha, mas ele vendo que Volkov ia ficar sozinho, fez dupla com ele, então fiz com Alvo.

—Pensei que ia fazer dupla com Rapha.

—E eu pensei que fosse fazer dupla com a Melissa.

—Ela está com a colega de quarto dela. Fico feliz, gosto de ver que ela está se enturmando.

—Sei... Vamos logo com isso.

 Ganhei no duelo contra Alvo, acho que minha raiva pelo menos esta servindo pra alguma coisa. O segundo foi de feitiços, e o terceiro de Transfiguração. Na hora do almoço Lily estava sentada com a galera do sexto ano, Carol, Bia, John, Hugo, Lucy e os gêmeos Scamander. Ela olhou pra mim e continuou a conversar com Hugo. A mão dele estava na cintura dela. “Tira a mão dai Weasley” —pensei.

 Apesar de saber que Hugo esta namorando uma garota da Corvinal, não confio nele, pois até o ano passado eu sei que ele era doido pra pegar a Lily, ela diz que não, mas ela não entende a mente perversa dos homens, ela é inocente se tratando disso.

Me sentei com a galera do sétimo ano, Rapha, Alvo, Rose, Lyss e a Melissa. Ver a melação de Rose e Lyss me fez ficar enjoado. Alvo percebeu o que esta acontecendo e com um sinal disse que ia falar com Volkov.

 Volkov estava como sempre com a Garnier, e uma garota ruiva da Sonserina, chamada Madeleine. Vi Alvo indo falar com ele, e fui atrás, garantindo que nenhum dos dois me veria.

—Volkov!

—Oi, Potter.

—Então, podemos bater um papo?

—Que papo? Nós nunca nem conversamos.

—Eu sei, e por isso eu quero bater um papo, já que voce esta na minha turma! Vem, deixa as moças terem papo de garota por uns minutos! —Vi Volkov se levantar e começar a andar com Alvo para a direção oposta.

—Então, voce e a Garnier são bem próximos, né? Vocês estão de rolo?

—O que voce quer com isso? Por que está me perguntando isso?

—Por nada cara, só é um papo de homem, normal.

—Não, não estou de rolo com a Toni, ela é minha irmã. —Alvo pareceu surpreso.

—Sua irmã? Mas vocês tem sobrenomes diferentes...

—Isso é porque fomos adotados, então não temos o mesmo sobrenome.

—Ah.... —Ele está constrangido.

—Agora é serio Potter, por que voce veio me perguntar isso? Quer pegar a minha irmã, é isso?

—Não, claro que não! Eu já tenho namorada, e ela é incrível. E que... Voce é novato, e não conhece as minas, se quiser eu te arrumo uma.

—Valeu, mas não precisa.

—Voce já ta gostando de alguma? Não é por nada, mas as garotas de Hogwarts tem um negócio especial, se é que voce me entende.

—Ah...Não.

—Olha, eu não quero parecer deselegante, mas eu preciso perguntar.... Voce está gostando da minha irmã?

—Caralho...Por eu vocês acham que eu quero comer  a Potter? Ela é minha amiga, ela foi a primeira pessoa a ser legal comigo, e ela é linda e legal, mas isso não significa que eu quero comer ela!

—Ok...

—Deixa eu adivinhar, o Malfoy te mandou aqui? Sei que vocês são amigos.

—Não, eu vim por minha conta. É que sabe, voce tem passado um tempão com a Lily, e eu sou irmão dela, só estava curioso.

—Ok Potter, agora voce sabe oficialmente que eu não quero comer a sua irmã. Esta mais tranquilo?

—Espero que não me leve a mal, é que me preocupo com ela. Não é pessoal, eu não tenho nada contra voce.... Na verdade eu soube que voce defendeu a honra dela, então pode se dizer que eu até que simpatizo com voce. —Ouvi ele dar uma risada.

—Ok Potter, adorei a nossa conversa, agora tenho que fazer a tarefa de Feitiços. Te vejo por ai.

 

 -Pronto Scorpius, está mais tranquilo?

—Um pouco. Ele pode muito bem ter mentido pra voce.

—Ok, eu desisto Scorpius.

—Voce vai falar com a Lily?

—Vou, só pra voce não encher o meu saco.

POV LILY

 Faltava poucos minutos pra começar o quarto tempo, e eu estava conversando com Lucy quando Alvo apareceu.

—Ei, Lilyzinha, vem cá , tenho que conversar com voce. –Coisa boa não é, porque se fosse ele não precisaria falar “tenho que conversar com voce”. –Me levantei e me sentei mais afastada dos outros.

—O que foi?

—Então, como esta sendo o seu dia? –Revirei os olhos.

—Fala logo Alvo.

—Ouvi boatos que voce se encontra na sala de Astronomia com o Volkov as  vezes, o que vocês fazem lá? –ISSO É SÉRIO?!

—Fala pro Scorpius ser homem e vir falar comigo, e não mandar voce.

—Colabora comigo irmãzinha...

—Diga ao Scorpius que o mandei ir pro raio que o parta. Agora tchau, não quero e atrasar pra aula. –Deixei Alvo sozinho e fui pra aula de DCAT, e não vai ser o ciúme ridículo do Scorpius que vai atrapalhar a minha aula, ainda mais sendo que vamos aprender a Maldição Crucciatos.


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Notas finais do capítulo

O Scorpius á muito chato, pqp kakakaka
Vcs gostam do Aspen? Vcs acham que ele tá gostando ou não da Lily?
Bjosssss ate o proximo!



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